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OFICINA 5 
FERRAMENTAS DE CUIDADOS EM SAÚDE MENTAL NO CONTEXTO DA ATENÇÃO BÁSICA 
 
OBJETIVOS DE ESTUDO 
1. CONHECER O SERVIÇO DE REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL E A SUA FORMA DE OPERACIONALIZAÇÃO. 
Desde a década de 80, a centralização ocorreu em torno das discussões sobre o fim dos manicômios, 
começando a se articular o paradigma da desinstitucionalização em saúde mental. Desinstitucionalizar 
compreende não somente desmontar o manicômio, mas sobretudo, as práticas que secularmente foram 
exercidas sobre o louco. 
Aos novos serviços, deverão corresponder novas tecnologias de intervenção ao sofrimento humano. 
Reforma psiquiátrica e reabilitação psicossocial não podem ser tomadas como sinônimos: a primeira trata 
da reorganização estrutural dos serviços, enquanto que a reabilitação está focada em como as pessoas 
funcionam e na busca de suporte pessoal. 
A reabilitação psicossocial é um importante processo na operacionalização da reforma psiquiátrica, sob o 
qual estão fundamentados serviços de Saúde Mental como o Caps e o Naps. 
Em sua definição, estão contidos aspectos como reinserção social, treinamento de atividades diárias e 
suporte social, devendo ser combinada com adequada medicação e psicoterapia no manejo dos 
transtornos mentais e comportamentais. 
Segundo a OMS (1997), a reabilitação psicossocial é classificada como um processo que proporciona aos 
indivíduos que estão desabilitados, incapacitados ou deficientes em virtude de transtorno mental a 
oportunidade de alcançar o seu nível potencial de funcionamento independente na comunidade. 
Nesse sentido, os serviços de Saúde Mental devem elaborar projetos terapêuticos que incluam a construção 
de trabalhos de inserção social, respeitando as possibilidades individuais e os princípios de cidadania que 
minimizem o estigma e promovam o protagonismo de cada usuário frente à sua vida. 
É importante reconhecer que o sujeito adoecido não é o único responsável por sua loucura e, por isso, faz-
se necessária a articulação de diversos segmentos e setores para a criação de espaços existenciais para a 
loucura. 
Entendemos que a reabilitação psicossocial é um processo de transformação, de reconstrução, de 
reinserção, de mudança, no sentido de criar alternativas que venham transformar a forma de atenção e de 
cuidado destinada ao portador de sofrimento psíquico e que visem à devolução de identidade e cidadania. 
A Reabilitação Psicossocial vem transformar a perspectiva de saúde/doença onde a gente busca resgatar 
a saúde mental ao invés de simplesmente tratar a doença mental. 
Reabilitação psicossocial é um conjunto de medidas e ações que são instituídas, que são compartilhadas 
dentro de um Centro de Atenção Psicossocial que visa uma melhoria das condições de vida, de relação 
entre as pessoas portadoras de sofrimento psíquico sua família e também dentro da comunidade, é um 
resgate, mais que um resgate das questões referentes aos portadores de sofrimento psíquico, é um resgate 
da cidadania, é o momento de efetuar trocas, entre outras coisas 
Entendemos que a inserção do portador de sofrimento psíquico no meio laborativo é uma alternativa 
extremamente importante no processo de reabilitação, desde que o desejo do usuário seja trabalhar ou 
voltar a trabalhar. O grande desafio imposto para a desmitificação e aceitação dos portadores de 
sofrimento psíquico serem aceitos no mercado de trabalho deverá ser travado com a sociedade. Fazer 
perceber que além da doença existe uma pessoa que é cidadã e que tem possibilidades e direitos que lhe 
foram negados ao longo da história institucional. 
Portanto, a família também é objeto da terapia e o propósito da terapia é restabelecer os laços 
comunicativos que estão prejudicados ou inexistentes. A família pode ser protagonista das estratégias de 
cuidado e reabilitação, e a comunidade não se separa deste contexto, e é considerada recurso potencial 
de um serviço, no sentido de produção de contratualidade e bem-estar. 
2. COMPREENDER AS ESTRATÉGIAS DE CUIDADO DE SAÚDE MENTAL NA UNIDADE BÁSICA (TERAPIA 
INTERPESSOAL BREVE E COMUNITÁRIA). 
O desenvolvimento da estratégia Saúde da Família nos últimos anos e dos novos serviços substitutivos em 
saúde mental – especialmente os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) – marcam um progresso 
indiscutível da política do SUS. Esse avanço na resolução dos problemas de saúde da população por meio 
da vinculação com equipes, e do aumento de resolutividade propiciado pelos serviços substitutivos em 
crescente expansão, não significa, contudo, que tenhamos chegado a uma situação ideal, do ponto de 
vista da melhoria da atenção. 
Os serviços de saúde mental existentes na maioria das cidades brasileiras têm se dedicado com afinco à 
desinstitucionalização de pacientes cronicamente asilados, ao tratamento de casos graves, às crises, etc. 
Uma grande parte do sofrimento psíquico menos grave continua sendo objeto do trabalho de ambulatórios 
e da atenção básica (AB) em qualquer uma de suas formas. 
A reinserção social pode se dar a partir do CAPS mas sempre em direção à comunidade. Os CAPS, dentro 
da atual política de saúde mental do MS, são considerados dispositivos estratégicos para a organização da 
rede de atenção em saúde mental Apesar de estratégico, o CAPS não é o único tipo de serviço de atenção 
em saúde mental. Aliás, a atenção em saúde mental deve ser feita dentro de uma rede de cuidados. Estão 
incluídos nesta rede: a atenção básica, as residências terapêuticas, os ambulatórios, os centros de 
convivência, os clubes de lazer, entre outros. Os municípios com menos de 20 mil habitantes não precisam 
ter CAPS, segundo a à lógica de organização proposta pelo MS, e podem começar a estruturar sua rede de 
cuidados a partir a atenção básica. 
A Atenção Básica tem como um de seus princípios possibilitar o primeiro acesso das pessoas ao sistema de 
Saúde, inclusive daquelas que demandam um cuidado em saúde mental. 
Nos últimos anos, o Ministério da Saúde, através das políticas de expansão, formulação, formação e 
avaliação da Atenção Básica, vem estimulando ações que remetem a dimensão subjetiva dos usuários e 
aos problemas mais graves de saúde mental da população neste nível de atenção. 
A Estratégia Saúde da Família (ESF), tomada enquanto diretriz para reorganização da Atenção Básica no 
contexto do Sistema Único de Saúde – SUS, tornou-se fundamental para a atenção das pessoas portadoras 
de transtornos mentais e seus familiares; com base no trabalho organizado segundo o modelo da atenção 
básica e por meio ações comunitárias que favorecem a inclusão social destas no território onde vivem e 
trabalham. 
Em diferentes regiões do país, experiências exitosas vão demonstrando a potência transformadora das 
práticas dos trabalhadores da atenção básica, mediante a inclusão da saúde mental na atenção básica 
por meio do matriciamento, como por exemplo, das equipes de apoio ao Programa Saúde da Família – 
NASF. Entretanto, muito ainda precisa ser implementado para avançarmos na perspectiva da construção 
da rede de atenção em saúde mental mediante a articulação de serviços que devem operar na lógica 
territorialização, corresponsabilização e da integralidade das práticas em saúde mental. 
A APS tem como atributos o acesso, a integralidade do cuidado, a oferta de cuidado ao longo do tempo 
(longitudinalidade) e a coordenação do cuidado, ou seja, funciona como porta de entrada no sistema de 
saúde em cada novo problema dos indivíduos e famílias ou nas crises de problemas crônicos. Isto é, para 
além de um processo de triagem e encaminhamento, cabe à atenção básica escutar ativamente as queixas 
trazidas pelo usuário e prestar um atendimento resolutivo, desenvolvendo um Projeto Terapêutico Singular, 
que leve em consideração não somente as manifestações da doença no corpo, por meio dos sintomas, mas 
também as representações e desejos do usuário sobre os processos que ele vive, sua redede relações, 
dados epidemiológicos do território. 
O nível primário é fundamental no planejamento de ações em saúde mental eficazes e humanizadas, que 
estejam de acordo com os princípios do SUS e da Reforma Psiquiátrica, tendo sempre a 
desinstitucionalização e a autonomia do usuário como horizonte na construção de um modelo de 
assistência que compreenda os fenômenos de saúde e adoecimento como determinados por múltiplos 
fatores e por múltiplos agentes. 
A Atenção Primária se responsabiliza pelo acompanhamento contínuo dos usuários e suas demandas, 
mesmo que se verifique a necessidade de encaminhamento. Ou seja, a existência da atenção primária não 
substitui os serviços de atenção secundária ou terciária; pelo contrário, entende-se que deve haver uma 
boa articulação entre todas as instâncias da rede a fim de efetivar o cuidado integral. Contudo, o 
referenciamento do usuário para um serviço especializado, como o Centro de Atenção Psicossocial, não 
deve resultar na perda de vínculo com a APS, com o território e com a comunidade. 
Desse modo, dispositivos como o matriciamento das equipes de Saúde da Família por núcleos de referência, 
mostram-se fundamentais para a promoção de uma assistência qualificada, potencializando a 
responsabilização das equipes pelos casos, contribuindo para a desfragmentação entre as unidades da rede 
e para continuidade da adesão dos usuários ao tratamento, prezando pela autonomia destes e pelo 
cuidado em liberdade. 
TERAPIA INTERPESSOAL BREVE 
A TIP baseia-se num modelo biopsicossocial para a compreensão do sofrimento emocional. O 
funcionamento do indivíduo é produto da interação de seu temperamento, sua personalidade e suas 
características de apego e vinculo estruturados na biologia e na genética, agindo conjuntamente na 
interação com o meio sociofamiliar e cultural. 
Essa terapia é um instrumento de trabalho para terapia breve, que atua nos estressores psicossociais, no 
suporte social e nas relações interpessoais, visando basicamente o rápido alivio sintomático e a melhoras 
das relações interpessoais. 
O objetivo da TIP é diminuir os sintomas psíquicos que interferem na socialização da pessoa, reestruturando 
o funcionamento interpessoal por meio do trabalho, em focos determinados nos primeiros encontros de 
terapia. 
Atualmente, a terapia interpessoal breve vem sendo aplicada para casos de depressão em todas as faixas 
etárias, transtorno bipolar, transtornos alimentares, transtornos de estresse pós-traumático. Geralmente é 
realizada por profissionais especializados em saúde mental juntamente com os profissionais da APS. 
A TIP apresenta grande potencial de atuação dos profissionais da atenção primária junto com os seus 
matriciadores na abordagem a indivíduos que sofrem situações de violência física ou psíquica comuns na 
nossa sociedade. 
TERAPIA COMUNITÁRIA 
É um espaço comunitário em que se procura compartilhar experiências de vida e sabedoria de forma 
horizontal e singular. Cada um torna-se terapeuta de si mesmo, com base nas escutas das histórias de vida 
que ali são relatadas. Todos tornam-se corresponsáveis na busca de soluções e superação dos desafios do 
cotidiano, em um ambiente acolhedor e caloroso. 
A TC pode ocorrer em qualquer espaço físico em que as pessoas tenham condições de se reunir e conversar: 
no posto de saúde, em salas de espera, escolas, praças, casa de usuários. Para tal é necessária apenas a 
presença de um ou mais terapeutas comunitários com formação: qualquer profissional de saúde, líder 
comunitário ou pessoa capacitadas. 
3. CONHECER O PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR. 
O PTS envolve um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, direcionadas a um indivíduo, 
família ou coletividade. Tem como objetivo traçar uma estratégia de intervenção para o usuário, contando 
com os recursos da equipe, do território, da família e do próprio sujeito5 e envolve uma pactuação entre 
esses mesmos atores. 
O trabalho em equipe, elemento essencial para a elaboração pactuada e compartilhada do projeto 
terapêutico, implica em compartilhamento de percepções e reflexões entre profissionais de diferentes áreas 
do conhecimento na busca pela compreensão da situação ou problema em questão5. A construção de um 
PTS exige a presença e colaboração de sujeitos comprometidos com propostas e condutas terapêuticas 
articuladas, envolvendo quatro pilares: hipótese diagnóstica, definição de metas, divisão de 
responsabilidades e reavaliação6. 
A elaboração do PTS ocorre em momentos de encontro dos sujeitos, e, na organização dos processos de 
trabalho do NASF, um desses momentos é o apoio matricial. Apoio matricial é definido como um modelo de 
organização em que as equipes que atuam junto à população recebem apoio técnico em áreas 
específicas, sendo um espaço de construção compartilhada para o suporte técnico-pedagógico e 
assistencial às equipes das unidades de saúde, e o aumento de seu poder resolutivo. O apoiador matricial 
deve ser um especialista diferenciado das equipes de SF, em termos de conhecimento e de perfil, 
contribuindo com saberes e intervenções que aumentem a capacidade resolutiva da equipe de saúde7,8. 
A maior parte dos estudos sobre o PTS como ferramenta prática no trabalho em saúde mental descreve seu 
processo de implantação e resultados em serviços com oferta de cuidados mais intensivos ou 
especializados, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)9-11. Os resultados dos estudos conduzidos 
em CAPS mostram o PTS como ferramenta potente no cuidado aos sujeitos atendidos por esses serviços, 
proporcionando o resgate da autonomia e das relações no contexto de vida dos indivíduos e suas famílias. 
Em pesquisa realizada com profissionais de CAPS, Barros12 apontou desafios e dificuldades para a 
operacionalização do PTS, relacionados à reorganização dos serviços e do trabalho em equipe, à 
dificuldade de articulação com as redes institucionais e sociais e à inserção dos usuários como participantes 
efetivos nessa construção. 
4. ENTENDER O FUNCIONAMENTO DO MATRICIAMENTO EM SAÚDE MENTAL (VOLTADO PARA A 
REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL E PTS). 
Matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num 
processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica. 
No processo de integração da saúde mental à atenção primária na realidade brasileira, esse novo modelo 
tem sido o norteador das experiências implementadas em diversos municípios, ao longo dos últimos anos. 
Esse apoio matricial, tem estruturado em nosso país um tipo de cuidado colaborativo entre a saúde mental 
e a atenção primária. 
Tradicionalmente, os sistemas de saúde se organizam de uma forma vertical (hierárquica), com uma 
diferença de autoridade entre quem encaminha um caso e quem o recebe, havendo uma transferência de 
responsabilidade ao encaminhar. A comunicação entre os dois ou mais níveis hierárquicos ocorre, muitas 
vezes, de forma precária e irregular, geralmente por meio de informes escritos, como pedidos de parecer e 
formulários de contrarreferência que não oferecem uma boa resolubilidade. 
A nova proposta integradora visa transformar a lógica tradicional dos sistemas de saúde: encaminhamentos, 
referências e contrarreferências, protocolos e centros de regulação. Os efeitos burocráticos e pouco 
dinâmicos dessa lógica tradicional podem vir a ser atenuados por ações horizontais que integrem os 
componentes e seus saberes nos diferentes níveis assistenciais. 
Na horizontalização decorrente do processo de matriciamento, o sistema de saúde se reestrutura em dois 
tipos de equipes: ♦equipe de referência; ♦equipe de apoio matricial. 
O apoio matricial é distinto do atendimento realizado por um especialista dentro de uma unidade de 
atenção primária tradicional. Ele pode ser entendido: “um suporte técnico especializado que é ofertado a 
uma equipe interdisciplinar em saúde a fimde ampliar seu campo de atuação e qualificar suas ações”. 
O matriciamento deve proporcionar a retaguarda especializada da assistência, assim como um suporte 
técnico-pedagógico, um vínculo interpessoal e o apoio institucional no processo de construção coletiva de 
projetos terapêuticos junto à população. Assim, também se diferencia da supervisão, pois o matriciador 
pode participar ativamente do projeto terapêutico. 
 
Profissionais matriciadores em saúde mental na atenção primária são psiquiatras, psicólogos, terapeutas 
ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros de saúde mental. 
As equipes de saúde mental de apoio à atenção básica incorporam ações de supervisão, atendimento em 
conjunto e atendimento específico, além de participar das iniciativas de capacitação. Além disso, as 
seguintes ações devem ser compartilhadas: 
 Desenvolver ações conjuntas, priorizando: casos de transtornos mentais severos e persistentes, uso 
abusivo de álcool e outras drogas, pacientes egressos de internações psiquiátricas, pacientes 
atendidos nos CAPS, tentativas de suicídio, vítimas de violência doméstica intradomiciliar; 
 Discutir casos identificados pelas equipes da atenção básica que necessitem de uma ampliação da 
clínica em relação às questões subjetivas; 
 Criar estratégias comuns para abordagem de problemas vinculados a violência, abuso de álcool e 
outras drogas, estratégias de redução de danos, etc. nos grupos de risco e nas populações em geral; 
 Evitar práticas que levem à psiquiatrização e medicalização de situações individuais e sociais, 
comuns à vida cotidiana; 
 Fomentar ações que visem a difusão de uma cultura de assistência não manicomial, diminuindo o 
preconceito e a segregação com a loucura; 
 Desenvolver ações de mobilização de recursos comunitários, buscando construir espaços de 
reabilitação psicossocial na comunidade, como oficinas comunitárias, destacando a relevância da 
articulação intersetorial (conselhos tutelares, associações de bairro, grupos de auto-ajuda, etc); 
 Priorizar abordagens coletivas e de grupos como estratégias para atenção em saúde mental, que 
podem ser desenvolvidas nas unidades de saúde, bem como na comunidade; 
 Adotar a estratégia de redução de danos nos grupos de maior vulnerabilidade, no manejo das 
situações envolvendo consumo de álcool e outras drogas. Avaliar a possibilidade de integração dos 
agentes redutores de dano a essa equipe de apoio matricial; 
 Trabalhar o vínculo com as famílias, tomando-a como parceira no tratamento e buscar constituir 
redes de apoio e integração.

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