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JOVENS EM SITUAÇÃO DE POBREZA, VULNERABILIDADES SOCIAIS E VIOLÊNCIAS (MARY GARCIA CASTRO e MIRIAM ABRAMOVAY

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Estudo dirigido do texto: JOVENS EM SITUAÇÃO DE POBREZA, VULNERABILIDADES 
SOCIAIS E VIOLÊNCIAS (MARY GARCIA CASTRO e MIRIAM ABRAMOVAY) 
 
Questões para analisar e sintetizar suas opiniões com base na leitura do 
texto: 
 
Para as autoras, os jovens, embora façam parte e circulem por distintas 
instituições, como a família, o mercado de trabalho e a escola, são produtores e 
consumidores de espetáculos e notícias, são produzidos e reproduzem formas de ser e de 
pensar e, mesmo que respondam ao apelo do consumo, da competitividade, do 
individualismo e da fixação no poder, muitos desenvolvem um pensamento crítico, buscam 
saídas e resistem, ainda que o horizonte do possível para os pobres seja limitado. 
1. Por que a consciência crítica é importante? 
Por que quando saímos do modo passivo, e paramos de dizer “sim” para 
tudo e todos, acontecem mudanças que não seriam possíveis se 
continuássemos a viver de maneira robotizada. Como citado no texto, “mas 
muitos desenvolvem um pensamento crítico, buscam saídas e resistem, 
ainda que o horizonte do possível para os pobres seja limitado” e ainda outra 
parte do texto “Sou negro já tenho outra barreira para mim, eu sei que eu 
nunca vou ter uma casa boa para morar, eu sei que eu nunca vou ter um 
carro como eu gostaria de ter”. Nessa ultima citação, o jovem, com base na 
sua realidade, demostra estar conformado, ou seja, acomodado com as 
limitações impostas pela sociedade, e quando não há alguém que o induza a 
sair desse modo e refletir que poderia ser diferente, nada acontecerá. Pois o 
pensar é uma arma poderosa pra quem deseja transformar a realidade. 
2. Por que é tão importante desenvolver políticas voltadas para juventude? 
Estamos vivenciando um período em que há predomínio da população 
adolescente, e o país não possui estrutura para amparar esses jovens, como 
por exemplo, lugares/espaços que permitam o contato como o esporte, 
educação, cultura, lazer e também, oportunidade de emprego que, sem 
experiência, possibilitem entrar no mercado de trabalho. Assim, uma grande 
parcela da população jovem não teria que entrar no mundo do crime por falta 
de recursos na sociedade. 
“[Os traficantes] Colocaram lazer na comunidade, organizaram o futebol, 
coisa que a comunidade ama. Colocaram o baile funk, que na época a gente 
adorava. Colocaram uma série de outras atividades, assim, para animar a 
comunidade. Poxa, os traficantes foram os nossos heróis, entendeu? Na 
época, os traficantes eram os meus heróis e não os policiais.” 
Quando a sociedade rejeita, o crime abraça. 
3. Por que as marcas deste tempo histórico marcam tanto os jovens em situações 
de pobreza quanto aqueles que não se encontram nessa situação? 
“a maioria do pessoal aqui acha que quem dança é bicha. Além disso, quem 
pratica música também pode ser discriminado e visto como vadio, truqueiro, 
ladrão” 
“A norma de discriminação contra homossexuais e travestis pode levar a 
atos de extrema violência por parte dos próprios jovens” 
“Se o menino anda em grupo de pichações, de não sei quê, então eu já não 
quero mais nem saber dele. Então ele já é colocado de lado. Até mesmo a 
igreja teme desenvolver o trabalho”. 
“O que mais afeta os jovens na violência é o racismo” 
Com base nesses fragmentos retirados do texto, podemos observar que 
preconceito e respeito, ou a falta dele, vão além da classe social que cada 
jovem está inserido. Isto ocorre por que estamos passando por um momento 
em que muitas concepções estão sendo mudadas, como a questão de 
gênero, por exemplo, em que a dança era coisa de mulher, e atualmente este 
paradigma está sendo mudado, o que resulta em preconceito, devido a 
cultura arraigada pelas gerações anteriores. 
4. O que você acha que a escola pode fazer para colaborar? 
Remover um preconceito que está inserido na sociedade, é muito difícil, mas 
ensinar a respeitar as diferenças, é possível, e isto a escola pode/deve fazer 
para diminuir a violência (física, moral, psicológica, etc.). 
Outro ponto que cabe a escola e que também foi assunto do texto, é de 
formarem pessoas críticas, que saibam pensar, criticar, defender suas ideias 
e mudar a realidade. 
Sabemos que ambos os assuntos já são trabalhados nas instituições de 
ensino, mas há necessidade que isto aconteça com mais frequência com o 
apoio do Estado no quesito de recursos, como materiais de ensino, palestras, 
seminários e outras atividades que facilitem a compreensão deste momento 
de transformação na sociedade. 
5. Sintetize o que mais te marcou na leitura do texto e explique porque. 
“Eu acho que violência vem através, principalmente, da oportunidade de 
trabalho, a pessoa não tendo oportunidade de trabalho, não conseguindo um 
emprego, no desespero, ela vai entrar no tráfico. E o tráfico, pelo que dizem, 
eu não sei e não quero nem saber, está dando mais oportunidade para as 
pessoas, o salário parece que está melhor, apesar do risco de vida. (Grupo 
focal com jovens)” 
Esse trecho do texto me chamou a atenção por que mostra como se encontra 
o cenário político brasileiro. A criminalidade como válvula de escape para os 
sujeitos rejeitados pela sociedade, onde os jovens colocam em jogo suas 
próprias vidas em nome do dinheiro, da posição que ocupam naquele meio. 
Lutamos por igualdade em um país desigual de norte a sul. Lutamos por 
melhores condições de vida, onde em um mesmo território nacional há 
regiões de extrema pobreza e outra que desfruta de riquezas naturais. 
Estamos em um país que requer mudança desde a sua base, mas no 
momento, precisamos urgentemente de mais oportunidades de emprego, 
educação e contato com a cultura produzida pela humanidade. Só assim 
estaremos aptos para defender hoje, um futuro que queremos no amanha.

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