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Meningites

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 Meningite é a inflamação de qualquer uma das 3 camadas da meninge cerebral: DURA-
MÁTER, ARACNOIDE e PIA-MATER; e geralmente se estende ao líquido cefalorraquidiano 
(líquor). A função cerebral permanece NORMAL, não costuma haver déficit neurológico focal 
▪ PAQUImeningite: o prefixo “paqui” vem de espesso, representando um processo 
predominantemente em dura-máter 
▪ LEPTOmeningite: faz referência às leptomeninges aracnoide e pia mater 
 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
• Virais (meningite asséptica) 
• Bacterianas/microbacterianas 
• Fúngicas 
• Não infecciosas: químicas, neoplásicas, hipersensibilidade, autoimune 
 
ENCEFALITES 
 Diferentemente da meningite, é a 
inflamação do próprio parênquima 
cerebral 
 Uma meningite pode se estender para 
encefalite 
 Há déficit neurológico focal 
 A maioria dos casos se apresenta como 
MENINGOENCEFALITE. A inflamação é 
nas meninges e no encéfalo 
 Empiema subdural: É uma coleção 
purulenta entre a aracnoide e a dura-
mater. Assim como abcessos, é uma 
complicação comum tanto da encefalite 
quanto da meningite 
Agentes Etiológicos: 
• Virais: enterovírus, arbovírus, 
paramioxovírus, herpes-vírus, retrovírus 
• Bacterianas/microbacterianas: M. 
tuberculosis 
 
Aspectos clínicos 
 São praticamente os mesmos na 
meningite encefalite, porém a principal 
diferença é o déficit neurológico focal 
apresentado inicialmente na encefalite 
 
→ Alteração da consciência: letargia, 
confusão e obnubilação, coma 
→ Incoordenação, ataxia, distúrbios da marcha 
→ Convulsões 
→ Cefaleia 
→ Febre 
→ Vômito em jato 
→ Rigidez de nuca 
 
Atenção: quadros de MENINGISMO (tríade → cefaleia/rigidez de nuca/fotofobia) possuem 
um diagnóstico diferencial muito importante, de causa vascular, podendo ser uma hemorragia 
subaracnóidea 
 
 
 
 
 
Os 3 sintomas clássicos 
da MENINGITE 
Meningite/Meningoencefalite 
Hemorragia Subaracnoidea 
Encefalite 
Meningite Asséptica 
→ A etiologia mais comum é VIRAL (80%). Porém, devemos sempre presumir que é um quadro 
BACTERIANO! (por ter um pior prognóstico) 
→ Eventualmente também é importante pedir cultura para microbactérias e fungos 
→ Comum em crianças 
→ Agente mais comum: ENTEROVÍRUS → herpes (em adultos jovens) 
- HIV 
- ZIKAVIRUS 
- CITOMEGALOVIROSES 
- SARAMPO 
- RUBEOLA 
- CAXUMBA 
→ A maioria dos vírus pode desencadear um quadro concomitante de encefalite 
→ Geralmente ocorre melhora espontânea e dificilmente haverá complicações 
 
Bioquímica normal do LCR: líquor em água de rocha (límpido e transparente) 
o Proteinoraquia < 80-100mg/dL 
o Glicoraquia LCR/soro: normal 
o Gram com ausência de patógenos 
Importante: Lembrar que o tratamento imediato é sempre com ATB! E então com a volta do 
líquor negativo para bactérias, e culturas todas negativas, suspende-se o ATB. 
 
Meningite Bacteriana 
→ Incidência em queda nos países desenvolvidos, graças ao processo de vacinação 
→ Importante causa de morbimortalidade 
→ Os sítios de entrada das bactérias no organismo não costumam ser diretamente no tecido 
encefálico. O costume é que essas bactérias sejam colonizadas na via aérea, penetra pelo 
epitélio, caem na circulação e daí acometem os tecidos nervosos das meninges 
→ Emergência médica! Sem tratamento, a mortalidade é de aproximadamente 100%. O 
diagnóstico deve ser rápido e o atendimento precisa ser de 24 a 48h no máximo. 
→ Infecta e inflama as meninges fazendo um quadro hiperagudo 
→ A pia-máter geralmente impede surgimento de abcessos 
→ A maior parte dos casos é por disseminação hematogênica, em que o paciente apresenta 
uma clínica de infecção de vias aéreas anterior ao quadro de meningite. Os casos de 
disseminação de foco contíguo de infecção acontecem quando as bactérias penetram 
diretamente no tecido encefálico ou nas meninges (TCE, lesão por arma de fogo, pós 
cirúrgicos etc.) 
 
Agentes mais comuns no adulto: 
 Streptococcus pneumoniae (pneumococo) 
 Neisseria meningitidis (meningococo) 
 Haemophilos influenzae 
 
Agentes mais comuns na pediatria e geriatria: 
 Streptococcus grupo B (1-3 meses) e outras bactérias gram negativas que colonizam o 
trato genital feminino 
 Listeria monocytogenes (cocobacilos gram positivos que tendem a afetar 
imunocomprometidos) 
 
CLÍNICA 
• Febre de início agudo: febre de padrão contínuo, de 38º/39ºC, os pacientes ficam 
toxemiados 
• Rigidez de nuca: desde o início do processo, já nas 24h de evolução 
• Alteração do estado mental: confusão mental, obnubilação, perda de consciência 
• Cefaleia: quadro importante acompanhada de muita fotofobia 
• Vômitos, mialgia, astenia 
• Convulsões, sinais focais, papiledema: complicações tardias com extensão de lesão ao 
córtex 
• Petéquias e púrpura palpável – meningococo 
• Artrite e artralgia 
 
Procurar por sinais de hipertensão intracraniana! Papiledema, cefaleia, rebaixamento do nível 
de consciência e vômitos em jato são os principais sinais sugestivos de hipertensão intracraniana 
 
Sinais de meningismo 
• RIGIDEZ NUCAL: incapacidade de tocar o queixo no tórax, seja a flexão passiva ou ativa 
 
 
• SINAL DE BRUDZINSKI: flexão de ambas as pernas e coxas em resposta a flexão passiva 
do pescoço. O examinador coloca uma das mãos abaixo da cabeça do paciente e flexiona 
o pescoço. Uma flexão espontânea dos quadris e joelhos indica sinal positivo 
 
 
 
• SINAL DE KERNING: resistência à extensão da perna ou dor lombar. O profissional de 
saúde segura a coxa do paciente, fletindo-a sobre o quadril e depois esticando-a para 
cima, enquanto a outra se mantém esticada e depois faz o mesmo com a outra perna. 
Dor, resistência e incapacidade de estender o joelho por completo indica sinal positivo 
 
 
MENINGOCOCCEMIA 
 Infecção pela Neisseria meningitidis 
 
→ Febre mais alta e comprometimento rápido do estado geral. Pacientes taquicárdicos, 
hipotensos e toxemiados 
→ Alteração do nível de consciência 
→ Sinais de sepse: alastramento hematogênico da infecção 
→ Petéquias e/ou púrpuras são sugestivas principalmente em crianças pequenas e 
imunossuprimidos 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
→ Imediato e tratamento rápido. Atraso no início do tratamento é o fator mais importante de 
morbimortalidade 
→ O limiar é baixo para início de ATB. Preferencialmente sempre tratar 
→ A bioquímica geral é inespecífica 
→ Suspeita clínica → exames complementares: 
• Hemocultura: 2 amostras 
• LCR (importante para diagnóstico de meningite e diagnóstico diferencial) 
• Antibióticos empíricos: deve ser iniciado após hemocultura e LCR, porém, devem ser 
iniciado mesmo sem os resultados do líquor e hemocultura. Antibióticos com bom acesso 
ao SNC 
• Dexametasona: corticoide para controle dos processos inflamatórios. Antes ou 
concomitantemente ao ATB. Continuar se Gram e cultura apontarem pneumococo 
 
Obs: havendo hipertensão craniana + sinal/risco de déficit focal, é importante que seja 
realizada TC de crânio ANTES de ser feita a punção do líquor 
 
Acesso venoso → hemocultura → TC (se critério) → coleta LCR → início de antibióticos 
Contraindicações à punção lombar / realização de TC antes do LCR 
- Paciente imunocomprometido 
- História de doença em SNC (efeito de massa, neoplasias, sangramentos, AVE, infecção) 
- Convulsões de início recente (atenção para fazer a TC primeiro!!) 
- Papiledema unilateral (sinal de hipertensão intracraniana) 
- Alteração importante do nível de consciência 
- Sinais focais (muito importante) 
 
Punção lombar 
 
 
Bioquímica normal do LCR: líquor em água de rocha (límpido e transparente) 
o Proteinoraquia < 50mg/dL 
o Glicoraquia LCR/soro > 0,6 
o Celularidade < 5 células brancas/microL 
o Lactato <3,5mEq/L 
 
Quando repetir o LCR: 
- Não há indicação 
- Ausência de melhora em 48 horas 
- Resposta incompleta 
- Persistência da febre 
 
Análise do Gram: 
• Diplococos gram positivos: Pneumococo 
• Diplococos gram negativos: Meningococo• Cocobacilos gram negativos: H. Influenzae 
• Cocobacilos gram positivos: Listeria 
 
TRATAMENTO 
• Pneumococo: 10-14 dias 
• Meningococo: mínimo de 7 dias (7-10) 
• H. Influenzae: mínimo de 7 dias (7-10) 
• Listeria monocytogenes: 21 dias

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