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Sangramento Uterino Anormal: - O sangramento genital é algo que vai acompanhar a mulher a vida toda – desde a menacme até a menopausa. A maioria das vezes esse sangramento é pela menstruação, mas em alguns casos pode ser anormal. - O sangramento traz inúmeros problemas para a paciente: → Anemia → Dor/ dismenorreia → Limitação para atividades → Absenteísmo (trabalho e escola) → Procedimentos cirúrgicos → Piora da qualidade de vida → Influência sobre aspectos psicológicos, sociais, físicos, sexuais - Tudo que impacta no ciclo ovulatório – impacta o ciclo menstrual (queixas sobre frequência, duração, etc) *Quando é uma queixa relacionada a intensidade, volume de sangramento – pode ter uma influência estrutural - A menstruação é a descamação do endométrio PADRÃO DE CLASSIFICAÇÃO NORMAL DA MENSTRUAÇÃO: CATEGORIA: INFORMAÇÕES FREQUÊNCIA Ausente (sem menstruação) = amenorreia Frequente: < 24 dias Normal: 24 a 38 dias Infrequente: > 38 dias DURAÇÃO Prolongada: > 8 dias Normal: até 8 dias REGULARIDADE Normal: ciclo mais longo – ciclo mais curto = até 9 dias Irregular: ciclo mais longo – ciclo mais curto = 10 ou mais dias VOLUME DO CICLO Aumentado Normal Diminuído SANGRAMENTO INTERMENSTRUAL Ausente Irregular Cíclico (previsível): → início do ciclo → meio do ciclo → final do ciclo SANGRAMENTO UTERINO EM USO DE MEDICAÇÃO HORMONAL Sem uso de medicação hormonal Ausente (em uso de medicação hormonal) Presente PRÉ-PÚBERE: corpo estranho; vulvo-vaginites; puberdade precoce; trauma local; prolapso uretral; neoplasia (sarcoma batrioide); abuso sexual MENACME: obstétricas; PALM-COEIN ESTRUTURAIS: P: PÓLIPO – neoformação causado pela proliferação de estruturas do endométrio. Ele pode ocupar uma grande quantidade da cavidade uterina e pode levar a um sangramento maior no período menstrual e fora do período menstrual por causa da própria estrutura vascularizada do pólipo. A: ADENOMIOSE – tecido endometrial fora da cavidade uterina, porém dentro do miométrio. Todo esse tecido endometrial vai descamar assim como o normal. Isso causa um sangramento aumentado e prolongado na menstruação L: LEIOMIOMA/ MIOMATOSE – é um tumor de células musculares. É a causa mais comum de cirurgia na ginecológica. Para cada tipo de mioma há volumes, localização e sintomas específicos. → Os intramurais, a paciente apresenta muita dismenorreia porque no período menstrual, o útero cheio de tumor se contrai → Os que crescem para fora da cavidade uterina tendem a ter um grande volume, porém nenhuma interferência no ciclo menstrual → Os que crescem para dentro da cavidade uterina tendem a causar muito sangramento e dismenorreia pois tudo é revestido de endométrio. Também pode causar infertilidade, placenta prévia, etc OBS.: Há miomas que crescem tanto, dilatam tanto o colo, que acabam sendo paridos M: MALIGNIDADE – câncer de colo uterino, e câncer de endométrio NÃO ESTRUTURAIS: C: coagulopatia – Von Willebrand (doença do fator VIII), geralmente passa a infância toda sem saber que tem e quando começa a menstruar, tem muito sangramento, impacta nas reservas de ferro e descobre que tem a deficiência do fator. O: ovulatória – qualquer causa sistêmica ou localizada que leve distúrbios ovulatórios. Não necessariamente será aumento da intensidade do sangramento, também pode ter alteração na frequência → Estresse psicológico → Perda ou ganho de peso → Exercício excessivo → Medicamentos que afetam o metabolismo da dopamina → Anormalidade endócrina que impacta o eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano (hiperprolactinemia, doença da tireoide, SOP) E: ENDOMETRIAL – endometrite por Chlamydia trachomatis. A foto abaixo mostra o endométrio todo salpicado – infecção crônica do endométrio que leva a um sangramento contínuo. I: IATROGENIA → Medicações hormonais (estrogênios, progestinas, andrógenos) → Terapias diversas (análogos hormonais liberadores de gonadotropina, inibidores de aromatase, moduladores seletivos de receptores de estrogênio, moduladores seletivos do receptor de progesterona) → Anticoagulantes → Agentes sistêmicos que interferem no metabolismo da dopamina ou causam hiperprolactinemia → Dispositivos intrauterinos N: NÃO CLASSIFICADA: → Malformações arteriovenosa → Istmocele PÓS-MENOPAUSA: → Atrofia; → Pólipo; → Hiperplasia e câncer endometrial - Anamnese: → Idade → Características do ciclo menstrual → Mudanças no ciclo menstrual → Sangramento pós-coito → Dor pélvica → Tempo de evolução → Consequências sistêmicas → Comorbidades e medicações → Menarca → GPA → DUM → Métodos contraceptivos em uso - Exame físico - Exames Complementares → Hemograma → Beta-HCG → FVW e FVIII → TSH T4L → DHEA → Prolactina → Função hepática → USG pélvica → Histeressonografia → Histeroscopia → RNM Histeroscopia: USG: A USG traz informações importantes não só do endométrio, mas também do miométrio Histrossalpingografia: RNM: - O tratamento vai depender da causa I. Não hormonais – tratamento sintomático → AINEs: diminui dor, volume → Antifibrinolítico – inibe a fibrinólise e faz com que a paciente sangre menos II. Hormonais: → Prosgestágenos (SIU, orais e injetáveis) → ACO → Análogos de GnRH III. Cirúrgicos: → Miomectomia / polipectomia → Ablação endometrial → Histerectomia → Embolização da artéria uterina
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