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Diabetes tipos 1 e 2 - patogênese

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Tipo i 
 É uma doença autoimune, caracterizada pela 
destruição das células beta pancreáticas. 
 Ocasiona a redução da produção de insulina pelo 
corpo, levando a deficiência absoluta de insulina. 
 Represente 5 a 10% dos casos totais de diabetes. 
 É o subtipo mais comum em pacientes como 
menos de 20 anos. 
 Está relacionada a suscetibilidade genética e fator 
ambiental. 
Patogênese 
Frente a estímulos ambientais, como infecção 
viral neonatal ou transversal, há lesão do tecido das 
ilhotas pancreáticas, liberando fragmentos dessas, por 
exemplo, insulina, enzima GAD e ICA512. 
Simultaneamente, há ativação de genes HLA, 
CTLA4 e PTPN22, que promovem falhas na auto 
tolerância, desencadeando a ativação desregulada de 
linfócitos T helper (CD4+) em linfonodos 
peripancreáticos. 
Esses linfócitos reconhecem o fragmentos 
pancreáticos como antígenos, tornando-se ativados e 
passando a migrar para o pâncreas, onde liberam 
citocinas (TNF-alfa e ITN-gama) e iniciam um processo 
inflamatório, que é ampliado pelo recrutamento de 
macrófagos. 
Essas citocinas promovem a hiperativação de 
linfócitos B que reconhecem os antígenos 
pancreáticos, formando anticorpos anti-ilhotas 
pancreáticas, e o recrutamento de linfóticos CD8+ 
(citotóxicos), que reconhecem as células beta como 
alteradas e promovem a apoptose dessas, 
aumentando a disponibilidade desses auto antígenos 
e, assim, o reconhecimento e a lesão das ilhotas. 
 
Histologia 
Células beta 
lesionadas e mortas 
junto a infiltrado 
inflamatório. 
É o resultado da 
atividade autoimune. 
 
Ilhota pancreática normal 
 
 
 
Ilhota pancreática morta 
Tipo Ii 
 É a combinação de resistência periférica à ação da 
insulina e resposta secretória inadequada das 
células beta pancreáticas. 
 É o tipo de diabetes mais comum, correspondendo 
90 a 95% dos casos. 
 Acomete, principalmente, pacientes obesos. 
 O diagnóstico depende da dosagem de 
hemoglobina glicada. 
 Sinais e sintomas: poliúria, polidipsia e polifagia. 
Formigamentos de membros, infecções frequentes 
no sistema urinário, nos rins e pele, feridas que 
demoram a cicatrizar e visão embaçada. 
Patogênese 
Fatores genéticos junto a obesidade propiciam 
um ambiente pró-inflamatório. 
Ocorre então uma redução da fosforilação da 
tirosina do receptor de insulina e de proteínas IRS nos 
tecidos periféricos, comprometendo a sinalização da 
insulina e reduzindo o nível do transportador de glicose 
GLUT-4 na superfície da célula. Junto a isso, o excesso 
de ácidos graxos livres compromete a função das 
células beta e atenua a liberação de insulina, e a 
liberação de incretina torna-se anormal, levando a 
redução da secreção de GIP e GLP-1 e, então, de 
insulina. 
Dessa forma, há redução da liberação de 
insulina e menor resposta dos tecidos periféricos 
(musc. Esquelético, tec. Adiposo e fígado) à insulina, 
tornando-os resistentes a esta. Com isso, a glicose não 
consegue penetrar nas células destes tecidos, 
mantendo-se em elevada concentração no sangue. 
Essa hiperglicemia torna-se crônica causando diversos 
danos ao tecido devido a glicotoxicidade. 
Com o tempo, inicia-se a deposição de 
amiloides dentro das ilhotas pancreáticas. A amilinas 
são citotóxicas e contribuem para degradação das 
células pancreáticas. 
Sendo assim, cada vez mais há degradação das 
células beta nas ilhotas de Langherans, menor secreção 
de insulina e menor resposta dos tecidos periféricos à 
insulina. 
Histologia 
Deposição de Amiloide nas 
ilhotas pancreáticas e 
destruição destas. 
 
Júlia Malta Braga FCM-TR MED 01

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