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Hiperemia ▪ Consiste no aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos de um órgão. ▪ “hiper = muito; haimos = sangue”. ▪ Aumento do volume de sangue em um órgão ou tecido por intensificação do fluxo sanguíneo ou por redução do escoamento nervoso. ▪ Vaso dilatado repleto de sangue. ▪ Ou seja, hiperemia é o aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos em um órgão ou tecido. ▪ Existe dois tipos de hiperemia: → Hiperemia ativa; → Hiperemia passiva (congestão). ▪ Consiste na dilatação arteriolar com aumento do fluxo sanguíneo local. A vasodilatação tem origem simpática ou humoral e leva a abertura de capilares “inativos”, o que resulta na coloração rósea intensa ou vermelha do local atingido e em aumento da temperatura. ▪ Ao microscópio, os capilares encontram-se repletos de hemácias. ▪ Pode ser fisiológica ou patológica. ▪ Há um aumento na entrada. → Acúmulo de sangue arterial, causada por uma dilatação arterial ou arteriolar que provoca um aumento do fluxo sanguíneo nos leitos capilares com abertura dos capilares inativos; → Aumento do fluxo sanguíneo local por dilatação arterial, ou seja, o sangue chega no tecido com mais quantidade (ele dilata mais), chega mais sangue, devido a isso ele é rico em O2. → Hiperemia ativa ocorre por vasodilatação arteriolar. ▪ Características: → Vermelhidão local; → Aumento local da temperatura; → Aumento volumétrico do órgão. ▪ A hiperemia ativa fisiológica ocorre quando há maior necessidade de irrigação sanguínea, com maior aporte de O2 e de nutrientes como, por exemplo, nos músculos esqueléticos durante o exercício. → Maior exigência funcional do tecido; → Dissipação de calor; → Emoções. ▪ A hiperemia ativa patológica está associada, principalmente, a mediadores bioquímicos liberados durante a inflamação tecidual, que pode ocorrer devido a diversos fatores, como: → Inflamações agudas: ocorre vasodilatação, acompanhada de aumento do volume sanguíneo local com sinais da inflamação (aumento da temperatura local e vermelhidão); → Reações de hipersensibilidade do tipo I: ocorre liberação local de histamina, promovendo a vasodilatação; → Queimadura local. ▪ Ou seja, exemplo de ativação é a inflamação (machucado, picada de mosquito), alergia etc. ▪ Consequência: → Pode levar a edemas e hemorragias. ▪ Área hiperemiada e rósea, vermelho claro, macroscopicamente o sangue é mais claro; ▪ Aumento de volume (tamanho); ▪ Aumento da temperatura. ▪ Hiperemia Ativa Fisiológica: → Ingurgitamento vascular; → Hemácias na periferia. ▪ Hiperemia Ativa Patológica: → Vasos dilatados e repletos de sangue; → Presença de células de defesa; → As arteríolas, capilares e vênulas estão dilatados, com maior número de capilares permeáveis. Ao microscópio, os capilares encontram-se repletos de hemácias. ▪ Circulação colateral; ▪ Agentes mecânicos; ▪ Agentes físicos; ▪ Agentes biológicos; ▪ Causas locais, como exercício físico e febre, emoção. ▪ Consequências: aumenta o metabolismo e defesa local. ▪ Pode ocorrer de forma local, como nas tromboses vasculares e obstrução de uma veia, ou de forma sistêmica, como na insuficiência cardíaca. ▪ Acontece quando o sangue não consegue sair do órgão, ficando acumulando nas artérias, e isso acontece normalmente como consequência de alguma doença que resulta na obstrução da artéria, influenciando no fluxo de sangue. ▪ Redução da drenagem venosa, que provoca distensão das veias distais, vênulas e capilares. Por isso mesmo a região comprometida adquire coloração vermelho escuro devida a alta concentração de hemoglobina desoxigenada. ▪ O sangue represa no tecido (ele não consegue sair). ▪ É pobre em O2. ▪ Ela é chamada de congestão. ▪ Hiperemia passiva leva a hipóxia, hipóxia leva a isquemia que pode gerar infarto (necrose). ▪ A congestão pode ser causada por obstrução extrínseca ou intrínseca de uma veia ou por redução de retorno venoso, como acontece na insuficiência cardíaca. ▪ Resumindo... A passiva ocorre quando a drenagem venosa está dificultada por: 1) Retorno venoso reduzido em consequência de bloqueio obstrutivo (ex. trombose venosa) que é o caso de hiperemia localizada ou 2) Por redução do retorno venoso sistêmico ou pulmonar (ex. insuficiência cardíaca) que é o caso hiperemia sistêmica e pulmonar. ▪ Causas e consequências: → Edema (aumento da pressão homeostática); → Hemorragia; → Degeneração; → Necrose. O problema da passiva é que a passagem de saída do sangue venoso é bloqueada e assim que chega o sangue arterial, ele se mistura com o venoso. ▪ Resulta em uma obstrução ou compressão vascular; ▪ Fatores que dificultam o retorno venoso; ▪ Trombose venosa, metástases neoplásicas. ▪ Pode ser aguda (obstrução de uma veia); ou pode ser crônica (compressão gradual do retorno venoso). ▪ Dificulta o retorno venoso (onde fica uma parte preta no tecido ou órgão). ▪ Pode ter estrangulamento (gera dor), se demorar pode necrosar. ▪ O estômago por exemplo, ele dilata, pois, o baço está estrangulado. ▪ Na insuficiência cardíaca esquerda causa congestão pulmonar. ▪ É elástico; ▪ Na imagem, podemos ver o pulmão cheio de sangue, aspecto vermelho escuro, hepatizado – fibrose pulmonar. Congestão pulmonar - vasos repletos de hemácias ▪ Chamado de generalizada. ▪ Na Insuficiência Cardíaca Congestiva, Trombose e embolia pulmonar, e nas lesões pulmonares extensas (enfizemas graves em equinos, Tbc, neoplasias pulmonares etc.). ▪ Processo que dificulta o retorno venoso sistêmico. → Insuficiência cardíaca direita = grande circulação. → Insuficiência cardíaca esquerda = pequena circulação. ▪ Aumento do volume; ▪ Coloração vermelho-escura; ▪ Diminuição da temperatura. ▪ Tem alta concentração de hemoglobina desoxigenada. ▪ Alteração no funcionamento do ventrículo; ▪ Trombose venosa profunda; ▪ Trombose da veia porta; ▪ Insuficiência cardíaca, isso porque o organismo demanda maior quantidade de oxigênio e, consequentemente, sangue, porém devido à alteração no funcionamento cardíaco, é possível que o sangue não circule corretamente, resultando na hiperemia. ▪ Exemplo de hiperemia passiva: → Inflamação no intestino; → Hipóxia, leva a isquemia que pode gerar infarto (necrose). Resumindo... ▪ Edema (ativa e passiva) - o aumento da pressão hidrostática eleva a filtração e reduz a reabsorção capilar; ▪ Hemorragias (ativa e passiva); ▪ Degeneração, necrose, hipotrofias e fibrose (passiva) - por redução do afluxo de O2 e nutrientes; ▪ Trombose (passiva) - por diminuição da velocidade do fluxo. Edema ▪ Edema = inchaço; ▪ É o acúmulo de líquido no interstício ou em cavidades do organismo. ▪ Edema pode ser localizado ou sistêmico e, de acordo com sua composição, transudato ou exsudato. ▪ É um líquido com baixo conteúdo de proteínas e com densidade (menor que 1.020 g/ml). Ou seja, ele é um líquido constituído por água e eletrolíticos, pobre em células e proteínas; ▪ A existência de um transudato indica que a permeabilidade vascular continua preservada, permitindo a passagem de água, mas não a de macromolécula de proteínas. ▪ Macroscopicamente ele é um líquido claro e seroso. ▪ É um líquido rico em proteínas com a densidade (maior que 1.020 g/ml). Ou seja, é o líquido rica em proteínas e/ou células inflamatórias; ▪ Exsudato indica aumento da permeabilidade vascular, o que decorre caracteristicamente da ação de substâncias químicas liberadas nos processos inflamatórios. ▪ Macroscopicamente, o líquido é turvo e, devido ao conteúdo de fibrinogênio pode mostrar o precipitado de proteínas. Ainda revela a presença de células infamatórias. ▪ A patogênese do edemaestá relacionada com as forças que regulam o transporte de líquidos entre os vasos e interstício. ▪ Mecanismos de formação: 1) Aumento da pressão hidrostática capilar; 2) Redução da pressão oncótica do plasma e aumento da pressão oncótica intersticial; 3) Aumento da permeabilidade vascular; 4) Obstrução da drenagem linfática. ▪ Fígado produz proteínas plasmáticas. ▪ Glomerulonefrites, nefroses e insuficiência renal. ▪ Parasitoses; ▪ Alterações nas vilosidades intestinais. ▪ Localizado: é provocado por um fator que atua localmente, podendo às vezes ser a manifestação inicial de um edema generalizado, ou interfere com drenagem linfática. → Edema dos membros inferiores; → Edema pulmonar; → Edema cerebral. ▪ Generalizado: aumento de líquido intersticial em muito ou todos os órgãos. → Redução da pressão osmótica; → Insuficiência cardíaca; → Edema renal. ▪ Cacifo, sinal de cacifo ou sinal de Godet. ▪ Sinal clínico avaliado por meio da pressão digital do seu dedo sobre a pele do animal. Isquemia ▪ Isquemia = hipóxia e anóxia → infarto. ▪ Isquemia (do grego, ische = restrição e haimos = sangue) é a redução (isquemia parcial) ou a cessação (isquemia total) do fluxo sanguíneo para um órgão ou território do organismo, ou seja, o aporte insuficiente de sangue para manter as necessidades metabólicas dos tecidos. ▪ Com isquemia, portanto, surgem hipóxia ou anóxia, que leva ao infarto (necrose). ▪ Na maioria das vezes, isquemia resulta de redução da luz do vaso (p. ex., obstrução vascular, parcial ou total). ▪ Na grande maioria das vezes, a isquemia é causada por obstrução total ou parcial de artérias, veias ou capilares. As causas da obstrução podem estar na luz do vaso ou fora dela, esta quando há compressão extrínseca na parede vascular. ▪ Redução da luz do vaso – obstrução parcial ou total; ▪ Hipoperfusão sistêmica – choque. ▪ Obstrução arterial: principal causa de isquemia, resulta em embolia ou até mesmo trombose. ▪ Obstrução da microcirculação: obstrução de capilares com isquemia localizada. ▪ Obstrução venosa: pode resultar em trombose. ▪ A principal consequência da isquemia é redução no fornecimento de oxigênio (hipóxia) até ausência do seu suprimento (anóxia), capazes de provocar necrose. ▪ O tecido nervoso é muito sensível à hipóxia; neurônios podem sofrer necrose após poucos minutos de anóxia. Já o tecido muscular estriado é mais resistente, o mesmo acontecendo com o tecido ósseo. ▪ As consequências da isquemia dependem de vários fatores: 1) Extensão da área isquêmica e sua localização; 2) Velocidade de instalação (súbita ou lenta); 3) Existência de circulação colateral; 4) Sensibilidade dos tecidos atingidos à hipóxia ou à anóxia. ▪ Em geral, quanto mais extensa, mais grave é a isquemia (p. ex., no miocárdio). No entanto, isquemia em pequena área no sistema de condução cardíaco pode levar a arritmias graves e até morte, assim como pequena isquemia cerebral em centros nervosos essenciais pode ser fatal ou deixar sequelas graves. Infarto ▪ Área de necrose isquêmica; ▪ Interrupção do fluxo sanguíneo arterial ou venoso; ▪ Oclusão do suprimento arterial: mais comum; ▪ Oclusão da drenagem venosa; ▪ Infarto é uma área localizada de necrose isquêmica, por interrupção do fluxo sanguíneo arterial ou venoso; ▪ Infarto pode ser branco ou vermelho (hemorrágico). ▪ É o infarto em que a região afetada fica mais clara (branca ou amarelada) do que a cor normal do órgão. Infarto branco é causado por obstrução arterial em territórios sem ou com escassa circulação colateral. ▪ Em órgãos ou territórios supridos por ramos colaterais, estes podem evitar lesões isquêmicas, especialmente se formados por tecidos que, naturalmente, resistem mais à hipóxia ou à anóxia. ▪ Em órgãos com circulação terminal ou com poucos ramos colaterais, obstrução arterial, especialmente em situações de aumento da demanda de oxigênio, queda abrupta da pressão arterial, choque ou anemia, resulta em infarto branco. É o que acontece tipicamente no coração, no encéfalo, nos rins e no baço. ▪ A região comprometida adquire coloração vermelha em razão da hemorragia que se forma na área infartada. ▪ Infarto vermelho, que pode ser causado por obstrução tanto arterial como venosa, ocorre caracteristicamente em órgãos com estroma frouxo (p. ex., pulmões) e/ou com circulação dupla ou com rica rede de vasos colaterais. ▪ As consequências e a gravidade dos infartos dependem da sua extensão e do órgão comprometido. ▪ Os infartos evoluem para cura com cicatrização. Hemorragia ▪ Extravasamento de sangue no espaço extravascular. ▪ Hemorragia ou sangramento é o distúrbio da circulação caracterizado pela saída de sangue do compartimento vascular ou das câmaras cardíacas para o meio externo, para o interstício ou para as cavidades pré-formadas. ▪ Pode ser externa ou estar confinada dentro de um tecido ou cavidade (interna). ▪ Hemorragias podem ser causadas por diversos mecanismo, que são: Alterações na integridade da parede vascular; 2- Alterações dos mecanismos de coagulação sanguínea, incluindo fatores plasmáticos e teciduais; 3- Alterações qualitativas ou quantitativas das plaquetas; 4- Mecanismo complexos e ainda mal definidos ▪ Origem: vasos/coração (artéria, veia e capilar). ▪ Classificação: tamanho (localização/origem); a lesão (causa). ▪ Petéquia = até 3mm; → Órgão “pintadinho”. → Origem: capilar. ▪ Púrpura = até 1 cm; → Lesão superficial um pouco maior que as petéquias, geralmente na pele; → Geralmente é vista junto com a petéquia; ▪ Equimose = é a hemorragia que aparece como mancha azulada ou arroxeada, mais extensa do que a púrpura e que pode provocar aumento discreto de volume local. Equimoses são frequentes em traumatismos; ▪ Sufusão = parecido com a esquimose, porém ocorre em cavidades (órgãos internos). Na serosa dos órgãos (tecido ou muco) são difusas. ▪ Hematoma = consiste em hemorragia em que o sangue se acumula formando uma tumoração. Como a equimose, hematoma é frequente após ação de agentes mecânicos. ▪ Prefixo: “Hemo/Hemato”; ▪ Sufixo: “rragia”. → Exs: • Hemartose - articulações; • Hematêmese - vômito com sangue; • Hematúria - urina; • Metrorragia - útero. ▪ Hemoptise = trato respiratório; ▪ Epistaxe = através da narina; ▪ Rinorragia = na narina; ▪ Hematoquezia = sangue não digerido (não entrou em contato com solução básica ou acida forte), de cor vermelha; ▪ Melena = sangue digerido (entrou em contato com solução básica ou acida forte), que confere cor escura às fezes; → Hematoquezia e Melena = sangue nas fezes. ▪ Hematêmese = é a eliminação de sangue pela boca oriundo do sistema digestório e eliminado por vômito; ▪ Hemopericárdio = saco pericárdico; ▪ Hemotórax = dentro da cavidade toráxica; ▪ Hemoperitôneo = dentro da cavidade abdominal. ▪ Per rhexis = por trauma, pancada; ▪ Per diabrosis = inflamação, necrose, erosão; ▪ Per diapedesis = hemácia passa para fora do vaso. Geralmente ocorre quando tem lesão vascular na parede do vaso. ▪ Precisa ver a hemácia – fora do vaso. ▪ Geralmente ver petéquia. ▪ Pigmento: hemossiderina / bilirrubina. ▪ Perda sanguínea por hemorragia tem consequências muito variadas, dependendo do volume de sangue perdido, do local do sangramento e da velocidade da perda. ▪ Perdas pequenas, mas contínuas, podem causar espoliação de ferro e, consequentemente, anemia; sangramentos digestivos crônicos por úlceras benignas ou neoplasias manifestam-se por anemia geralmente hipocrômica. Perdas volumosas de sangue causam anemia aguda e, nos casos mais graves, choque hipovolêmico. ▪ Pode ocasionar também: morte encefálica;isquemia do tecido nervoso etc. Hemostasia e Coagulação Sanguínea ▪ Processo fisiológico de controle de sangramento quando ocorre lesão vascular. ▪ Antecede a trombose. ▪ Indispensável para manter a fluidez normal do sangue. ▪ Células do endotélio tem atividade trombolítica (tendência a formar coágulos - só se forma quando tem lesão) = atividade pró- coagulante. ▪ Prostaciclina (PGI2) e o óxido nítrico = impedem a adesão plaquetária. ▪ Endotélio integro impede: → Interação de plaquetas com o fator de Von Willebrand (região subendotelial); • Uma deficiência no fator de Von Willebrand pode ocasionar uma hemorragia intensa. → Contato do plasma com o colágeno (região subendotelial) = ativação da cascata de coagulação. ▪ Essenciais para a hemostasia. ▪ Carga negativa da superfície impede adesão entre si e com o endotélio. 1) Adesão: mediada por vWF. → Aderência das plaquetas a uma superfície desprovida de endotélio. → Plaquetas ativadas liberam grânulos com fatores pró-coagulantes. 2) Agregação: processo em que as plaquetas se aderem umas às outras. → Entre as plaquetas forma-se a fibrina filamentosa - fibrina garante adesão das plaquetas umas às outras formando uma estrutura rígida. ▪ A reação fundamental do processo de coagulação é a transformação do fibrinogênio solúvel em fibrina insolúvel - Reação em cascata. 1) Via intrínseca: contato dos fatores de coagulação com uma superfície (colágenos, plaquetas etc.); → Quem ativa essa via? R: Fator de Hageman. 2) Via extrínseca: ativada pela liberação de tromboplastina (fator tecidual) quando há destruição celular. → Quem ativa essa via? R: Fator tecidual. OBS: Via intrínseca + via extrínseca = Trombina converte o fibrinogênio em fibrina. Via intrínseca e extrínseca tem em comum o fator X para formação da Trombina. A cascata de coagulação ativa as duas vias ao mesmo tempo. Independente da via vai ter fibrina! OBS: Plasmina - é uma importante enzima presente no sangue que degrada muitas proteínas do plasma sanguíneo, mais notavelmente os coágulos de fibrina. A degradação da fibrina é chamada de fibrinólise. É ativada pelo ativador de plasminogênio tecidual (AP-t), ativador de plasminogênio uroquinase (uPA), trombina, fibrina e fator XII. ▪ Período curto de vasoconstrição. ▪ Coagulação sanguínea em resposta a lesão. 1) Adesão de plaquetas (fator de von Willebrand); 2) Colágeno subendotelial ativa via intrínseca; 3) Células endoteliais lesadas liberam tromboplastina (via extrínseca); 4) Liberação de fatores pró-coagulantes pelas plaquetas. ▪ Formação de um tampão temporário que após polimerização da fibrina torna-se permanente. ▪ Hemorragias espontâneas sem causa aparente ou por dificuldade de coagulação sanguínea. ▪ Etiologia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue https://pt.wikipedia.org/wiki/Plasma_sangu%C3%ADneo https://pt.wikipedia.org/wiki/Co%C3%A1gulo https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibrina https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibrin%C3%B3lise https://pt.wikipedia.org/wiki/Ativador_de_plasminog%C3%AAnio_tecidual https://pt.wikipedia.org/wiki/Ativador_de_plasminog%C3%AAnio_tecidual https://pt.wikipedia.org/wiki/Trombina https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibrina https://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_XII → Alterações plaquetárias - fator de von Willebrand; → Alterações dos fatores de coagulação - hemofilia; → Comprometimentos vasculares. Trombose ▪ Solidificação do sangue no interior do sistema cardiovascular em um indivíduo vivo. ▪ Não é comum! ▪ Então, seria a formação de um coágulo no sistema circulatório? ▪ Coágulo x Trombo. → Trombo: é a massa sólida formada pela coagulação do sangue. → Coágulo: massa não estruturada de sangue fora dos vasos ou do coração ou formada por coagulação após a morte (com a parada da circulação, o sangue tende a se coagular no interior do coração e doas vasos). OBS: Trombo = quanto mais antigo, mas aderido! Coágulo Trombo ▪ Lesão endotelial = lesão na parede vascular. ▪ Fluxo sanguíneo anormal = Ex: Lentidão excessiva do fluxo sanguíneo ou sangue parado (coagula). ▪ Hipercoagulabilidade = coagulação (lesão constante). Alteração de fluxo = mais lesão. ▪ Perda ou lesão física do endotélio (exposição da MEC e ativação da cascata de coagulação – vWF e fator tecidual). ▪ Importante no coração e artérias por causa do intenso fluxo. ▪ A perda de revestimento endotelial permite contato direto do sangue com o conjuntivo subendotelial (ativação da via intrínseca), adesão e agregação plaquetárias e redução dos fatores anticoagulantes. ▪ Alguns exemplos: → Vírus (p. ex. herpesvírus, vírus da peste bovina e suína). → Bactérias (p. ex. Erysipelothrix rhusiopathiae, Haemophilus somnus). → Fungos (p. ex. Aspergillus). → Parasitas nematódeos (p. ex. larvas Strongylus vulgaris, Dirofilaria, Spirocerca). → Vasculite imuno-mediada (p. ex. púrpura hemorrágica, peritonite infecciosa felina). → Deficiência de vitamina E ou selênio (microangiopatia). → Injeções intravenosas incorretas. ▪ Estase do fluxo sanguíneo = agregação de hemácias e plaquetas. ▪ Turbulência no fluxo sanguíneo = lesão endotelial e alteração na corrente. → Retardamento do fluxo: diminuem a velocidade sanguínea, favorecendo a agregação de hemácias e plaquetas e são causas frequentes de trombose venosa. Ex: Insuficiência cardíaca. → Aceleração do fluxo e turbulência: aumento da velocidade do sangue modifica o fluxo, permitindo o contato das plaquetas com a superfície interna dos vasos. Turbulência do fluxo lesa o endotélio, permitindo o contato das plaquetas com a parede vascular, diminuindo assim a velocidade do sangue. Ex: Aneurismas. ▪ Essas alterações promovem ativação endotelial aumentado a atividade pró- coagulante e adesão. ▪ Exs: → Estase local ou fluxo reduzido (p. ex. dilatação e vólvulo, compressão externa do vaso, etc). → Doenças cardíacas (p. ex. hipertrofia cardíaca). → Aneurisma (p. ex. Strongylus vulgaris, Spirocerca lupi). → Hipovolemia (p. ex. choque, diarreia e queimaduras). ▪ Aumento da viscosidade (hematócrito). ▪ Alteração dos fatores de coagulação. ▪ Anormalidades plaquetárias (trombocitose). ▪ Exs: → Aumento da atividade plaquetária (p. ex. diabetes melito, neoplasia maligna, dirofilariose). → Aumento da ativação do fator de coagulação (p. ex. síndrome nefrótica, coagulação intravascular disseminada, neoplasia). → Deficiência de antitrombina III (p. ex. doença hepática). ▪ Quanto à localização: → Venosos. → Cardíacos. → Arteriais. → Capilares. ▪ Quanto à estrutura: → Trombos brancos (fibrinoso): • Constituídos por leucócitos, plaquetas e fibrina; • Se formam nas artérias e coração = fluxo rápido. • Aderidos na parede vascular (não obstrutivos). • Apresentam estriação em linhas (linhas de Zahn). • Causa: lesão na parede vascular. → Trombos vermelhos (coagulação): venoso! • Constituído por hemácias, leucócitos, plaquetas e fibrina. • Se formam nas veias = zonas de fluxo mais lento. • Pouco aderidos. • Tendem a desprender-se com mais facilidade. • Causa: lentidão da corrente. → Trombos mistos: mais comuns! • Constituídos por todos os elementos do sangue. • Se formam nas artérias lentamente. • Coloração vermelha e branca. a) Cabeça: trombo branco, pequeno, fixado no endotélio; b) Colo: porção estreita intermediária, na qual se configuram as "linhas de Zahn“; c) Cauda: trombo vermelho. ▪ Quanto ao efeito da interrupção do vaso sanguíneo: → Ocludentes (Oclusivos). → Parietais ou Semi-ocludentes ou Mural. ▪ Quanto à presença de infecção: → Sépticos. → Assépticos. ▪ Obstrução de artérias e veias, êmbolos. → Obstruçãovascular: é a principal consequência dos trombos. Em artérias, provocam isquemia. Em veias, dificultam o retorno venoso, aumentam a pressão hidrostática e provocam edema; dependendo do grau e da duração da obstrução também resultam em isquemia. → Embolização: os trombos podem se destacar ou se fragmentar, formando êmbolos. ▪ Trombos venosos: são formados primeiramente por hemácias presas em uma rede de fibrina, além de algumas plaquetas, e se formam em áreas de estase após ativação do sistema de coagulação. → Congestão, hiperemia passiva, edema, êmbolos pulmonares. → Trombose Venosa Profunda. ▪ Trombos arteriais: contêm principalmente plaquetas, possuem relativamente pouca fibrina e se formam em locais com lesão endotelial e fluxo sanguíneo de alta velocidade. → Êmbolos e infartos em diversos locais, oclusão (Ex: coronária). → Trombose Arterial e Cardíaca. Embolia ▪ Embolia é a ocorrência de qualquer elemento estranho (êmbolo) na corrente circulatória e transportado por ela - podem estar contaminados por bactérias! ▪ É capaz de obstruir um vaso. ▪ Consequência: localização do trombo. Dependendo da localização do trombo o embolo pode migrar para regiões locais ou para qualquer outro lugar. ▪ Em mais de 90% dos casos, os êmbolos se originam de trombos (tromboembolia). ▪ Êmbolos originados de trombos venosos (exceto no sistema porta) são levados aos pulmões. Trombos arteriais (coração e grandes artérias) dão êmbolos que se dirigem à grande circulação e se alojam principalmente no cérebro, intestinos, rins, baço e membros inferiores - podem causar isquemia. ▪ Êmbolos sólidos: São os mais frequentes. A grande maioria provém de trombos. Geralmente param no pulmão - Tromboembolia pulmonar. → Trombos (artérias, veias, capilares e válvulas cardíacas) - pode ser arterial ou venoso, podendo parar no coração, nos rins etc., sendo caracterizado como sistêmico. → Êmbolos tumorais - Neoplasias - ocorre no leito venoso, podendo ocasionar embolia pulmonar e consequentemente morte súbita; → Gordura/Medula óssea (tecido hematopoiético) - ocorre no leito venoso. ▪ Êmbolos líquidos: São menos frequentes. Ocorre no leito venoso. → Líquido amniótico (raro e fatal) - embolo entra na circulação gerando inflamação, podendo ocasionar choque e consequentemente o organismo entra em uma reação de hipersensibilidade. ▪ Êmbolos gasosos: mais raros. → Bolhas de gás que obstruem vasos sanguíneos. → Pode ser venosa ou arterial. • Venosa: o ar pode agredir as células endoteliais; além disso, o contato do ar com o sangue ativa a coagulação sanguínea, tudo isso gerando fibrina, agregados plaquetários e microtrombos. Ex: grande quantidade de ar na circulação pode causar morte súbita; injeção de ar; trauma etc. • Arterial: indivíduos submetidos a uma queda brusca de pressão atmosférica (mergulhadores com retorno rápido à superfície, despressurização em cabines de avião) sofrem expansão de gases dissolvidos no sangue e tecido adiposo, formando microbolhas gasosas. Ex: descompressões súbitas (doença da descompressão). ▪ Depende de: → Tipo de êmbolo (séptico/neoplásicos/trombo) e volume. → Local atingido (essencialidade, presença e eficiência de circulação colateral, vulnerabilidade à hipóxia - principalmente em tecido nervoso etc.) ▪ Em geral ocorre: → À jusante (do êmbolo para a frente - sangue para de fluir causando hiperemia - acúmulo de sangue): Isquemia - Necrose; → À montante (do embolo para trás): Hiperemia passiva - edema - degeneração - infarto. Choque ▪ Choque é um distúrbio hemodinâmico agudo ou sistêmico caracterizado por incapacidade do sistema circulatório de manter a pressão arterial em nível suficiente para garantir a perfusão sanguínea de órgãos vitais, o que resulta em hipóxia generalizada. ▪ Falência circulatória = redução do débito cardíaco. ▪ Em princípio o choque pode ser provocado por: → Diminuição dos fluídos do corpo; → Falha no bombeamento do coração (na diferença de pressão entre o lado esquerdo e lado direito do coração); → Resistência vascular (periférica - arteríolas). ▪ Resultado de eventos clínicos potencialmente letais (hemorragia grave, trauma extensivo, queimaduras, grande infarto miocárdico, embolia pulmonar maciça, sepse microbiana etc.). Dá origem à hipoperfusão sistêmica causada pela redução no débito cardíaco ou no volume sanguíneo circulante efetivo. ▪ Resultados: hipotensão seguida por perfusão tecidual deficiente e hipóxia celular. Inicialmente há apenas uma lesão celular reversível, massa persistência do choque pode causar lesão irreversível e culminar na morte do paciente. ▪ Resulta em queda de pressão arterial (sangue para de circular); baixa perfusão tecidual e hipóxia. ▪ Distúrbios na macrocirculação: diminuição no retorno venoso (coração e volume de sangue); → Falha no coração e redução do volume sanguíneo. ▪ Distúrbios na microcirculação: hipotensão arterial. (vasos periféricos - arteríola... ‘’pequenos’’). → Endotoxinas; Anafilaxia e lesão encefálica. ▪ Insuficiência cardíaca aguda (infarto, miocardite, arritmias) - leva a diminuição do débito cardíaco. ▪ Obstrução na circulação intratorácica (embolia pulmonar, tamponamento cardíaco) - leva a diminuição do enchimento cardíaco; diminuição do retorno venoso e diminuição do débito cardíaco. ▪ Perda de volume (sangramento, diarreia e queimaduras) - leva a diminuição do retorno venoso e consequente diminuição do débito cardíaco. → Diminuição do enchimento cardíaco → Diminuição do retorno venoso → Diminuição do débito cardíaco → Choque. ▪ Perda de grandes volumes: do volume sanguíneo ou plasmático. ▪ É causado por redução agudo e intensa do volume circulante, por perda de líquidos para o meio externo, devido a hemorragias graves, vômitos, diarreia, perda cutânea (Ex: queimadura) e passagem rápida de líquido do meio intravascular para a MEC (como na dengue, devido à perda de fluidos na microcirculação). 1) Sangramento intenso; 2) Perda de plasma - Ex: queimadura; 3) Desidratação - severa! 4) Queda grava na pressão - diminuição do volume → diminuição da pressão → Choque (paciente chega na clínica com taquicardia, taquipneia, palidez e extremidades frias) → Hipoxia/anoxia → Falência de múltiplos órgãos. Quando há perda considerável de líquido, caem a pressão arterial e a perfusão tecidual, levando ao choque. Com a hipóxia tecidual, aumentam ADP, adenosina e ácido lático, que induzem a liberação de mediadores que abrem a circulação terminal (arteríolas e capilares), reduzindo o retorno venoso e a perfusão tecidual, criando um círculo vicioso que agrava o choque. No lado direito da figura, estão representados os mecanismos de adaptação que são acionados na tentativa de compensar a perda de líquidos. ▪ Surge por insuficiência cardíaca aguda, especialmente do ventrículo esquerdo, que resulta em incapacidade do coração em bombear o sangue para a periferia. ▪ Falha no bombeamento = redução no débito cardíaco. ▪ As principais causas são infarto agudo do miocárdio e miocardites agudas; menos frequentemente, ruptura de valvas cardíacas (p. ex., endocardite infecciosa) ou de músculo papilar. ▪ Qualquer dano primário no coração. 1) Danos intrínseco ao coração (infarto); 2) Arritmias cardíacas; 3) Choques elétricos; 4) Tamponamento; 5) Outros. ▪ É sistêmico; ▪ Hipersensibilidade do tipo I mediada por IgE - resposta exagerada a um agente invasor que nem faz mal ao organismo; 1) Dilatação vascular (periférica) - perda de resistência (vasodilatação) e aumento da permeabilidade do vaso. → Histamina: vasodilatador que diminui a resposta alérgica. Provoca vasodilatação arteriolar, queda rápida dapressão arterial, inundação do leito capilar e diminuição do retorno venoso. Mastócito libera e é mediada por IgE. 2) Edema - ocasiona perda de líquido. ▪ Desencadeado por alérgenos (Por exemplo: penicilina; leite; ovos; frutos do mar; amendoim etc.). O mecanismo básico é a vasodilatação periférica que se instala rapidamente, por causa da liberação de histamina quando mastócitos são estimulados por antígenos que se ligam a IgE na superfície deles. Histamina provoca vasodilatação e queda brusca da pressão arterial. Se não há intervenção rápida, o choque pode levar rapidamente à morte por hipoperfusão persistente do sistema nervoso central. ▪ Mais difícil de reverter! ▪ Reação imunológica sistêmica a uma infecção bacteriana ou fúngica. 1) Vasodilatação periférica (artérias, arteríolas) com acúmulo de sangue = hipoperfusão tecidual - Hipóxia. 2) Ativação/lesão endoteliais = coagulação intravascular disseminada (inflamação generalizada). → Se tem lesão endotelial tem lesão vascular! 3) Dano induzido por leucócitos. 4) Ativação das cascatas de citosinas inflamatórias - coordena a resposta inflamatória. ▪ Vários constituintes microbianos podem iniciar o processo; ▪ Sistema imune inato: macrófagos; os neutrófilos e outras células respondem a várias substâncias derivadas de microrganismos; ▪ Liberação de mediadores inflamatórios; ▪ Elementos de imunidade inata: vias do sistema complemento e da coagulação (CID). ▪ Os mediadores inflamatórios (citocinas, produtos da ativação do complemento, cininas, histamina, prostaglandinas e leucotrienos) causam vasodilatação arteriolar (que reduz a resistência periférica) e inundação do leito capilar (que reduz o retorno venoso, agravado pela perda de líquido para a MEC resultante do aumento da permeabilidade vascular). ▪ Além desse mecanismo periférico (mecanismo distributivo), as citocinas pró-inflamatórias (IL-1, TNF, IL-6) têm efeito depressor sobre o miocárdio, reduzindo a eficácia do coração em bombear o sangue para a periferia (mecanismo cardiogênico). Vai ter dificuldade no retorno venoso; ele não vai chegar pálido como o anafilático, ele vai chegar quente, vermelho... Choque séptico, que pode ser provocado por inúmeras agressões (infecciosas ou não), resulta da liberação de DAMP (traumatismos, destruição tecidual) ou PAMP (infecções) (ver Capítulo 4). DAMP e PAMP induzem a liberação de mediadores por ativação da resposta imunitária inata (leucócitos, endotélio, sistemas da coagulação sanguínea e do complemento). Os mediadores induzem aumento da permeabilidade vascular, vasodilatação, abertura de capilares e depressão do miocárdio, que acionam simultaneamente os três mecanismos patogenéticos de choque: cardiogênico, vasogênico e hipovolêmico, indicados nos retângulos azuis. ▪ Menos frequente; ▪ Muito comum ocorrer trauma! ▪ Desregulação neurogênica; 1) Redução do tônus das artérias e veias; 2) Diminuição da resistência; 3) Diminuição do retorno venoso. ▪ Lesão no SNC pode culminar em uma falha no controle periférico (SNP) sob o tônus dos vasos.
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