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LIVRO PRATICAS EM PATOLOGIA

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PRÁTICAS EM
PATOLOGIA
 
 
1ª Edição
Marcelino Gevilbergue Viana
(Organizador)
PRÁTICAS EM
PATOLOGIA
 
 
 
Marcelino Gevilbergue Viana
(Organizador)
PRÁTICAS EM
PATOLOGIA
 
 
 
Marcelino Gevilbergue Viana
(Organizador)
1ª Edição
Quipá Editora
2021
Copyright © dos autores e autoras. 
Todos os direitos reservados.
 
 
 
A presente obra foi derivada de estudos bibliográficos de alunos do curso de
Enfermagem, da Universidade Regional do Cariri (URCA), como trabalho de
conclusão da disciplina de Patologia Geral. Os dados e imagens são de autoria
dos respectivos autores referenciados, tanto nas imagens como nas referências
bibliográficas informadas em cada caderno.
Normalização e revisão: dos autores e autoras.
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
__________________________________________________________ 
 Práticas em Patologia / Organizado por Marcelino Gevilbergue
Viana . ― Iguatu, CE : Quipá Editora, 2021.
 
 127 p. : il., color.
 
 ISBN 978-65-89091-42-4
 DOI doi.org/10.36599/qped-ed1.026
 
 1. Patologia. 2. Doenças. 3. Enfermagem. I. Marcelino Gevilbergue 
Viana. II. Título.
 
 CDD 571.9 
__________________________________________________________
 
 
 
 
 Quipá Editora
www.quipaeditora.com.br
@quipaeditora
 
 
 
Obra publicada pela Quipá Editora em março de 2021.
P912
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 5
CADERNO 1 ....................................................................................................... 6
Andreza Rayane Higino da Silva, Antonia Gisele Vieira Albuquerque, Francinilda
Araújo de Amorim, Janiele da Silva Oliveira, Karoline de Cássia Cipriano de
Sousa, Lara Helen Lemos de Oliveira, Leidiana Cosme de Araújo, Lorena
Gonçalves de Souza, Maria Geovana da Silva, Maria Lorhana Venâncio da Silva,
Tainara Silva, Vitória de Araújo Bezerra
CADERNO 2 .................................................................................................... 55
Alice Alves Tibúrcio, Ana Vitória Costa Lima, Gildiana Ferreira de Carvalho,
Graziela de Almeida, Joana Vitória Lira da Silva, Luana Alves de Melo, Luzia
Laysa Dias de Araújo, Maria Giceli Martins da Silva, Maria Hermina Ferreira
Ricarte, Natalia Lima da Silva, NicolleTeixeira de Matos, Sabrina de Sousa Lima
CADERNO 3 ....................................................................................................102
Antônia Alexsandra da Costa Santana, Isadora Magalhães Fernandes, Maria
Clarissa de Sousa Lima, Maria Daniely da, Silva Gonçalves, Maria Sandy Moura
Souza, Millena Batista de Sousa, Nataly Gomes Pereira, Neuma Cunha Medeiros,
Paulo Cesar Delmondes Cordeiro
APRESENTAÇÃO
Esta obra apresenta temas gerais de Patologia, voltados
para seu ensino prático, elencando, de modo leve, como
os conteúdos podem ser abordados, visando o
fortalecimento do aprendizado dos estudantes. 
Desse modo, convidamos o professor/leitor para refletir
sobre a possibilidade de aplicabilidade dos experimentos,
melhorando sua prática docente e extraindo caminhos
para o entendimento da melhor forma de trabalhar alguns
conteúdos em sala e em laboratório. 
Ressalta-se que, no processo de educação em saúde, é
fundamental que profissionais, pesquisadores e
estudantes da área da saúde apoiem-se em recursos de
informações que propiciem um boa comunicação e
entendimentos pelos participantes.
CADERNO 1
 
 
 
Andreza Rayane Higino da Silva
Antonia Gisele Vieira Albuquerque
Francinilda Araújo de Amorim
Janiele da Silva Oliveira
Karoline de Cássia Cipriano de Sousa
Lara Helen Lemos de Oliveira
Leidiana Cosme de Araújo
Lorena Gonçalves de Souza
Maria Geovana da Silva
Maria Lorhana Venâncio da Silva
Tainara Silva
Vitória de Araújo Bezerra
Autoras:
SUMÁRIO
PRÁTICA 1: EXTRAÇÃO DO DNA DA BANANA 08
PRÁTICA 2: RELACIONANDO PEROXISSOMOS, CATALASE
E FERIMENTOS 15
PRÁTICA 3: EXAME PREVENTIVO DE COLO DO ÚTERO 18
PRÁTICA 4: MELANOMA 22
PRÁTICA 5: PNEUMONIA EM FASE DE HEPATIZAÇÃO
CINZENTA 26
PRÁTICA 6: METAPLASIA ESCAMOSA DE COLO UTERINO 29
PRÁTICA 7: NEOPLASIA 33
PRÁTICA 8: NECROSE LIQUEFATIVA – ABSCESSOS
HEPÁTICOS. 38
PRÁTICA 9: DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA 42
PRÁTICA 10: ESTEATOSE HEPÁTICA 46
PRÁTICA 11: DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE ATRAVÉS DA
BACILOSCOPIA 50
SUMÁRIO
PRÁTICA 1: EXTRAÇÃO DO DNA DA BANANA 
Ácido Desoxirribonucleico (DNA) é uma macro molécula orgânica que contém
as informações genéticas e está presente em todos os seres vivos , com exceção apenas
de alguns RNA-vírus . É formado por uma base nitrogenada, uma pentose e um grupo
fosfato. Essa importante molécula contém as informações básicas para a formação de
um ser vivo e para que ele possa se reproduzir e age orientando a célula na produção
de proteínas com diversas funções . Em células eucarióticas , o DNA se encontra no
núcleo celular. 
O processo de extração dos ácidos nucléicos do núcleo requer o rompimento da
membrana plasmática e do envoltório nuclear. Esse procedimento ocorre como uso de
detergentes que afetam as interações entre lipídios e proteínas . Após o rompimento das
membranas, o conteúdo celular extravasa, ficando em suspensão, sendo extraídas as
moléculas de DNA por meio da centrifugação do composto, em presença de solventes
orgânicos (ex.: álcool) e íons ( ex.: NaCl ). 
Hoje em dia, a extração e o estudo da molécula de DNA abrangem muitas áreas .
Um dos ramos que tem investido nestes estudos é o da agricultura, pois as alterações
genéticas em legumes , frutas e verduras , buscando o melhoramento das mesmas contra
pragas ou para torná-las mais saborosas e resistentes tem despertado grande interesse.
Isso ocorre não apenas em plantas , o estudo e conhecimento desta molécula ajudam
a desenvolver técnicas utilizadas na criação de animais para consumo humano ou para
criação em residências . 
Outra grande aplicação do DNA se encontra na investigação de paternidades e
descoberta de crimes , através da decodificação do mesmo. Além de serem aplicados na
área médica , na procura por tratamento, prevenção e a cura de doenças . Utilizando
procedimentos e instrumentos muito simples é possível extrair o DNA e visualizá-lo sob
forma de filamentos brancos . Esta atividade tem como objetivo, extrair o DNA de células
de banana, para visualização do material genético, promovendo assim a descoberta da
localização do mesmo. 
Práticas em Patologia, p. 8
MATERIAIS UTILIZADOS
• Meia banana; 
• Saco plástico comum; 
• Detergente; 
• Água; 
• 2 ou mais colheres; 
• Álcool etílico; 
• Filtro de papel ou peneira; 
• Sal de cozinha; 
• Recipiente de plástico;
• Copos de vidro para substituir os béqueres de laboratório. 
FIGURA 1: Número 1 – sal, número 2 – álcool, número 3/4 – meia banana e recipiente
plástico, número 5 – sacola transparente. 
 Fonte: Autoria própria, 2020.
 
Práticas em Patologia, p. 9
FIGURA 2: Número 1 – colheres, número 2 – Copos de vidro de diferentes tamanhos. 
 Fonte: Autoria própria, 2020.
FIGURA 3: Número 1 – peneira, número 2 – detergente, número 3 – um copo de água. 
Fonte: Autoria própria, 2020.
Práticas em Patologia, p. 10
PROCEDIMENTOS 
1: Primeiramente a banana foi retirada do recipiente e colocada no saco onde foi
macerada até formar uma pasta homogênea, onde foi transferida para um copo de vidro
número 1; 
2: Enquanto no copo número 2 foram adicionados 150 mL de água, uma colher de
sopa de detergente, uma colher de chá de sal de cozinha e em seguida misturados
vagarosamente a fim de não ocorrer a formação de espumas; 
3: Após a mistura foram adicionados 50 mLdesta mistura sob a banana, misturado
novamente e deixado na temperatura ambiente por 30 minutos, mexendo levemente a
cada 3 minutos; 
4: Decorrido os 30 minutos, essa mistura foi peneirada deixando passar somente
sua parte mais líquida sob um outro copo limpo, feito isso dessa mesma mistura foi
colocado em um quarto copo 3 dedos de medida, juntamente com 6 dedos de álcool
colocados cuidadosamente no mesmo copo e aguardando 5 minutos e observado o
resultado. 
FIGURA 4: Banana macerada no saco plástico (Procedimento 1). 
 Fonte: Autoria própria, 2020.
Práticas em Patologia, p. 11
FIGURA 5: Banana macerada junto com a mistura de água, sal e detergente,
permanecendo nesse estado por 30 minutos (Procedimento 3). 
 Fonte: Autoria própria, 2020.
RESULTADOS
 
Após 5 minutos da adição de álcool a o ”suco” (líquido oriundo da mistura de
banana com sal, água e detergente), ocorreu a formação de uma nuvem
esbranquiçada que na verdade se tratam de milhares de moléculas de DNA sobrepostas e
isoladas devido a ação do álcool . A banana utilizada foi macerada, a fim de que os
produtos químicos utilizados para a extração cheguem mais facilmente em todas as suas
células. Foi utilizado detergente para romper a membrana porque eles geralmente são
empregados para dissolução de gorduras ou lipídeos e a composição da membrana celular
tem alta quantidade de lipídios sob a ação do detergente, estes se tornam solúveis e são
extraídos junto com as proteínas que também fazem parte das membranas. 
A função do sal proporcionou ao DNA um ambiente favorável, pois o sal contribuiu
com os íons positivos que neutralizam a carga negativa do DNA, para que assim as
numerosas células de DNA pudessem coexistir na solução, através da precipitação das
proteínas. 
Práticas em Patologia, p. 12
O DNA extraído das células da banana encontra -se na fase aquosa da mistura,
ou seja, dissolvido na água, porém na presença de álcool e de concentrações
relativamente altas de Na+ (fornecidas pelo sal de cozinha) o DNA sai de solução, isto
é, ele é precipitado . O precipitado aparece na superfície da solução, isto é, na interface
entre a mistura aquosa e o etanol. 
Essa prática permitiu a visualização do DNA, através d e substâncias usadas,
agentes físicos e químicos, permitindo que no final da prática conseguíssemos ver o DNA
da banana, através da lise da membrana, a precipitação salina e o isolamento do DNA.
Onde com um método simples, dividido em etapas foi possível ver primeiramente a
destruição da parede celulósica que envolve a célula vegetal, depois o detergente foi o
responsável pelo rompimento da membrana citoplasmática e da liberação do DNA no
suco e com o álcool possibilitou separar a molécula do resto do suco. 
FIGURA 6: Suco da banana após ter sido peneirada e separada do restante da fruta
entrando em contato com o álcool (Procedimento 4). 
 Fonte: Autoria própria, 2020.
Práticas em Patologia, p. 13
FIGURA 7: Resultado final, nuvem na coloração branca que é o DNA da banana, após 5
minutos em contato com o álcool. 
 Fonte: Autoria própria, 2020.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
EXTRAÇÃO do DNA da banana: aliando teoria e prática no ensino de ácidos nucleicos em 
Bioquímica. 10° Simpósio Brasileiro de Educação Química, [s. l.], Junho 2012. 
Disponível em:http://www.abq.org.br/simpequi/2012/trabalhos/219-13358.html.Acesso em: 
5 out. 2020. 
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. DNA: As características gerais do DNA. 
Biologia NET, [2017?]. Disponível em:
https://www.biologianet.com/biologia-celular/dna.htm.Acesso em: 16 out. 
2020. 
VOCÊ pode extrair DNA em casa: Saiba como. Revista Galileu: Ana Freitas, 2018. 
Disponível em:
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT340027- 17770,00.html.Acesso em:
16 out. 2020. 
Práticas em Patologia, p. 14
PRÁTICA 2: RELACIONANDO PEROXISSOMOS, CATALASE E FERIMENTOS 
Peroxissomos são organelas citoplasmáticas, envoltas por uma membrana que
tem como função oxidar substâncias orgânicas, e gerar como subproduto peróxido de
hidrogênio (H2O2), mais conhecido como água oxigenada, que é extremamente tóxico
para a célula. Portanto, os peroxissomos têm que eliminar esse subproduto, eles
possuem em seu interior uma enzima chamada catalase, que converte este agente em
água e oxigênio. 
A utilização de água oxigenada para assepsia de ferimentos é uma prática
bastante comum, isso porque o peróxido de hidrogênio reage com o sangue e o plasma
expostos em uma ferida, liberando uma de suas moléculas de oxigênio, transformando-se
em água e formando borbulhas saindo do machucado. O experimento a seguir tem como
objetivo simular um ferimento e, por meio da utilização da água oxigenada, fornecer
evidências experimentais que fomentem a discussão a respeito do papel da catalase, dos
peroxissomos e dos mecanismos pelos quais a degradação do H2O2 promove a assepsia
de feridas. 
MATERIAIS UTILIZADOS
• 1 micro lanceta estéril descartável ou agulha de seringa descartável; 
• 1 lâmina de vidro para microscopia; 
• 1 gota de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) 10 volumes; 
• 1 pipeta Pasteur ou conta-gotas; 
• Algodão; 
• Álcool 70 %. 
PROCEDIMENTOS 
 Será necessário um voluntário para a prática, então com o algodão embebido em
álcool 70%, deve-se limpar o dedo indicador do indivíduo;
 Fazer um pequeno furo com auxílio de uma micro lanceta estéril ou agulha
descartável, desde que seja nova e esteja lacrada na embalagem antes do uso; 
 Depositar algumas gotas de sangue sobre a lâmina de microscopia; 
 Adicionar uma gota de água oxigenada sobre o sangue; 
Práticas em Patologia, p. 15
 O resultado deve ser observado e comparado àquele normalmente visto em
situações de ferimentos reais. 
FIGURA 1: Procedimentos: Gota de sangue e aplicação do peróxido de hidrogênio
Fonte: Atividades Práticas em Biologia Celular, 2019, p. 76
RESULTADOS 
Como pode ser visto na figura 2, ao adicionar água oxigenada ao sangue, a ação da
catalase provoca efervescência, por causa da degradação da água oxigenada que
transforma-se em água e oxigênio. Esse oxigênio puro tem função desinfetante oxidante,
que mata microrganismos causadores de doenças, como bactérias e vírus anaeróbicos
(que não sobrevivem à presença de oxigênio), por ter essa capacidade de matar
microrganismos, a água oxigenada é um antisséptico eficiente. 
FIGURA 2: Transformação do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio, por meio da
catalase, causando efervescência e promovendo assepsia da ferida. 
Fonte: Atividades Práticas em Biologia Celular, 2019, p. 76
Práticas em Patologia, p. 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BARONEZA, José Eduardo. Atividades práticas em biologia celular: capítulo 9
peroxissomos. Ceará: Edições UFC, 2019. 128 p. ISBN 978-85-7282-763-8. 
Disponível em: http://www.editora.ufc.br/images/imagens/pdf/2019-atividades-
praticas-em-biologia-celular-ebook.pdf.Acesso em: 13 out. 2020. 
ÁGUA Oxigenada ou Água e Sabão? Qual dos Dois Limpa Melhor um Machucado?:
Como a Água Oxigenada Mata as Bactérias?. [S. l.], 19 fev. 2019. Disponível em: 
https://portuguese.mercola.com/sites/articles/archive/2019/02/19/agua-
oxigenada.aspx#:~:text=Por%20que%20a%20%C3%81gua%20Oxigenada,de%20doen
%C3%A7as%2C%20como%20as%20bact%C3%A9rias.
Acesso em: 21 out. 2020. 
Práticas em Patologia, p. 17
PRÁTICA 3: EXAME PREVENTIVO DE COLO DO ÚTERO 
O câncer de colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais frequente na população
feminina brasileira, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal. Existe uma fase pré-
clínica (sem sintomas) do câncer do colo do útero, em que a detecção de lesões
precursoras (que antecedem o aparecimento da doença) pode ser feita através de um
exame preventivo: o Papanicolau. 
Quando diagnosticadona fase inicial, as chances de cura podem chegar a até
100%. Conforme a evolução da doença aparecem sintomas como sangramento vaginal,
corrimento e dor. O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente do
papiloma vírus humano (HPV), principalmente por seus subtipos chamados de
oncogenitos. Além disso, outros fatores de risco associados são: início precoce da
atividade sexual, múltiplos parceiros, histórico de verrugas genitais, tabagismo e pacientes
com doenças imunossupressoras. A infecção por HPV é bastante frequente e não evolui
para a doença em grande parte das vezes, sendo combatida pelo sistema imunológico da
paciente. Entretanto, quando há alterações celulares, os casos podem evoluir para o
câncer. 
Descobrimos essas lesões precursoras durante a realização do exame preventivo
Papanicolau. Por isso, é fundamental que as mulheres procurem um médico
periodicamente. Quando o tumor é detectado no início, há chance de cura na maioria dos
casos, segundo o especialista. O Papanicolau deve ser feito em mulheres de 25 a 64 anos
de idade que já tiveram relação sexual, conforme diretriz do Ministério da Saúde. Em
relação à frequência, precisar ser realizado a cada três anos, após dois exames normais
consecutivos no intervalo de um ano. 
MATERIAIS 
• Espéculo; 
• Lâmina com uma extremidade fosca; 
• Espátula de Ayre; 
• Escova endocervical; 
• Par de luvas para procedimento; 
• Formulário de requisição do exame; 
Práticas em Patologia, p. 18
• Lápis n.º 2 (para identificação da lâmina); 
• Máscara cirúrgica; 
• Fixador citológico; 
• Recipiente para acondicionamento das lâminas; 
• Lençol para cobrir a paciente; • Avental. 
PROCEDIMENTOS 
1. Identifique as iniciais da paciente e a data do nascimento no lado fosco da lâmina
utilizando lápis grafite; 
2. Introduza o espéculo, gire e abra-o lentamente e com delicadeza; 
3. Colete a amostra ectocervical com a espátula de Ayre, girando 360° e a amostra
endocervical girando a escova 360°; 
4. Realize o esfregaço de maneira a distribuir uniformemente o material em camada fina;
5. Fixe imediatamente o material na lâmina. 
6. Ambas as superfícies da espátula e todas as faces da escova devem entrar em
contato com a lâmina de vidro. 
7. Tome cuidado com os movimentos circulares para não lesar as células. 
RESULTADOS 
As alterações celulares reativas são de natureza benigna, associadas à
inflamação, determinadas pela ação de agentes físicos ou químicos. Ocasionalmente,
podem-se observar alterações decorrentes do uso do dispositivo intrauterino, em células
endometriais e mesmo endocervicais. Os critérios de alterações celulares associados à
inflamação são: aumento nuclear, bi nucleação ou multinucleação, nucléolos únicos ou
múltiplos, o citoplasma pode apresentar policromasia, vacuolização ou halos
perinucleares.
 
Práticas em Patologia, p. 19
FIGURA 1: Esfregaço cérvico-vaginal indicando características celulares de coilocitose e
binucleação. 
 Fonte: Google imagens
. 
FIGURA 2: Esfregaço cérvico-vaginal mostrando células – guia (setas: células escamosas
recobertas por densas colônias de microrganismos. 
 Fonte: Google imagens
A Figura 1 revela características celulares indicativas de provável infecção pelo
Humano (HPV), visto que a coilocitose e a binucleação observadas em células desse
esfregaço são típicas da infecção por HPV. A Figura 2 revela características celulares
indicativas de provável infecção por Gardnerella vaginalis. 
Práticas em Patologia, p. 20
FIGURA 3: A imagem (a) apresenta uma célula (seta) que exibe núcleo volumoso e borda
nuclear espessa, representando alterações reativas, a imagem (b) são células
endocervicais com aumento nuclear e bi nucleação, essas alterações são associadas às
vezes a processos inflamatórios. Papanicolaou (400x). 
 Fonte: Google Imagens
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
O QUE é o exame papanicolau e para que ele serve: O teste é usado na prevenção do 
câncer de colo de útero, o terceiro mais comum entre as mulheres brasileiras. Veja Saúde: 
Chloe Pinheiro, 8 mar. 2018. Disponível em: https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-o-
exame-de-papanicolau-e-para-que-ele-serve/.Acesso em: 20 out. 2020. 
PAPANICOLAU: Exame preventivo de colo do utero. Biblioteca Virtual em Saúde: 
Ministerio da Saúde, 2011. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2069-papanicolau-exame- preventivo-de-colo-
de-utero. Acesso em: 21 out. 2020. 
Práticas em Patologia, p. 21
PRÁTICA 4: MELANOMA 
O melanoma é um tumor maligno proveniente dos melanócitos, esse tumor é
bastante comum na pele. Existem também outras localizações habituais, como a coróide
(camada pigmentada do olho, entre a retina e a esclera), orelhas, trato gastrointestinal e
genitais. Na pele, a luz solar é o principal fator para o aparecimento da patologia e as
áreas mais frequentemente afetadas são o dorso e membros inferiores. A pele clara por
sua vez possui maior risco, em comparação com os indivíduos de pele escura. 
O surgimento de uma lesão pigmentada nova na vida adulta, ou a mudança de
tamanho e/ou de cor em uma lesão pigmentada já existente é um forte indício clínico para
o melanoma. Uma lesão no melanoma tende mostrar diversas tonalidades de marrom,
negro e até outras cores na mesma lesão, e o contorno costuma a ser irregular. 
As células neoplásicas, existentes no melanoma podem apresentar dois tipos de
desenvolvimento, o radial e o vertical. No estágio inicial, o desenvolvimento é chamado de
radial ou horizontal. Com o passar do tempo inicia-se a fase de desenvolvimento vertical,
onde as células penetram tanto na epiderme, gerando ulceração, como a derme mais
profunda, atingindo vasos linfáticos e sanguíneos. A partir desse momento a ocorrência de
metástases é praticamente certa. Clinicamente esta fase é caracterizada pelo surgimento
de um nódulo proeminente na lesão que antes era plana, e condiz com o aparecimento de
um clone de células mais agressivas. 
MATERIAIS 
• Agulha; 
• Formol (10%); 
• Saco plástico; 
• Parafina; 
• Micrótomo; 
• Lâmina; 
• Corante hematoxilina-eosina (15%); 
• Microscópio; 
• Anestesia; 
• Máscara; • Luvas. 
Práticas em Patologia, p. 22
PROCEDIMENTOS 
1. O procedimento se inicia com uma aplicação de uma anestesia local ou
dependendo da extensão do tecido é necessário que ocorra a sedação do paciente. 
2. De modo geral com o auxílio de uma agulha, pinça ou bisturi, é retirada um
pequeno pedaço da região em foco. 
3. O material recém-colhido é guardado em uma solução de formol a 10% (de
preferência formol tamponado) e isso é feito para que as células não se danifiquem e
assim seja possível fazer a realização da de análise. 
4. As amostras são depositadas em um recipiente de boca larga ou depositadas
em um saco plástico adequado, onde o mesmo deve está identificado com o nome do
paciente e data de nascimento. 
5. A amostra poderá continuar dentro desse líquido ainda por mais um dia. 
6. O pedaço de tecido é mergulhado em parafina para que assim possa ficar
mais firme. No momento em que endurece, é cortado em pedaços muito pequenos por um
instrumento chamado micrótomo. 
7. Após esse processo essas fatias são inseridas em uma lâmina e é jogado
corante que habitualmente é a hematoxilina-eosina para evidenciar as estruturas das
células ali dentro. 
8. A análise é visual, e será utilizado um microscópio para observar as
estruturas celulares e verificar se possui algum tipo de anormalidade. No caso das células
cancerígenas, elas se apresentam irregulares e não estão bem organizadas. Então, um
laudo sobre o que foi constatado será emitido. 
RESULTADOS 
Com base na análise feita microscopicamente, é possível notar que a amostrade
tecido da Figura 01 manteve sua morfologia intacta e normal, estando com a área
analisada contendo pouca melanina e isso acontece, pois a melanina é injetada aos
queratinócitos próximos. O tecido da Figura 02 por sua vez demonstra uma escassez de
melanina, onde a área se encontra a melanótica, sendo possível observar que existem
alterações morfológicas presentes na amostra. 
Práticas em Patologia, p. 23
Assim também como na figura 03 que apresenta uma área bastante pigmentada
(melanótica), contendo células neoplásicas produzindo melanina de forma abundante e
exagerada, trazendo também alterações para a amostra. Por fim, na figura 04 pode-se
observar uma lesão enegrecida, elevada, ulcerada e com contorno irregular e com base
em todas essas características obtidas na lâmina, é possível diagnosticar como
melanoma maligno. 
FIGURA 01: Imagem histológica do tecido epitelial, é possível notar melanócitos normais. 
Fonte: Google Imagens.
FIGURA 02: Imagem histológica do tecido epitelial, é notável a falta de melanina na área
observada. 
Fonte: Google Imagens.
Práticas em Patologia, p. 24
FIGURA 03: Imagem histológica do tecido epitelial, observa-se grande produção de
melanina na área em foco. 
Fonte: Google Imagens.
FIGURA 04: Imagem histológica da região lombar, onde notasse uma área escurecida no
tecido. 
Fonte: Google Imagens.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
LUCÍRIO, Ivonete. Como é feita uma biópsia?. Veja Saúde. Publicado em 12 Maio 2017. 
Disponível em:https://saude.abril.com.br/medicina/como-e-feita-uma-biopsia/.Acesso em: 
20 out, 2020. 
Melanoma maligno. Unicamp. Disponível em:
http://anatpat.unicamp.br/lamneo19.html. Acesso em: 20 out, 2020. 
Práticas em Patologia, p. 25
PRÁTICA 5: PNEUMONIA EM FASE DE HEPATIZAÇÃO CINZENTA 
Pneumonia é a infecção do parênquima pulmonar, com quadro inflamatório
característico. Pode ser causada por diversos agentes infecciosos como bactérias, vírus,
fungos, parasitas, além de terapia com radiação, ingestão e inalação de substâncias
químicas, porém a maioria das pneumonias é bacteriana. O parênquima pulmonar está
constantemente exposto à agressão de agentes infecciosos, porém consegue manter-se
estéril graças à eficácia de vários mecanismos de defesa do organismo, imunológicos e
não imunológicos. 
Quando os mecanismos de defesa falham ou quando o agente é demasiadamente
agressivo, surge o quadro infeccioso — pneumonia — em que os bronquíolos respiratórios
e alvéolos são preenchidos por exsudato inflamatório, levando ao comprometimento da
função de troca gasosa. A pneumonia pode ser classificada, tendo por base a sua
distribuição anatômica, em três subtipos: Pneumonia lobar (disseminação inflamatória
uniforme no parênquima dos lobos pulmonares), Pneumonia lobular ou broncopneumonia
(focos inflamatórios no parênquima dos lóbulos pulmonares) e Pneumonia intersticial
(inflamação do interstício pulmonar). 
MATERIAIS 
• Microscópio óptico; 
• Corante; 
• Tecido pulmonar; • Lâmina histológica para coloração. 
PROCEDIMENTOS 
1. Inicia-se com a coleta do material, onde envolve a coleta de amostras do tecido
pulmonar, que tem como objetivo observar as alterações patológicas envolvendo a
Pneumonia em Fase de Hepatização Cinzenta. 
2. Existe também a fixação, etapa na qual ocorre a preservação tecidual, que tem como
objetivo interromper o metabolismo celular. 
3. No esfregaço, coloca-se o material (tecido pulmonar) sobre a lâmina, logo após utiliza-
se os cortantes que são diluídos a 15% (hematoxilina-eosina), corante este muito
Práticas em Patologia, p. 26
utilizado na coloração na área da histologia, possibilitando a melhor identificação do
tecido exposto. 
4. Para finalizar, deve ocorrer a observação por meio do microscópio óptico, havendo a
ampliação através das lentes, nas objetivas é 3x, 10x e 40x, proporcionando então,
uma melhor visualização do material escolhido, neste caso o tecido pulmonar,
facilitando a identificação. 
RESULTADOS 
FIGURA 1: Observa-se na imagem a presença de exsudato de fibrino-purulento,
juntamente com piócitos e septos interalveolares necróticos. 
Fonte: Google Imagens
FIGURA 2: Presença do aumento dos leucócitos e fibrina nos alvéolos, diminuição da
congestão e desaparecimentos de bactérias. Também é importante observar o
preenchimento das luzes alveolares com exsudato faz com que o pulmão apresente a cor
acinzentada e aspecto compacto. 
Fonte: Google Imagens
Práticas em Patologia, p. 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
PNEUMONIA LOBAR EM FASE DE HEPATIZAÇÃO CINZENTA, Anatomia Patológica 
Geral, Disponível em: http://anatpat.unicamp.br/pecasinfl1.html#:~:text=c)%20fase
%20de%20hepatiza%C3%A7%C3%A3o%20cinzenta,64). Acesso em 28 de set. de 
2020. 
Práticas em Patologia, p. 28
PRÁTICA 6: METAPLASIA ESCAMOSA DO COLO UTERINO 
A metaplasia escamosa do colo do útero é a mudança das células cilíndricas da
região uterina logo após o orifício cervical. Em outras palavras, ela é a transformação ou
substituição de um tecido adulto por outro da mesma classe. Na metaplasia escamosa, o
epitélio monoestratificado (aquele que possui apenas um camada de células) se converte
em epitélio pluriestratificado (com várias camadas de células). Substituição do epitélio
glandular endocervical por células de reserva sub colunares, que se diferenciam em
epitélio escamoso (maduro ou imaturo). É uma resposta comum a irritantes, que está
presente em quase todos colos uterinos e se localiza na zona de transformação. Não é
considerada uma condição pré-maligna. 
As causas mais frequentes da metaplasia escamosa do colo do útero são
proliferações de células colunares de reserva que enchem as glândulas endocervicais,
aumento da acidez do útero durante a puberdade, inflamações ou irritações uterinas,
exposição a substâncias químicas, excesso de estrogênio, déficit de vitamina A, presença
de pólipos uterinos e uso de anticoncepcionais orais. Não é necessário um tratamento,
apenas acompanhamento médico. Em um exame Papanicolau, a metaplasia é classificada
como negativa ou classe I, o que significa que não há risco de malignidade. Em geral, as
células do colo do útero apresentam-se completamente normais após a metaplasia. 
MATERIAIS 
• Espéculo; 
• Lâmina com uma extremidade fosca; 
• Espátula de Ayre; 
• Escova endocervical; 
• Par de luvas para procedimento; 
• Formulário de requisição do exame; 
• Lápis n° 2 (para identificação da lâmina); 
• Máscara cirúrgica; 
• Fixador citológico Vagispec Spray 30 ml; 
• Recipiente para acondicionamento das lâminas; 
• Lençol para cobrir a paciente; • Avental. 
Práticas em Patologia, p. 29
PROCEDIMENTOS 
1. Primeiro realizará a identificação das iniciais da paciente e a data de
nascimento do lado fosco da lâmina utilizando o lápis grafite. 
2. Depois irá introduzir o espéculo para manter o canal vaginal aberto e permitir
a observação do colo do útero, com espátula de Ayre e escova endocervical. 
3. Fará uma leve e pequena descamação da parede vaginal e do colo do útero
com giro 360°, realize o esfregaço de maneira a distribuir uniformemente o material em
camada fina, sempre com movimentos circulares para não lesar as células. 
4. Fixe o material na lâmina com o fixador citológico, se aplicado muito próximo
da lâmina, o jato pode deslocar e danificar as células criando artefatos que dificultam a
análise. 
5. O material coletado será colocado em uma lâmina e será encaminhado ao
laboratório especializado em citopatologia, para análise. 
RESULTADOS 
No análise microscópica foi possível visualizar na figura 01 presença de glândulas
no epitélio escamoso e colunar, glândulas com presença de muco e estão dilatadas por
causa do espaço branco, logo depois é possível visualizar na figura 02 um epitélio
pavimentoso e estratificado sem presençade creatina ausência de atipias, núcleos até a
periferia e uma junção colunar é encontrada no colo uterino. Tem as regiões
endocervicais apresentadas pelo epitélio colunar e as regiões ectocervicais apresentadas
pelo epitélio escamoso. Na figura 03 nota-se nas regiões endocervicais glândulas que
não podiam está no epitélio pavimentoso estratificado, ocorreu então uma metaplasia
escamosa onde existia o epitélio colunar, por uma reação adaptativa acabou se alterando.
Práticas em Patologia, p. 30
Figura 01: No córion identificam-se glândulas endocervicais, enquanto na superfície o
epitélio de revestimento é de tipo escamoso estratificado maduro. 
Fonte: Google Imagens
Figura 02: Observa-se ausência de atipias, ou seja não há uma lesão precursora do
câncer do colo. 
Fonte: Google Imagens
Práticas em Patologia, p. 31
Figura 03: A imagem apresenta a junção do epitélio glandular endocervical colunar com o
epitélio estratificado escamoso. No córion observam-se células inflamatórias e vasos
congestos. 
Fonte: Google Imagens
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
PROCESSOS adaptativos: Metaplasia. Patologia Geral, 15 abr. 2015. Disponível em: 
https://www.ufrgs.br/patologiageral/.Acesso em: 19 out. 
2020. 
METAPLASIA escamosa do colo do útero. CCM SAÚDE, 25 abr. 2017. Disponível em: 
https://saude.ccm.net/faq/8525-metaplasia-escamosa-do-colo-do-utero.Acesso em: 17 out. 
2020. 
PARACOCCIDIOIDOMICOSE em traquéia e linfonodo: exemplo de metaplasia escamosa. 
[S. l.], 23 out. 2020. Disponível em:http://anatpat.unicamp.br/lamneo2.html.Acesso em: 20 
out. 2020. 
METAPLASIA. InfoEscola, 2009. Disponível em:
https://www.infoescola.com/histologia/metaplasia/.Acesso em: 20 out. 
2020. 
Práticas em Patologia, p. 32
PRÁTICA 7: NEOPLASIA 
Neoplasia é uma multiplicação anormal de células de um tecido que pode
ocasionar consequências graves ao organismo. A neoplasia pode ser definida como um
tumor que surge devido ao aumento anormal do número de células, ou seja, caracteriza-se
como proliferação anormal do tecido. O termo tumor refere- se a um aumento do volume
de uma parte do organismo, entretanto, é comumente usado como sinônimo de neoplasia.
As neoplasias podem ser consideradas benignas ou malignas usando como critério o seu
comportamento biológico. 
A neoplasia benigna, também chamada de tumor benigno, caracteriza-se por
apresentar células bem semelhantes às do tecido original, ou seja, apresentam
diferenciação; crescem de forma lenta; são bem vascularizadas; comprimem os tecidos
vizinhos, no entanto, não os infiltram. A migração dessas células só ocorre em caso de
lesão ou rompimento do tecido. Embora seja denominada de benigna, essa neoplasia
também pode gerar complicações, pois comprime órgãos e vasos, além de poder causar a
secreção em excesso de algumas substâncias, o que pode ser prejudicial. Em geral os
tumores ou neoplasias benignas são designados ligando o sufixo - oma ao nome do
tipo de célula de origem. As neoplasias epiteliais benignas que surgem a partir de
superfícies epiteliais são referidas como papilomas e produzem projeções visíveis
semelhantes a verrugas. 
A Neoplasia maligna também chamada de tumor maligno ou câncer, caracteriza-se
por um crescimento mais rápido do que a benigna e suas células são menos diferenciadas,
o que faz com que muitas percam a sua função no tecido original. Como essas células
apresentam uma redução das estruturas funcionais e moléculas de adesão, elas
apresentam maior mobilidade, invadindo os tecidos adjacentes. Os cânceres que surgem
em tecidos mesenquimais sólidos são geralmente chamados sarcomas, os das células
formadoras de sangue são as leucemias ou linfomas e os que surgem das células
epiteliais são os carcinomas, com algumas exceções. 
Além de serem agressivas localmente, as neoplasias malignas podem também se
propagar pelo organismo em um processo denominado de metástase, em que há a
formação de uma nova massa tumoral a partir de uma primeira sem que haja, no entanto,
continuidade entre elas. Isso ocorre porque as células da massa tumoral primária podem
Práticas em Patologia, p. 33
desprender-se e entrar na corrente sanguínea ou vasos linfáticos, deslocando-se pelo
organismo e fixando-se em outro local, no qual dará origem a um novo tumor. 
MATERIAIS 
• Microscópico óptico; 
• Lâmina; 
• Lamínula; 
• Palito de sorvete; 
• Álcool 70%; 
• Becker; 
• Hematoxilina e Eosina (diluído a 15%); 
• Amostra da mucosa bucal; 
• Água destilada; • Pipetas Pasteur; • Papel filtro. 
PROCEDIMENTOS 
1. De início colocar uma gota de água na lâmina, depois raspar suavemente a
mucosa da boca com o auxílio do palito de sorvete. 
2. Em seguida fazer o esfregaço espalhando sobre a lâmina o material raspado.
3. Logo após, fixar o material na lâmina, mergulhando em álcool 70%, em
seguida aguardar dois minutos para a fixação 
4. Após a fixação retirar a lâmina do álcool e escorrer o excesso de líquido em
um papel filtro. 
5. Colocar a lâmina sobre a bancada e pingar sobre a região do esfregaço uma
gota de hematoxilina e eosina, em seguida aguardar dois minutos. 
6. Com o auxílio de uma pipeta remover o excesso de hematoxilina e eosina,
jogando sobre a região do esfregaço uma gota de água, e cobrir com uma lamínula. 
7. Retirar as bolhas de ar presentes na lâmina, pressionando levemente com a
pinça, colocar a preparação dentro de um pedaço de papel filtro dobrado. 
Pressionar levemente para retirar todo o excesso de líquido. 
8. Por fim observar no microscópio o material usando a objetiva de 10x e 40x,
girar vagarosamente o macrométrico para melhor visualização. 
Práticas em Patologia, p. 34
RESULTADOS 
Diante da análise microscópica foi possível visualizar na figura 01 a presença de
mucosa escamosa com epitélio escamoso devido a acantose, papilomatose,
hiperqueratose, hipergranulose e células escamosas com halo perinuclear claro e bi
nucleações raras. Notava-se, ainda, no córion, infiltrado inflamatório linfoplasmocitário,
além de ectasia vascular. 
Após a análise das lâminas na figura 02 é notável que as papilas dérmicas estão
muito alongadas, formando eixos conjuntivo-vasculares recobertos por epiderme
acantótica e hiperceratótica. Nota-se também a convergência dos cones epiteliais para a
base da lesão, em forma de leque. Nos aumentos maiores, nota-se espessamento da
epiderme (acantose) e grande proeminência da camada granulosa, onde os grânulos de
queratohialina são excepcionalmente irregulares e grosseiros (alteração esta causada pelo
vírus HPV). Os espaços claros perinucleares são chamados coilocitose e também próprios
da infecção por este vírus. Estes 'buracos'' correspondem, a uma zona pobre em organelas
celulares. 
Na Figura 03 é visível a presença de focos de tecido conjuntivo fibrovascular em
meio ao tecido epitelial proliferativo. Além dessa característica, a presença de células
modificadas pela inclusão viral, que apresentam citoplasma claro e núcleo pequeno e
intensamente corado. Essas células são chamadas de Coilócitos e normalmente são
encontradas nas camadas mais superiores do tecido epitelial. 
Figura 01: Imagem histológica de papiloma escamoso com presença de acantos. 
Fonte: Googles Imagens
Práticas em Patologia, p. 35
Figura 02: Imagem histológica da intensa papilomatose da derme, pelo (humano
papiloma vírus) HPV. 
Fonte: Googles Imagens.
Figura 03: Epitélio escamoso com hiperqueratose e coilócitos abundantes. 
Fonte : Googles Imagens.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MUCOSA ORAL. Vidraria de laboratório. Disponível 
em:http://www.vidrariadelaboratorio.com.br/observacao-de-celulas-da- mucosa-
bucal-microscopio.Acesso em 18 de outu de 2020 
Práticas em Patologia, p. 36
PAPILOMA ESCAMOSO ORAL. Scielo.br. Disponível 
em:https://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S167945082019000200501&script=sci_arttext&tlng=pt.Acessoem 18 de outu 
de 2020. 
VERRUGA VULGAR. Departamento de Anatomia Patológica. Disponível 
em:http://anatpat.unicamp.br/lampele8.html.Acesso em 18 de outubro de 2020. 
Práticas em Patologia, p. 37
PRÁTICA 8: NECROSE LIQUEFATIVA - ABSCESSOS HEPÁTICOS 
A necrose liquefativa é específica de tecidos ricos em lipídios e pobres em
albuminas coagulativas. Entretanto, existem casos onde aparece até mesmo em tecidos
que, embora possuam níveis de albumina, acabaram sofrendo com infecções bacterianas
ou fúngicas. Nestes casos as enzimas das bactérias, das próprias células mortas e dos
leucócitos (decorrentes do processo inflamatório) se agregam para o processo de digestão
proteolítica liquefativa do tecido lesado. Como resultado dessa digestão se tem um tecido
caracterizado como uma massa viscosa, líquida, com presença de pus e amolecido. 
A necrose liquefativa heterólise acontece quando há uma infeção bacteriana focal,
e como qualquer outro tipo que infecção por microrganismos o nosso sistema imune é
ativado, o que irá liberar uma cascata de mecanismos de reconhecimento desse antígeno.
Quando finalmente acontece o conhecimento se dá início ao processo que terá eliminá-la.
Os leucócitos então, são os responsáveis por liberar enzimas lisossômicas que ajudaram
no combate. 
Além do sistema imune atuante, enzimas proteolíticas liberadas pelo próprio
microrganismo, no caso as bactérias, são fator decisivo para a destruição do tecido lesado.
Ambos os processos de destruição do tecido lesado, desencadeia a digestão
enzimática por heterólise, em outras palavras, necrose liquefativa por heterólise, através
de ações do próprio microrganismo, e principalmente do nosso sistema imunológico, pela
ação leucocitária. 
Como consequência desse amontoado de células e bactérias mortas, se tem o
aparecimento do pus, ocasionando a formação de abcessos. Os abcessos representam
um exemplo de necrose liquefativa, resultante de infecções bacterianas purulentas, eles
são responsáveis por produzirem uma nova cavidade de tecido. O mesmo é caracterizado
por ficar restrito apenas a determinado ponto do órgão. 
MATERIAIS 
• Lâmina; 
• Lamínula; 
• Microscópio óptico; 
• Amostra do tecido hepático; 
• Pinça; 
Práticas em Patologia, p. 38
• Bisturi; 
• Formol a 10%; 
• Micrótomo; 
• Xilol; 
• Álcool etílico (70%, 80%, 90%, 100%); 
• Parafina; 
• Corantes: Hematoxilina e Eosina (diluído em 15%). 
PROCEDIMENTOS 
1. Para obter a amostra tecidual específica da seguinte prática é necessário que
seja feito um pequeno corte no órgão (fígado), através de uma biópsia. Para retirada dessa
amostra será obrigatório a utilização de um bisturi e uma pinça. 
2. Em seguida se dará início ao processo de fixação, que consiste no retardo e
interrupção do metabolismo celular, visando conservar os elementos teciduais da amostra.
Como fixador será utilizado o formaldeído a 10%, fixado durante 24 horas. O tecido será
colocado em uma concentração com no mínimo um volume 10 vezes maior em relação ao
tecido a ser fixado. 
3. Após a fixação, realizar lavagem em água corrente para retirar o excesso do
fixador. 
4. Posteriormente, o material deverá ser desidratado pelo processo de
desidratação, onde será realizada a remoção de toda água do tecido, e sua substituição
por álcool, uma vez que, as substâncias utilizadas para a inclusão em parafina não são
miscíveis em água. O material então será mergulhado em um recipiente com uma série de
soluções alcoólicas em concentrações diferentes e crescentes de álcool etílico (70%, 80%,
90%, 100%). 
5. Em seguida esse álcool deverá ser substituído pelo Xilol, uma substância
preparatória para a penetração da parafina no tecido. Conforme essa substituição
acontece o material ficará mais claro e transparente. 
6. Para deixar o material rígido e facilitar o corte em camadas finas será
realizado banhos em parafina por cerca de 5 minutos. 
7. Depois de endurecido, o tecido será cortado em poções extremamente finas,
com espessuras de 5 µm, por meio de um micrótomo. 
8. Logo após, o material deve ser colocado nas lâminas. 
Práticas em Patologia, p. 39
9. Antes de seguir para o microscópio óptico as lâminas deverão passar pela
etapa de coloração, para então possibilitar a visualização e análise das estruturas
celulares do tecido. Um dos corantes utilizados será a Hematoxilina, que vai corar os
ácidos nucleicos dos núcleos, outro corante será a Eosina, que vai corar os componentes
do citoplasma das células. 
10. Por fim, os cortes serão protegidos por uma lamínula e analisados por um
microscópio óptico. 
RESULTADOS 
Com a observação da lâmina contendo o tecido lesado, foi identificado as
características fundamentais da necrose liquefativa, onde aconteceu a total lise da área
tecidual e desnaturação da proteína. O conteúdo do abscesso mostra acúmulo de
leucócitos e restos celulares necróticos, além de um material amorfo e fibrilar. 
Observando a figura 1, nota-se uma presença excessiva de neutrófilos entre o
material fibrilar, além de restos celulares do tecido lesado, em menor aumento. Na figura 2,
com um aumento maior, é possível observar de forma mais visível e em detalhes, um
material amorfo, róseo, fibrilar, juntamente com restos celulares e neutrófilos necróticos. 
Todas essas observações, através do microscópio óptico, constatam que o fígado
encontre-se com necrose liquefativa por heterólise, e com presença de abscessos
purulentos. 
Figura 1: Microscopia do tecido pulmonar fibrilar e com presença abundante de neutrófilos.
Fonte: Departamento de Patologia – UFRJ
Práticas em Patologia, p. 40
Figura 2: Microscopia de um material amorfo e com neutrófilos necróticos. 
Fonte: Fonte: Departamento de Patologia – UFRJ
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Adaptação, lesão e mortes celulares. Departamento de Patologia da faculdade de 
Medicina, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em: 
http://patologia.medicina.ufrj.br/index.php/histopatologia-geral/153- morte-
celular/necrose/necrose-deliquefacao#:~:text=F%C3%8DGADO&text=A%20necrose
%20liquefativa%2C%20ou%20por,lisossomais%20liberadas%20das%20c%C3%A9lulas
%20mortase Acesso em: 08 de out. de 2020. 
Carvalho, Débora. Necrose. InfoEscola. Disponível 
em:https://www.infoescola.com/citologia/necrose/.Acesso em: 08 de out. de 2020. 
Fernandes, Joyce. Necrose de liquefação e acidente vascular encefálico isquêmico. 
Jaleko, 2019. Disponível em: https://blog.jaleko.com.br/necrose-de-liquefacao-e-acidente-
vascular- encefalico-isquemico/>. Acesso em: 08 de out. de 2020. 
Lílian de L. Timm Centro Universitário La Salle Museu de Ciências Naturais. TÉCNICAS 
ROTINEIRAS DE PREPARAÇÃO E ANÁLISE DE LÂMINAS. Docplay. 2016. Disponível 
em: https://docplayer.com.br/12035438-Tecnicas-rotineiras-de-preparacao-e-analise-de-
laminas-histologicas.html.Acesso em: 12 de out. de 2020. 
Técnicas histopatológicas: Preparação de tecidos. Kasvi, Paraná, 27 de nov. de 2017.
Disponível em:https://kasvi.com.br/histopatologica-tecnica-tecido-celular/.Acesso em: 10
de out. de 2020. 
Práticas em Patologia, p. 41
PRÁTICA 9: DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA 
Degeneração hidrópica é o acúmulo de água no meio intracelular, consequência de
desequilíbrios no controle do gradiente osmótico no nível da membrana citoplasmática e
nos mecanismos de absorção, eliminação de água e eletrólitos intracelulares. Difere da
degeneração turva pela forma de acumular água em vacúolos, que se coalescem,
formando nos epitélios o que se conhece com o nome de vesícula. 
Praticamente todos os tipos de lesão levam, ao menos em um primeiro momento,
a acumulação de água intracelular. Como consequência, a célula adota um aspecto
edematoso, que corresponde ao aumento de água e sódio no citoplasma ou nas cisternas
do retículo endoplasmático. Este fenômeno se deve à alteração da bomba de sódio
produzido peladiminuição de adenosina trifosfato (ATP). A consequência direta é a
retenção de sódio e água na célula (POZO e ARELLANO, 2006). 
Os melhores exemplos de degeneração hidrópica se veem nas queimaduras e nas
enfermidades virais (febre aftosa, estomatite vesicular dos suínos, doença das mucosas,
febre cataria maligna, varíolas, herpes labial e prepucial e outras). A degeneração
hidrópica é considerada como um estágio mais avançado da degeneração turva, portanto
suas causas são semelhantes, variando apenas em intensidade (COELHO, 2002). 
MATERIAIS 
• Microscópio; • Tecido hepático; 
• Lâmina: 
• Lamínula; 
• Pinça; 
• Parafina; 
• Toluol; 
• Ácido acético (80%); 
• Micrótomo; 
• Xilol (100%); 
• Hematoxilina; 
• Eosina; • Becker da forma alta. 
Práticas em Patologia, p. 42
PROCEDIMENTOS 
1. Coleta do material: esse tecido utilizado é obtido através de uma biópsia
cirúrgica; 
2. Fixação: o tecido deve ser imerso em uma substância fixadora (ex:
(formaldeído, ácido acético e ácido pícrico), essa substância deve ser no mínimo 10 vezes
mais volume que o tecido a ser fixado, essa etapa é importante para preservar o material e
ajudar na observação microscópica; 
3. Desidratação: Após a fixação, o material deve ser bem lavado para, em
seguida, ser desidratado. A desidratação consiste na retirada de água dos espécimes a
serem analisados, evitando qualquer dano ao microscópio eletrônico, que funciona sob
vácuo. Desse modo, toda a água é substituída gradativamente por concentrações
crescentes de álcool etílico ou acetona até atingir 100%; 
4. Diafanização: Nessa etapa o material é imerso em uma substância chamada
de agente clarificado (ex: toluol), para que o tecido fique semi translúcido, quase
transparente; 
5. Corte com micrótomo e aplicação sobre a lâmina de vidro: com micrótomo
corta-se o tecido, em seguida com o auxílio de uma pinça, o corte é posicionado sobre
uma lâmina de vidro: 
6. Desparafinização: O corte, que já foi aderido à lâmina de vidro por
‘pescagem’ em banho-maria, é banhado no xilol para dissolver a parafina; 
7. Coloração com hematoxilina e eosina: com o uso desses corantes é possível
melhorar a observação e a identificação das partes do tecido; 
8. Fixação da lamínula: após a adição dos corantes e fixada a lamínula para 
“prender” o material na lâmina. 
9. A lâmina agora está pronta para ser observada no microscópio e assim
identificar as alterações histológicas. 
RESULTADOS 
Ao analisar lâminas histológicas hepáticas em um microscópio é possível notar a
presença de hepatócitos hidrópicos ao redor da veia centrolobular (imagem 01), quando a
Práticas em Patologia, p. 43
lente é aumentada é possível visualizar nas células hepáticas um citoplasma claro e um
núcleo centralizado, essa coloração clara do citoplasma é uma caracterizar para
identificar a existência do acúmulo de água no meio intracelular (imagem 02). Com a
observação da imagem 03 pode- se fazer um comparativo, pois as células estão menos
danificadas. A imagem 04 mostra claramente a presença de hepatócitos edemaciados
com coloração característica de água no citoplasma. 
FIGURA 1: Imagem do fígado, HE 10X. Identificam-se zonas de hepatócitos claros com
edema celular circundando a veia centrolobular, enquanto os hepatócitos que circundam
o espaço portam estão mais eosinofílicos. 
Fonte: Google Imagens
FIGURA 2: Imagem do fígado, HE 50x. Com o maior aumento, hepatócitos hidrópicos
com citoplasma claro e núcleo central, circundando veia centrolobular. 
Fonte: Google Imagens
Práticas em Patologia, p. 44
FIGURA 3: Imagem do fígado, HE 50x. Hepatócitos mais preservados circundando
espaço-porta. 
Fonte: Google Imagens
FIGURA 4: Imagem do fígado, HE 400x. Detalhe do edema celular hepatocitário,
caracterizado por clareamento citoplasmático, manutenção do núcleo em uma posição
central e distorção arquitetural dos cordões hepatocitários com compressão dos
sinusóides. 
Fonte: Google Imagens
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CAMARARIVERO, Raquel. Degeneração hidrópica. Patologia geral, 15 de abril de 2015. 
Disponível em:https://www.ufrgs.br/patologiageral/degeneracao-hidropica/. Acessado em: 
10 de outubro de 2020. 
MIRANDA, Paulo Cesar. Degeneração hidrópica. Revista científica eletrônica de medicina 
veterinária, v. 6, n-10. Janeiro de 2008. 
Práticas em Patologia, p. 45
PRÁTICA 10: ESTEATOSE HEPÁTICA 
Esteatose é uma alteração degenerativa gordurosa, lesão celular reversível
também chamada de infiltração ou metamorfose de gordura, que se refere ao acúmulo de
gorduras neutras (mono, di e triglicerídeos) no citoplasma de células parenquimatosas dos
hepatócitos. É observado com maior frequência no fígado, principal órgão envolvido no
metabolismo lipídico, mas também pode ocorrer no epitélio tubular renal, miocárdio,
músculo esquelético e pâncreas. Além disso, a esteatose pode ser dividida em doença
gordurosa alcoólica (quando há abuso de bebidas alcoólica) ou doença gordurosa não
alcoólica, quando não existe história de ingestão de álcool significativa. 
A patogênese da esteatose no fígado ocorre a partir do metabolismo de lipídeos. O
hepatócito sintetiza lipídios e os exporta para o tecido de armazenamento, que é tecido
adiposo. Se existe algum comprometimento nas vias de metabolismo, aumento da síntese,
dificuldade na utilização, transporte ou excreção dos ácidos graxos, pode ocorrer acúmulo
de gorduras. Os fatores que contribuem para instalação da esteatose são destruição
crônica, diabetes mellitus, obesidade, medicamentos, infecções, intoxicações, anemia,
difteria, etilismo, alcoolismo crônico entre outros. O acúmulo de gordura ocorre no interior
de vacúolos na célula, sendo que em estágios mais avançados há o deslocamento do
núcleo para periférica 
MATERIAIS 
• Lâminas de vidro; 
• Lamínulas; 
• Microscópio; 
• Tecido hepático; 
• Formol (4%); 
• Parafina; 
• Micrótomo; 
• Álcool absoluto (50%, 70%, 96%, 100%); 
• Corantes Hematoxilina-eosina (diluído em 15%); 
• Xilol (absoluto); 
• Pinça. 
Práticas em Patologia, p. 46
PROCEDIMENTOS 
1. Inicialmente, os materiais coletados são obtidos através da biópsia cirúrgica, processo
pelo qual consiste na retirada de uma amostra de tecido para investigação; 
2. Os tecidos são fixados em formol tamponado a 4% por vinte quatro horas. Em seguida
colocada parafina para preparação dos cortes fornecendo maior resistência impedindo
a proliferação de microrganismo; 
3. Os tecidos cortados transversalmente pelas secções em micrótomo semi automática
adquirido assim, aproximadamente 4 μm de porções menores de cortes da amostra
dos materiais, são colocados nas lâminas com auxílio da pinça; 
4. As lâminas prontas são desidratadas em álcool 96% por 20 minutos e em seguida
reidratados em água corrente; 
5. As lâminas imersas em tintura de hematoxilina por 4 minutos, depois lavada com água
corrente aproximadamente por 5 minutos; 
6. Agora corados pela eosina por 5 segundo, logo após lavada em água corrente até tirar
o excesso dos corantes. Em seguida as lâminas passaram a ser desidratadas por três
concentração de álcool absoluto 50%, 70% e 100%. E logo depois, ocorre a
finalização da coloração as lâminas são submetidas a lavagem de xilol absoluto por
cinco minutos; 
7. Na montagem as lamínulas são colocadas em cima das lâminas para serem analisada
no microscópio; 
8. Depois de colocadas as lâminas no microscópio e ampliada até encontrar a melhor
resolução; 
9. Realizada a identificação, reconhecida e descrita as principais alterações morfológicas
do tecido do fígado nas lâminas; 
10.Analisado o tipo de lesão celular como reversível ou irreversível. Além disso, observa
no microscópio formação de vesículas de gorduras na lâmina da esteatose gordurosa,
enquanto na esteatose alcoólica nota a destruição dos hepatócitoscom início de
fibrose ao parênquima e perda da arquitetura funcional do fígado. 
RESULTADOS 
Analisada as lâminas no microscópio, foi possível observar o tipo de lesão celular
como reversível ou irreversível. Além disso, foi identificada as principais características
fundamentais da esteatose hepática com infiltração de gordura nas células dos hepatócitos
Práticas em Patologia, p. 47
provocada pelo excesso de vesículas lipídicas, também verificada a perda da arquitetura
funcional do tecido. 
Na figura 1, notam-se delicados septos fibrosos com esteatose difusa e infiltrado
inflamatório nos espaços portais nos parênquimas dos hepatócitos com focal destruição
dos neutrófilos no tecido do fígado com esteatose hepática alcoólica. Enquanto na figura 2,
observa-se distribuição difusa dos vacúolos lipídicos nos hepatócitos, com aspecto
arredondado ocupando quase toda a célula empurrando o núcleo e citoplasma para
periferia ocasionado pelo acúmulo de lipídeos nas células dos hepatócitos. 
FIGURA 1: Lâmina degeneração gordurosa com esteatose alcoólica. Identifica fibrose e
inflamação nas células dos hepatócitos (Fonte: Google Imagens).
FIGURA 2: Lâmina degeneração gordurosa com esteatose gordurosa. Observar os
hepatócitos com citoplasma ocupados por grandes vacúolos lipídicos claros (Fonte:
Google Imagens). 
 
Práticas em Patologia, p. 48
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
APARECIDA, N. et al. Atlas de patologia geral. Biomedicina. Universidade 
Estadual de Londrina. Disponível em:<http://www.uel.br/ccb/patologia/atlas/Atlas-de-
Patologia.pdf>. Acessado em: 09 out. 2020. 
Adaptação, lesão e morte celular. Faculdade de Medicina. Departamento de patologia, 
UFRJ, Rio de Janeiro, 20 jun. 2018.Disponível 
emhttp://patologia.medicina.ufrj.br/index.php/histopatologia-geral/146- 
adaptacao/esteatose/6-esteatose-degeneracao-gordurosa.Acessado em: 09 out. 2020. 
CAMARA, Raquel. Processos adaptativos esteatose hepática. Patologia Geral. UFRGS, 20
abr, 2015. Disponível em:<https://www.ufrgs.br/patologiageral/esteatose-hepatica/>. 
Acessado em: 09 out. 2020. 
ANCELMO, Giuliano. Et al. Avaliação da proteína acídica fibrilar glial como marcador da 
injúria por isquemia-reperfusão hepática. Scielo, Rio de Janeiro, 19 agos. 2012. Disponível 
em<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
69912013000300009#f1>. Acessado em: 12 out. 2020. 
UNKNOWN, Histologia. Degeneração Gordurosa. Biomedicina Total. 27 agos, 2015. 
Disponível 
em:https://www.biomedicinatotal.com.br/2015/08/degeneracao- gordurosa.html.Acessado 
em: 13 out. 2020. 
Departamento de Anatomia Patológica, Faculdade de Ciências Médicas. Esteatohepatite 
alcoólica Lam. A. 293, corte médio. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, São 
Paulo. Disponível em:<http://anatpat.unicamp.br/lamfig6.html>. Acessado em: 13 out. 
2020. 
Práticas em Patologia, p. 49
PRÁTICA 11: DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE ATRAVÉS DA BACILOSCOPIA 
A tuberculose é uma doença infecciosa proporcionada pela Mycobacterium,
geralmente afeta os pulmões e pode ser caracterizada como grave caso não haja o
diagnóstico e o tratamento precoce. Essa patologia pode ser transmitida através de
gotículas de espirro ou tosse vindas de uma pessoa infectada que possui as bactérias da
doença no organismo. As mycobacteriums ou micobactérias, têm a forma de um bastonete
e, por isso, todas as espécies são classificadas morfologicamente como bacilos. Na
estrutura dessas bactérias será visualizada, especificamente, na parede celular uma
grande constituição de lipídios, nesses lipídeos estarão presentes um de seus
componentes que mais auxilia na baciloscopia: os ácidos micólicos. Esses ácidos irão
fornecer a retenção do corante e estarão presentes também na resistência da propriedade
álcool-ácido. 
Essa propriedade álcool-ácido estará relacionada diretamente com a capacidade
das micobactérias em reter os corantes, e isso as denomina como Bacilos Álcool-Ácido
Resistentes identificados por práticas clínicas e laboratoriais apenas como BAAR. O bacilo
da tuberculose terá sua forma de aquisição através, principalmente, pela inalação de
partículas infectantes através do ar. A forma mais comum e mais infectante patológica da
tuberculose é a tuberculose pulmonar pois, esta produz as gotículas/partículas infectantes
que serão responsáveis pela disseminação da doença através da tosse ou do espirro, o
que causa a problemática da nos termos da saúde pública. Entretanto, outras formas de
tuberculose extrapulmonar pode existir. 
MATERIAIS 
• Pote descartável comum; 
• Amostra de catarro; 
• Lâminas; 
• Bico de Bunsen; 
• Microscópio óptico comum; 
• Corantes: fucsina, azul de metileno (ambos a 0,3%); • Palito de madeira.
Práticas em Patologia, p. 50
PROCEDIMENTOS 
Preparação do esfregaço: 
1. É necessário que a bancada esteja precisamente organizada para que não ocorra
riscos, seguindo os protocolos corretos de biossegurança; 
2. O bico de Bunsen aceso entre o profissional e a amostra que está sendo manipulada,
durante todos os procedimentos. O calor da chama forma uma barreira de proteção
para os aerossóis formados durante a preparação do esfregaço; 
3. O procedimento de fato efetuado é por distensão do escarro diretamente sobre a
lâmina; 
Esfregaço: 
1. Realiza-se a quebra ao meio do palito de madeira, posteriormente a quebra, utiliza-se
o palito de madeira (ou swab, critério do profissional) para pegar a maior partícula
possível da amostra de escarro; 
2. É necessário realizar uma extensão homogênea da amostra na lâmina, então precisa-
se espalhar a secreção em movimentos de vai e vem; 
3. Após o esfregaço ser eficientemente realizado, realiza o descarte adequado dos
palitos de madeira e armazena-se a substância restante da amostra caso seja
necessário repetir o procedimento; 
4. Por fim, espera-se a secagem a temperatura ambiente da lâmina para fixação do 
esfregaço. 
Fixação do esfregaço: 
1. Com o esfregaço voltado para cima, a lâmina será atravessada três vezes,
rapidamente, pelo bico de Bunsen, repetir o procedimento até duas vezes para fixar
completamente o esfregaço. 
Práticas em Patologia, p. 51
Coloração do esfregaço: 
A coloração será realizada a partir do método padrão de Ziehl-Neelsen. Esse
método terá as seguintes etapas: 
1° Etapa: Adiciona-se a fucsina sobre o esfregaço fixado; 
2° Etapa: Faz-se o aquecimento através do bico de Bunsen até a liberação de
vapores, por 3 vezes, para facilitar a penetração da fucsina; 
3° Etapa: Derrama-se o corante na pia e lava-se o esfregaço com água; 
4° Etapa: Faz-se a descoloração com álcool-ácido e lava-se o esfregaço com água.
Somente os BAAR presentes no esfregaço reterão a fucsina; 
5° Etapa: Adiciona-se azul de metileno; 
6° Etapa: Lava-se o esfregaço com água e faz-se a leitura. 
Caso exista a presença de BAAR na amostra eles ficarão vermelhos devido à
retenção da fucsina e serão observados microscopicamente. O fundo azul no esfregaço,
faz o contraste para essa visualização. 
RESULTADOS 
Leitura e interpretação do esfregaço: 
• De acordo com o método Ziehl-Neelsen, além da coloração vermelha, os bacilos
podem se apresentar isolados (como visualizados na figura 1), em grupos ou
fragmentados. 
• Os bacilos podem possuir diversificadas morfologias (como visualizados na figura
2). Eles podem se apresentar microscopicamente em bacilos fragmentados, bacilos
íntegros ou bacilos granulosos. 
• Para classificar como positivo o resultado é necessário visualizar 10 a 99 BAAR,
em 100 campos; 
• Para classificar o resultado como negativo é necessário visualizar que não foram
encontrados BAAR em 100 campos; 
Práticas em Patologia, p. 52
• Para a leitura, registra-se o as informações referentes aos dados da lâmina e se
essa análise é designada para controleou diagnóstico da doença; • Antes de proceder com
a leitura, é necessário acrescentar uma gota de óleo de imersão e estender o óleo na
lâmina em sentido horizontal; 
• Após isso, a leitura é feita dividindo a imagem em quadrantes. Conta-se quantos
bacilos são encontrados em cada quadrante, ao finalizar a contagem de cada bacilo
presente na microscopia, deve ser realizado o registo do exame. 
Figura 1: Bacilos destacados em vermelho na microscopia através do método padrão de
Ziehl Neelsen. 
Fonte: Google Imagens
FIGURA 2: Formatos morfológicos aos quais os bacilos podem ser visualizados
microscopicamente. 
Fonte: Google Imagens
Práticas em Patologia, p. 53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
GOVERNO DO ESTADO (Paraná). SECRETÁRIA DE SAÚDE. 
Tuberculose. In: Tuberculose . Celepar, 2015. Disponível em: 
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Tuberculose#.Acesso em: 15 out. 2020. 
TUBERCULOSE – Diagnóstico Laboratorial: Baciloscopia. Telelab – Diagnóstico e 
monitoramento, 2017. Disponível em:
https://telelab.aids.gov.br/index.php/component/joomdle/course/13. Acesso em: 16 out. 
2020. 
Práticas em Patologia, p. 54
 
 
 
CADERNO 2
 
 
 
Alice Alves Tibúrcio
Ana Vitória Costa Lima
Gildiana Ferreira de Carvalho 
Graziela de Almeida
Joana Vitória Lira da Silva
Luana Alves de Melo
Luzia Laysa Dias de Araújo
Maria Giceli Martins da Silva
Maria Hermina Ferreira Ricarte
Natalia Lima da Silva
NicolleTeixeira de Matos
Sabrina de Sousa Lima
Autoras:
SUMÁRIO
PRÁTICA 01: ÊMBOLO SÉPTICO- EMBOLIA PULMONAR 57
PRÁTICA 02: INFARTO ISQUÊMICO 60
PRÁTICA 03: EDEMA 62
PRÁTICA 04: DEGENERAÇÃO HIALINA 66
PRÁTICA 05: NECROSE DE COAGULAÇÃO 71
PRÁTICA 06: INFLAMAÇÃO AGUDA 76
PRÁTICA 07: ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA 81
PRÁTICA 08: HIPERPLASIA 84
PRÁTICA 09: TUBERCULOSE 87
PRÁTICA 10: TROMBO 91
PRÁTICA 11: ANTRACOSE 95
PRÁTICA 12: LEIOMIOMA 99
SUMÁRIO
PRÁTICA 01: ÊMBOLO SÉPTICO – EMBOLIA PULMONAR
A embolia pulmonar é uma doença caracterizada pelo bloqueio de uma ou mais
artérias pulmonares devido a um coágulo sanguíneo. Êmbolo é uma massa intravascular
que pode ser solta, sólida, líquida ou gasosa que acaba sendo transportada pela corrente
circulatória para uma parte mais distante do ponto que se originou. Os êmbolos ficam
retidos em vasos que possuem um menor calibre, que acaba não permitindo sua
passagem, causando assim a oclusão vascular.
Em mais de 90% dos casos, surgem de trombos (tromboembólica); menos comum,
são formados por fragmentos de placas ateroscleróticas, gotículas de gordura, bolhas de
nitrogênio, fragmentos de tumor, fragmentos de medula óssea ou até mesmo corpos
estranhos.
A embolia pulmonar é causada pela obstrução das artérias dos pulmões por
coágulos (trombos ou êmbolos) que, na maioria das vezes, se originam nas veias
localizadas mais profundamente que existem nas pernas ou da pélvis e são liberados na
circulação sanguínea. Trombos menores ou aqueles que podem ser ligeiramente desfeitos
podem acabar não provocando nenhum sintoma, como também podem provocar alguns
sintomas mais leves que acabam passando despercebidos. Quando os trombos acabam
sendo maiores ou, até mesmo menores, mais de uma artéria pulmonar acaba sendo de
certa forma afetada. 
MATERIAIS UTILIZADOS
 Microscópio óptico; 
 Corantes: hematoxilina e eosina (diluídos a 15%); 
 Tecido pulmonar; 
 Lâmina histológica para coloração. 
PROCEDIMENTOS
 Inicialmente deve-se haver a coleta do tecido pulmonar proposto, no caso um
fragmento tecidual retirado próximo a artéria pulmonar, com intuito de observar e investigar
as alterações patológicas relacionadas a embolia pulmonar.
Práticas em Patologia, p. 57
 Para que haja a preservação desse elemento tecidual, é feito o processo de
fixação, onde são usados agentes fixadores que variam a depender da natureza
bioquímica do tecido. Os agentes fixadores utilizados nesse caso é o formol, o qual
preserva a estrutura do tecido por um período mais curto, que vai até 24 horas; como
também o álcool, agente que estende a preservação por vários anos até o momento da
observação.
 Posteriormente, é realizado o esfregaço, processo que consiste na
sobreposição do tecido sob a lâmina para fins de observação microscópica. 
 Em seguida, são utilizados os corantes hematoxilina-eosina (diluídos a 15%).
A Hematoxilina é deixada durante 5 min e a eosina durante 20s a 1 min; isso possibilitará a
identificação dos elementos expostos no tecido.
 Finalmente após todos os processos anteriormente citados, deve-se fazer a
observação no microscópio óptico para se obter uma melhor ampliação, iniciando por meio
das lentes nas objetivas 3X, em seguida 10X e depois 40X, o que irá proporcionar uma
melhor visualização do tecido pulmonar e assim a posterior identificação.
RESULTADOS
 Ao observar o preparado no microscópio, é possível ver algumas alterações;
entre elas: alguns vasos sanguíneos e o lúmen ocluído por colônias bacterianas, as quais
tem aspecto granular, basófilo. 
 Além disso, através do corte histológico visto pela microscopia óptica é
visualizado também o tecido pulmonar com variadas colônias de bactérias, como mostrado
na Figura 01, as quais se formaram por meio da multiplicação de uma bactéria mãe. Na
parte circular esbranquiçada encontra-se o lúmen, que é o espaço entre as células. Em
rosa, cor proveniente do corante eosina, existe a possibilidade de notar o citoplasma da
célula. Por fim, em roxo, cor adquirida por meio do corante hematoxilina, é possível ver o
núcleo, assim como a colônia de bactérias.
Práticas em Patologia, p. 58
Figura 01: Imagem histológica de um fragmento do tecido pulmonar, com a presença de
uma colônia bacteriana (Fonte: Google imagens).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VIDAL, A.K.L et al. Processos patológicos gerais: guia para aulas práticas. EDUPE, Recife,
p.86, 2013.
O QUE É EMBOLIA PULMONAR? Blog da saúde, 2019. Disponível em:
<https://www.gndi.com.br/saude/blog-da-saude/embolia-pulmonar> Acesso em: 01 de out.
de 2020.
VARELLA, Dráuzio. EMBOLIA PULMONAR. Dráuzio Varella. Disponível em:
<https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/embolia-pulmonar/> Acesso em: 01
de out. de 2020.
Colônia de BactériasColônia de bactérias
Práticas em Patologia, p. 59
PRÁTICA 02: INFARTO ISQUÊMICO
Um acidente vascular isquêmico cerebral é referente a morte do tecido do cérebro
(infarto cerebral) que é ocasionado devido ao fornecimento inapropriado de oxigênio na
corrente sanguínea, em razão de uma obstrução na artéria. Normalmente essa obstrução
é desencadeada por um coágulo sanguíneo ou por depósitos de gordura, provenientes de
uma possível aterosclerose.
 A principal consequência da isquemia para os tecidos atingidos é a hipóxia ou a
anóxia. A causa é sempre arterial (oclusão tromboembólica, compressiva). A isquemia
pode atingir qualquer órgão, porém é mais comum nos rins, baço, coração e cérebro. (No
tecido nervoso devido a sua riqueza em lipídios e água, a zona da necrose amolece
rapidamente, tornando-se semilíquida). Infartos isquêmicos podem ocorrer em qualquer
órgão, exceto no cérebro, órgão este, que também pode passar pelo processo de necrose
de coagulação. 
Os infartos podem ser classificados em dois tipos: tipo branco ou isquêmico; os
quais geralmente sofrem tumefação e palidez no local. Além disso, o infarto isquêmico é
mais comum no tecido cardíaco (infarto no miocárdio). Existem alguns fatores nocivos
relacionados ao infarto isquêmico, que são: colesterol alto, hipertensão arterial, tabagismo,
excesso de peso e sedentarismo. Entretanto, há alguns fatores que não podem ser
mudados, como: idade, histórico familiar e predisposição genética.
MATERIAIS UTILIZADOS
 Microscópio óptico; 
 Lâmina histológica para coloração;
 Corantes: Hematoxilina e Eosina (diluídos a 15%);
 Tecido cardíaco retirado de uma autópsia;
 Agentesfixadores (absoluto).
 PROCEDIMENTOS
 A princípio, o tecido cardíaco é retirado de uma autópsia para ser analisado
de forma minuciosa pelo examinador/ observador.
 O tecido coletado é colocado sobre uma lâmina histológica para coloração,
onde são utilizados os corantes Hematoxilina e Eosina. Estes, vão ser diluídos a 15% e
terão como tempo de ação um período de 20 segundos a 5 minutos.
Práticas em Patologia, p. 60
 Por fim, são utilizados agentes fixadores como medida, para que a qualidade
do processo histológico possa ser melhor visualizada através do microscópio óptico. 
RESULTADOS
 Ao analisar o material coletado por meio do microscópio óptico, é possível
observar que o tecido está morto (necrosado), devido as enzimas que deixaram de atuar
no local. Além disso, também foi visto Fibras musculares estriadas existentes com necrose
de coagulação.
 Através da análise das imagens histológicas, identificou-se também um
pigmento acastanhado (lipofuscina) no citoplasma e a ausência de núcleos (devido a
cariólise).
 Na figura 1, é possível perceber que no tecido não há presença de núcleo.
Outrossim, nota-se na figura 01 a presença de Eosinofilia no citoplasma sem estriação.
Figura 1: Imagem histológica do infarto agudo no miocárdio – Necrose de Coagulação por
isquemia (Fonte: Google imagens).
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIRALDO, Elias. Acidente Vascular cerebral isquêmico. MANUAL SD, 2018. Disponível
em:< https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-
espinal-e-dos-nervos/acidente-vascular-cerebral-avc/acidente-vascular-cerebral-isqu
%C3%AAmico>. Acesso em: 01 de out. de 2020.
Pigmento acastanhado no
citoplasma
Ausência de núcleos
Pigmento acastanhado no 
citoplasma
Ausência de núcleos
Práticas em Patologia, p. 61
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/acidente-vascular-cerebral-avc/acidente-vascular-cerebral-isqu%C3%AAmico
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/acidente-vascular-cerebral-avc/acidente-vascular-cerebral-isqu%C3%AAmico
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/acidente-vascular-cerebral-avc/acidente-vascular-cerebral-isqu%C3%AAmico
PRÁTICA 03: EDEMA
Edema é definido como acúmulo de líquido no espaço intersticial ou nas cavidades
pré-formadas do organismo. Microscopicamente o edema apresenta-se como tumefação
celular sutil, separando os elementos da matriz extracelular. Pode ser inflamatório
(exsudato), hemodinâmico (transudato) e ainda do tipo linfedema (secundário a redução da
drenagem linfática). Também pode ser localizado ou generalizado. O edema pode ser
generalizado, quando ocorre por todo o corpo, ou localizado, quando se limita a uma
região. Ele pode ocorrer em qualquer parte do nosso organismo, sendo comum na região
de pernas e pés. Em alguns casos, o edema pode ocorrer nos pulmões, fígado e cérebro
sendo mais grave nessas ocasiões. 
O edema propriamente dito acarreta poucos sintomas, com exceção da sensação
de aperto ou plenitude ocasional, uma vez que os outros sintomas estão, em geral,
relacionados com a doença de base. Pacientes com edema decorrente de insuficiência
cardíaca (causa comum) em geral desenvolvem dispneia durante o esforço, ortopneia e
dispneia paroxística noturna. Os pacientes com edema decorrente de TVP (Trombose
venosa profunda), com frequência, desenvolvem dor. 
O edema pulmonar geralmente é causado por uma doença cardíaca. Outras
causas incluem pneumonia, exposição a determinadas toxinas e substâncias e estar em
altitudes elevadas. Dependendo da causa, os sintomas de edema pulmonar podem surgir
de repente ou se desenvolver ao longo do tempo. Pode haver dificuldade respiratória leve
ou extrema, além de tosse, dor no peito, fadiga e outros sintomas. 
MATERIAIS UTILIZADOS
 Corantes: hematoxilina-eosina (diluídos a 15%);
 Microscópio óptico;
 Micrótomo;
 Formol (10%);
 Lâmina para coloração;
 Tecido pulmonar, proveniente de uma biópsia.
Práticas em Patologia, p. 62
PROCEDIMENTOS
 O procedimento se inicia com a retirada do tecido pulmonar, no qual será
realizado a análise através de uma biópsia. 
 Dessa forma, deve-se realizar o corte histológico do tecido estudado por meio
de um micrótomo automático; aparelho utilizado para realizar cortes microscópicos. 
 Após a realização do corte histológico, será feito a preparação e identificação
das lâminas histológicas, para posteriormente realizar o esfregaço do tecido em análise. 
 Nas lâminas preparadas, é necessário que se tenha a presença de agentes
fixadores. A escolha destes, vai depender da origem bioquímica do tecido que está sendo
utilizado para estudo, sendo formol (10%) o mais consumido nesse preparado, a fim de
manter a integridade do tecido e interromper sua autólise (processo pelo qual qualquer
tecido passa ao ser retirado do organismo ou após a sua morte).
 Além disso, será essencial a presença de corantes específicos como,
hematoxilina-eosina (diluído a 15%) atuando em tempo médio de 20 segundos a 5
minutos, os quais facilitarão a visualização das partes edemaciadas; a hematoxilina é
predominante da coloração roxa, e eosina predominante da coloração rosa. 
 Posterior a fixação e a fase de coloração com os corantes (H&E) do tecido,
as lâminas histológicas devem ser encaminhadas para a visualização ao microscópio
óptico, iniciando a observação nas objetivas de 3X, 10X e 40X. 
 Por fim, nesse procedimento é notado um edema localizado, o edema
pulmonar, cujo aspecto macroscópico é de aumento de peso, ruídos crepitantes e úmidos.
RESULTADOS
 Com a realização das análises histológicas, obtiveram-se diagnósticos
decorrentes das colorações predominantes no tecido pulmonar. Na lâmina ilustrada na
figura 01 podemos observar um tecido pulmonar no processo de coloração com os
corantes hematoxilina-eosina (absoluto) para a identificação de patologias e/ou alterações
morfológicas do tecido em análise. A microscopia óptica apresenta septos alargados e
presença de líquido pobre em proteínas nos espaços alveolares (transudato), também há
vasos congestos. 
Práticas em Patologia, p. 63
 Na figura 02, é possível identificar edema na região dos alvéolos através da
coloração rosa predominante do corante eosina. Na figura 03, a análise histológica mostra
tecido pulmonar contendo estrutura brônquica e alveolar. Os alvéolos mostrados na figura
contêm edema e a estrutura brônquica se encontra normal. 
Figura 01: Tecido pulmonar no processo de coloração hematoxilina e eosina para análise
de edema microscopicamente (Fonte: Google imagens).
 
Figura 02: Alvéolos contendo material róseo (eosinófilo), que representa o edema (Fonte:
Google imagens).
Edema pulmonar
(coloração eosina)
Edema alveolar
(coloração eosina)
Edema pulmonar
Edema alveolar
Práticas em Patologia, p. 64
Figura 03: Estrutura brônquica normal e alvéolos contendo edema (Fonte: Google
imagens).
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NUNES, C.S; CINSA, L.A. Princípios do processamento histológico de rotina. Revista
Interdisciplinar de Estudos Experimentais, 2016. Disponível em:<
http://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/11/964830/2884-8890-1-sm.pdf>. Acesso em: 07 de
out. de 2020.
BARBOSA, E.C. MECANISMOS DE FORMAÇÃO DE EDEMAS, 2004. Disponível em:<
https://core.ac.uk/download/pdf/268326427.pdf>. Acesso em: 28 de set. de 2020.
Região brônquica 
(coloração hematoxilina)
Região alveolar –
edema 
(coloração hematoxilina)
Região brônquica
Região alveolar
(edema)
Práticas em Patologia, p. 65
https://core.ac.uk/download/pdf/268326427.pdf
http://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/11/964830/2884-8890-1-sm.pdf
PRÁTICA 04: DEGENERAÇÃO HIALINA
O termo hialino geralmente refere-se a uma alteração dentro das

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