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Exame Físico Ginecológico - É um exame que envolve a intimidade da mulher e por isso precisa deixar a paciente tranquila, acolhê-la, respeitá-la para que ela se sinta mais confortável possível. *A perna da mulher precisa estar bem apoiada para que ela não sinta desconforto (na perneira ou na calcanheira) ANTES DO EXAME: - Explicar o que irá fazer - Pedir permissão da paciente - Respeitar a decisão da paciente NO EXAME: - Evitar a exposição desnecessária do corpo: *Examina uma mama e cobre a outra; examina a genital e cobre o corpo da paciente - Evitar toques demorados e evitar áreas erógenas (região clitoriana, principalmente) – abrir a região da vulva pela parte inferior, pela fúrcula para passar o espéculo - Uso de luvas de procedimento, jalecos e cabelo preso - Mantenha a postura gentil e profissional - Dividido em: → Inspeção estática – olhar as mamas com a paciente sentada, com as mãos atrás da cabeça e na cintura *Inspeciona a forma, tamanho, simetria, coloração da pele, mamilos e se há alguma lesão *mamas volumosas, bem implantadas, pendentes, simétricas, coloração normal, aureolas e mamilos normais *mamas simétricas, de pequeno volume, bem implantadas, coloração normal, aureolas normais, mamilo no formato invertido *mamas pequenas e diminutas, bem implantadas, coloração normal, aureolas normais, pendentes, lipossubstituidas *mamas pequenas, bem implantadas, coloração normal, aureolas normais, firmes, bem afastadas, pouco tecido mamário. (cicatriz abdominal mediana supraumbilical) *mamas simétricas, bem implantadas, de médio volume, pendente, coloração de pele, aureolas e mamilos normais ACIMA TEMOS MAMAS DE CARACTERÍSTICAS DIFERENTES, MAS TODAS CLASSIFICADAS COMO NORMAIS *mamas assimétricas à custa de volume, firmes, presença de estriações *MAMILO: Normal Raso Invertido / intruso *Presença de pústulas, crostas *Edema e hiperemia na mama direita → Inspeção dinâmica – pede para a mão se movimentar e analisa se há algum abaulamento, retração que não deu para perceber na inspeção estática retração – sinal de alerta pois pode ser maligno nódulo periaureolar → Palpação – palpa toda a glândula mamária e a axila e depois faz uma expressão da mama para ver se tem uma descarga papilar *O exame é feito com a paciente deitada em decúbito dorsal com as mãos acima da cabeça *Palpa com a mão espalmada ou dedilhando no sentido horário ou anti-horário, centrípeto ou centrífugo, sempre se dirigindo ao centro da mama e depois do centro para fora *A drenagem da mama ocorre pelos gânglios axilares, mamários internos e interpeitorais – por isso que é preciso palpar as cadeiras linfáticas no exame também Expressão papilar: *Descrever a descarga papilar: láctea, em água de rocha, sanguinolenta, amarronzada, esverdeada, purulenta, diferente entre as mamas *Evitar o termo “descarga papilar negativa”. Se não tiver nenhuma, escreve ausência de descarga papilar à expressão. Se tiver alguma, descreve qual é. OBS.: A mama é dividida em quadrantes: superior externo (é o que mais dói em mulheres que tem dor mamária pré-menstrual), inferior externo, superior interno e inferior interno O AUTOEXAME JAMAIS SUBSTITUIRÁ A MAMOGRAFIA - É preciso descrever o local, tamanho, consistência e origem da lesão presente no abdome Abdome globoso à custa de volumosa tumoração, que ocupa todo o abdome, provavelmente emerge da pelve até o apêndice xifoide, consistência endurecida de origem uterina, pouco móvel, indolor abdome globoso à custa de tumoração que emerge da pelve até a sínfise púbica, desviada para esquerda, palpada 3cm acima da cicatriz umbilical, dolorida, móvel (Malformação mileriana: septo vaginal transverso) - Inspeção estática: presença de septo na vagina condilomas acuminados (hpv) – vulva aberta, com presença de lesões condilomatosas, algumas coalescentes, que se situam nos grandes lábios, na fúrcula, na base da ninfa direita, em todo períneo, região perianal e em raiz de coxa lesão importante com perda extensa de substância, em investigação de câncer de vulva, escara grande que compromete toda hemivulva direita que acomete nádega e períneo hímen com dois orifícios – paciente com histórico de fluxo menstrual demorado, sensação de peso na vagina, com presença de spot (sangue velho já coagulado – em borra de café). Diagnóstico: o hímen tem um orifício pequeno e não consegue escoar totalmente o fluxo menstrual. Conduta: abrir mais o orifício. Tumoração que cobre todo o introito e vestíbulo – criança, 5 anos – caso raro Doppler com hipervascularização – lesão por hpv – dentro da uretra - Manobra de Valsalva: → Avaliar se existem prolapsos: *Cistocele: a parede vaginal fica frágil e a bexiga se joga para dentro da vagina (parede vaginal anterior) *Retocele: a parede vaginal fica frágil e o reto se joga para a vagina (parede vaginal posterior) *Enterocele *Prolapso uterino: *Prolapso genital total: a descida do útero acompanhado das paredes vaginais anterior e posterior *Mioma parido: → Observar perda urinária ao esforço EXAME DA VAGINA: - Exame especular: utiliza espéculo bivalvar - Observar as paredes vaginais: coloração, rugosidade, trofismo, comprimento e elasticidade - Fundo de sacos laterais, anteriores e posteriores: observar abaulamentos - Secreção ou corrimento: quantidade, cor, odor, se fluido ou não, presença de bolhas e sinais inflamatórios associados. - Introduz o espéculo em ântero-posterior e vira ele para baixo (70% das mulheres tem o útero antevertido) - O que podemos achar: → O colo do útero normal → Pólipo endocervical → Duas vaginas: EXAME DO COLO DO ÚTERO: - Colo uterino: coloração, forma, volume e forma do orifício externo (puntiforme ou em fenda transversal) - Presença de muco no orifício e suas características: filante, espesso - Situação do colo quanto ao eixo vaginal: centralizado ou lateralizado *Colo em coloração rósea, bem epitelizado, nenhuma lesão visível, orifício externo em fenda transversa OBS.: geralmente o orifício de uma mulher que nunca pariu é esférico e de uma mulher que já pariu pelo menos uma vez é em fenda transversa – ISSO NÃO É UMA REGRA, MAS É O QUE OCORRE NA MAIORIA DAS VEZES *Colo em ectopia – tecido que deveria estar dentro do canal se exteriorizou, orifício em fenda transversa. TOQUE VAGINAL: - É bimanual – uma mão vai na vagina e a outra no abdome. - Começa o toque sempre unidigital para que a paciente fique mais relaxada e veja que não incomoda tanto e depois evolui para bigital, se necessário OBS.: para colher o preventivo, não pode lubrificar o espéculo. Para fazer o toque vaginal, pode lubrificar a luva porque o preventivo já foi colhido - Objetivo: → Vagina: elasticidade, comprimento, rugosidade, lubrificação → Colo: avalia o tamanho, posição, mobilidade, forma do útero (piriforme), contorno, consistência → Palpar anexos (ovários, tumores ou massas em trompas)
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