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14/11/2011 1 SETOR PÚBLICO FUNDAMENTOS DE ECONOMIA – PROF. BENÔNI RECIFE-PE – ANO 2011 A intervenção do Estado e seus objetivos Marco inicial: 1929 Expoente: John Maynard Keynes Sua obra: Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda. Proposta: Aumento do gasto público para combater a depressão econômica 14/11/2011 2 O debate sobre a intervenção do Estado na economia. Sim à Intervenção Não à Intervenção Os Keynesianos Os Monetaristas Os Keynesianos são os seguidores da teoria elaborada por John Maynard Keynes (1833-1946) Não aceitam a tese de que a economia tende livremente ao pleno emprego dos recursos produtivos. Recomendam a intervenção do Estado mediante as políticas monetária e fiscal, especialmente esta última, com o objetivo de estabilizar a economia. A corrente monetarista surgiu na Universidade de chicago (EUA) e, em particular, com a obra de Milton Friedman (1912). Confiam no livre jogo das forças de mercado como instrumento para situar a economia próxima ao pleno emprego. A intervenção do Estado deve-se reduzir ao mínimo possível: na essência, controlar apenas o volume de dinheiro Fiscalizadora •Estabelecer e cobrar impostos Reguladora •Regular a atividade econômica (controle de preços, regular monopólios, proteção aos consumidores) Provedora de bens e serviços •Facilitar o acesso a bens e serviços públicos e produzir bens de consumo e de produção. Redistributiva •Modificar a distribuição da renda ou da riqueza Estabilizadora •Controlar os agregados econômicos para evitar grandes flutuações. Funções e os objetivos do setor público 14/11/2011 3 Ciclos Econômicos • Geral: Progresso econômico e social • Específicos: a) Maior nível possível de emprego b) Estabilidade de preços c) Crescimento Econômico d) Distribuição eqüitativa da renda e) Equilíbrio das contas externas Os Instrumentos do setor Público a) Política Fiscal b) Política Monetária Objetivos do setor Público 14/11/2011 4 • Referem-se às decisões do governo quanto ao gasto público e aos impostos. • Receitas Públicas: são constituídas basicamente por impostos. • “ Os impostos são receitas públicas criadas por lei e de cumprimento obrigatório para os sujeitos contemplados por ela”. • Obs.: O governo pode alterar os impostos e os gastos para influir sobre o nível de atividade econômica. A Política Fiscal “ O orçamento do setor público é a descrição dos planos de gasto e de financiamento”. Se as receitas forem maiores que os gastos Superávit orçamentário. Se as receitas forem menores que os gastos Déficit orçamentário. Orçamento do Setor Público = Receitas Públicas - Gastos Públicos “O orçamento estará equilibrado quando a receita pública for igual ao gasto público”. O Orçamento do setor Público 14/11/2011 5 A Política Fiscal Expansionista Impostos Consumo Gastos DA Política Fiscal Restritiva Impostos Consumo Gastos Produção e o Emprego Produção e o Emprego DA A Política Fiscal em Ação “As políticas fiscais discricionárias são as que exigem medidas explícitas”. Dentre elas estão: programas de obras públicas e outros gastos; projetos públicos de emprego; programas de transferências, e alteração dos tipos de impostos. O Caráter Automático da Política Fiscal A política fiscal é um instrumento estabilizador da atividade econômica, podendo ser feita por políticas discricionárias ou por meio do sistema impositivo. • “ Uma depressão é um período prolongado de baixa atividade econômica e elevado desemprego”. O sistema impositivo tem efeitos automáticos sobre a evolução da atividade econômica, isto é, sobre as depressões e expansões. 14/11/2011 6 Os impostos proporcionais alteração automática da forma de arrecadação. “ Um estabilizador automático é qualquer ação do sistema econômico que tende a reduzir mecanicamente as forças de recessão e/ou da expansão da demanda, sem que sejam necessárias medidas discricionárias de política econômica”. Impostos como estabilizadores automáticos O seguro desemprego e as pensões para aposentados comportamento anticíclico estabilizadores automáticos. “ Os ciclos econômicos são flutuações da atividade econômica global, caracterizadas pela expansão ou pela contração simultânea da produção na maioria dos setores”. Estabilizadores não do setor público: poupanças de S/A. e das famílias, comportamento de consumo das famílias (renda permanente), entre outros. Os estabilizadores automáticos são importantes, mas eles por si sós não conseguem estabilizar a atividade econômica. Outros Estabilizadores Automáticos 14/11/2011 7 • Baixa utilidade pública • Estudo prévio insuficiente • Tempo necessário 3 anos Programas de Obras Públicas e outros Gastos (construção de hospitais, estradas, etc.) • Importância secundária • Não aumenta a possibilidade de conseguir emprego fixo posteriormente. Projetos Públicos de Emprego: (Contratar trabalhadores por curtos períodos de tempo) • Via de mão única e difícil de eliminar depois da recessão. Programas de Transferências • Tempo longo entre a decisão e a mudança do imposto • Após recessão fica difícil aumentar os impostos novamente (impopular). Alteração dos Tipos de Impostos: (redução temporária de alguns impostos) Limitações no Emprego de Políticas Fiscais Discricionárias Devido as limitações da política fiscal como estabilizadora das atividades econômicas, a política monetária passou a ter papel mais relevante nesse processo. O déficit e seu financiamento. a) Impostos b) criação de dinheiro c) emissão da dívida pública Reflexões Finais Sobre a Política Fiscal 14/11/2011 8 Dois enfoques a respeito da política fiscal Enfoque Clássico ou monetarista Enfoque K eynesiano Suposições Iniciais As economias têm mecanismo s auto-corretores que eliminam os desajustes e tornam desnecessária a intervenção estabilizador estatal. As economias tendem, a longo prazo, a manter o pleno emprego dos recursos produtivos. Tal como evidenciou a crise de 1929, não existe um mecanismo automático que leve a economia ao pleno emprego dos recursos. Os preços e salários não são flexíve is como defendiam os clássicos. A rig idez à baixa dos salários, especialmente, dificulta os ajustes. O Papel do Setor Público Limitar o gasto público . O orçamento público deve-se equilibrar anualmente. D iante de uma recessão motivada por uma demanda agregada insuficiente, o setor público deve intervir, manipulando os gastos e os impostos. O orçamento deve-se equilibrar ciclicamente. Durante as recessões, pode-se incorrer em déficits tempora is.
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