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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAESA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA ANNA CAROLINA PAULINO ANGELICA DE OLIVEIRA ARAÚJO JULIA PORTELA LÍVIA GARCIA DO NASCIMENTO WALKER RANGEL ARTÉRIA DIGITAL PLANTAR LATERAL, ARTÉRIA FEMORAL E ARTÉRIA MESENTERICA CAUDAL Vitoria – Espírito Santo 2021 2 1. Introdução As artérias são vasos sanguíneos de grande calibre capazes de vascularizar os órgãos do corpo. Sua função principal é levar o sangue rico em nutrientes e oxigênio, já bombeado pelo coração. Esses vasos arteriais fazem parte do sistema cardiovascular e são de total importância para o funcionamento do corpo. Os canais possuem paredes elásticas fortes o suficiente para regular a pressão sanguínea, que pode ser sistólica ou diastólica, conforme a contração cardíaca. (KONIG, et al; 2016) Há dois tipos de artérias: elásticas e musculares. A túnica média na aorta e as artérias situadas próximo ao coração contêm principalmente fibras elásticas. Essas fibras elásticas são responsáveis pela expansão típica dos vasos durante a sístole. As artérias podem regular seu calibre por meio da contração da camada muscular, a qual transporta o sangue para as áreas periféricas mais remotas. Com uma contração do ventrículo esquerdo (sístole), um fluxo de sangue é lançado para a aorta e para as artérias mais próximas do coração. A aorta e as artérias se expandem para receber o sangue, devido à natureza elástica de suas paredes e, dessa forma, absorvem a energia do fluxo sanguíneo. Quando o ventrículo esquerdo relaxa (diástole), a aorta e as artérias mais próximas do coração estreitam--se passivamente até atingirem seu diâmetro anterior, causando pressão no sangue e forçando-o adiante. (KONIG, et al; 2016) E assim no presente trabalho foi escolhido para falar no que se refere às origens e distribuições das artérias digital plantar lateral, artéria femoral e artéria mesentérica caudal. 3 2. Artéria digital plantar lateral A artéria poplítea se divide nas artérias tibiais cranial e caudal na parte proximal do espaço interósseo. A artéria tibial cranial é maior e passa distalmente na face crânio lateral da tíbia até alcançar a face dorsal da articulação tibiotarsal como a artéria dorsal do pé. Ela continua entre os ossos metatarsais III e IV como a artéria metatarsal dorsal III, o principal vaso do pé e ela termina proximal ao joelho ao se dividir em artérias digitais lateral e medial. Essa artéria é de suma importância para irrigar os músculos das falanges proximal, distal e medial. (VIEIRA, et al 2016) Em alguns animais como primatas ou animais que utilizam das garras se tem uma maior importância, visto que se utilizam da maior movimentação dos membros, seja para locomoção, captura de alimento ou utilizado como ferramenta, no caso dos primatas. Em equinos tem grande relevância já que a maioria das infecções durantes os processos de ferrageamento se dá pela passagem de microrganismos que pela pressão exercida pela artéria passam dos capilares da falange distal para a rede venosa. A artéria digital lateral é bastante utilizada para detectar a velocidade e alterações do fluxo sanguíneo através do doppler podendo indicar se houver alguma doença como exemplo a laminite. (KONIG, LIEBICH, 2016). 4 Figura 1 - Aorta abdominal e seus ramos maiores no equino (representação esquemática). (KONIG, LIEBICH, 2016). 3. Artéria femoral: As artérias femorais são vasos sanguíneos de grande calibre que levam sangue oxigenado para os membros inferiores até suas extremidades, e para o coxal. Elas surgem na artéria ilíaca externa e depois vão até o joelho, no grande músculo adutor. As artérias femorais são o prolongamento da veia aorta e se transformam na artéria poplítea após o joelho. (CHICONE, 2017). Antes disso ela se ramifica emitindo ramos ao longo da coxa que suprem a pele da região inguinal e da genitália externa, assim como alguns músculos da coxa, esses ramos incluem: artéria epigástrica superficial, artéria ilíaca circunflexa superficial, artéria pudenda externa superficial, artéria pudenda externa profunda, artéria femoral profunda e artéria genicular descendente (LIEBICH, 2016). A artéria femoral é o principal vaso da região proximal do membro pélvico. Em todas as espécies de animais domésticos é a continuação distal da artéria ilíaca externa, encontrada na porção medial da coxa, caudalmente a veia femoral e cranialmente ao nervo safeno. Seu trajeto é facilmente observado distalmente ao osso fêmur. É recoberta pela porção proximal do músculo sartório e continua entre as bordas dos músculos vasto medial, pectíneo e adutor., onde segue o seu percurso em direção a fossa poplítea, que continua o seu caminho como artéria poplítea (POPESKO, 2012; KONIG, LIEBICH, 2016). A artéria femoral profunda, em todas as espécies, origina-se da artéria ilíaca externa, próxima a borda cranial do osso púbis, e o seu curto trajeto acontece entre as bordas dos músculos pectíneo, iliopsoas e obturador externo e adutor, onde se ramifica em diversos ramos. Em equinos, a artéria femoral profunda pode direcionar ramos até o músculo reto do abdome. Em ruminantes, esse vaso é mais desenvolvido em fêmeas quando comparado com os machos. (KONIG, LIEBICH, 2016). https://saude.ccm.net/faq/1899-veia-definicao 5 Figura 2 - Artérias do membro pélvico do equino (representação esquemática), segundo Dyce et al., 2002 (KONIG, LIEBICH, 2016). Quadro 1 – Análise comparativa das artérias da coxa e da perna entre Suíno doméstico, Equino, Ruminante e Cão (ABREU, 2018). 6 4. Artéria mesentérica caudal As ramificações da artéria mesentérica caudal se originam da face ventral da artéria aorta descendente abdominal, próximo à sua terminação em correspondência a última vertebra lombar, sendo sempre ímpar e emitindo, após um curto trajeto as artérias cólicas esquerda e reta cranial, valendo-se, entretanto de nomenclaturas próprias e considerando apenas diferenças de calibres e áreas vascularizadas (FERREIRA et al., n.d.). De acordo com KÖNIG, a artéria mesentérica caudal é menor do que a artéria mesentérica cranial e ela se origina da aorta abdominal pouco antes que ela atinja seu ramo terminal. Sua distribuição é restrita ao colo descendente e à parte cranial do reto. Ela se divide em artéria cólica esquerda (a. cólica sinistra) e artéria retal cranial (a.rectalis cranialis). A cavidade abdominal e seus órgãos são drenados por vários grupos de linfonodos na extensão da aorta abdominal, localizados na região lombar e na origem das artérias intestinais. Os três linfo centros associados à drenagem das vísceras abdominais possuem zonas tributárias que correspondem de modo geral às artérias celíaca, mesentérica cranial e mesentérica caudal, sendo os vasos eferentes desses centros convergem para formar a cisterna do quilo (KONIG, LIEBICH, 2016). Figura 3 - Artérias mesentéricas cranial e caudal do equino (representação esquemática), segundo Ghetie, 1955. (KONIG, LIEBICH, 2016). 7 Referências ABREU, Gabriel, ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO DAS ARTÉRIAS DA COXA E DA PERNA DE JAVALI (Sus scrofa LINNAEUS, 1758), Uberlândia, 2018. https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/24160/1/OrigemDistribui%C3%A7%C3 %A3oArterias.pdf DIDIO, J. Tratado de Anatomia Sistêmica Aplicada. 2. ed. São Paulo, Atheneu, 2002. FERREIRA, F., MIGLINO, M. A., CARNEIRO, F., CARVALHO, F., & SANTOS, T. (n.d.). Artéria mesenterica caudal. Retrieved October 21, 2021, from https://www.scielo.br/j/bjvras/a/kkphRKPhXsW6kBkD7H3KD5z/?lang=pt&format=pdf KÖNIG, H. E.; LIEBICH, H. G. Anatomia dos animais domésticos: texto e atlas colorido. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. Pg 33 – 34, 353, 472 – 474, 487 VIEIRA, Larissa. Padronização da influência docondicionamento físico nos parâmetros ultrassonográficos doppler da artéria digital palmar lateral em equinos, julho de 2016 https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/24160/1/OrigemDistribui%C3%A7%C3%A3oArterias.pdf https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/24160/1/OrigemDistribui%C3%A7%C3%A3oArterias.pdf
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