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Patologia- Lesões reversíveis e irreversíveis

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI-URCA
UNIDADE DESCENTRALIZADA DE IGUATU-UDI
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA: PATOLOGIA
PROF.: Dr. MARCELINO GEVILBERGUE VIANA
ALUNA: MILLENA BATISTA DE SOUSA
LESÕES REVERSÍVEIS E IRREVERSÍVEIS
IGUATU-CE
2020
Quais os tipos de lesões envolvidas nos seguintes casos clínicos (patologias)?
A. Diabetes – lesões do tipo irreversível. Com as complicações surgem as gangrenas a morte de um tecido do corpo devido à insuficiência de irrigação sanguínea em uma determinada região ou à uma infecção bacteriana.
O diabetes é caracterizado por hiperglicemia crônica decorrente de defeitos na secreção e/ou ação da insulina, resultando em resistência insulínica. Essa hiperglicemia crônica pode causar complicações como distúrbios metabólicos (aguda), complicações macrovasculares (crônica) e complicações microvasculares (crônica). Doenças associadas: neuropatia autonômica diabética (NAD) que pode afetar sistemas como o cardiovascular, urogenital, digestivo, glandular, e ainda compromete a motricidade pupilar; retinopatia diabética, uma das principais causas de cegueira irreversível; nefropatia diabética, é uma das principais causas de insuficiência renal em pacientes que estão realizando diálise (mais comum na DM tipo 2); miocardiopatia diabética, provoca necrose, apoptose e hipertrofia do músculo cardíaco; pé diabético é uma das complicações crônicas causada pelo mau controle da diabetes que mais causa internações, ligado a vasopatias. A neuropatia diabética leva a uma perda da sensibilidade dos membros inferiores, o que torna susceptível o acontecimento de lesões, sendo uma porta de entrada para infecções, que caso não tratadas precocemente, podem levar a amputação do membro. Principais sintomas: a descoloração da pele, secreções do local lesionado e o mau cheiro.
B. Hepatites virais – lesões do tipo irreversível- morte programada da célula (apoptose)
Hepatite Viral é uma infecção sistêmica em que as manifestações predominantes são decorrentes da lesão e disfunção hepática (fígado). É dividida em A, B, C, D, E, G que se refere aos vírus que são responsáveis por 90% das hepatites virais. São divididas em aguda e crônica. As principais lesões são causadas pelas hepatites crônicas (B, C ou D): apresentam inflamação, pode podem apresentar deposição de fibrose. Eventualmente, a hepatite crônica só é diagnosticada quando a pessoa já apresenta sinais e sintomas de doença hepática avançada (cirrose e/ou hepatocarcinoma). Na fase aguda pode ocorrer a Hepatite fulminante, insuficiência hepática caracterizada por comprometimento agudo da função hepatocelular, manifestado por diminuição dos fatores de coagulação e presença de encefalopatia hepática no período de até 8 semanas após o início da icterícia.
C. Cirrose hepática – lesão reversível, até certo ponto, podendo se tornar irreversível, se os estímulos nocivos persistirem. O seu agente etiológico na maioria dos casos é o uso exagerado de álcool.
A cirrose hepática é uma lesão crónica do fígado, consequente de todas as doenças hepáticas crónicas e ocorre por um processo difuso, caracterizado por fibrose tecidual, pela conversão da arquitetura normal em nódulos estruturalmente anormais e o estabelecimento de shunts vasculares intra-hepáticos entre a veia porta e a artéria hepática, bem como a veia supra-hepática do fígado. As manifestações clínicas da cirrose são amplas e variam muito desde a ausência de sintomas até ao desenvolvimento de complicações, muitas delas fatais, sendo as principais: hipertensão portal (manifestada por varizes esofágicas e gástricas e esplenomegalia), ascite (“barriga d’água), peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática, síndrome hepato-renal e carcinoma hepatocelular.
D. Pancreatite – lesão irreversível- necrose gordurosa. Os fatores desencadeantes incluem o consumo de álcool ou alimentos gordurosos.
Pancreatite é a dor causada pela inflamação do pâncreas. A pancreatite aguda (PA) está associada à destruição aguda de tecido do pâncreas. Pancreatite crónica é a lesão persistente de tecido pancreático, com compromisso da função pancreática e está associada à fibrose. A pancreatite aguda tem três fases: (1) ativação prematura de tripsina dentro do pâncreas, (2) inflamação intrapancreática, e (3) processos extrapancreáticos inflamatórios. a PA pode variar de uma inflamação leve e autolimitada denominada de pancreatite edematosa intersticial até uma forma de doença sistêmica grave também denominada de Pancreatite Aguda necro-hemorrágica que evolui com liquefação do órgão.
E. Tuberculose – lesão do tipo irreversível- necrose caseosa.
A tuberculose é uma doença infecciosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que compromete principalmente os pulmões, podendo, entretanto, manifestar-se clinicamente de inúmeras maneiras e em diversos órgãos. A tuberculose normalmente se apresenta como uma doença de curso subagudo ou crônico, proporcionando manifestações de sintomatologia indolente, de intensidade crescente, com períodos de remissão e bem estar. Logo, é comum a demora na procura por assistência médica. O quadro clínico pode envolver tosse, hemoptise, dispneia, dor torácica, rouquidão, febre, sudorese. É fundamental lembrar, entretanto, que pode existir ampla sintomatologia inespecífica da doença, dependente do órgão acometido pelo bacilo. Macroscopicamente, ao ser observado possui um aspecto de queijo, com bordas brancas.
F. Miocardite – lesão irreversível. Necrose.
Miocardite é a inflamação do miocárdio com necrose dos miócitos cardíacos. Pode ter várias causas, como infecção, cardiotoxinas, fármacos e doenças sistêmicas como sarcoidose, mas com frequência é idiopática. Potenciais mecanismos que levam a lesão miocárdica incluem: lesão direta dos cardiomiócitos por agente cardiotóxico infeccioso ou outro agente; lesão miocárdica causada por reação autoimune a um agente cardiotóxico infeccioso ou outro agente. Sintomas podem variar e incluem fadiga, dispneia, edema, palpitações e morte súbita. 
G. Endometriose – lesão irreversível. Morte programada da célula (apoptose)
A endometriose é definida como a presença de tecido endometrial (glândula endometrial e estroma) fora do útero, o que induz uma reação crônica, inflamatória. Enquanto algumas mulheres com endometriose podem experimentar sintomas dolorosos e /ou infertilidade, outras são assintomáticas. Entre as teorias propondo uma origem não uterina para a doença, a metaplasia celômica envolve a transformação de tecido peritoneal normal em tecido endometrial ectópico. A aparência macroscópica intra-operatória da endometriose: Os implantes mais pequenos são vermelhos, petéqueais, podendo igualmente ter um aspecto branco ou amarelado, nas lesões mais jovens. Com o crescimento subsequente e maturação da lesão, acumulam-se detritos “menstruais”, conferindo-lhe um aspecto quístico, castanho-escuro, azulescuro ou negro. Embora a endometriose seja uma doença benigna, a transformação maligna pode ocorrer. O tumor mais frequentemente referido é o carcinoma endometrióide, desenvolvendo-se a partir de endometrioma, sendo o carcinoma de células claras o segundo mais frequente.
REFERÊNCIAS
· INTERNACIONAL ASSOCIATION FOR THE STUDY OF PAIN. Ano mundial contra a dor visceral: Pancreatite. 2012, 2f. Disponível em: https://www.aped-dor.org/images/FactSheets/DorVisceral/pt/5_Pancreatitis_PT.pdf. Acesso em: 26 de agosto de 2020.
· FONSECA, K.; RACHED. A. Complicações do Diabetes Mellitus. International Journal of Health Management, V. 1, 2019. Disponível em: https://www.ijhmreview.org/ijhmreview/article/download/149/88. Acesso em: 26 de agosto de 2020.
· CAMPOS, C.; NAVALHO, M.; CUNHA, T. Endometriose: . Acta Radiológica Portuguesa. Portugal, v. XX, n 80, Out-Dez. 2008. Disponível em: https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/15536/1/2008-Endometriose%20%E2%80%93%20Epidemiologia%2C%20Fisiopatologia%20e%20Revis%C3%A3o%20Cl%C3%ADnica%20e%20Radiol%C3%B3gica.pdf. Acesso em: 26 de agosto de 2020.
· BUCHO, M.S. Fisiopatologia da Doença Hepática Alcoólica. 2012. 57f.Dissertação (Mestrado em Ciências farmacêuticas), Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Fernando Pessoa. Porto, 2012. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/3764/3/PPG_MariaBucho.pdf. Acesso em: 26 de agosto de 2020.
· MINISTÉRIO DA SAÚDE. Hepatites Virais. Brasília: MS, 2007. 815 p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0044_M2.pdf. Acesso em: 26 de agosto de 2020.
· ANTUNES, M.; FERNANDES, F.; FILHO, A. Miocardites. Disponível em: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3007/miocardites.htm. Acesso em: 26 de agosto de 2020.
· KOZAKEVICH, G.; SILVA, R. Tuberculose: Revisão de literatura. Arquivos Catarinenses de Medicina. Santa Catarina, v. 44, n 4, Out-Dez. 2015. Disponível em: http://www.acm.org.br/acm/seer/index.php/arquivos/article/download/46/42. Acesso em: 26 de agosto de 2020.

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