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Cura de umbigo As afecções relacionadas à estrutura do cordão umbilical são uma porta de entrada de agentes patogênicos que podem comprometer o desenvolvimento dos neonatos. A incidência dos microrganismos está relacionada principalmente ao nível de contaminação do ambiente em que estes animais vivem nos primeiros dias de vida e também com falhas no momento da colostragem, que confere resistência imunológica aos animais. As afecções que acometem os terneiros: Escherichia coli; Proteus spp.; Staphylococcus spp.; Actinomyces (Corynebacterium) pyogenes. A assepsia do umbigo dos neonatos deve ser realizada o mais rápido possível, pois a falha desse manejo pode ocasionar quadros nos terneiros como: Onfalite; Onfaloflebite; Onfaloarterite; Infecção do úraco. Esses quadros podem causar complicações como: Osteíte; Meningite; Artrite; Endocardite; Cistite; infecções nos olhos; artérias terminais dos membros em orelhas e cauda. Realizar a cura de umbigo O umbigo deve ser curado logo após a mamada do colostro, e diariamente até o seu 5° dia de vida, os bezerros recém-nascidos ficam com uma porção do umbigo não cicatrizada exposta, se não for cuidado da maneira correta é uma das principais porta de entrada para infecções e bicheiras. Maneiras de cicatrização: Corta o umbigo de 2 a 3 dedos abaixo de sua inserção; Usar solução alcoólica de iodo, com concentração entre 6% a 10% para a desinfecção da porção restante; Esse procedimento deve ser repetido ao menos duas vezes ao dia, até que ocorra a completa desidratação e queda. Este é um procedimento simples, mas muito importante, pois, impede a entrada e multiplicação de microrganismos responsáveis pela onfaloflebite, comumente conhecida como “inflamação do umbigo”, uma doença muito comum em terneiros, que pode causar várias sequelas e afetar diversos órgãos. Ingestão de colostro O colostro possui um alto valor nutritivo e deve ser o primeiro alimento a ser consumido pelos terneiros, em suas primeiras horas de vida. A imunidade da mãe ao filho dificilmente acontece via placenta, ou seja, o bezerro nasce praticamente desprotegido e isento de anticorpos, por isso ele deve ingeri-lo em boa quantidade após poucas horas do seu nascimento. Os animais que acabaram de nascer dependem basicamente do colostro para adquirir resistência às doenças que podem acometê-los, os terneiros mamando primeira vez o colostro o qual é cinco vezes mais rico em proteínas comparado com o leite comum, que é pobre em lactose e gorduras. O colostro ele é abundante em vitaminas, minerais, enzimas e tem uma ação ligeiramente laxante. Os anticorpos absorvidos pelos bezerros nas primeiras 12 hora de vida, por meio do colostro permanecem na sua circulação sanguínea em média até o 4° mês de vida, quando então eles já são capazes de produzir suas próprias células de defesa. É nesta fase que os anticorpos passivos (absorvidos via colostro) vão sendo eliminados e trocados pelos que são produzidos pelo próprio animal. Os terneiros ao nascerem não devem ingerir nenhum tipo de alimento ou mesmo água, antes do colostro, pois, o intestino delgado é altamente permeável, o que o torna altamente vulnerável às doenças intestinais antes da ingestão do colostro. Sua quantidade por cada terneiro é 10% do seu peso corporal, ou seja, o terneiro que nasceu com 25kg por dia ele tomará 2,5L/dia Avaliação de qualidade Colostrômetro (hidrômetro) existe uma forte correlação entre a gravidade específica do colostro e a concentração de imunoglobulinas (Ig). O colostrômetro está calibrado em intervalos de 5 mg/mL, e classifica o colostro como: baixa qualidade (vermelho) quando Ig < 20 mg/mL; moderado (amarelo) para o intervalo de 20 – 50 mg/ mL; excelente (verde) para valores de Ig maiores que 50 mg/mL. refratômetro de brix a porcentagem de brix esta correlacionada com a concentração de IgG do colostro, e o valor limite que indica que o colostro é de alta qualidade (> 50 mg de Ig/mL) é 21% de brix. Nele, pinga-se o colostro na lente e faz-se uma leitura contra a luz casqueamento de bovinos O casqueamento preventivo é uma forma de evitar o desenvolvimento de possíveis doenças que afetam o casco dos animais como pododermatites sendo uma doença inflamatória que acomete as patas dos animais, prejudicando suas movimentações e sua qualidade de vida. . Antes da realização o procedimento, é de suma importância que o material a ser utilizado seja desinfetado, evitando assim possíveis contaminações por doenças contagiosas de um animal para outro. Durante o casqueamento são utilizados três tipos de ferramentas: a rineta, a torquês e a lixadeira. A rineta é utilizada para a limpeza das patas Torquês para cortar a aparar os cascos; Lixadeira afina e tira todas as imperfeições dos casos sendo necessário uma para cada animal; @rany.summariesvet Doenças em terneiros Diarreia A diarreia em bezerros é causada por diversos agentes infecciosos como bactérias, vírus e infecção por protozoários, podendo ser resultado da combinação da imunidade baixa do animal ou contato com agentes infecciosos e o ambiente inadequado. É uma das principais causas de perdas de animais. Os sinais clínicos que os terneiros apresentam: apatia; cauda erguida; fezes pastosas; perda de apetite; bocas e focinhos secos; emagrecimento rápido. Medidas simples, como manter o ambiente limpo e higienizado, fornecer o colostro corretamente e impedir a superlotação de bezerros evitam a enfermidade. Pneumonia É causada pela interação de um ou mais microrganismos com condições estressantes. Sua manifestação pode ser subclínica a aguda e fatal. Grande parte do aparecimento da doença, acontece quando o bezerro está entre 6 a 8 semanas de vida. Os sinais clínicos da pneumonia em terneiros: diarreia; fraqueza; febre alta; secreções catarrais; dificuldade respiratória. Para evitar a pneumonia é fundamental que os bezerros estejam em um ambiente limpo, confortável e protegido das condições climáticas Tristeza parasitária bovina É uma doença transmitida pelo carrapato ou insetos hematófagos. Animais com baixa resistência, como os bezerros em seus primeiros meses de vida, são mais suscetíveis a apresentar a enfermidade. Os sinais da doença: febre; anemia; desidratação; respiração ofegante; urina escura (parecida com sangue). Onfaloflebite É um processo inflamatório da veia umbilical, causada pela cura incorreta do umbigo do bezerro recém-nascido. Esta infecção provoca a onfalite, que impede a cicatrização. Sendo assim, o canal do umbigo permanece aberto e facilita a entrada de microrganismos no corpo do animal. @rany.summariesvet
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