Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Imunização na infância HISTÓRICO • 1978 – Ed. Jenner • Ordenhadores → lesões nas mãos da varíola bovina e eram resistentes à varíola • Extração de uma lesão COMO FUNCIONAM? • Induzindo a imunidade ativa e providenciando uma memória imunológica IMUNIDADE HUMORAL • Neutralizantes para toxinas • Bloqueiam adesão e entrada celular por microorganismos • Neutralizantes para vírus, prevenindo a replicação viral EFEITO BOOSTER/ DE REFORÇO • Elevação rápida da imunidade através da reexposição aos mesmos Ag-T dependentes → ativam linfócitos TH e linfócitos de memória FATORES QUE INTERFEREM NA RI: • Idade em que há a exposição ao Ag (extremos) • Quantidade de Ag (dose, validade, conservação) • Via de apresentação • Carências nutricionais → imunossupressão celular • Doenças de base descompensadas (diabetes melitus e insuficiência renal) • Doenças imunológicas congênitas ou adquiridas • Medicamentos imunossupressores • Asplenia anatômica ou funcional TIPOS DE RESPOSTA Resposta primária → IgM (1 ou 2 doses para vacinas vivas, 2 ou + doses para vacinas inativadas) Resposta secundária → IgG (mais doses para as inativadas, duração mais prolongada para as vivas) FALHA VACINAL PRIMÁRIA → 5-10% para a 1ª dose do sarampo; menor resposta para hepatite B em orientais. SECUNDÁRIA → cai a proteção com o tempo e faz uma forma mais branda da doença. COMPONENTES VACINAIS ANTÍGENOS • Agentes vivos (bactérias – M.bovis ou vírus de sarampo) • Agentes mortos (bactérias – B. pertussis ou vírus da pólio) • Substâncias purificadas (proteínas – toxina tétano inativada, hemaglutinina da influenza, polissacarídeos do pneumococo) • Substâncias modificadas (proteínas recombinantes – hepatite B, polissacarídeos conjugados a proteínas carreadoras) OUTROS • Adjuvantes (fosfato ou hidróxido de alumínio), conservantes (mantém a estabilidade → antibióticos, timerosal) • Aumentam a reposta imune • A quantidade de Ag ambientais é muito superior aos Ag vacinais REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE EVENTOS ADVERSOS • Todo fármaco tem efeitos colaterais indesejáveis • Nem tudo de mau que acontece após um procedimento é causado por ele • A grande maioria dos eventos adversos são leves e sem risco para o paciente (só algum desconforto e preocupação temporários) OBJETIVO É A PREVENÇÃO DE DOENÇAS • Imunização ativa: vacinas • Imunização passiva: administração de anticorpos IMUNIZAÇÃO PASSIVA • HETERÓLOGAS → plasma de animais previamente vacinados (equinos) • HOMOLOGA → conferia por Ac obtidos do plasma de seres humanos. Imunoglobulina humana: extraída de voluntários Imunoglobulina humana normal (padrão ou standard) → doadores não selecionados, tem espetro de proteção maior (Ac capazes de proteger contra mais de uma doença) Imunoglobulinas humanas especificas → contra determinados microorganismos ou toxinas (tétano, hepatite B, raiva, varicela). São obtidos de doadores humanos selecionados que apresentam alto título sérico de Ac contra a doença específica (pós vacina) DESENVOLVIMENTO DA IMUNIDADE INFANTIL 2º TRI → feto capaz de produzir Ac 3º TRI → imunidade celular Primeiros meses da vida extrauterina – aprimoramento da fagocitose e da resposta inflamatória. Imunização passiva natural: transplacentária e leite materno CALENDÁRIOS VACINAIS • Deve levar em consideração o estágio de desenvolvimento da imunidade infantil para ser adequado: adm. de vacinas de vírus vivos por via injetável antes de um ano de idade costuma resultar em resposta imunológica pobre devido à presença de Ac maternos que podem neutralizá-los. • Preferencialmente administrado após 1 ano de vida • Demais vacinas, os Ac maternos não interferem na resposta vacinal. • Mas precisamos de mais doses POR QUE VACINAR? CONTROLE • Redução do nº de casos a um patamar aceitável • Medidas de prevenção precisam ser continuadas para evitar recrudescência • Sarampo, coqueluche, caxumba ERRADICAÇÃO • Exclusão total da circulação de um agente infeccioso. • Medidas de prevenção podem ser suspensas: varíola; ELIMINAÇÃO (ERRADICAÇÃO REGIONAL) • rubéola congênita (desde 2015) METAS DE COBERTURA • meta a ser atingida na vacinação de rotina, leva em consideração: - Características epidemiológicas da doença - Níveis estimados de proteção: DPT, BCG e Polio = meta 90% Sarampo = 95% Covid = 70%? PRINCIPAIS VIAS DE ADM. • VO • Intradérmica • Subcutânea • Intramuscular • Via inalatória TIPOS DE VACINA ATENUADOS • Diminui a virulência • Poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, varicela e febre amarela • Provocam infecção similar a natural = grande capacidade protetora, com apenas uma dose conferem imunidade a longo prazo (possivelmente por toda a vida) NÃO VIVAS • Inativados → coqueluche, poliomielite • Produtos tóxicos dos microorganismos → tétano, difteria • Subunidades ou fragmentos → influenza • Componentes dos microorganismos → componentes tóxicos (proteínas) são inativados. Ex: vacina acelular contra coqueluche • Obtidas por engenharia genética → gene do microrganismo que codifica uma proteína importante para a imunidade é inserido no genoma de um vetor vivo que ao se multiplicar produzirá grandes quantidades do Ag protetor. Ex: hepatite B • Constituídas por polissacarídeos → extraídos da capsula. Ex: pneumococo 23. Antes dos dois anos de idade é ineficaz → não leva a uma resposta duradoura (3-5 anos) • Glicoconjugadas → componentes polissacaridcos são conjugados a proteínas (toxoide tetânico ou toxina diftérica, avirulenta, proteína de membrana externa de meningococo) criando-se um complexo antigênico capaz de provocar resposta timo-dependente. Ex: Haemophilus influenzae do tipo B; pneumococo 10 e meningococo tipo C VACINAS COMBINADAS • Contém no mesmo frasco várias vacinas diferentes • Ex: tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche) CONTRAINDICAÇÕES: VACINAS DE BACTÉRIAS E VÍRUS ATENUADOS: • Neoplasias • Imunodeficiências congênita ou adquirida • Anafilaxia ADIAMENTO DAS VACINAS • Doença febril • Vacinas de vírus vivo (aplicar simultaneamente ou com intervalo > 2 semanas). Para febre amarelo – aplicar MMR 30d após USO DE: • Imunoglobulina (3 meses) • Sangue ou derivados (1 mês) • Drogas imunossupressoras (corticoide – 1 mês, MTX – 3 meses) AVALIAÇÃO DA RESPOSTA VACINAL IMUNOGENICIDADE • Dosagem de Ac específicos, Ac neutralizantes EFICÁCIA • É o resultado da intervenção • É a comprovação do benefício individual da vacina EFETIVIDADE • Reflete o benefício da vacina no mundo real após a sua comercialização. Após a implantação da vacina de rotavírus no PNI, houve redução de 90% de internações por diarreia por rotavírus no BR PNI • Coordena as ações de imunização no BR • Centro de Referência em imunobiológicos especiais (CRIE) VACINA BCG • Mycobacterium bovis atenuado • Idade: ao nascimento até 1º mês • RNPT: após 1º mês de vida com peso > 2kg • Proteção contra formas graves da doença: meningite e miliar e não contra as formas disseminadas, como a pulmonar. EVOLUÇÃO DA REAÇÃO LOCAL REAÇÕES ADVERSAS DA BCG: • Incomuns • Erro da aplicação • Imunodeficiência (rara) • Não causa febre – exceto em casos de disseminação e infecção secundária no local da aplicação (celulite) • Úlceras > 1cm, que não cicatriza após 3 meses • Abscesso subcutâneo frio → isoniazida até regressão • Abscesso subcutâneo quente → febre, dor, hiperemia e calor. S. pyogenes, S. aureus. Surge nos primeiros 15d – ATB • Linfadenopatia regional >3cm → observação • Linfadenopatia regional supurada → aparece 3 meses após; - Axilar e/ou supraclavicular direita - Isoniazida até regressão - Não realizar incisão • Disseminação do bacilo:rara; em imunodeprimidos; tratamento: RIE 2 meses e RI 4 meses VACINA CONTRA HEPATITE B • Recombinação genica – HbsAg • Eficácia de 90-95% • Local: IM profundo • < 2 anos: vasto lateral da coxa • >2 anos: deltoide • NÃO APLICAR NO GLUTEO DOSAGEM DE AC APÓS A VACINAÇÃO 1-2 meses após 3ª dose • Pacientes em hemodiálise • HIV+ • Risco ocupacional • Outros imunocomprometidos • Contato sexual com pessoa HBsAg VACINAÇÃO DO PREMATURO • Se mãe HBSAg + → igual >2kg → pentavalente • Se for - → atrasar a 1ª dose 30d CONTRAINDICAÇÃO • Rara • Anafilaxia • Febre baixa VACINA PENTAVALENTE • Célula inteira → componente Pertussis • Vacinas tríplices bacterianas acelulares estão disponíveis nos CRIE • Outros componentes → reações locais: dor e vermelhidão (compressa FRIA) CONTRAINDICAÇÕES • Doença grave neurológica em atividade • > 7 anos • Anafilaxia • Choro incontrolável até 48h – manter pentavalente • Febre > 40,5ºC – manter pentavalente • Convulsões até 72h – Dtpa VACINA DUPLA ADULTO – DT • A partir de 7 anos • Reforço: a cada 10 anos de vida a partir da adolescência e gestantes • A baixa exposição ao agente reduziu o reforço natural pelo C. diphtheriae POLIOMIELITE • 1,2,3 (enterovírus) • Replicação no tubo digestivo • Invasão do SNC → destruição seletiva dos neurônios motores da medula (paralisia flácida) • Hoje, está controlada → Dia nacional de vacinação 2x/ano • Vacina de poliovírus inativada IM: 3 doses (2 reforços após 1 ano de vida com pólio oral) ROTAVÍRUS • 2 doses: 1ml VO • Esquema: 2-4 meses • Só vacinar 2ª dose se tiver feito a 1ª • Manter intervalo mínimo de 30d • Não repetir a dose em caso de vomito ou regurgitação • Efeito colateral: febre, alergia grave, imunodeficiência, doença gastrointestinal crônica, má formação do TGI, enterocolite • Distribui imunidade aos contactantes PNEUMOCOCO • 2 meses até 5 anos de idade • 2 doses até 1 ano de idade e 1 reforço aos 12 meses, IM • Contra doença pneumocócica invasiva, pneumonia, meningite e otite média • Reações adversas: febre, hiperemia, irritabilidade, dor no local, inchaço MENINGOCOCO C • Memoria imunológica eficaz e duradoura • Sem efeito colateral • 2 doses, com reforço depois de 1 ano de idade • Reforço 12 anos no adolescente (na forma de ACWY que são outros sorogrupos) ou dose única se o adolescente não foi vacinado anteriormente • três doses da vacina meningocócica C na infância: aos 3 e 5 meses, e um reforço aos 12 meses, que pode ser aplicado até antes de completar 5 anos. Para adolescentes, uma dose é oferecida entre os 11 e 12 anos (como reforço ou dose única, a depender da situação vacinal). FEBRE AMARELA • Vivo atenuado • 1ª dose = 9 meses • 2ª dose= 4 anos (para primovacinados antes dos 2 anos de idade) • Hoje é indicada para todo território nacional • Pode ser utilizada a partir dos 6 meses em surtos • Não utilizar ao mesmo tempo com tríplice viral • Proteção após 10d da 1ª dose • Dose única é suficiente, a não ser que se tenha vacinado com uma idade muito pequena • Poucos efeitos colaterais • Reações de hipersensibilidade → muito raras; proteína do ovo • Encefalite → raríssima, maioria em crianças vacinadas < 6meses idade (contraindicada nesta idade) SARAMPO, RUBÉOLA, CAXUMBA E VARICELA • Tríplice viral → atenuado • 1 dose aos 12 meses • Tetra viral → SCR + varicela (1 dose aos 15 meses) TRÍPLICE VIRAL • indicada a partir de 12 meses de idade. Uma segunda dose deve ser aplicada entre 2 e 4 anos de idade. Adolescentes não vacinados devem receber duas doses. Adultos, em viagem para o exterior, sem registro de vacinação, devem ser vacinados. EFEITO COLATERAL • Após 5-10 dias (febre alta e exantema) Sarampo é contrindicado para as graves e imunodeficientes VARICELA • Monovalente – após 12 meses e também após 13 anos • Quadrivalentes (MMRV) – dos 12 meses aos 12 anos. Pode adm. a 2ª dose com 4-6 anos. Após os 13 anos – mínimo 1 mês de intervalo • Em 2018 – 2ª dose da varicela (isolada) aos 4 anos (até 6 anos e 11 meses) • Reação local e autolimitada • Contatos íntimos de varicela (profilaxia de exposição) • Para adolescentes que não tenham recebido as doses da vacina da catapora, devem ser administradas as duas doses com um intervalo mínimo de 4 semanas entre cada dose da vacina tríplice viral ou de 3 meses entre cada dose da vacina da catapora para crianças com menos de 13 anos ou de 1 a 2 meses nos maiores de 13 anos. A vacina tetraviral não deve ser administrada em crianças maiores de 12 anos. HEPATITE A • Vacina inativada • Efetividade alta e imunogenicidade de 95% após 1 dose • 2ª dose: 6 meses depois • Reações adversas: dor local e enduração • Testes sorológicos após não são indicados HPV • Vacina de proteína viral purificada • Vacina tetravalente: 4 sorotipos do papilomavirus humano • 2 doses, 0 e 6 meses INFLUENZA • Inativado • Antígenos purificados de 2 cepas A e 1 B (PNI) • Vacinação no outono • 1 dose anual após 6 meses de idade • Se < 9 anos: 2 doses com intervalo de 30d (na 1ª vez que vacinar) • Indicações: - Gestantes e puérperas - Trabalhadores de saúde - Indígenas • Reações adversas: dor loca, eritema e enduração, febre, mialgia, mal-estar CONTRAINDICAÇÕES • Doenças agudas febris moderadas os graves • História de urticaria por alergia a ovo • Síndrome de Guillain-Barré até 6 semanas após dose VACINÔMETRO • Controle rigoroso de vacina contra influenza COVID-19 CORONAVAC • Agentes mortos: SARS CoV2 inativado • Solvente e estabilizante • Adjuvante → hidróxido de alumínio ASTRAZENECA • Agentes vivos atenuados – adenovírus recombinante de chimpanzé + engenharia genética que expressa a proteína spike • Não infecta humanos = deficiente para replicação • Solvente e estabilizante = polissorbato** PFIZER • RNAm • Polietilenoglicol (reações locais e sistêmicas) JANSSEN • Adenovírus tipo 26 humano não replicante (expressa proteína spike) • Etanol** única vacina em monodose APROVAÇÃO • Segurança e eficácia das vacinas com I, II, III • IV → monitorização, dados de efetividade e segurança na vida real, eventos adversos devem ser computados NOTIFICAÇÕES: • Todos os eventos adversos graves • Manifestações graves e atípicas EVENTO ADVERSO GRAVE • Óbito em 7d • Ameaça à vida: risco de morte no momento do evento • Hospitalização ou prolongamento de hospitalização já existente • Incapacidade significativa ou persistente • Anomalia congênita O QUE FAZER: • Compressa fria • Antitérmico, analgésico ADIAMENTOS • Doença febril ajuda • Uso de outras vacinas em intervalo menor que 14d; sangue ou derivados CONTRAINDICAÇÕES: • Anafilaxia a dose anterior • Menores de 18 anos (<16 anos da Pfizer) ADULTO GESTANTES PROFISSIONAIS DE SAÚDE **gratuito Outros • Meningo B – américa do norte • Pólio inativada – região endêmica • Raiva (saúde animal) CAMPANHAS NACIONAIS DE VACINAÇÃO APARA CRIANÇAS • São datas nacionais nas quais se atuliza o calendário vacinal atrasado (multivacinação), geralmente no sábado
Compartilhar