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É uma doença autoimune que resulta na destruição da glândula tireoide e na falência progressiva e gradual da tireoide. É a principal causa de hipotireoidismo primário em locais com suprimento adequado de iodo. Acomete 10% da população, sendo principalmente em mulheres na faixa de 45 a 65 anos. Nela são formados nódulos inflamatórios devido a deposição de tecido conjuntivo intersticial, fibrose e processo inflamatório exacerbado. Com o tempo e agravamento desses nódulos, forma-se o bócio. É uma das principais causas de bócio não endêmico em pediatria. Sua principal manifestação clínica é o aumento indolor da tireoide com algum grau de hipotireoidismo. Patogênese O hormônio TSH, liberado pela hipófise se liga a receptores de TSH, promovendo a ativação da produção dos hormônios T3 e T4 e então sua liberação. Os hormônios T3 e T4 são formadas nos folículos tireoidianos a partir da junção, respectivamente, de Diodeto + Metiliodeto e 2 Diodetos. Essa junção é promovida pela enzima TPO. Frente a suscetibilidade genética, ocorrem polimorfismos em genes associados á regulação do sistema imunológico, incluindo genes inibidores dos linfócitos T citoitotóxicos (CTLA-4 e PTPM-22). Com isso, há inibição desses genes, levando a uma hiperestimulação desses linfócitos, o que desencadeia uma falha na autotolerância e reconhecimento de células tireoidianas como autoantígenos. Assim, há lesão de tecido tireoidiano, levando a um processo inflamatório nessa com recrutamento de células T CD8+, CD4+ e linfócitos B. Os linfócitos TCD8+ destroem células foliculares, levando a morte celular loca. Os CD4+ liberam citocinas, como interferon gama, e coestimuladores inflamatórios recrutando macrófagos que levam a destruição de células foliculares. Nesse estado de hiperestimulação, os linfócitos B reconhecem proteínas tireoidianas como autoantígenos e passam a produzir anticorpos antitireoidianos. Algumas das substâncias reconhecidas, é a enzima TPO e frutos da degradação de epitélio folicular, levando a formação de anticorpos Anti-TPO e Anti-folículo tireoidiano. Sendo assim, por diversas causas, há destruição dos folículos tieroidianos. Com o tempo e o progressivo aumento do infiltrado inflamatório, formam centros germinativos de ativação de linfócitos, que passa a ser encapsulado por tecido conjuntivo e células de Hürthle, caracterizando os nódulos da tireoidite de Hashimoto. Histopatologia Denso infiltrado inflamatório linfocitário com centros germinativos. Folículos tireoidianos atróficos, são degradados e revestidos por células epiteliais metaplásicas que passam a ter citoplasma abundante, sendo chamadas células de Hürthle. Tecido conjuntivo intersticial aumentado e abundante. À visualização microscópica, identifica-se histopatologia parecida com a da Doença de Graves. Júlia Malta Braga FCM-TR MED 01
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