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TICS - PNEUMOTÓRAX

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FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí
IESVAP-INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA LTDA.
BR 343 – KM 16, Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI
CNPJ – 13.783.222/0001-70 www.iesvap.com.br
	Curso de Medicina Semestre: 2021.2 Turma: 10 
Disciplina: Sistemas Orgânicos Integrados III (TIC’s)
Aluna: Kamilla da Silva de Galiza
1. Contextualize o pneumotórax. O que ocorre fisiologicamente no corpo do individuo que apresenta essa condição?
O pneumotórax é compreendido como sendo a retenção e acúmulo de ar livre na parte interna da cavidade pleural, provocando algum grau de colapso pulmonar. Em situações de normalidade, a pleura parietal e a pleura visceral possuem intima aposição. A pressão presente no espaço intrapleural possui flutuações entre -5mmhg a 8mmhg, e é conhecida como uma pressão subatmosférica, devido às forças de retração elástica do pulmão em relação à parede torácica. Quando o ar se acumula nesse espaço intrapleural – devido à perda da pressão normal – gera um afastamento da pleura visceral da pleura parietal. Uma vez que a pleura visceral é rompida, a pressão intrapleural tende a buscar sua normopressão e acaba ocasionando, por compressão, o colapso pulmonar (parcial ou total) e compressão do gradil costal (PORTH, 2015). 
O pneumotórax espontâneo primário ocorre em pacientes sem doença pulmonar evidente. Já o pneumotórax espontâneo secundário ocorre como complicação de uma doença pulmonar conhecida, como enfisema bolhoso, asma, ou rolha de secreção em paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica. No pneumotórax espontâneo primário, são encontradas bolhas ou lesões subpleurais, particularmente nos ápices, em 76% a 100% dos pacientes submetidos à cirurgia torácica vídeo-assistida, e virtualmente em todos os pacientes submetidos à toracotomia. Na tomografia computadorizada de tórax, podem-se observar bolhas ipsilaterais na maioria dos pacientes com pneumotórax espontâneo primário. A rotura dessas bolhas subpleurais é o fator responsável por este tipo de pneumotórax. Há ainda uma tendência familiar genética por transmissão autossômica dominante. O tabagismo aumenta muito os riscos de aparecimento de pneumotórax espontâneo primário. Parece evidente que a incidência de pneumotórax espontâneo primário é proporcional ao grau de consumo de cigarro (ANDRADE FILHO, 2006).
Os achados clínicos do pneumotórax espontâneo costumam se iniciar de maneira súbita e com paciente em repouso. Dor torácica e/ou dispneia geralmente são as queixas mais frequentes, a dor torácica é de forte intensidade, localizada no hemitórax acometido e do tipo pleurítica, portanto, piora à inspiração e tosse. A dispneia tem intensidade variando de acordo com o tamanho do pneumotórax, com a velocidade do acumulo do ar, com o grau de colapso pulmonar e com a reserva cardiopulmonar do paciente (ZAROGOULIDIS, 2014). 
Ao exame físico, no caso de pneumotórax espontâneo primário devemos observar a diminuição ou abolição do murmúrio vesicular e do frêmito-vocal. A expansibilidade torácica está diminuída no hemitórax acometido, com timpanismo à percussão. Em alguns casos, podemos encontrar aumento da frequência cardíaca que, se associado à cianose e hipotensão arterial, traz a suspeita de pneumotórax hipertensivo. Nos casos de pneumotórax hipertensivo ocorre um efeito de válvula, em que o ar entra no espaço pleural, mas não consegue sair, aumentando a pressão intrapleural para níveis superiores à pressão atmosférica, o que leva a um desvio contralateral das estruturas mediastinais e dificulta o retorno venoso, podendo levar a hipotensão e choque obstrutivo (MCKNIGHT, 2017). 
Referencias:
· Porth CM, Matfin G. Fisiopatologia. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
· ANDRADE FILHO, Laert Oliveira; CAMPOS, José Ribas Milanez de; HADDAD, Rui. Pneumotórax. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 32, p. S212-216, 2006.
· MCKNIGHT, Catherine L.; BURNS, Bracken. Pneumothorax. 2017. 
· ZAROGOULIDIS, Paul et al. Pneumothorax: from definition to diagnosis and treatment. Journal of thoracic disease, v. 6, n. Suppl 4, p. S372, 2014.

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