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DISCIPLINA: PROFESSORA: 
GERÊNCIA DE IMPORTAÇÃO NAILA FREIRE SANDERSON 
MATERIAL DE APOIO 
 
 
1 
 
1. CONCEITOS INTRODUTÓRIOS 
1.1 – evolução da atividade importadora no Brasil 
1.2 – território aduaneiro 
1.2.1 – conceito 
1.2.2 – divisão 
1.2.3 – administração aduaneira 
 
 
2. NACIONALIZAÇÃO 
2.1 – tratamento administrativo 
2.1.1 – registro do importador 
2.1.2 – credenciamento e habilitação 
2.1.3 – licenciamento das importações 
2.1.4 – aspectos comerciais 
2.1.5 – importações sujeitas ao exame de similaridade 
2.1.6 – importações de material usado 
2.1.7 – importação sujeita à obtenção de cota tarifária 
2.1.8 – importações de produtos sujeitos a procedimentos especiais 
2.1.9 – descontos na importação 
2.2 – tratamento tributário 
2.2.1 – aspectos relevantes do direito tributário 
2.2.2 – imposto de importação – II 
2.2.3 – imposto sobre produtos industrializados – IPI 
2.2.4 – PIS importação 
2.2.5 – COFINS importação 
2.2.6 – taxa de utilização do siscomex 
2.2.7 – adicional ao frete para renovação da marinha mercante – AFRMM 
2.2.8 – imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços – ICMS 
2.2.9 – exercícios de cálculo 
2.2.10 – custo tributário nominal e percentual 
2.3 – formação de preço 
2.3.1 – outras despesas (não tributárias) 
2.3.2 – exercícios de cálculo 
2.3.3 – custo final nominal e percentual 
 
 
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GERÊNCIA DE IMPORTAÇÃO NAILA FREIRE SANDERSON 
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3. DESPACHO ADUANEIRO 
3.1 – legislação atual 
3.2 – conceito 
3.3 – modalidades 
3.4 – prazos 
3.5 – documentos 
3.6 – avaria, acréscimo e extravio 
3.7 – vistoria aduaneira 
3.8 – declaração de importação 
3.9 – parametrização 
3.10 – recepção 
3.11 – distribuição 
3.12 – conferência aduaneira 
3.13 – formalização de exigências 
3.14 – retificação 
3.15 – desembaraço aduaneiro 
3.16 – revisão aduaneira 
3.17 – infrações e penalidades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE I - INTRODUÇÃO 
 
1.1 – EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE IMPORTADORA NO BRASIL 
Estão reproduzidos, abaixo, dois parágrafos insertos no Manual do Importador, editado, na década 
de 70, pela Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil S/A (Cacex), por dois motivos os 
quais convêm aduzir: 
1º - a Cacex constituiu-se em verdadeiro "Ministério de Comércio Exterior", executora que era das 
principais medidas administrativas inerentes ao comércio exterior brasileiro; 
2º - esses parágrafos sintetizam, com muita propriedade, a essência da política de importação do 
Brasil e de outros países, desenvolvidos ou não. 
 “O comércio internacional é setor de primordial importância tanto para os países menos 
desenvolvidos, como para os países que atingiram estágio superior de desenvolvimento. Nos 
primeiros, os governos estão conscientes de que, da expansão do intercâmbio e da melhoria das 
condições de troca, muito depende o crescimento econômico; nas nações mais poderosas os 
esforços são renovados, visando a melhores posições no mercado mundial, necessárias à 
manutenção do ritmo e, assim, do prestígio de que desfrutam entre as demais nações. 
Indistintamente, portanto, países pobres e países ricos lutam para obter no comércio exterior 
recursos que favoreçam o incremento de suas importações de bens de capital, produtos 
intermediários e bens de consumo, indispensáveis ao progresso social e à elevação dos padrões de 
vida de suas populações. 
A política de comércio exterior brasileira está basicamente voltada para o desenvolvimento 
econômico, tendo como meta prioritária a elevação das receitas provenientes das exportações em 
níveis compatíveis com as exigências do progresso do País, isto é, aqueles necessários ao 
atendimento da crescente procura de matérias-primas, produtos semi-elaborados, máquinas e 
equipamentos imprescindíveis à expansão e à renovação do parque industrial e bem assim dos 
compromissos decorrentes de importações destinadas à execução de projetos prioritários setoriais 
e regionais.” 
No Brasil, particularmente, notou-se no início da década de 70 um processo de liberalização das 
importações, incrementado, notadamente, pelo chamado “milagre brasileiro”. 
Entretanto, com o advento da crise mundial do petróleo, principalmente, o comércio internacional, 
em seu todo, viu-se amplamente prejudicado diante da criação dos mais diversos mecanismos 
protecionistas, somados aos já existentes. 
O Brasil, por seu turno, lançou mão de determinados expedientes igualmente protecionistas, 
visando, de um lado, rígido controle das importações em face da conjuntura (prevenção da evasão 
de divisas e favorecimento do controle da dívida externa) e, de outro, a substituição das 
importações objetivando o fortalecimento de seu parque industrial. 
Dessa forma os principais mecanismos utilizados foram: 
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sobretaxas tarifárias – implicando na elevação das alíquotas do imposto de Importação, 
incidente sobre vários produtos, entre 30 e 100 pontos percentuais; 
depósito compulsório – correspondendo ao depósito obrigatório de 100 % (cem por cento) do 
valor FOB da Guia de Importação, pelo prazo de 1 (um) ano, para fins de emissão do mencionado 
documento; 
suspensão temporária da emissão de GI – para determinadas mercadorias consideradas 
supérfluas ficou vedada a emissão da GI; 
depósito de garantia -apesar de ter sido concebido sob a forma de garantia cambial, constituiu-
se em barreira não- tarifária, na medida em que implicava na obrigatoriedade de depósito em valor 
equivalente ao do Contrato de Câmbio, para liquidação futura, assegurado por Carta de Crédito; 
eliminação de benefícios fiscais - medida legal (Decreto-Lei nº 1.726/79) adotada para 
suprimir vasto conjunto de reduções e isenções do Imposto de Importação e do Imposto sobre 
Produtos Industrializados; 
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) - cobrado sobre as operações de liquidação de 
câmbio em pagamento de importações de bens e serviços; 
programa de importação - limites quantitativos anuais de importação, em valor (US$ ), 
autorizados pela Cacex para cada empresa; 
prazos mínimos de pagamento - fixação de prazos para pagamento de importações mediante 
obtenção de financiamento externo, obrigatoriamente; 
centralização cambial - retenção, pelo Banco Central do Brasil, das divisas compradas para 
pagamento de importações, com liberação a partir de cronograma governamental. 
No final da década de 80, o que se observou foi uma crescente tendência liberalizante da política 
de comércio exterior brasileiro, motivada pela necessidade de adequação dessa política à 
configuração que o parque industrial implantado tinha assumido nos últimos anos, assim como face 
aos compromissos internacionais assumidos pelo País. 
Nesse sentido, parte considerável dos mecanismos restritivos anteriormente alinhados foram 
extintos e outras medidas foram tomadas para que as operações de importação fossem conduzidas 
com o mínimo de intervenção estatal. 
Com pequenas adequações, reproduzimos, na seqüência, os principais itens constantes das 
Diretrizes Gerais para a Política Industrial e de Comércio Exterior, divulgada pela Portaria MEFP nº 
365, de 26/06/90. 
O Governo Collor iniciou sua gestão com a implementação de um programa radical de 
estabilização, tendo em vista interromper o processo hiperinflacionário e criar condições de 
estabilidade para a retomada do crescimento. 
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A fase inicial de ajustamento não deve ser vista como sendo um fim em si mesma, mas um meio 
para a execução de uma política voltada para atingir um novo padrão de desenvolvimento, 
redefinir o papel do Estado, atenuar as disparidades econômicas, sociais e regionais, valorizar o 
trabalho e preservar o meio ambiente. 
A implementação de uma Política Industrial e de Comércio Exterior - componente central da 
retomada do desenvolvimento em novas bases - é, por conseqüência, elemento indispensável para 
consolidar e dar sentido de continuidade ao processo de estabilização em curso e tem por objetivo 
o aumento da eficiência na produção e comercialização de bens e serviços, mediante a 
modernização e a reestruturação da indústria, contribuindo, dessa maneira, para a melhoria da 
qualidade de vida da população brasileira. 
Nesse sentido, a Política Industrial e de Comércio Exterior atuará em duas direções, a saber: 
=> na modernização industrial e comercial, consubstanciada pelo aumento da produtividade e por 
padrões internacionais de qualidade, a serem alcançados com base em crescente capacitação 
tecnológica; 
=> na implementação de modernas estruturas de produção e consumo de bens e serviços em todo 
o espaço econômico nacional, pela difusão de novos padrões tecnológicos. 
No que se refere à Política de Importações, em 15 de março de 1990, o Governo tomou medidas 
decisivas. Foram eliminados os controles quantitativos representados pelos programas de 
importação das empresas, além do fim da proibição de importar cerca de 1.200 produtos, que 
datava de 1975. 
A Medida Provisória nº 158, transformada na Lei nº 8.032, de 12/04/90, eliminou as isenções e 
reduções aplicáveis ao Imposto de Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados -IPI. 
Nessa etapa, foi fundamental a implementação de medidas que indicassem inequivocamente, ao 
setor privado, as novas diretrizes de importação adotadas, de forma a orientar as decisões 
empresariais. 
No segundo semestre de 1990, começou a vigorar a nova política de importações baseada, 
principalmente, na tarifa aduaneira como único instrumento. 
A tarifa aduaneira - cuja média atingia a 35% (trinta e cinco por cento), com níveis que variavam 
entre 0% (zero por cento) a 105% (cento e cinco por cento) - era reconhecidamente elevada. 
Assim, foi implementada, a partir de 1991, uma política de importações que definia a estratégia a 
ser seguida nos próximos 4 (quatro) anos para atingir, em 1994, níveis tarifários entre 0% (zero 
por cento) e 40% (quarenta por cento), com a tarifa modal em 20% (vinte por cento). 
Na faixa média modal de 20% (vinte por cento) estarão todos os demais produtos. 
O nível tarifário de 40% (quarenta por cento) será utilizado, de maneira geral, para aqueles 
produtos que necessitam de proteção temporária de acordo com as orientações da Política 
Industrial e de Comércio Exterior. Para os produtos novos, de indústrias nascentes de tecnologia 
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de ponta, eventualmente, e, em caráter excepcional, poderão ser estabelecidos níveis tarifários 
superiores, mas sempre temporariamente. 
A trajetória de redução das tarifas aduaneiras no período 1991/1994 foi elaborada com os 
seguintes níveis médios: 
27 em 1991; 
21 em 1992; 
17 em 1993; 
14 a partir de 1994. 
Entretanto, os níveis de 1993 e 1994 foram antecipados, respectivamente, para 1º de outubro de 
1992 e 1º de julho de 1993. 
As máquinas, equipamentos, partes, peças e componentes, sem produção nacional, que 
dispunham de níveis de proteção menor ou igual a 20% (vinte por cento), passarão a ser gravados 
com 0% (zero por cento) de Imposto de Importação. 
Mesmo com a mudança no exercício da presidência no ano de 1992, não ocorreu nenhuma 
modificação na Política de Comércio Exterior implementada em meados de 1990. De seu turno, o 
Governo Itamar aprofundou o processo de integração e conformação do Mercosul e implantou o 
plano de estabilização econômica - Plano Real - permitindo, assim, a expansão da capacidade de 
produção industrial, ponto nuclear da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior do 
governo, uma vez que ambos são interdependentes. 
O Governo do presidente Fernando Henrique Cardoso manteve as mesmas diretrizes básicas de 
consolidação do novo padrão de expansão do sistema industrial brasileiro, entre elas a de maior 
participação do comércio exterior na produção e no mercado interno, bem como no aumento do 
conteúdo tecnológico dos produtos exportados. 
Dessa política decorre, entre outras necessidades, a manutenção da liberalização das importações, 
resguardada a defesa contra as práticas desleais de comércio - dumping, subsídios etc., práticas 
estas vedadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) - assim como a consolidação do 
Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a ampliação das negociações e alianças com países e blocos 
econômicos. 
Nesse sentido, priorizou-se a incorporação de novos membros ao Mercosul, a criação da Zona de 
Livre Comércio com a União Européia, as negociações para a formação do Mercado Hemisférico e o 
fortalecimento da OMC, inclusive pela implementação dos acordos da "Rodada Uruguai". 
Texto extraído do livro “Noções Básicas de Importação” / Autor João dos Santos Bizelli e Ricardo 
Barbosa / Ed. Aduaneiras / 2002. 
 
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1.2 – TERRITÓRIO ADUANEIRO 
 
1.2.1 Definição: O território aduaneiro compreende todo o território nacional. 
 
1.2.2 Divisão: 
 Primária 
Zonas 
 Secundária 
 
Ø Zona Primária compreende: 
· Portos alfandegados; 
· Aeroportos alfandegados; e 
· Pontos de fronteira alfandegados. 
Os portos, aeroportos e pontos de fronteira serão alfandegados por ato declaratório da autoridade 
aduaneira competente, para que neles possam, sob controle aduaneiro: 
I - Estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior ou a ele destinados; 
II - Ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias 
procedentes do exterior ou a ele destinadas; e 
III - Embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados. 
O alfandegamento de portos, aeroportos ou pontos de fronteira será precedido da respectiva 
habilitação ao tráfego internacional pelas autoridades competentes em matéria de transporte. 
O ato que declarar o alfandegamento estabelecerá as operações aduaneiras autorizadas e os 
termos, limites e condições para sua execução. 
Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderão efetuar-se a entrada 
ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. 
Esta restrição não se aplica à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de 
transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela 
Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
 
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Ø Zona secundária compreende a parte restante do território aduaneiro. 
Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente, na zona 
primária ou na zona secundária, a fim de que neles possa ocorrer, sob controle aduaneiro, 
movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de: 
I - Mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro 
especial; 
II - Bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e 
III - Remessas postais internacionais. 
Os recintos a referidosacima operarão exclusivamente com remessas postais internacionais. 
Nas hipóteses dos itens I e II, os bens importados poderão permanecer armazenados em recinto 
alfandegado de zona secundária pelo prazo de setenta e cinco dias, contado da data de entrada no 
recinto, exceto se forem submetidos a regime aduaneiro especial, caso em que ficarão sujeitos ao 
prazo de vigência do regime. 
Ø Portos secos 
São recintos alfandegados de zona secundária, de utilização pública ou privativa, nos quais são 
executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de 
bagagem, procedentes do exterior ou a ele destinadas. 
Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfandegados. 
Os portos secos poderão ser autorizados a operar com carga de importação e de exportação, ou 
apenas de exportação, tendo em vista as necessidades e condições locais. 
As operações de movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro, bem 
assim a prestação de serviços conexos, em porto seco, sujeitam-se ao regime de concessão ou de 
permissão. 
A execução das operações e a prestação dos serviços referidos no caput serão efetivadas 
mediante o regime de permissão, salvo quando os serviços devam ser prestados em porto seco 
instalado em imóvel pertencente à União, caso em que será adotado o regime de concessão 
precedida da execução de obra pública. 
 
1.2.3 Administração Aduaneira: 
A Receita Federal do Brasil é a autoridade aduaneira no Brasil. 
A administração aduaneira será exercida pela Receita Federal do Brasil com a cooperação das 
demais autoridades. 
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UNIDADE II – NACIONALIZAÇÃO 
Definição: 
Fenômeno que compreende a transferência do produto de uma economia estrangeira para a 
economia nacional aplicando o tratamento administrativo e tributário em equivalência ao produto 
nacional. 
Tipos: 
 Definitiva (Aquisição da propriedade / despacho para consumo) 
Nacionalização 
 Não Definitiva (Aquisição da posse / Regimes Aduaneiros Especiais) 
 
Nesta disciplina abordaremos a nacionalização definitiva. 
 
2.1 TRATAMENTO ADMINISTRATIVO IMPORTAÇÃO 
Atualmente o tratamento administrativo às importações está disciplinado pela Portaria SECEX nº 
23/2011 em seu título II. 
 
2.1.1 REGISTRO DE IMPORTADORES 
A inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (REI), da Secretaria de Comércio Exterior 
(Secex), é automática, sendo realizada no ato da primeira operação de importação ou de 
exportação em qualquer ponto conectado ao Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). 
As empresas (importadores e exportadores) já inscritas no REI terão a inscrição mantida, não 
sendo necessária qualquer providência adicional. 
A inscrição no REI não gera qualquer número. 
O Departamento de Operações de Comércio Exterior não expedirá declaração de que a empresa 
está registrada no REI, por força da qualidade automática prevista anteriormente. 
O objetivo do REI é garantir aos parceiros internacionais à idoneidade das empresas que atuam no 
comércio exterior brasileiro. 
 
2.1.2 HABILITAÇÃO e CREDENCIAMENTO 
Os procedimentos para habilitação de importadores e exportadores para operar no siscomex e 
credenciar representantes seguem, atualmente, o disposto na Instrução Normativa SRF nº 
650/2006. 
A habilitação de pessoa física e do responsável por pessoa jurídica, para a prática de atos no 
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Siscomex será realizada em uma das seguintes modalidades: 
I - ordinária, para pessoa jurídica que atue habitualmente no comércio exterior. 
II - simplificada, para: 
a) pessoa física, inclusive a qualificada como produtor rural, artesão, artista ou assemelhado; 
b) pessoa jurídica: 
1. Constituída sob a forma de sociedade anônima de capital aberto, com ações negociadas em 
bolsa de valores ou no mercado de balcão, classificada no código de natureza jurídica 204-6 da 
tabela do Anexo V à Instrução Normativa RFB nº 568, de 8 de setembro 2005, bem como suas 
subsidiárias integrais; 
2. Autorizada a utilizar o Despacho Aduaneiro Expresso (Linha Azul), nos termos da Instrução 
Normativa SRF nº 476, de 13 de dezembro 2004; 
3. Que atue exclusivamente como encomendante, nos termos do art. 11, da Lei nº 11.281, de 20 
de fevereiro de 2006; 
4. Para importação de bens destinados à incorporação ao seu ativo permanente; e 
5. Que atue no comércio exterior em valor de pequena monta; 
c) empresa pública ou sociedade de economia mista, classificada, respectivamente, nos códigos de 
natureza jurídica 201-1 e 203-8 da tabela do Anexo V à Instrução Normativa RFB nº 568, de 2005; 
e 
d) entidade sem fins lucrativos, classificada nos códigos de natureza jurídica 303-4 a 399-9 da 
tabela do Anexo V à Instrução Normativa RFB nº 568, de 2005; 
III - especial para órgão da administração pública direta, autarquia e fundação pública, órgão 
público autônomo, organismo internacional e outras instituições extraterritoriais, classificados nos 
códigos de natureza jurídica 101-5 a 118-0, e 500-2 da tabela do Anexo V à Instrução Normativa 
RFB nº 568, de 2005; e 
IV - restrita, para pessoa física ou jurídica que tenha operado anteriormente no comércio 
exterior, exclusivamente para a realização de consulta ou retificação de declaração. 
OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES: 
Considera-se produtor rural a pessoa física que explore atividade rural, individualmente ou sob a 
forma de parceria, arrendamento ou condomínio, comprovada documentalmente. 
Considera-se valor de pequena monta a realização de operações de comércio exterior com 
cobertura cambial, em cada período consecutivo de seis meses, até os seguintes limites: 
I - trezentos mil dólares norte-americanos ou o equivalente em outra moeda para as exportações 
FOB (“Free on Board”); e 
II - cento e cinqüenta mil dólares norte-americanos ou o equivalente em outra moeda para as 
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importações CIF (“Cost, Insurance and Freight”). 
A pessoa jurídica habilitada para a realização de operações de pequena monta, poderá realizar 
também, independentemente de valor, as seguintes operações: 
I - internações da ZFM; 
II - atuação como importador por conta e ordem de terceiros, nos termos da Instrução Normativa 
SRF nº 225, de 18 de outubro de 2002; e, 
III - importações e exportações sem cobertura cambial. 
A habilitação de pessoa física faculta a realização de importações para uso e consumo próprio e de 
operações de comércio exterior para a realização da atividade profissional, inclusive do agricultor, 
artesão, artista ou assemelhado, e para as coleções pessoais. 
 
CREDENCIAMENTO 
As operações no Siscomex poderão ser efetuadas pelo importador ou exportador, por conta 
própria, mediante habilitação prévia, ou por intermédio de representantes credenciados, nos 
termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal (SRF). 
Somente poderão ser credenciados para exercer atividades relacionadas com o despacho 
aduaneiro no Siscomex: 
I - despachante aduaneiro; 
II - dirigente ou funcionário da pessoa jurídica representada; 
III - funcionário de empresa coligada ou controlada da pessoa jurídica representada; e 
IV - funcionário ou servidor especificamente designado, nos casos de habilitação especial. 
 
2.1.3 LICENCIAMENTO DAS IMPORTAÇÕES 
Para efeito de aplicações das normas regulamentares e de tramitação administrativa, as 
importações brasileiras, em termos de classificação (divisão), estão assim agrupadas: 
=> por País 
 Não-Permitidas=> por mercadoria 
 
 => Dispensadas de Licenciamento 
 Permitidas => Licenciamento Automático de Importação 
 => Licenciamento Não-Automático de Importação 
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Importações Não-Permitidas 
Por País – Para alguns países, por razões de ordem econômica, política, ou social, e em função de 
recomendações de organismos internacionais, restringe-se o desenvolvimento de operações 
comerciais, resultando no impedimento de importações. 
Por Mercadorias – Com o objetivo de preservar o meio ambiente, a saúde pública ou por 
diversos outros fatores, vários produtos são identificados, pela classificação fiscal no tratamento 
administrativo do Siscomex, como impedidas, o que representa proibição de importação. 
 
Exemplos: 
- produtos de perfumaria ou de toucador preparados e preparações cosméticas apresentadas sob 
a forma de aerossol e que utilize como propelente substâncias constantes no Protocolo de 
Montreal; 
- tricale, quando originários / procedentes da América do Norte, Ásia, África ou Oceania; e 
- zipeprol e seus sais. 
 
Importações Permitidas 
O sistema administrativo das importações brasileiras compreende as seguintes modalidades: 
a) Importações dispensadas de licenciamento; 
b) Importações sujeitas a Licenciamento Automático; e 
c) Importações sujeitas a Licenciamento Não Automático. 
Como regra geral, as importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento, devendo os 
importadores tão somente providenciar o registro da Declaração de Importação – DI. 
a) Importações dispensadas de licenciamento estão relacionadas na norma administrativa vigente 
(Portaria Secex n° 23/2011); 
b) Importações sujeitas a Licenciamento Automático; 
I. de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do SISCOMEX; também disponíveis 
no endereço eletrônico do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - 
MDIC, para simples consulta, prevalecendo o constante do aludido Tratamento 
Administrativo; e 
II. as efetuadas ao amparo do regime aduaneiro especial de drawback. 
c) Importações sujeitas a Licenciamento Não Automático; 
I. de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do SISCOMEX e também 
disponíveis no endereço eletrônico do MDIC para simples consulta, prevalecendo o 
constante do aludido Tratamento Administrativo; onde estão indicados os órgãos 
responsáveis pelo exame prévio do licenciamento não automático, por produto; 
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13 
 
II. as efetuadas nas situações relacionadas na norma administrativa vigente (Portaria Secex n° 
23/2011). 
 
Processamento do Licenciamento de Importação (LI) 
Nas importações sujeitas aos licenciamentos automático e não automático, o importador deverá 
prestar, no Siscomex, as informações necessárias a sua elaboração, previamente ao embarque da 
mercadoria no exterior. 
Nas situações abaixo indicadas, o licenciamento poderá ser efetuado após o embarque da 
mercadoria no exterior, mas anteriormente ao despacho aduaneiro: 
I – importações ao amparo do regime aduaneiro especial de “drawback”; 
II – importações ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre 
Comércio, exceto para os produtos sujeitos a licenciamento; 
III – sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – 
CNPq. 
Os órgãos anuentes poderão autorizar diretamente no Siscomex o licenciamento anteriormente ao 
despacho aduaneiro, quando previsto em legislação específica, mantidas as atribuições de cada 
anuente. 
Órgãos anuentes 
São indicados no Siscomex, como órgão anuentes, tendo em vista o produto e/ou operação a ser 
realizada, os seguintes: 
· ANCINE - Agência Nacional do Cinema 
· ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica 
· ANP - Agência Nacional de Petróleo 
· ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
· CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear 
· COMEXE - Comando do Exército 
· DECEX - Departamento de Operações de Comércio Exterior 
· DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral 
· DPF - Departamento de Polícia Federal 
· ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos 
· IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
· INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
· MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
· MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia 
 
2.1.4 ASPECTOS COMERCIAIS 
O DECEX efetuará o acompanhamento dos preços praticados nas importações, utilizando-se, para 
tal, de diferentes meios para fins de aferição do nível praticado, entre eles, cotações de bolsas 
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14 
 
internacionais de mercadorias; publicações especializadas; listas de preços de fabricante 
estrangeiros consularizadas no país de origem da mercadoria; contratos de bens de capital 
fabricado s sob encomenda; estatísticas oficiais nacionais e estrangeiras e quaisquer outras 
informações porventura necessárias, com tradução juramentada e devidamente consularizadas. 
O DECEX poderá, a qualquer época, solicitar ao importador informações ou documentação 
pertinente a qualquer aspecto comercial da operação. 
 
2.1.5 IMPORTAÇÃO SUJEITA A EXAME DE SIMILARIDADE 
Estão sujeitas ao prévio exame de similaridade as importações amparadas por benefícios fiscais - 
isenção ou redução do imposto de importação, inclusive as realizadas pela União, pelos Estados, 
pelo Distrito Federal, pelos Municípios e pelas respectivas autarquias. 
Os órgãos da administração indireta, que não pleitearem benefícios fiscais, estão dispensados do 
exame de similaridade. 
O exame de similaridade será realizado pelo DECEX que observará os critérios e procedimentos 
previstos no Regulamento Aduaneiro, nos art. 190 a 209 do Decreto n o 6.759, de 5 de fevereiro 
de 2009. 
Será considerado similar ao estrangeiro o produto nacional em condições de substituir o importado, 
observados os seguintes parâmetros: 
I – qualidade equivalente e especificações adequadas ao fim a que se destine; 
II – preço não superior ao custo de importação, em moeda nacional, da mercadoria estrangeira, 
calculado o custo com base no preço CIF, acrescido dos tributos que incidem sobre a importação e 
outros encargos de efeito equivalente; e 
III – prazo de entrega normal ou corrente para o mesmo tipo de mercadoria. 
As importações sujeitas a exame de similaridade serão objeto de licenciamento não automático, 
previamente ao embarque dos bens no exterior. 
 
2.1.6 IMPORTAÇÃO DE MATERIAL USADO 
A importação de mercadorias usadas está sujeita a licenciamento não automático, previamente ao 
embarque dos bens no exterior. 
È importante ressaltar que o controle governamental na importação de produtos, na condição de 
usados, tem como relevância o interesse nacional em incentivar o crescimento econômico, a 
sustentabilidade dos processos produtivos de bens novos. 
 
2.1.7 IMPORTAÇÕES SUJEITAS À OBTENÇÃO DE COTA TARIFÁRIA 
As importações amparadas em Acordos no âmbito da ALADI sujeitas a cotas tarifárias serão objeto 
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de licenciamento não automático previamente ao embarque da mercadoria no exterior. 
Ficará a cargo do DECEX o estabelecimento de critérios para a distribuição das cotas a serem 
alocadas entre os importadores. 
 
2.1.8 IMPORTAÇÕES DE PRODUTOS SUJEITOS A PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
Os produtos sujeitos a condições ou procedimentos especiaisaqueles relacionados na Portaria 
SECEX nº 23/2011. 
 
2.1.9 DESCONTOS NA IMPORTAÇÃO 
A manifestação do Departamento de Operações de Comércio Exterior relacionada com descontos 
em operações de importação fica limitada aos casos envolvendo mercadorias ou situações sujeitas 
a licenciamento na importação, sob anuência do DECEX, no momento do pedido da interessada. 
Os interessados deverão encaminhar os pedidos instruídos com os documentos previstos na 
Portaria Secex nº 23/2011. 
 
2.2 TRATAMENTO TRIBUTÁRIO 
 
2.2.1 – ASPECTOS RELEVANTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO 
* Definição de Tributo (art 3.º CTN) 
É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada. 
Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
* Definição de Imposto (art. 16.ºCTN) 
É o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade 
estatal específica, relativa ao contribuinte. 
* Definição de Taxa 
É o tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, 
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à 
sua disposição. 
* Princípios tributários: 
É vedado à união, aos estados, ao distrito federal e aos municípios: 
Legalidade 
Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
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Irretroatividade 
Cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os 
houver instituído ou aumentado; 
* Obrigação Tributária 
A obrigação tributária é principal ou acessória. 
obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objetivo o pagamento do 
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente 
obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objetivo as prestações, positivas ou 
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
 
 
2.2.2 - IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO – I.I. 
Incidência : O imposto incide sobre a mercadoria estrangeira. 
Fato gerador: O fato gerador do imposto é a entrada da mercadoria estrangeira no território 
aduaneiro, para efeitos fiscais, será considerada como entrada no território aduaneiro a mercadoria 
constante de manifesto ou documento equivalente. 
Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador: 
· Na data do registro da Declaração de Importação de mercadoria despachada para consumo, 
inclusive a ingressada no país em regime suspensivo de tributação e a contida em remessa postal 
internacional ou conduzida por viajante, se aplicado ao caso o regime de importação comum; 
Base de Cálculo: Valor aduaneiro apurado pela aplicação do Código de Valoração Aduaneira, 
acrescidos do valor do frete internacional e seguro. 
VALOR ADUANEIRO = VMLE + F + S 
VMLE = VALOR DA MERCADORIA NO LOCAL DE EMBARQUE 
F = FRETE INTERNACIONAL, ASSIM ENTENDIDO A REMUNERAÇÃO PAGA PELO TRANSPORTE 
INTERNACIONAL ACRESCIDO DAS DESPESAS RELATIVAS AO CARRGAMENTO, A DESCARGA E AO 
MANUSEIO DA MERCADORIA DO LOCAL DE EMBARQUE AO LOCAL DE DESEMBARQUE NO BRASIL. 
S = SEGURO INTERNACIONAL 
Taxa de Câmbio: Os valores expressos em moeda estrangeira deverão ser convertidos em moeda 
nacional à taxa de câmbio vigente na data em que se considerar ocorrido o fato gerador. 
De acordo com o disposto na Portaria MF n.º 6 de 26.01.99, esta taxa será fixada com base na 
cotação diária para a venda da respectiva moeda e produzirá efeitos no dia subseqüente, sendo 
divulgada por intermédio da tabela específica “Taxa de Conversão de Câmbio” do Sistema 
Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX. 
 
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2.2.3 - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – I.P.I. 
Incidência: O imposto incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros. 
Fato Gerador: O desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira. 
A legislação do I.P.I. apresenta as mesmas hipóteses do I.I., que não constituem fato gerador. 
(exceto exportação temporária) 
Base de Cálculo: O imposto será calculado mediante a aplicação da alíquota do produto, constante 
da TIPI, sobre o respectivo valor tributável, constitui o valor tributável dos produtos de 
procedência estrangeira, o valor que servir ou serviria de base de cálculo dos tributos aduaneiros, 
por ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos efetivamente 
pagos pelo importador. 
VALOR ADUANEIRO + I.I. 
 
2.2.4 - PIS/PASEP- IMPORTAÇÃO e 2.2.5 - COFINS - IMPORTAÇÃO 
Instituídos pela Lei n.º 10.865 de 30/04/2004 – DOU 30/04/2004 
Incidência: sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços. 
Fato Gerador: a entrada de bens estrangeiros no território nacional, para efeito do cálculo das 
contribuições, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de 
importação de bens submetidos a despacho para consumo; 
Base de Cálculo: o valor aduaneiro, assim entendido, para os efeitos desta Lei, o valor que servir 
ou que serviria de base para o cálculo do imposto de importação, acrescido do valor do Imposto 
sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS incidente no desembaraço 
aduaneiro e do valor das próprias contribuições 
VALOR ADUANEIRO . X 
 
a = alíquota do Imposto de Importação (II) 
b = alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 
c = alíquota da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação 
d = alíquota da Cofins-Importação 
e = alíquota do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação 
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) 
 
 
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2.2.6 – TAXA DE UTILIZAÇÃO DO SISCOMEX 
Conforme o disposto na Instrução Normativa SRF n.º 1158/2011. 
A Taxa de utilização do SISCOMEX será devida no registro da DI, à razão de: 
· R$ 185,00 (cento e oitenta e cinco reais) por DI; 
· R$ 29,50 (vinte e nove reais e cinqüenta centavos) para cada adição de mercadoria, observados 
os seguintes limites: 
Até a 2ª adição - R$ 29,50 
Da 3ª a 5ª - R$ 23,60 
Da 6ª a 10ª - R$ 17,70 
Da 11ª a 20ª - R$ 11,80 
Da 21ª a 50ª - R$ 5,90 
A partir da 51ª - R$ 2,95 
 
OBS.: A Taxa é devida independentemente da ocorrência de tributo a recolher. 
 
2.2.7 – ADICIONAL AO FRETE PARA RENOVAÇÃO DA MARINHA MERCANTE - AFRMM 
Incidência: O AFRMM incide sobre o frete, que é a remuneração do transporte aquaviário da carga 
de qualquer natureza descarregada em porto brasileiro. 
Fato gerador: é o início efetivo da operação de descarregamento da embarcação em porto 
brasileiro 
Base de Cálculo: remuneração do transporte aquaviário - Frete Internacional (constante no B/L) 
O AFRMM deverá ser pago no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data do início efetivo da 
operação de descarregamento da embarcação. 
Alíquota: 25 % sobre o frete 
O pagamento do AFRMM, acrescido das taxas de utilização do Sistema Eletrônico de Controle de 
Arrecadação do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante – MERCANTE – R$ 1,20, 
será efetuado pelo contribuinte antes da liberação da mercadoria pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil. 
O Decreto 5324 de 29/12/2004, que dispõe sobre Taxa de Utilização do Sistema Eletrônico deControle da Arrecadação do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante, o 
MERCANTE, estabelece que a partir de 01 de janeiro de 2005 deverá ser recolhido juntamente com 
o pagamento do AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante) o valor de R$ 
20,00 por emissão de CE-Mercante. 
 
 
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2.2.8 – IMPOSTO SOBRE A CIRC. DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - I.C.M.S./RJ 
Incidência: O imposto incide sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda que se 
trate de bem destinado ao consumo ou ao ativo fixo do estabelecimento, assim como o serviço 
prestado no exterior. 
Fato Gerador: De acordo com o Art. 3º, inciso V, da Lei nº 2.657/96, ocorre o fato gerador no 
desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior. 
Base de Cálculo: A base de cálculo do ICMS é composta das parcelas abaixo descritas, segundo o 
Art. 4º, inciso V, da Lei nº 2.657/96: 
a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação, tais como: frete, 
seguros e valor da mercadoria; 
b) imposto de importação; 
c) imposto sobre produtos industrializados; 
d) imposto sobre operações de câmbio; 
e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras, assim entendidos os 
valores pagos ou devidos à repartição alfandegária até o momento do desembaraço da mercadoria, 
tais como taxas e os decorrentes de diferenças de peso, erro na classificação fiscal ou multa por 
infração. 
Os Direitos Antidumping, se exigidos pelo Fisco federal, também farão parte da base de cálculo do 
ICMS. Entende-se também que a taxa de serviços cobrado pela Secretaria da Receita Federal do 
Brasil para acessar o SISCOMEX é parte integrante da base de cálculo do ICMS. 
 
VA + I.I. + I.P.I. + PIS + COFINS + DESPESAS ADUANEIRAS+ ICMS 
 
Alíquota: De acordo com o Art. 14, incisos IV, da Lei nº 2.657/96 alterada pela Lei 4.383 de 
30/08/2004, são respectivamente 15% (quinze por cento) e 13% (treze por cento) quando a 
operação de importação for realizada através do Aeroporto Internacional Tom Jobim. 
Em cumprimento ao disposto na Emenda Constitucional n. 31, de 14/12/2000, os estados têm 
regulamentado a cobrança de um ponto percentual adicional sobre o ICMS devido nas importações, 
para composição do Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais. 
ICMS IMPORTAÇÃO = 15 % 
ICMS FECP = 1 % 
 
 
 
 
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2.2.9 – TAXAS AEROPORTUÁRIAS 
ARMAZENAGEM 
Definição: Compreende a fiel guarda de mercadoria recebida em depósito. 
1º período = 1,10% sobre o CIP - primeiros 5 dias úteis 
2º período = 1,65% de 06 a 10 dias úteis 
3º período = 3,30% de 11 a 20 dias úteis 
Para cada 10 dias úteis ou fração, além do 3º período até a retirada da mercadoria + 1,65%. 
CAPATAZIA 
Definição: Serviço de movimentação de mercadorias, realizado pela administração aeroportuária. 
Em função do peso bruto. 
US$ 0,030 por Kg bruto – cobrança mínima = R$ 10,00 
ADICIONAL DE TARIFAS AEROPORTUÁRIAS – A.T.A. 
Incidência: Sobre o somatório das tarifas aeroportuárias (armazenagem + capatazia) 
Taxa: 50 % 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CUSTO TRIBUTÁRIO I 
TAXA DE CÂMBIO NO REGISTRO DA DI __/__/____ – US$ = R$ _______ 
CFR = US$ 20.000 
FRETE INTERNACIONAL = US$ 8.000 
SEGURO INTERNACIONAL = 1 % SOBRE O PREÇO FOB 
 
VMLE R$ 
FRETE R$ 
SEGURO R$ 
VALOR ADUANEIRO R$ 
I.I. 17 % R$ 
BASE DE CÁLCULO IPI R$ 
I.P.I. 15 % R$ 
TAXA SISCOMEX R$ 214,50 
BASE DE CÁLCULO PIS / COFINS R$ 
COFINS 7,6 % R$ 
PIS 1,65 % R$ 
BASE DE CÁLCULO ICMS/RJ R$ 
ICMS 15 % R$ 
FECP 1 % R$ 
BASE DE CÁLCULO AFRMM R$ 
AFRMM 25 % R$ 
CUSTO TRIBUTÁRIO NOMINAL R$ 
CUSTO TRIBUTÁRIO % SOBRE VMLE ____________ % 
CUSTO TRIBUTÁRIO % SOBRE VA ____________ % 
 
 
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CUSTO TRIBUTÁRIO II 
 
CHEGADO EM __/__ REGISTRO DA DI EM __/__ DATA DO DESEMBARAÇO __/__ 
CIP = US$ 12.000 
FRETE INTERNACIONAL = US$ 8.000 
SEGURO INTERNACIONAL = US$ 200 
 
VMLE R$ 
FRETE R$ 
SEGURO R$ 
VALOR ADUANEIRO R$ 
I.I. 45 % R$ 
SUBTOTAL R$ 
I.P.I. 10 % R$ 
TAXA SISCOMEX R$ 214,50 
BASE DE CÁLCULO PIS / COFINS R$ 
COFINS 7,6 % R$ 
PIS 1,65 % R$ 
BASE DE CÁLCULO ICMS/RJ R$ 
ICMS 25 % R$ 
FECP 1 % R$ 
ARMAZENAGEM (TABELA ANEXA) R$ 
CAPATAZIA (TABELA ANEXA) R$ 
ATA 50 % (ADICIONAL TARIFA AEROPORTUÁRIA) R$ 
CUSTO TRIBUTÁRIO NOMINAL R$ 
CUSTO TRIBUTÁRIO % SOBRE V.A ____________ % 
 
 
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Taxas aeroportuárias (atualizada em 2012) 
Armazenagem 
Definição: Compreende a fiel guarda de mercadoria recebida em depósito. 
Tabela 1 - Infraero 
Preço Relativo à Tarifa de Armazenagem de Carga Importada 
 
Período de armazenagem Percentual sobre o valor CIF 
1º - Até 5 dias úteis 1,10 % 
2º - De 6 a 10 dias úteis 1,65 % 
3º - De 11 a 20 dias úteis 3,30 % 
Para cada 10 dias úteis ou fração, além do 3º período, 
até a retirada da mercadoria 
+ 1,65 % 
 
Obs.: 1) A partir do 3º período, os percentuais são cumulativos; e 
 2) Esta tabela é aplicada cumulativamente com a Tabela 2. 
 
Capatazia 
Definição: Serviço de movimentação de mercadorias, realizado pela administração aeroportuária. 
Tabela 2 - Infraero 
Preço Relativo à Tarifa de Capatazia de Carga Importada 
 
Sobre o peso bruto verificado US$ 0.030 por quilograma 
Obs.: 1) Esta tabela é aplicada cumulativamente com a tabela 1; 
2) O valor da tarifa de capatazia será cobrado uma única vez; e 
 3) Cobrança mínima, R$ 10,00 (dez reais). 
 
Adicional de Tarifas Aeroportuárias – ATA (Lei nº 7.920/89, alterada pela MP nº 551 de 
22/11/2011) 
Incidência: Sobre o somatório das tarifas aeroportuárias (armazenagem + capatazia) 
Taxa: 35,9 % 
 
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UNIDADE 3 – DESPACHO ADUANEIRO 
 
3.1 – LEGISLAÇÃO ATUAL 
Regulamento Aduaneiro – Decreto nº 6759/2009 
Instrução Normativa SRF Nº 680/2006 
 
3.2 – CONCEITO 
Despacho de importação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados 
declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à 
legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro. 
A mercadoria que ingresse no País, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao 
pagamento do imposto de importação, deverá ser submetida a despacho de importação, que será 
realizado com base em declaração apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a 
mercadoria. 
 
3.3 – MODALIDADES 
Normal – modalidade mais usual, sem exceção ao procedimento 
Antecipado – exceção, depende de prévia autorização da RFB, caracteriza-se por se antes da 
chegada da carga 
Simplificado – exceção, depende de enquadramento na Instrução Normativa SRF nº 611/2006, 
será processado com base em DSI (declaração simplificada de importação) 
Fracionado – exceção, somente para as importações via terrestre, rodoviária, onde a mercadoria 
esteja acondicionada em dois ou mais veículos. 
Operacionaliza-se da seguinteforma: o primeiro caminhão inicia o despacho aduaneiro que vai 
ocorrendo de forma fracionada a passagem de cada caminhão pela fronteira. O último caminhão 
conclui o despacho aduaneiro. 
 
3.4 – PRAZO PARA INÍCIO 
O despacho de importação poderá ser efetuado em zona primária ou em zona secundária 
Tem-se por iniciado o despacho de importação na data do registro da declaração de importação. 
O registro da declaração de importação consiste em sua numeração pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, por meio do Siscomex. 
 
 
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O despacho de importação deverá ser iniciado em 
 I - até noventa dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona 
primária; 
 II - até cento e vinte dias da entrada da mercadoria em recinto alfandegado de zona secundária; e 
 III - até noventa dias, contados do recebimento do aviso de chegada da remessa postal. 
 
3.5 – DOCUMENTOS 
A DI será instruída com os seguintes documentos: 
I - via original do conhecimento de carga ou documento equivalente; 
II - via original da fatura comercial, assinada pelo exportador; 
III - romaneio de carga (packing list), quando aplicável; e 
IV - outros, exigidos exclusivamente em decorrência de Acordos Internacionais ou de legislação 
específica. 
Os documentos de instrução da DI devem ser entregues à SRFB quando sua apresentação for 
solicitada, devendo ser mantidos em poder do importador pelo prazo previsto na legislação. 
 
3.6 – AVARIA , ACRÉSCIMO E EXTRAVIO 
Considerar-se-á, para efeitos fiscais: 
I - dano ou avaria - qualquer prejuízo que sofrer a mercadoria ou seu envoltório; 
II – extravio - toda e qualquer falta de mercadoria, ressalvados os casos de erro inequívoco ou 
comprovado de expedição. 
Os créditos relativos aos tributos e direitos correspondentes às mercadorias extraviadas na 
importação serão exigidos do responsável mediante lançamento de ofício. 
considera-se responsável: 
I – o transportador, quando constatado o extravio até a conclusão da descarga da mercadoria no 
local ou recinto alfandegado; 
II – o depositário, quando o extravio for constatado em mercadoria sob sua custódia, em momento 
posterior ao referido no item acima; e 
 
Fica dispensado o lançamento de ofício previsto na legislação, na hipótese de o importador ou de o 
responsável assumir espontaneamente o pagamento dos tributos. 
 
 
 
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3.7 – VISTORIA ADUANEIRA 
A vistoria aduaneira destina-se a verificar a ocorrência de avaria ou de extravio de mercadoria 
estrangeira entrada no território aduaneiro, a identificar o responsável e a apurar o crédito 
tributário dele exigível (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 60, parágrafo único). 
A vistoria será realizada a pedido, ou de ofício, sempre que a autoridade aduaneira tiver 
conhecimento de fato que a justifique, devendo seu resultado ser consubstanciado no termo de 
vistoria. 
No caso de remessa postal internacional, a vistoria atenderá ainda às normas da legislação 
específica. 
Não será efetuada vistoria após a saída da mercadoria do recinto de despacho. 
O volume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com diferença de peso, com indícios 
de violação ou de qualquer modo avariado, deverá ser objeto de conserto e pesagem, fazendo-se, 
ato contínuo, a devida anotação no registro de descarga, pelo depositário. 
Sempre que o interesse fiscal o exigir, o volume deverá ser cerrado com dispositivo de segurança 
pela fiscalização aduaneira e isolado em local próprio do recinto alfandegado. 
Cabe ao depositário, logo após a descarga de volume avariado, ou a constatação de extravio, 
registrar a ocorrência em termo próprio, disponibilizado para manifestação do transportador, na 
forma e no prazo estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
Não será iniciada a verificação de mercadoria contida em volume que apresente indícios de avaria 
ou de extravio de mercadoria, enquanto não for realizada a vistoria. 
Se a avaria ou o extravio for constatado no curso da verificação, esta será suspensa até a 
realização da vistoria. 
Não havendo inconveniente, poderá ser dado prosseguimento ao despacho, em relação às 
mercadorias contidas nos demais volumes. 
O volume cuja abertura, pela natureza do conteúdo, dependa da presença de outra autoridade 
pública, somente será vistoriado com o atendimento dessa formalidade. 
Poderá ser dispensada a realização da vistoria se o importador assumir a responsabilidade pelo 
pagamento do imposto de importação e das penalidades cabíveis. 
A desistência implicará perda de benefício de isenção ou de redução do imposto, na proporção das 
mercadorias contidas em volumes extraviados. 
Assistirão à vistoria, a ser realizada em dia e hora fixados pela autoridade aduaneira, o depositário, 
o importador e o transportador. 
Poderá, ainda, assistir à vistoria qualquer pessoa que comprove legítimo interesse no caso. 
 
 
 
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3.8 – DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO 
A Declaração de Importação (DI) será formulada pelo importador no Siscomex e consistirá na 
prestação das informações constantes do anexo único da instrução normativa SRFB 680/06, de 
acordo com o tipo de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro. 
Não será admitido agrupar, numa mesma declaração, mercadoria que proceda diretamente do 
exterior e mercadoria que se encontre no País submetida a regime aduaneiro especial ou aplicado 
em áreas especiais. 
Será admitida a formulação de uma única declaração para o despacho de mercadorias que, 
procedendo diretamente do exterior, tenha uma parte destinada a consumo e outra a ser 
submetida ao regime aduaneiro especial de admissão temporária ou a ser reimportada. 
Não será permitido agrupar, numa mesma adição, mercadorias cujos preços efetivamente pagos 
ou a pagar devam ser ajustados de forma diversa, em decorrência das regras estabelecidas pelo 
Acordo de Valoração Aduaneira. 
A DI será registrada no Siscomex, por solicitação do importador, mediante a sua numeração 
automática única, seqüencial e nacional, reiniciada a cada ano. 
O registro da DI caracteriza o início do despacho aduaneiro de importação, e somente será 
efetivado: 
I - se verificada a regularidade cadastral do importador; 
II - após o licenciamento da operação de importação, quando exigível, e a verificação do 
atendimento às normas cambiais, conforme estabelecido pelos órgãos e agências da administração 
pública federal competente; 
III - após a chegada da carga, exceto na modalidade de registro antecipado da DI; 
IV - após a confirmação pelo banco da aceitação do débito relativo aos tributos, contribuições e 
direitos devidos, inclusive da Taxa de Utilização do Siscomex; 
V - se não for constatada qualquer irregularidade impeditiva do registro. 
Entende-se por irregularidade impeditiva do registro da declaração aquela decorrente da omissão 
de dado obrigatório ou o seu fornecimento com erro, bem assim a que decorra de impossibilidade 
legal absoluta. 
Considera-se não chegada a carga que esteja em situação que impeça a vinculação da DI ao 
conhecimento de carga correspondente. 
Efetivado o registro da DI, o Siscomex emitirá, a pedido do importador, o extrato correspondente. 
O extrato será emitido (no mínimo) em duas vias, sendo a primeira destinada à unidade da SRFB 
de despacho e a segunda ao importador. 
 
 
 
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3.9 – PARAMETRIZAÇÃO 
Após o registro, a DI será submetida a análise fiscal e selecionada para um dos seguintes canais de 
conferência aduaneira: 
I - verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o 
exame documental e a verificação da mercadoria; 
II - amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada 
irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria; 
III - vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame 
documental e da verificação da mercadoria; e 
IV - cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação 
de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, 
inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma 
específica. 
A seleção de que trata este artigo será efetuada por intermédio do Siscomex, com base em análise 
fiscal que levará em consideração, entre outros, os seguintes elementos: 
I - regularidade fiscal do importador; 
II - habitualidade do importador; 
III - natureza, volume ou valor da importação; 
IV - valor dos impostos incidentes ou que incidiriam na importação; 
V - origem, procedência e destinação da mercadoria; 
VI - tratamento tributário; 
VII - características da mercadoria; 
VIII - capacidade operacional e econômico-financeira do importador; e 
IX - ocorrências verificadas em outras operações realizadas pelo importador. 
 
3.10 – RECEPÇÃO 
Ato pelo qual o representante do importador providenciar a recepção (entrega) dos documentos na 
unidade da receita federal sob cujo controle está a mercadoria. 
Esta recepção é registrada em função própria no siscomex, onde o TRFB informa os documentos 
que estão sendo protocolados e fica registrada a data, a hora e o n de matrícula de quem 
protocolou. 
 
 
 
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3.11 – DISTRIBUIÇÃO 
Após a recepção os documentos serão distribuídos, pelo chefe da repartição aduaneira sob cujo 
controle está a mercadoria, para um dos AFRFB que estejam designados para este recinto. 
Esta informação deve ser acompanhada pelo representante do importador através do siscomex no 
diretamente na unidade da receita federal onde está a mercadoria. 
 
3.12 – CONFERÊNCIA ADUANEIRA 
Após o registro, a DI será submetida a análise fiscal e selecionada para um dos seguintes canais de 
conferência aduaneira: 
I - verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o 
exame documental e a verificação da mercadoria; 
II - amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada 
irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria; 
III - vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame 
documental e da verificação da mercadoria; e 
IV - cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação 
de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, 
inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma 
específica. 
 
3.13 – FORMALIZAÇÃO DE EXIGÊNCIAS 
E 
3.14 – RETIFICAÇÃO DA DI 
As exigências formalizadas pela fiscalização aduaneira e o seu atendimento pelo importador, no 
curso do despacho aduaneiro, deverão ser registrados no Siscomex. 
Sem prejuízo do disposto acima, na hipótese de a exigência referir-se a crédito tributário ou direito 
comercial, o importador poderá efetuar o pagamento correspondente, independentemente de 
formalização de processo administrativo fiscal. 
Interrompido o despacho, para o atendimento de exigência, inicia-se a contagem do prazo para 
caracterização do abandono da mercadoria. 
A retificação de informações prestadas na declaração, ou a inclusão de outras, no curso do 
despacho aduaneiro, ainda que por exigência da fiscalização aduaneira, será feita, pelo importador, 
no Siscomex. 
Quando da retificação resultar importação sujeita a licenciamento, o despacho ficará interrompido 
até a sua obtenção, pelo importador. 
 
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3.15 – DESEMBARAÇO ADUANEIRO 
Última etapa do despacho aduaneiro, onde o AFRFB lança no SISCOMEX o final da conferência 
aduaneira concretizando o desembaraço aduaneiro da mercadoria. 
Concluída a conferência aduaneira a mercadoria será imediatamente desembaraçada. 
O desembaraço da mercadoria será realizado pelo AFRFB responsável pela última etapa da 
conferência aduaneira, no Siscomex. 
A mercadoria cuja declaração receba o canal verde será desembaraçada automaticamente pelo 
Siscomex. 
 
3.16 REVISÃO ADUANEIRA 
Revisão Aduaneira é o ato pelo qual é apurada, após o desembaraço aduaneiro, a regularidade do 
pagamento dos impostos e dos demais gravames devidos à Fazenda Nacional, da aplicação de 
benefício fiscal e da exatidão das informações prestadas pelo importador na declaração de 
importação. 
 A revisão aduaneira deverá estar concluída no prazo de cinco anos, contado da data: 
I - do registro da declaração de importação correspondente (Decreto-lei no 37, de 1966, art. 54, 
com a redação dada pelo Decreto-lei no 2.472, de 1988, art. 2o); e 
II - do registro de exportação. 
Considera-se concluída a revisão aduaneira na data da ciência, ao interessado, da exigência do 
crédito tributário apurado. 
 
3.17 – INFRAÇÕES E PENALIDADES 
Conceito de infração: 
Infração é toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe inobservância, por parte 
de pessoa física ou jurídica, de norma estabelecida ou disciplinada no regulamento aduaneiro, ou 
em ato administrativo de caráter normativo destinado a completá-lo (Decreto-lei no 37, de 1966, 
art. 94). 
 
Espécies de penalidades 
As infrações estão sujeitas às seguintes penalidades, aplicáveis separada ou cumulativamente 
I - perdimento do veículo; 
II - perdimento da mercadoria; 
III - perdimento de moeda; e 
IV - multa. 
 
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