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Curvas Limite DEFINIÇÃO: Sejam 𝛼: 𝐼 → 𝑅𝑛 uma curva parametrizada e 𝑡0 ∈ 𝐼 . Definimos da curva será igual ao limite das funções coordenadas de um ponto da curva, ou seja, se em um ponto da curva não houver limite toda a curva também não terá limite: 𝑙𝑖𝑚𝑡 →𝑡0 𝛼(𝑡) ≔ (𝑙𝑖𝑚𝑡 →𝑡0 𝛼1(𝑡) , … , 𝑙𝑖𝑚𝑡 →𝑡0 𝛼𝑛(𝑡)) Ou seja, quando existe os limites 𝑙𝑖𝑚𝑡 →𝑡0 𝛼𝑖(𝑡), 𝑖 = 1, … , 𝑛. Assim, segue por definição que o 𝑙𝑖𝑚𝑡 →0 𝛼(𝑡) = (𝑙𝑖𝑚𝑡 →0 𝑡𝑒 𝑡 , 𝑙𝑖𝑚𝑡 →0 𝑠𝑒𝑛𝑡 𝑡 ) = (0,1), ou seja, o limite de cada função coordenada pois o limite de uma curva é um ponto do 𝑅𝑛 e para que não exista basta também não existir em uma das funções coordenadas sejam (x,y) ou (x,y,z). PROPRIEDADES DO LIMITE DE CURVAS: Sejam 𝛼, 𝛽: 𝐼 → 𝑅𝑛 duas curvas parametrizadas, que possuem limites em 𝑡0 ∈ 𝐼, e 𝑎 ∈ 𝑅. Então: Continuidade DEFINIÇÃO: Dizemos que a curva 𝛼: 𝐼 → 𝑅𝑛 é contínua em 𝑡0 ∈ 𝐼 quando vale a igualdade a seguir: 𝑙𝑖𝑚𝑡 →𝑡0 𝛼(𝑡) = 𝛼(𝑡0). Onde acontecem 3 coisas: o limite da curva existe, a curva está definida em 𝑡0 e vale a igualdade onde o limite da curva no 𝑡0 é igual ao 𝛼(𝑡0) . TEOREMA: 𝛼: 𝐼 → 𝑅𝑛 é contínua se, e somente se, suas funções coordenadas são todas contínuas. CAROLÁRIO: Sejam 𝛼, 𝛽: 𝐼 → 𝑅𝑛 curvas parametrizadas e 𝑓: 𝐼 → 𝑅 uma função. Se 𝛼, 𝛽 𝑒 𝑓 são contínuas, então também são contínuas: 𝛼 + 𝛽; < 𝛼, 𝛽 >; 𝑓 × 𝛼 𝑒 𝛼^𝛽 Derivadas Sabemos que, de uma maneira geral, a derivada é a inclinação da reta tangente que passa por uma determinada curva. Além disso, a derivada também é muito utilizada em física, pois ela também é uma taxa de variação, como por exemplo, a velocidade. Dessa forma, podemos dizer que uma curva 𝛼: 𝐼 → 𝑅𝑛 é dita ser derivável (diferenciável) em 𝑡0 ∈ (𝑎, 𝑏), quando existe o seguinte limite: 𝑙𝑖𝑚 ℎ→0 1 ℎ [𝛼(𝑡0 + ℎ) − 𝛼(𝑡0)] = 𝛼′(𝑡0), que lembra muito a definição de derivada: É de fato é a mesma equação. Chamamos de derivada de 𝛼 em (𝑡0). Na curva alfa determinamos dois pontos; 𝛼(𝑡0) e 𝛼(𝑡0 + ℎ), então analisamos o vetor formado definido por [𝛼(𝑡0 + ℎ) − 𝛼(𝑡0)]. Se multiplicarmos esse vetor por 1/h e fazer com que esse vetor tenda a 0 teremos então a derivada da curva alfa. Exemplo: 𝛽: 𝑅 → 𝑅2, 𝛽(𝑡) = (𝑡, |𝑡|). 𝛼 existe? Assim vemos que beta não é diferenciável em 0, pois seus limites laterais são distintos. Mas não precisamos fazer sempre essa conta para verificar se uma curva parametrizada é ou não diferenciável; podemos usar a definição: .TEOREMA: Uma curva 𝛼: (𝑎, 𝑏) → 𝑅𝑛, 𝛼(𝑡) = (𝛼1(𝑡), … , 𝛼𝑛(𝑡)) é derivável em 𝑡0 se, e somente se, suas funções coordenadas são deriváveis em 𝑡0. Além disso, 𝛼′(𝑡) = (𝛼1′(𝑡), … , 𝛼′𝑛(𝑡)). Ou seja, derivar uma curva é derivar cada função coordenada. Exemplo: A derivada de alfa t é na verdade a derivada de suas funções coordenadas. REGRAS DE DERIVAÇÃO: Sejam 𝛼, 𝛽: (𝑎, 𝑏) → 𝑅𝑛 curvas diferenciáveis e 𝑓: (𝑎, 𝑏) → 𝑅 uma função diferenciável. Então 𝛼 + 𝛽, < 𝛼, 𝛽 >, 𝑓 ∙ 𝛼, ||𝛼|| 𝑒 𝛼^𝛽 são diferenciáveis. Além disso: A reta tangente Reta Tangente é a reta que toca uma curva ou superfície sem cortá-la, compartilhando um único ponto. Próximo ao ponto de tangência, a curva é aproximadamente a reta tangente. Para encontrar a reta tangente a uma curva que passa no ponto (x0, y0) é necessário saber qual o coeficiente angular a da reta. A equação da reta é dada por y-y0 = a (x-x0). Em curvas parametrizadas, temos que dado o traço de uma curva e tendo um ponto 𝛼(𝑡), podemos definir o vetor tangente a curva nesse ponto e a partir disso podemos definir também a reta que passa 𝛼(𝑡) e possui a mesma direção do vetor 𝛼′(𝑡). Seja 𝛼: 𝐼 → 𝑅𝑛 uma curva. Quando 𝛼′(𝑡): = 𝑙𝑖𝑚 ℎ→0 1 ℎ (𝛼(𝑡0 + ℎ) − 𝛼(𝑡0)) existe e é diferente do vetor nulo, fica bem definida a reta 𝑟: 𝑅 → 𝑅𝑛 : 𝑟(𝑠) = 𝛼(𝑡0) + 𝑠 ∙ 𝛼 ′(𝑡0) Denominada reta tangente a alfa em T zero. Exemplo: Determine uma equação para a reta tangente a hélice elíptica: 𝛼(𝑡) = (2𝑐𝑜𝑠𝑡, 3𝑠𝑒𝑛𝑡, 4𝑡), em 𝑡0 = 0. Para calcular a reta tangente primeiro calculamos o 𝛼′(𝑡0), depois calculamos 𝛼 ′(0) e por fim o 𝛼(0): A partir desse resultado podemos também calcular outras equações: Exemplo 2: Mostre que a reta tangente a circunferência 𝑥2 + 𝑦2 = 1, em um ponto 𝑃 = (𝑥0, 𝑦0), é ortogonal ao vetor posição P. Ou seja, temos que: 𝛼: 𝑅 → 𝑅2, 𝛼(𝑡) = (𝑐𝑜𝑠𝑡, 𝑠𝑒𝑛𝑡) é uma curva parametrizada cujo traço é a circunferência 𝑥2 + 𝑦2 = 1. Para realizar esse exercício precisamos provar essa afirmação: 𝛼(𝑡) é ortogonal a 𝛼′(𝑡). < 𝛼(𝑡), 𝛼′(𝑡) > = 0: DEFINIÇÃO: Uma curva 𝛼: (𝑎, 𝑏) → 𝑅𝑛 é dita ser REGULAR, quando: 1. Ela é diferenciável em todos os pontos do intervalo (a,b), pois precisaremos calcular as derivadas da curva 2. 𝛼′(𝑡) ≠ 0, para todo 𝑡 ∈ (𝑎, 𝑏), pois assim fica bem definida a reta tangente. Comprimento de curvas Seja 𝛼: [𝑎, 𝑏] → 𝑅3 uma curva parametrizada regular. Seja 𝑡0 ∈ [𝑎, 𝑏]. O comprimento de arco de 𝛼 a partir de 𝑡0 é 𝜎(𝑡) = ∫ |𝛼′(𝑢)| ⅆ𝑢 𝑡 𝑡0 . Onde |𝛼′(𝑡)| = √(𝑥(𝑡)) 2 + (𝑦(𝑡)) 2 + (𝑧(𝑡)) 2 , 𝛼(𝑡) = (𝑥(𝜏), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)). Onde sigma é uma função: 𝜎: [𝑡0, 𝑏] → ℝ que está definida no intervalo que vai de a até b. Podemos também calcularmos o comprimento de uma parte da curva, mas a partir de um ponto definido 𝑡0 = 𝑎. Explicação da Formula: O comprimento da curva é dado por aproximação do comprimento dos segmentos de reta a qual a curva foi repartida. Exemplo: Considere a curva 𝑎: ℝ → ℝ3, definida por 𝑎(𝑡) = (𝛼cot, 𝛼sent, 𝑏𝑡), 𝑎, 𝑏 > 0 a) Determine o comprimento de arco de 𝛼 a partir de 𝑡0 = 0 b) Determine o comprimento de 𝛼 de 𝑡 = 0 até 𝑡 = 2𝜋 Parametrização pelo comprimento de arco Seja 𝛼: [𝑎, 𝑏] → 𝑅3 curva regular, 𝛼′(𝑡) ≠ 𝑂, ∀𝑡 .Seja 𝜎: [𝑎, 𝑏] → 𝑅, a função comprimento de arco Temos que: 𝐴 = 𝜎(𝑡) = ∫ |𝛼′(𝑢)| ⅆ𝑢 𝑡 𝑎 , 𝑎 ≤ 𝑡 ≤ 𝑏 Seja 𝑙 = 𝐶(𝛼) = ∫ |𝛼′(𝑡)|ⅆ𝑡 𝑏 𝑎 . Que pode ser explicado pelo teorema fundamental do cálculo: Isso indica também que sigma é uma função estritamente crescente e funções desse tipo são injetivas. A função injetiva, é um tipo de função que apresenta elementos correspondentes em outra. Assim, dada uma função f (f: A → B), todos os elementos da primeira têm como imagem elementos distintos de B: Assim, existe uma inversa de sigma: E finalmente podemos definir beta: Definição: Beta é chamada a reparametrização de alfa pelo comprimento de arco. PROPRIEDADES DE BETA: Alguns pontos importantes são: • Toda curva pode ser reparametrização pelo comprimento de arco. • A reparametrização pelo comprimento de arco acontece da seguinte forma: Definição: Dizemos que uma curva 𝛼: 𝐼 → 𝑅 está parametrizada pelo comprimento de arco quando |𝛼′(𝑡)| = 1 (parametrização pelo comprimento de arco P.C.A), para todo 𝑡 ∈ 𝐼 .
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