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5A. Haemophilus

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HAEMOPHILUS
Características
São bastonetes Gram – pleomórficos (variam de cocóides a filamentosos imóveis).
São nutricionalmente exigentes.
Cultiva-se em meio rico e com alta quantidade de CO2.
As colônias geralmente têm aspecto acizentado.
São comensais de mucosas de trato respiratório.
Espécies mais relevantes e infecções
H. influenzae = meningite, conjuntivite, epiglotite, celulite, artrite, otite média, sinusite, pneumonia. A epiglotite é muito frequentemente causada por tal bactéria.
H. influenzae biogrupo aegyptius = febre purpúrica brasileira.
H. ducrey = cancróide (cancro mole). É uma DST.
Demais espécies = geralmente presentes no trato respiratório e causadoras de infecções oportunistas.
Haemophilus influenzae
É a principal espécie patogênica.
Presente na flora normal de mucosas (geralmente amostras não-capsuladas): trato respiratório superior, principalmente nasofaringe. Pode colonizar também conjuntiva e trato genital.
Causa infecções invasivas e não-invasivas.
O H. influenzae sorotipo B (Hib) é o principal agente da meningite bacteriana (comunitária).
Fatores de virulência
- Cápsula polissacarídica = constituída de PRP (poli ribosil fosfato). Há variações na cápsula que possibilitam agrupar o H. influenzae em 6 sorotipos, com diferentes determinantes antigênicos.
- Endotoxina (LPS).
- OMPs = proteínas de membrana externa.
- Fímbrias = interação bactéria-hospedeiro.
- IgA protease = é liberada pela bactéria e degrada IgA. Constitui, junto com a cápsula, o principal fator de virulência da bactéria → proteção contra fagocitose.
- Resistência a antibióticos = ampicilina e cloranfenicol.
Em geral, observando espécimes clínicas de um indivíduo doente, serão observadas bactérias capsuladas, já que esta estrutura é um dos principais fatores de virulência da bactéria.
Patogenicidade
Amostras capsuladas		 X 	 Amostas não-capsuladas
Infecções mais invasivas e persistentes	X	Infecções menos invasivas e passageiras
Podem ser bactérias da flora normal
As bactérias capsuladas frequentemente causam meningite. A bactéria entra pela mucosa respiratória, provoca bacteremia e se espalha sistemicamente. Daí, pode chegar nas meninges, onde se multiplica.
De uma infecção não-invasiva na mucosa respiratória, a bactéria pode adquirir cápsula e causar uma infecção invasiva. Na mucosa respiratória, a bactéria se multiplica e libera substâncias que podem prejudicar as células locais. A seguir, tais bactérias podem invadir os tecidos subjacentes, causando problemas locais (infecção não-invasiva). Porém, caso a bactéria atinja o sangue e adquira um aspecto de bacteremia, tem-se uma infecção invasiva. Um exemplo é a pneumonia, que inicialmente é localizada.
Febre Purpúrica Brasileira
Doença pediátrica fulminante, tendo portanto gravidade muito acentuada.
Há um acometimento agudo de febre, vômito e dor abdominal, progredindo para um quadro de aparecimento de petéquias, púrpura, colapso vascular, choque hipovolêmico e morte em 48 horas. Atualmente, sabe-se que ela é geralmente precedida de conjuntivite purulenta.
Mecanismos envolvidos:
H. influenzae biogrupo aegyptius, que se diferencia dos demais H. influenzae por: características clínicas, propriedades fisiológicas (incluindo crescimento) e proteínas da membrana externa.
Diagnóstico laboratorial
Bacteriológico direto
Observa-se a presença da bactéria no espécime clínico utilizado, geralmente removido do local da infecção. Assim, no caso de meningite, observa-se o líquor; de pneumonia, escarro; de conjuntivite, secreção da conjuntiva. Em seguida, deve-se fazer a cultura, em meio rico e, em alguns casos, pode-se fazer junto a coloração de Gram. A cultura é feita em ágar chocolate enriquecido com complexo vitamínico e numa atmosfera rica em CO2.
Provas bioquímicas
Testes de dependência de fatores de crescimento, principalmente os fatores X (hematina, presente nas hemácias), e V (NAD). Cultivam-se as bactérias num meio sem os fatores e em seguida adicionam-se os discos contendo tais fatores, e observa-se que as bactérias só crescem nas pontas com os fatores.
Testes sorológicos
São realizados em fluidos orgânicos (líquor). Os testes identificam os sorotipos das bactérias infectantes. Para isso, adicionam-se anticorpos anti-antígenos da cápsula das bactérias de diferentes sorotipos. Esses testes só servem para identificar o sorotipo B!
Teste de sateletismo
É mais caseiro, usado em situações de emergência, quando não há ágar chocolate. Faz-se uma estria de estafilococos, que lisam hemácias (fator X) e liberam fator V, de modo que os Haemophilus crescem em “pontinhas” ao redor da estria.
Tratamento e profilaxia
A Ampicilina já foi muito usada, mas originou muitas espécies resistentes.
O Cloranfenicol causa muitos efeitos colaterais, sendo pouco utilizado.
Pode-se usar a Sulfa-trimetoprim, que é uma droga mais barata.
Existem drogas mais caras: Azitromicina, Fluoroquinolonas, a associação Ampicilina-Sulbartam e Cefalosporinas.
Atualmente, pode ser empregada vacinação contra o sorotipo B. A vacinação diminuiu muito o número de casos, além de diminuir o número de infecções invasivas. A vacina é feita a partir da purificação do antígeno da cápsula, que é associado a uma proteína carreadora (geralmente de outro agente infeccioso, o que faz com que a vacina também proteja contra outras doenças).
Haemophilus ducrey
Bacilo Gram – , disposto em cadeias. É muito exigente nutricionalmente, aparecendo em mucosas genitais e sendo grande causador de úlceras genitais. É uma bactéria geralmente sensível a tratamentos aplicados para outras DSTs.
Diagnóstico laboratorial
Coleta de espécime clínico
Raspagem da base ou margens da lesão / aspirado de linfonodos.
Bacterioscopia direta
Coloração com Gram.
Cultura
É feita em meios enriquecidos e seletivos.
Meio de Hammond = base GC + soro fetal bovino + hemoglobina + CVA (co-fatores, vitaminas, aminoácidos) + vancomicina.
Tratamento
Cetriaxone, Ceprossoxacina, Eritromicina e SXT...

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