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Apostila_Administração_Geral

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1
 ADMINISTRAÇÃO GERAL 
Conceito de organização. Tipologia das organizações. A organização pública e privada. A 
empresa de sucesso. Administração. O conceito de administração. Visão global do processo 
gerencial. O perfil e as funções do dirigente. Planejamento. Direção, poder e autoridade. 
Controle e coordenação. As funções administrativas frente às novas tendências. 
Tendências da administração no Brasil e no mundo. História do pensamento administrativo. 
Taylor e a administração científica. Ford e a linha de montagem. Fayol e o processo 
administrativo. Max Weber e a burocracia. Relações humanas. O enfoque sistêmico. A 
escola contingencial. Escola estruturalista. Administração por objetivos. O modelo japonês. 
Administração participativa. Novos modelos de Administração. Aprendizagem 
organizacional. Visão de conjunto das funções da organização. Funções organizacionais. 
Administração superior. Marketing. Finanças. Recursos Humanos. Produção e Operações. 
P&D. Informática. Administração Publica: uma visão geral 
 
BÁSICA: 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria geral da administração. 6.ed. Rio 
ANDRADE, R.O.B de; AMBONI, N’erio. Teoria geral da Administração: das origens 
as perspectivas Contemporânea. 1ª. Ed. São Paulo: M. Books do Brasil, 2007. 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 2.ed. Rio de 
Janeiro: Campus, 2000. 
MATIAS PEREIRA, J. – Finanças Públicas; a política orçamentária no Brasil – 
2.edição- São Paulo – Ed. Atlas, 2003 
MILESKI, H. S. (2003). O Controle da Gestão Pública. São Paulo: Ed. Revista dos 
Tribunais. 
SILVA, R.O . Teorias da Administração. 1ª.ed.São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 
2002. 
COMPLEMENTAR 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria geral da administração. 6.ed. Rio 
DUBRIN, Andrew. J. Princípios de administração. 4.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998. 
HAMPTON, David R. Administração contemporânea. 3.ed. São Paulo: Makron Books. 
1992. 
KWASNICKA, Eunice Lacava. Introdução à administração. 5.ed. São Paulo: Atlas, 
 2
 
DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO GERAL 
Elaborada: Prof. Luiz Lira 
PROF: Sandson Azevedo 
 
 
 
 
 
- Apresentação do Professor e Alunos 
- Programa do Curso 
- Avaliação de Aprendizagem 
- Bibliografia Básica 
- Laboratórios 
- Biblioteca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3
 
 1ª PARTE 
 
A ADMINISTRAÇÃO GERAL: Aspectos Importantes nas Organizações 
 
1 - Por que Estudar Administração? 
 
2 - Conceitos de Administração 
==> Necessidades e Aspectos da Administração 
==> Princípios da Administração 
 
3 - As Funções da Administração 
 
4 - Os Níveis da Administração 
 
5 - Habilidades e Papéis Administrativos 
==> Habilidades Administrativas 
==> Papéis Administrativos de Mintzberg 
==> Competência Administrativa 
 
6 - Eficiência e Eficácia Organizacional 
 
7 - A Atividade Administrativa 
==> A Administração e o Gerenciamento 
==> O Trabalho do Administrador 
==> Diferenças entre Gerenciamento e Liderança 
==> O Gerente do Futuro 
 
8 - A Administração: Ciência, Arte ou Profissão? 
9 - A Comunicação nas Organizações 
==> Conceito e Tipos de Comunicação 
==> As Funções e os Elementos da Comunicação 
==> Melhoria dos Processos da Comunicação 
 4
==> Percepção e Comunicação 
I - A ADMINISTRAÇÃO GERAL HOJE 
 
Como se desenrola o processo administrativo nos diversos tipos de organizações (públicas, 
privadas, não governamentais e outras). 
 
 
 
1 – POR QUE ESTUDAR ADMINISTRAÇÃO? 
 
- Interesse em melhorar o modo como às organizações são administradas (interação entre 
todos os recursos dentro das organizações). 
- Evitar o desperdício de tempo na realização das operações (Ex.: Alfândegas, Setor 
Público). 
- Perdas financeiras (ações, investimentos de curto e longo prazo). 
- Falências (declínio). 
- A Administração era vista como resultante de um conjunto de funções, uma série de 
papéis, onde eram aplicadas, habilidades específicas ==> Linha funcional do 
Administrador, que está em mudança. 
- Administradores utilizam teorias administrativas para auxiliá-los no processo de tomada 
de decisão, baseadas no Planejamento, Organização, Controle, Comando e Coordenação. 
- Teoria administrativa: Produz o comportamento organizacional. 
- O que é uma Teoria? Um conjunto de conceitos e idéias que explica e prediz fenômenos 
sociais. Podem ser: (1) de configuração – aprendida de outros estudiosos, resultantes de 
experiências e (2) científicos – desenvolvidos através do método científico. 
 
 
 
 
 
 
 
 5
 
 Integração entre o Conhecimento Teórico e o Prático em Administração 
 
 
 ===> <=== 
 
Definições Integração Sistemática Experiência 
Fatos relevantes da Teoria e Prática Estudos de Casos 
Conceitos Participação em 
Técnicas eventos específicos 
Orientações 
Palestras e Seminários 
 
2 – CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO 
Algumas definições procuraram vincular o conceito de administração às Escolas Clássicas: 
Funcionais, Relações Humanas, Tomada de Decisão, Sistêmica, Contingencial e etc. 
Dessas abordagens pôde-se extrair um conceito mais geral: 
 “Administração é um conjunto de atividades dirigidas à utilização eficiente e eficaz 
dos recursos, no sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas organizacionais”. 
(SILVA, Reinaldo O; 2001). 
 O Quadro abaixo demonstra o pensamento básico desse conceito: 
 
 Recursos Materiais – Recursos Financeiros 
 
 
 
 
 
 
 Recursos Informacionais, Humanos e Tecnológicos 
 
 (Fonte: Van Fleet & Peterson) 
 
TEORIA HABILIDADES 
Para Administrar 
PRÁTICA 
Atividades 
Administrativas 
Utilização Eficiente e 
Eficaz dos 
recursos 
Alcance das 
metas 
 6
 
 
� Necessidades e Aspectos da Administração 
 Funções gerenciais em qualquer nível da organização (técnico ou político) 
 
Características dos Serviços da Administração 
. Complementares 
. Orientados para Atingir Metas Organizacionais 
. Relacionamento das Pessoas 
. Força Coordenada 
. Trabalho em Equipe. 
. Integração de Conhecimentos e Habilidades 
. Processo Administrativo Sistematizado 
. Esforço Criativo e Revitalizado 
. Dinâmica Organizacional 
. Intangibilidade 
 
 
� Princípios da Administração 
 Um princípio é uma afirmativa básica ou uma verdade fundamental que provê 
entendimento e orientação ao pensamento e à prática na tomada de decisão. Os 
princípios da Administração são dinâmicos, gerais, relativos, inexatos e universais. 
 
Auxiliam as organizações a: orientar a eficiência, consolidar o pensamento no campo 
da Administração, melhorar a pesquisa em Administração e alcançar as metas sociais. 
 
HENRY FAYOL (1841 – 1925): Nascido em Constantinopla, de família burguesa da 
Franca, graduado em Engenharia de Minas (1860). Trabalhou a vida inteira na mesma 
empresa e estabeleceu em 1916, os 14 princípios gerais da administração. 
 
Divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, 
direção, subordinação do interesse individual ao interesse geral, remuneração, 
 7
centralização, hierarquia, ordem, equidade, estabilidade do pessoal no cargo, 
iniciativa, equipe. 
3 – AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO 
 
 As atividades básicas imputadas ao administrador para alcançar os resultados esperados 
pelas organizações correspondem ao Planejamento, Organização, Comando, Coordenação e 
o Controle. 
 
 
 
4 – NÍVEIS DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Estratégico (Alta Administração): Direção da Organização estruturando as políticas e 
estratégias básicas. 
Tático (Média Administração): Gerência de Departamento ouSetor determinam que tipos 
de produtos e serviços vão ao mercado. 
Operacional (Administração Operacional): responsável pela produção de bens ou serviços 
(gerentes de vendas, chefes de seções , supervisores...). 
 
 
 
 
 
5 – HABILIDADES E PAPÉIS ADMINISTRATIVOS 
 
Correspondem às destrezas específicas para transformar conhecimento em ação, que resulte 
no desempenho desejado para o alcance dos objetivos da organização. 
Segundo Robert L. Katz, existem 03 tipos de habilidades: 
Habilidades Técnicas: conhecimento, métodos técnicos e equipamentos para a 
realização de tarefas. 
Habilidades Humanas: É a capacidade para lidar com pessoas exercendo liderança. 
Habilidades Conceituais: É a capacidade de compreender as complexidades da 
organização de forma global ajustando o comportamento dos participantes. 
 8
 
 
Como ocorre a integração dos Níveis Administrativos X Habilidades 
 
 
Níveis Administrativos Habilidades 
Estratégico (Alta Administração) Conceituais: Intensas 
 Humanas: Média 
 Técnicas: Baixa 
 
 Tático (Média Administração) Conceituais: Baixas 
 Humanas: Intensas 
 Técnicas: Média 
 
Administração Operacional Conceituais: Baixa 
 Humanas: Média 
 Técnicas: intensas 
 
� Papéis administrativos de Mintzberg 
Segundo Henry Mintzberg, papéis representam um conjunto de expectativas de 
comportamento de um indivíduo em situações especificas. 
As categorias de papéis administrativos são: 
Interpessoais: chefe, líder, ligação 
Informacionais: monitor, disseminador, interlocutor 
Papéis Decisionais: empreendedor, solucionador de conflitos, alocador de recursos e 
negociador 
 
� Competência Administrativa 
“É um conjunto de conhecimentos, habilidades, comportamentos e atitudes que uma pessoa 
necessita para ser eficaz num vasto campo de atividades administrativas, em vários tipos de 
organizações”. (Hellriegel & Jackson, 1999). 
Algumas competências para o sucesso gerencial extraídas da American Assembly of 
Collegiate Schools of Business (AACSB): liderança, objetividade, análise, flexibilidade, 
 9
comunicação escrita e verbal, impacto pessoal, resistência ao stress e tolerância na 
incerteza. 
6 – EFICIÊNCIA E EFICÁCIA ORGANIZACIONAL 
 
Aquilo que é feito está relacionado com a eficiência (ação) e aquilo que é alcançado se 
refere à eficácia (resultado). 
 
Eficiência: É a medida da utilização dos recursos quando se faz alguma coisa, refere-se 
à relação entre as entradas e saídas no processo. É operar de modo que os recursos 
sejam mais adequadamente utilizados. 
Eficácia: A eficácia administrativa está relacionada ao uso dos recursos organizacionais 
de modo que resulte em alto desempenho de saídas e em altos níveis de satisfação entre 
as pessoas. É fazer as coisas certas, de modo certo, no tempo certo. 
 
 
7 – A ATIVIDADE ADMINISTRATIVA 
 
� A Administração e o Gerenciamento 
 “Podemos definir um gerente como alguém que se esforça para alcançar objetivos 
quantificáveis, relacionados às finalidades do subsistema e um administrador como 
aquele que se esforça para atingir objetivos não quantificáveis, independentemente do 
efeito final de sua consecução”. (Richard N. Farmer & William G. Ryan, 1969) 
Outras correntes apontam uma identidade entre administrador e gerente, bastando 
avaliá-los em função da tipologia organizacional. (Ex: Escolas, Hospitais, Indústrias 
farmacêuticas, petrolíferas, agrícolas, entre outras). 
 
� O Trabalho de um Administrador é influenciado por fatores como: 
- A natureza da organização, filosofia, objetivos e tamanho. 
- Tipo de estrutura (organograma) 
- Atividades e tarefas realizadas 
- Tecnologia e métodos de realização do trabalho 
- Natureza do pessoal empregado 
- Nível do trabalho administrativo na organização 
 10
 
 O administrador vai atuar tendo como operações básicas: O estabelecimento de 
objetivos, a organização, as comunicações e a motivação, a avaliação e o 
desenvolvimento das pessoas. 
Abaixo ilustramos essas relações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conselho Diretivo ou 
equivalente 
Define Objetivo e formula 
políticas organizacionais 
Administração / Gerenciamento 
Implementação das decisões 
políticas e execução do trabalho 
Esclarecimento de objetivos 
Planejamento do trabalho 
Organização de atividades 
Direção de recursos 
Alcance dos objetivos 
estabelecidos dentro das 
orientações políticas 
 11
 
 
� Diferenças entre Gerenciamento e Liderança 
 
Liderança é um conceito mais amplo do que Gerenciamento. A diferença básica entre 
os dois conceitos reside no termo: Objetivos Organizacionais. 
 Ocorre Liderança sempre que uma pessoa tenta influenciar o comportamento 
de um individuo ou grupo, sem necessariamente relacionar o motivo. Abaixo algumas 
dessas principais características: 
 
GERENTES LÍDERES 
Administram as atividades Inovam suas realizações 
Dão suporte às pessoas Desenvolvem as pessoas 
Confiam nos controles Inspiram confiança 
Perspectivas de curto prazo Perspectivas de longo prazo 
Aceitam a situação Desafiam a situação 
Perguntam quando e como Perguntam o que? e por que? 
Centram-se nos sistemas e estruturas Centram-se nas pessoas 
 
 
� O gerente do Futuro vai procurar a mudança, observar as realidades externas, 
promover treinamento, eliminar o medo, criar especialização, visão, negociação 
para solucionar problemas, valorizar as diferenças, administrar com participação, 
desenvolver o poder das equipes, buscar a qualidade, multifuncional idade de sua 
equipe. 
 
 
8 – ADMINISTRAÇÃO: CIÊNCIA, ARTE OU PROFISSÃO? 
 
A Administração não é somente Arte, mas também Ciência que contém princípios 
definidos e conceitos, que dirigem a organização dentro de certos limites. O 
profissionalismo tem sido aceito numa perspectivas progressista e dinâmica. 
 
 12
 
 
9 – A COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES 
 
� Conceito e Tipos de Comunicação 
 A comunicação é o processo de transmissão de informações e o respectivo 
entendimento do significado pelos envolvidos. 
Tipos: Verbal e não-verbal 
Verbal: escrita 
Não-verbal: inclui o Comportamento Cinésico (movimentos dos corpos); Proxemia 
(influência da proximidade e do espaço); Paralinguagem (forma como alguma coisa é 
dita, tom de voz, sonolência); Linguagem de Objeto (uso de coisas materiais, 
vestimenta, maquiagem...). 
 A comunicação organizacional flui formalmente na direção vertical, horizontal 
e informal. 
 
� As Funções e os Elementos da Comunicação 
Funções: Informação, Motivação, Emoção e Controle 
Elementos: Transmissor, Codificação, Mensagem, Canal, Decodificação, Receptor e 
Ruído 
A Eficácia da Comunicação vai se dar por meio do que chamamos de Feedback. 
 
� Melhoria dos Processos de Comunicação 
 A diferença entre comunicação eficaz e ineficaz, reside na avaliação de 04 aspectos do 
processo: diferenças de percepção, emoções, inconsistências entre a forma verbal e não-
verbal e confiança entre as partes. 
 
 
 
� Percepção e Comunicação 
 A percepção é o processo pelo qual a pessoa recebe, organiza e interpreta as 
informações advindas do ambiente. A percepção atua como uma rede ou um futuro 
 13
através do qual a informação passa antes de causar impacto nas decisões e ações 
individuais, conforme ilustramos abaixo: 
 
 
==>Mensagem ==> 
<==Feedback <== 
 
 
 
Distorções da Percepção 
Estereótipos: Atributos de um grupo que são transferidos ao indivíduo. 
Efeito Halo: Formação de opinião pela maneira de vestir, corte de cabelo 
Percepção Seletiva: Destacam-se aspectos de pessoas ou situações pelas crenças, ou por 
um determinado ponto de vista. 
Projeção: Quando se designa atributos pessoais a outros indivíduos. 
 
 
Estudo de Caso: MicrosoftCorporation, página 39 
- 05 questões para análise 
- 12 questões para discussão em sala de aula. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da Administração. 1ª ed. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2002. p.519 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Percepção do transmissor Percepção do receptor 
 14
 
II – ORGANIZAÇÕES – CONCEITO E DESAFIOS 
 
As organizações são complexas. Elas afetam fortemente cada aspecto da existência 
humana: nascimento, crescimento, desenvolvimento, educação, trabalho, relacionamento 
social, saúde, e mesmo a morte. A Teoria da organização e a teoria da administração são 
conceitos proximamente relacionados. 
A teoria da organização não é uma coleção de fatos, é o modo de pensar sobre as 
organizações, tendo como subsídio padrões e regularidades no projeto organizacional e no 
comportamento. 
Uma definição próxima de uma realidade pode ser: “Uma organização é definida como 
duas ou mais pessoas trabalhando juntas cooperativamente dentro de limites 
identificáveis, para alcançar um objetivo ou meta comum”. 
 
 1 – ASPECTOS IMPORTANTES 
 
- O componente humano 
- Divisão do trabalho 
- Habilidades e conhecimento 
- Coordenação e Controle dos processos administrativos em geral 
- Tipos de atividades 
- Atividades delimitadas entre os integrantes. 
- Orientadas para o alcance de resultados 
 
2 – PRINCIPAIS DESAFIOS DAS ORGANIZAÇÕES 
 
- Administração num ambiente Global 
- Projeto estruturado de forma a reestruturar atividades 
- Melhoria constante da qualidade e competitividade 
- Reação às mudanças do ambiente 
- Ética e moral 
 
 15
 
3 – ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS 
As organizações são sistemas abertos, elas precisam de objetivos claros, os quais vão 
determinar a natureza das entradas, a série das atividades para alcançar as saídas e a 
realização das metas organizacionais. O feedback sobre o desempenho do sistema, e os 
efeitos das operações sobre o ambiente, são medidos em termos de consecução dos 
objetivos e intenções. 
 
Ambiente 
Ssssssssass 
 
 Entradas ==> Saídas ==> 
 
 
 ╚╚ Feedback ╝╝ 
 
 
 
4 – CARACTERÍSITICAS IMPORTANTES QUE ENFATIZAM A NATUREZA 
DAS ORGANIZAÇÕESEM SEU PROCESSO DINÂMICO COM UM SISTEMA 
ABERTO 
 
Interação com o Ambiente: Trocas importantes com o meio 
Sinergia: O resultado final é maior que a soma das partes envolvidas 
Equilíbrio Econômico: Balanceamento dos recursos internos e captação do meio ambiente 
Finalidade: Alcance dos mesmos resultados por meio de caminhos diversos 
 
5 – PRINCIPAIS SUBSISTEMAS ORGANIZACIONAIS 
 
(Hersey e Blanchard) – Humano/social, administrativo/estrutural, informacional/decisorial, 
econômico/tecnológico. 
 
 
.Matérias Primas 
.Informações 
.Recursos 
Financeiros 
 
 
Processo de 
Transformação 
 
 
 
Produtos e 
 
Serviços 
 16
 
6 – O AMBIENTE ORGANIZACIONAL 
 
As organizações, em lugar de administradores/gerentes, vão necessitar mais de 
facilitadores, orientadores/instrutores e mentores. Entretanto, utilizando-se de 
administradores, gerentes, coordenadores ou técnicos, as organizações terão de realizar 
atividades de planejamento, organização (estruturação), direção, controle e coordenação. 
O ambiente geral das organizações pode ser visto como constituído de forças indiretas do 
ambiente externo. As forças indiretas do ambiente externo podem afetar os administradores 
porque influenciam o clima onde a organização atua. Estas forças são o ambiente 
econômico, o ambiente tecnológico, o ambiente sócio-cultural, o ambiente político-legal e 
o ambiente internacional. 
1 - O ambiente das tarefas é constituído por: Clientes, Competidores, Fornecedores, 
Reguladores e Parceiros estratégicos. 
2 - O ambiente interno das organizações é formado por: Proprietários, Empregados, 
Administradores e Ambiente físico. 
 
As organizações modernas são moldadas por componentes do ambiente. Nenhuma 
organização pode ignorar o ambiente que se situa que contém oportunidades e ameaças. As 
oportunidades: mercados, recursos e outras condições externas que as organizações podem 
explorar para crescer e prosperar. As ameaças podem surgir de novos competidores que 
desafiam o nicho de mercado em que ela atua, outras ameaças são constituídas pelas 
condições legais ou políticas, mudanças demográficas. 
 
As organizações respondem às incertezas do meio através de um conjunto de realizações 
baseadas em: informação administrativa, mudança estratégica, fusão, aquisição, aliança, 
projeto organizacional, influência direta. 
 
 
 
 
 
 
 17
 
7 – ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
ÉTICA – é uma necessidade em todos os níveis da organização de negócios, desde a alta 
administração até os segmentos operacionais. As características éticas que os 
Administradores e outros empregados enfrentam t6em crescido de significância nos últimos 
anos da década de 1990. Ética é um conjunto de valores e regras que definem a conduta 
como certa ou errada. 
A ética não é prescritiva, ou seja, nenhum conjunto de regras pode dizer como se comportar 
de modo moral ou ético em todas as situações. 
Os Códigos de conduta quando documentados, são escritos como políticas das empresas e 
servem de orientação geral de comportamento, entretanto as interpretações dessas 
orientações variam de um indivíduo para outro. 
 
Fatores que afetam a Ética Administrativa 
 
Organização: Políticas, Códigos de Conduta, Comportamento dos Supervisores, 
Comportamento dos Pares 
Administrador: Influência da Família, Valores Religiosos, Padrões e Necessidades 
Pessoais 
Ambiente Externo: Regulamentações Governamentais, Normas e Valores da Sociedade, 
Clima Ético da Organização. 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE SOCIAL da organização ou responsabilidade social coletiva é 
a obrigação que uma organização tem de agir de maneira que sirva tanto os interesses 
próprios como interesses da sociedade. As organizações ainda não têm definida uma 
postura sobre a responsabilidade social, e estes contrates se resumem basicamente em 02 
enfoques: 
- Visão Clássica: Afirma que a única responsabilidade da administração é conduzir os 
negócios com o máximo de lucro 
 18
- Visão Sócio-econômica: Assegura que qualquer organização deve se interessar pelo bem-
estar social externo e não somente pelos lucros corporativos 
 
Graus de Responsabilidade Social (Estratégias) 
 
A Estratégia Obstrucionista é aquela que evita a responsabilidade social e prioriza as 
atividades econômicas da organização. 
A Estratégia Defensiva procura proteger a organização fazendo o mínimo legalmente 
requerido para satisfazer as expectativas sociais. 
A Estratégia Acomodativa é aquela que aceita as responsabilidades sociais e vai tentar 
satisfazer critérios legais econômicos fazendo o mínimo requerido. 
A Estratégia Proativa preenche todos os critérios de desempenho social, com iniciativas e 
lideranças no campo social. 
 O Governo vai influenciar diretamente as práticas de responsabilidade social por meio de 
aspectos reguladores, mais notadamente através da tributação. 
 
 
 
 
O tamanho das organizações está relacionado à sua estrutura ou ao seu projeto 
organizacional, diferenciando-se umas as grandes das pequenas de acordo com os seguintes 
aspectos: 
 
GRANDES PEQUENAS 
Economia de escala Responsabilidade e Flexibilidade 
Alcance global Alcance regional 
Hierarquia Vertical Estrutura Plana 
Mecanísticas e Complexas Orgânicas e Simples 
Mercado estável Pesquisa e Nichos 
Homens na organização Empreendedores 
 
 
Estudo de Caso: Sears, páginas 82 e 83) 
 19
- 19 questões para revisão 
- 04 questões de aplicação prática 
A Evolução do Pensamento Administrativo 
 
As origens de alguns conceitos e práticas modernas de administração podem ser 
atribuídas a civilizações muito antigas. Salomão, um governante bíblico dirigiu a 
elaboração de acordos de comércio, administrou programas de constituiçãoe 
modelou tratados de paz no século X a.C. Entretanto, antes disso já havia a 
necessidade de alguma forma ou sistema para governar o povo. Muitos 
governantes antigos usaram seus fiéis servidores para executar seus desejos 
soberanos, conferindo a esses servidores a devida autoridade para atuar em 
nome do Chefe. De modo coletivo, os fiéis servidores se converteram então no 
Conselho ou junta consultiva dos chefes. Para administrar desenvolveram regras e 
tabus de conduta, usando o temor ao sobrenatural para garantir a adesão e 
obediência a estas regras. Este é o ponto de enfoque do estudo das civilizações 
antigas que influenciou o pensamento administrativo em sua linha temporal. 
 
ANO Localização e autores Eventos 
5.000 a.C Suméria Controle Administrativo 
4.000 a.C Egito Planejamento, organização e Controle. 
2.600 a.C Egito Descentralização do poder 
2.000 a. C Babilônia Estabelecimento do salário mínimo. Conceito de 
Controle e responsabilidade. 
1.491 a.C Israel (Moisés) Utilização do princípio da organização por autoridade 
hierárquica. Princípio da exceção. 
500 a.C China (Sun Tzu) Planejamento, organização e direção. 
400 a.C Grécia (Sócrates) Enunciado da Universalidade da Administração. 
Habilidades Gerenciais 
1.436 Arsenal de Veneza Fabricação e montagem de galeras de guerra, armas e 
equipamentos. 
1.525 Roma ( Machiavel) Liderança e descrição de táticas políticas. 
Reconhecimento da necessidade de coesão. 
1.776 Escócia (Adam Smith) Aplicação do princípio da especialização. Conceitos de 
controle e remuneração. 
1.800 Inglaterra (Mathew Boulton) Padronização de princípios operativos. Planejamento, 
incentivos, bonificação, métodos de trabalho, seguro de 
vida. 
 20
1810 Escócia ( Robert Owen) Aplicações de práticas de pessoal. Treinamento dos 
operários. Planos de casas para os operários. 
1832 
 
Escócia (Charles Babbage) Ênfase no método científico. Especialização, divisão de 
trabalho, estudos dos tempos e movimentos, 
contabilidade de custos. 
1855 EUA (Henry Poor) Princípios de organização, comunicação e informação 
aplicados às ferrovias americanas. 
 
1856 EUA (Daniel McCallium) Uso do organograma para ilustrar a estrutura 
organizacional e sua aplicação na administração 
sistemática das ferrovias 
1881 EUA ( Joseph Wharton) Funda o primeiro curso de Administração na 
Universidade da Pensilvânia 
1886 EUA ( Henry Metcalfe; Henry 
Towne) 
A arte e a ciência da Administração. Filosofia da 
Administração 
1900 EUA ( Frederick W. Taylor) Administração Cientifica. 
 
A Administração, como já visto antes, vem se desenvolvendo ao longo dos 
séculos, com enfoques diferenciados em função das épocas, das atividades e 
conseqüentes necessidades das organizações. 
a- Perspectiva Clássica: 1890 – 1919 
b- perspectiva Humanística: 1920 – 1939 
c- Perspectiva Quantitativa: 1940 – 1959 
d- perspectiva moderna: 1960 – 1980 
e- Perspectiva contemporânea/multifuncional: 1980 – anos 2000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21
 
 
 
As Teorias Administrativas na Linha do Tempo 
 
A grande maioria das pessoas nasce em um hospital, que é uma organização e, a 
partir daí, começam a se ampliar as relações com outros tipos de organizações: 
creche, escola, igreja, clube, cinema etc. Na vida adulta, o relacionamento é 
crescente, desde as associações de classe passando por academias de ginástica, 
jornais, revistas, partidos políticos, companhias aéreas, hotéis, restaurantes, 
bancos, aeroportos e, entre tantas outras, a Internet. Fatalmente, todos nós, 
iremos encerrar as nossas vidas aqui na terra dentro de um outro tipo de 
organização: cemitério ou crematório. Dedicar mais atenção aos relacionamentos 
com as pessoas nas mais variadas organizações que nos relacionamos, contribui 
para a refinar a nossa competência diagnostica e elaborar teses interessantes 
sobre a dinâmica organizacional e, como conseqüência, das prováveis formas 
como as pessoas são gerenciadas e como elas se sentem em seu "habitat" 
profissional. Essas observações fazem mais sentido na medida em que hoje existe 
unanimidade na afirmação de que "é a criatividade humana o maior fator de 
diferenciação das empresas nessa era de volatilidade do conhecimento". E a 
criatividade, como todos nós sabemos, só acontece em ambientes que estimulam 
o questionamento e a dúvida. Quando existe a certeza, a verdade e a excessiva 
obediência , jamais, em momento algum, poderá existir criatividade. Seguramente 
em ambientes burocratizados, enfadonhos e desestimuladores do crescimento e 
da dúvida, a criatividade não prospera. Pelo que tenho constatando nas centenas 
de eventos gerenciais que tenho coordenado nos últimos 25 anos, uma grande 
maioria de pessoas é instruída apenas no "como" cumprir com suas obrigações e 
tarefas, mas jamais sabem "o porquê" estão fazendo. Estou seguro em afirmar 
que "chefes" que se limitam e dar instruções apenas no "como" fazer e não no 
"porquê", possuem valores, crenças e convicções pessoais caracterizados pela 
mais completa falta de credibilidade e confiança na capacidade das pessoas. São 
verdadeiros "coveiros" organizacionais, pois efetivamente não contribuem para o 
desenvolvimento das pessoas, mas sim para o embotamento. Com isso, fazem 
 22
com que os seus chamados colaboradores adquiram comportamentos mecânicos 
e robotizados, desprovidos de senso crítico e da capacidade de inovar e mudar. E 
mesmo assim, ainda se quer falar em ambientes de trabalho propícios à 
criatividade. 
As teorias nos ajudam a entender processos essenciais. Segundo STONER 
(1999, p.22) teoria é um conjunto coerente de pressupostos elaborado para 
explicar as relações entre dois ou mais fatos observáveis. A teoria é aquela que 
embasa todas as nossas ações dentro da organização e sobre todos os seus 
stakeholders. Todas as teorias da administração são produto do ambiente, forças 
sociais, econômicas, políticas, tecnológicas e culturais. Situações de nosso dia-a-
dia são bem claras das teorias administrativas, pois em cada situação vemos a 
relação com as teorias. É importante salientar, que não existe uma teoria, modelo 
ou padrão para os acontecimentos, e a teoria que é eficaz em um determinado 
lugar pode não ser eficaz em outro determinado local. 
 
 
 
Escola Clássica 
 
Desde a pré-história, existe algum tipo de organização. A medida que a 
humanidade foi evoluindo, houve a necessidade clara de se administrar este 
processo complexo em que foi se transformando a humanidade. O 
desenvolvimento de teorias de administração para se tornar o processo mais fácil 
data de anos recentes, nos séculos XVIII e XIX. Estas teorias foram criadas devido 
a necessidade de planejar, organizar, direcionar e controlar o processo 
administrativo. 
 
Administração Científica 
 
Esta teoria surgiu no início do século passado, da necessidade de aumentar a 
produtividade e preocupava-se principalmente com a organização das tarefas, 
com racionalização do trabalho. E consiste que os administradores podem 
determinar cientificamente a melhor maneira para realizar uma determina 
 23
atividades e/ou tarefa. Esta teoria trabalha para aumentar a eficiência da mão-de-
obra. Desta maneira, Frederick W. Taylor, Henry L. Gantt, Frank Gilbreth e Lillian 
Gilbreth criaram os princípios da administração científica. Frederick W. Taylor 
baseou seu sistema no estudo de tempos e movimentos, cronometrando os 
tempos e movimentos de operários siderúrgicos. Criou também o sistema de 
tarifas diferenciadas, onde o empresário remunerava seus funcionários por 
desempenho. A teoria de tempos e movimentos de Taylor aumentava a 
produtividade assustadoramente, tornando os processos mais eficientes e rápidos, 
desta maneira, trabalhadores e sindicatos começaram a se opor a esta teoria, pois 
com o aumento na produtividade e maior eficiência, acabariam os trabalhos 
disponíveis, causando assim demissões. Segundo STONER (1999, p.25) Taylor 
baseou sua filosofia em quatro pilares: O desenvolvimento de uma verdadeira 
ciênciada administração, de modo que pudesse ser determinado o melhor método 
para realizar cada tarefa; A seleção científica dos trabalhadores, de modo que 
cada um deles ficasse responsável pela tarefa para a qual fosse mais bem 
habilitado; educação e o desenvolvimento científico do trabalho; e, 
A cooperação íntima e amigável entre a administração e os trabalhadores. 
Segundo STONER (1999, p.25) Taylor afirmava que o sucesso desses princípios 
exigia uma completa revolução mental por parte da Administração e dos 
trabalhadores. Com isso a produção aumentaria, crescendo assim os lucros. 
Henry L. Gantt reconsiderou o sistema de incentivos criado pelo sistema 
Taylorista. Gantt excluiu o sistema de tarifas diferenciava, pois acreditava que 
tinha um impacto muito pequeno na motivação dos trabalhadores. A teoria de 
Gantt é utilizada hoje na Coca-Cola Company. Se os vendedores atingirem uma 
determinada cota de vendas, receberam uma bonificação. O supervisor de 
mercado recebe bonificações se cada vendedor sob sua supervisão atingir a meta. 
E por fim, o diretor recebe bonificações se cada supervisor sob sua direção atingir 
as metas. Este tipo de teoria, estimula para que todos alcancem os objetivos 
propostos. Gantt acrescentou outras duas ferramentas no seu sistema, onde ele 
avaliava publicamente cada operário, através de um gráfico de desempenho 
diário. Outra ferramenta utilizada foi o sistema de gráficos para a programação da 
produção. Frank B. Gilbreth e Lillian M. Gilbreth trabalharam com estudos de 
fadiga e de movimentos. Lillian abordou além de estudos de fadiga e movimentos, 
 24
o trabalho como meio de promoção do bem-estar individual de cada operário. 
Segundo Frank B. Gilbreth, fadiga e movimentos estão intimamente interligados, e 
cada movimento que fosse reduzido nos movimentos necessário para a produção, 
reduziria a fadiga. Os autores desenvolveram o plano de três posições. A teoria da 
administração científica é largamente utilizada em muitas empresas globais, entre 
elas McDonald's e Habbib's. As referidas empresas trabalham com linha de 
montagem de seus sanduíches. Estas empresas conseguiram mostrar que 
qualquer atividade pode ser realizada de uma maneira mais eficiente e racional, e 
que o desenvolvimento científico de seus funcionários tem forte influência sobre o 
processo. Este modelo tem suas limitações, pois tornam as pessoas bitoladas em 
um processo. O funcionário não sabe fazer outra coisa, senão aquilo que foi 
estabelecido pelo processo. 
 
Abordagem Comportamental 
 
A escola comportamental surgiu por volta do ano de 1940. Surgiu devido a 
ineficiência da administração científica em relação a produção e a harmonia no 
local de trabalho, se preocupava com as pessoas, com os grupos sociais e com a 
organização informal. Esta escola lida mais com o lado humano nas organizações, 
isto é, com as relações humanas dentro das organizações. Segundo STONER 
(1999, p.30) relações humanas é um termo freqüentemente usado para descrever 
o modo como os administradores interagem com seus subordinados. Dentro de 
uma organização podemos ter dois tipos de relações humanas: relações humanas 
eficazes e relações humanas ineficazes. O estudo das relações humanas datam 
entre início da década de 20 à início da década de 30. Esta teoria foi desenvolvida 
em estudos realizados na Western Electric Company, e passou a ser conhecida 
como as experiências de Hawthorne, pois este estudo foi desenvolvido numa 
fábrica da Western Electric Company, na cidade de Hawthorne. O referido estudo 
tinha como objetivo verificar a relação existente entre o nível de iluminação no 
local de trabalho e a produtividade dos operários. Durante o estudo foram trocadas 
várias variáveis além da iluminação para verificar a influência das variáveis na 
produtividade dos operários. Os resultados foram ambíguos. Elton Mayo e seus 
colegas da Haward Business School foram os pioneiros no uso do método 
 25
científico em seus estudos sobre as pessoas no ambiente de trabalho e 
concluíram que uma cadeia complexa havia interferido na produtividade dos 
operários. 
 
 
 
Abordagem de Relações Humanas 
 
Elton Mayo e seus colegas chegaram a conclusão de que não é somente uma 
variável que altera a produtividade dos operários, mais sim um conjunto de 
variáveis interligadas. Segundo STONER (1999, p.31) Elton Mayo e seus colegas 
concluíram que os empregados trabalhariam mais caso acreditassem que a 
administração estava preocupada com o seu bem-estar e que os supervisores 
prestavam atenção especial neles. Portanto, foi a partir deste estudo de Elton 
Mayo que se criou o conceito de homem social. Com esta abordagem das 
relações humanas, redescobre-se um antigo conceito de Robert Owen, que as 
pessoas são máquinas vitais que produzem dividendos, além de somente 
produtos. Portanto, esta teoria foca mais o lado humano do que o lado técnico. Até 
hoje é causa de debates e confusão, pois o modelo de Elton Mayo não conseguia 
descrever o homem no local de trabalho, e que o nível de satisfação não 
acompanha proporcionalmente o nível de produtividade. Depois que Elton Mayo e 
seus colegas desenvolveram a abordagem das relações humanas, surgiram 
alguns pesquisadores que utilizavam métodos sofisticados e ficaram conhecidos 
como cientistas do comportamento. Entre os cientistas do comportamento estão 
Argyris, Maslow, McGregor e Herzberg. Uma das mais famosas teorias de 
motivação foi desenvolvida por Abhram Maslow. Ele desenvolveu a teoria de que 
a satisfação dos desejos e necessidades motiva o ser humano a buscar o objetivo 
de auto-realização. A abordagem da hierarquia de necessidade de Maslow se 
baseia em quatro premissas: 1) Todos os seres humanos adquirem um conjunto 
semelhante de motivos através de dotação genérica e de interação social; 
2) Alguns motivos são mais básicos ou fundamentais do que outros; 3) Os motivos 
mais básicos têm que ser satisfeitos primeiro, 4) A medida que os motivos mais 
básicos forem satisfeitos, surgirão os motivos mais avançados, Maslow propõe 
 26
uma hierarquia de motivos compartilhados por todos. Quando se fala em motivos, 
não se pode deixar de mencionar o constructo de Freud, envolvendo os três 
componentes mais básicos do indivíduo: O id, o ego e o superego. O id é o reino 
dos instintos, dos impulsos mais básicos do indivíduo. Como parte desses 
impulsos são anti-sociais, é necessário que haja um controlador para eles. Tal é a 
tarefa do ego. 
Frederick Herzberg desenvolveu uma teoria de dois fatores: fatores insatisfatórios 
e fatores satisfatórios. Para motivar a compra, os fatores de satisfação devem 
estar sempre presente. As empresas devem estar atentas para dois aspectos 
muito importante: devem evitar os fatores que causam insatisfação e identificar os 
fatores de satisfação ou motivadores dos consumidores. Muitas foram as 
contribuições que os cientistas comportamentais deram a administração, entre as 
contribuições estão: compreensão da motivação, comportamento de grupos, 
relações no trabalho e muitas outras. Alguns autores acreditam que este campo 
do comportamento não foi investigado com tanta profundidade e que se tem muito 
ainda em pesquisar. [...] finalmente, uma vez que essas necessidades fisiológicas, 
de segurança, sociais e de estima sejam satisfeitas, as pessoas começam a 
explorar e a estender as fronteiras do seu potencial - buscando auto-realização. 
Esse é o motivo pelo qual uma pessoa se empenha em atividades de auto 
melhoria, tais como fazer um curso de educação para adultos ou perseguir 
tenazmente as habilidades em busca da perfeição. SHETH (2001, p.147). 
 
Escola Quantitativa 
 
Esta escola trabalha com métodos quantitativos e conta com cientistas nas áreas 
de matemática e física. Esta escola foi desenvolvida pelos britânicos na segunda 
guerra mundial. Com os métodos quantitativos desenvolvidos nesta escola, foram 
possíveis grandes avanços tecnológicos. Os britânicos também utilizavam os 
métodos quantitativos para criarestratégias durante a segunda guerra mundial e 
eram formados por equipes de pesquisa operacional. Os americanos copiando o 
grande modelo britânico colocaram estes métodos nos primeiros computadores 
para efetuarem cálculos mais rápidos e precisos. Hoje existe uma vasta aplicação 
 27
nas empresas da pesquisa operacional criada pelos britânicos e cada vez mais 
esta ferramenta se torna visível no uso organizacional. 
 
Abordagem Sistêmica 
 
Segundo STONER (1999, p.33) a abordagem sistêmica vê a organização como 
um sistema unificado e propositado, compostos de partes inter-relacionados. Isso 
permite que as pessoas enxerguem a empresa como um todo e parte do ambiente 
externo. Segundo STONER (1999, p.33) a teoria dos sistemas nos diz que a 
atividade de qualquer segmento de uma organização afeta em graus variados a 
atividade de todos os outros segmentos.Entre eles estão os sistemas, 
subsistemas, sinergia, sistema aberto, sistema fechado. 
 
Abordagem Contingencial 
 
Esta abordagem foi criada por vários administradores e consultores que em 
campo procuram colocar em prática as teorias das escolas de administração. 
Descobriram então, que determinado método funciona bem em um ambiente e 
que o mesmo método não funciona bem em outro ambiente, portanto, concluíram 
que não existe um modelo padrão de abordagens que funcione bem em todos os 
ambientes. Portanto, segundo STONER (1999, p.35) a abordagem contingencial é 
a concepção que a técnica de administração que melhor contribui para o alcance 
dos objetivos organizacionais pode variar em situações ou circunstâncias 
diferentes. Verifica-se então que a abordagem contingencial é mais abrangente 
que a sistêmica, pois focaliza os pormenores das relações entre as partes. 
 
 
 
 
 28
Uma Nova Abordagem das Relações Humanas 
 
Esta nova abordagem das relações humanas surgiu por volta da década de 50 e 
se fortificou na década de 60, com diversos pensadores. Entre os pensadores 
estão Tom Burns e G. M. Stalker, que defendem que a nova abordagem das 
relações humanas está intimamente ligada à abordagem contingencial, porém, vai 
muito além, pois propõem um novo modelo de administração. Outros cientistas, 
entre eles W. Edwards Deming e Tom Peters elaboraram um conjunto de 
princípios de Administração, como o fez Fayol na sua teoria. Estes conceitos de 
Deming e Peters concentram-se nos princípios de qualidade. Esta nova 
abordagem das relações humanas ganhou formas quando em 1982 os 
consultores Thomas J. Peters e Robert H. Waterman publicaram estudos feitos em 
empresas, onde aplicaram a nova abordagem das relações humanas. Em seus 
trabalhos, os consultores explicam como as pessoas interagem nas organizações 
e suas pesquisas revelam que as pessoas são sociais, intuitivas e criativas. Os 
pesquisadores também citam regras de como tratar as pessoas com dignidade e 
respeito que merecem. Sendo assim, STONER (1999, p.36) conclui que a nova 
ênfase na administração, a partir das relações humanas, é um passo importante 
na evolução do pensamento sobre Administração. [...] esta nova abordagem é 
integrativa à teoria da Administração, combinando uma visão positiva da natureza 
humana com o estudo científico das organizações e visando a prescrever como os 
administradores eficazes devem agir na maioria das circunstâncias. STONER 
(1999, p.35). 
 
 
 
 
 
 29
Objetivos da Administração 
 
A Administração tem objetivos que são: proporcionar eficiência e eficácia com 
efetividade às empresas. Este termo efetividade é novo e diz que uma empresa 
deve ser eficiência ou eficaz sempre. A administração interpreta os objetivos da 
empresa e busca meios para alcançá-los através da ação administrativa, que 
compreende planejamento, organização, direção e controle. 
 
Princípios Gerais da Administração 
 
Segundo CHIAVENATO (1989, p.6) a administração não é uma ciência exata. Ela 
não pode se basear em leis rígidas. Portanto, a administração deve se basear em 
princípios flexíveis. Ainda segundo CHIAVENATO (1989, p.6) princípios são 
condições ou normas dentro das quais o processo administrativo deve ser 
aplicado e desenvolvido. 
Os princípios são: 
Princípio da divisão do trabalho e da especialização; 
Princípio da autoridade e responsabilidade; 
Princípio da hierarquia; 
Princípio da unidade de comando; 
Princípio da amplitude administrativa; 
Princípio da definição. 
 
 
 
 
 30
ANOS - PRINCIPAIS TEORIAS 
1903 - Administração científica 
1909 -Teoria da burocracia 
1916 -Teoria clássica 
1932 -Teoria das relações humanas 
1947 -Teoria estruturalista 
1951 -Teoria dos sistemas 
1953 -Abordagem sociotécnica 
1954 -Teoria neoclássica 
1957 -Teoria comportamental 
1962 -Desenvolvimento organizacional 
1972 -Teoria da contingência 
Fonte: CHIAVENATTO, 1997: 13 a 15 
 
Á medida que novos desafios vão surgindo a administração necessita se adaptar 
ou modificar suas abordagens e conceitos para que fique aplicável. O mundo 
empresarial deixou a forma burocrática e migrou para os sistemas pós-industriais. 
Mudanças importantes aconteceram durantes todos estes anos, entre elas, as 
mudanças rápidas e inesperadas, principalmente no campo do conhecimento, o 
crescimento no tamanho das empresas, pois se tornaram empresas complexas e 
globais e o mais importantes, a era do conhecimento, onde deve exigir dos 
administradores competência diversa e especializada. O mundo da Administração 
é incerto e desafiador, pois muitas são as mudanças e as transformações que 
ocorrem no ambiente, e todas estas mudanças e transformações são muito 
ambíguas e incertas. A Administração se defronta com problemas diferentes todos 
os dias, cada dia é um problema diferente a ser resolvido, e cada um com 
características próprias. A sociedade está ficando cada vez mais exigente, os 
clientes estão cada vez mais cônscios de seus direitos, a concorrência é acirrada 
e o mercado é competitivo, onde só sobrevivem as melhores empresas. Com a 
globalização econômica, a temática prioritária no campo empresarial passou a ser 
a competitividade. Pois saber competir em um universo é hoje questão de 
sobrevivência para as empresas, desde grandes empresas globais a empresas de 
 31
menor porte. Uma a uma, estão caindo as barreiras alfandegárias entre os países, 
tanto na Europa, América do Norte e América do Sul. Em um curto prazo, o 
comércio internacional será realmente uma terra sem fronteiras, facilitando o 
acesso da população aos bens fabricados. Nesse caminho, a necessidade de se 
impor em um mercado sem fronteiras fez com que as economias substituíssem o 
trabalho humano pela eficiência e perfeição da alta tecnologia, um exemplo é a 
automação. Hoje, a sociedade está passando por profundas mudanças que 
afetam todas as empresas e seu ambiente. 
Segundo CHIAVENATO (1997, p.20-5), estas mudanças são: Da sociedade 
industrial para a sociedade de informação; 
Da tecnologia simples para a alta tecnologia; Da economia nacional para a 
economia global; Do curto prazo para o longo prazo; Da democracia 
representativa para a democracia participativa; Das hierarquias para a 
comunicação lateral intensiva; Da opção dual para a opção múltipla; Da 
centralização para a descentralização; e, Da ajuda institucional para a auto-ajuda. 
 
 
 
 FLEXIBILIZAÇÃO ORGANIZACIONAL 
 
A partir dos anos 80, as empresas brasileiras, de capital privado ou público, pressionadas 
não só pela necessidade de se manterem no mercado nacional e internacional e pelo sucesso 
da “onda” gerencial japonesa, como também pela “onda” neoliberal procuraram incorporar 
um novo modelo de gestão que agilizasse o processo de produção através das tecnologias 
da informação ( interação da eletrônica, da informática e das telecomunicações ) e que 
promovesse de maneira mais consciente o envolvimento do empregado no processo de 
trabalho. A este modelo de gestão da produção (interface da organização da produção com 
a organização do trabalho) chamamos de flexibilização organizacional,que propõe às 
empresas uma forma de gerenciamento diferente daqueles preconizados até então: da 
especialização do trabalhador (Taylorista) à qualificação versátil ( multifuncional); da 
automação rígida (processo mecânico); à automação flexível (processo automático); da 
 32
produção em massa (fordista) às demandas diversificadas do mercado (Pós-fordista); da 
gestão tecnoburocrática (monológica) a um gerenciamento mais participativo . 
A flexibilização organizacional seria um paradigma em gestão da produção que busca a 
diferenciação integrada da organização da produção e do trabalho sob a trajetória de 
inovação tecnológica em direção à democratização das relações sociais nos sistemas-
empresa. 
Um dos grandes problemas que tem surgido nas empresas a partir da implantação desta 
nova tecnologia organizacional, quando adotam técnicas que substituem, a capacidade 
treinada da mão-de-obra existente, é a incapacidade treinada em gerenciar o impacto social 
(exclusão, instabilidade). 
 
� No Brasil a necessidade que as organizações privadas ou públicas têm de ser 
razoáveis com os preceitos da Constituição Federal, que, no caso específico 
deste estudo, estão fundamentados nos seguintes artigos: art.1º incisos II, III, 
IV e V; art.3º inciso I; art. 7º incisos XI e XXVII e art.11. Da análise desses 
artigos pode-se verificar até que ponto está existindo uma convivência 
democrática entre as empresas e se as mesmas desenvolvem o exercício de 
cidadania. 
 
O modelo fordista, que provoca o distanciamento entre o pensar (dirigentes e técnicos) e o 
agir (trabalhador operacional), não mais parece ter sentido sob as propostas do paradigma 
da flexibilização organizacional, pelo contrário, as novas práticas produtivas parecem 
enfatizar uma maior participação dos trabalhadores na tomada de decisões e no controle da 
qualidade. 
 
 
 
 33
 2 ª PARTE 
A EVOLUÇÃO DA TEORIA ADMINISTRATIVA NA LINHA DO TEMPO 
 
A Teoria da Administração Científica é a ênfase nas tarefas. O nome Administração 
Científica é devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da 
administração, a fim de alcançar elevada eficiência industrial. Taylor no início sua 
preocupação era tentar eliminar o desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias 
americanas e elevar os níveis de produtividade através de métodos e técnicas de engenharia. 
Ele utilizava técnicas que eram centradas do operário para a direção, através do estudo de 
tempos e movimentos, da fragmentação das tarefas e na especialização do trabalhador 
reestruturava a fabricação e com os conceitos de gratificações por produção incentivava 
operário a produzir mais. Só que não adiantava racionalizar o trabalho do operário se o 
supervisor, o chefe, o gerente, o diretor continuavam a trabalhar dentro do mesmo 
empirismo anterior. Fayol parte da proposição de que toda empresa pode ser dividida em 
seis grupos: Funções Técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da 
empresa, Funções Comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação 
Funções Financeiras; relacionadas com a procura e gerência de capitais; 
Funções de Segurança; relacionadas com a proteção e preservação de bens; 
Funções Contábeis; relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e 
estatísticas; Funções Administrativas, relacionadas com a integração da cúpula das outras 
cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da 
empresa, pairando sempre acima delas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34
DADOS HISTÓRICOS 
Frederick Winslow Taylor (1856-1915) engenheiro norte-americano, foi aprendiz, operário, 
mecânico e engenheiro-chefe. Ele é considerado o pai da administração científica, cujos 
princípios se baseavam na estrutura formal e nos processos de organização. 
Taylor entrou em contato com os problemas da administração em 1884, quando ele se 
tornou engenheiro-chefe da Midvale Steel Company. Ele reconheceu que, apesar da 
maneira superior e, muitas vezes, arrogante da administração em relação aos trabalhadores, 
em verdade eram essencialmente os trabalhadores que moviam as fábricas. Taylor observou 
os seguintes problemas: 
� A administração não tinha noção clara da divisão de suas responsabilidades 
com o trabalhador. 
� Havia malandragem em todos os postos de trabalho. 
� As decisões administrativas baseavam-se na intuição e no palpite. 
� Não havia integração entre os departamentos da empresa. 
� Os trabalhadores eram colocados em tarefas para a mão-de-obra. 
� Havia conflitos entre capatazes e operários a respeito da quantidade da 
produção. 
Depois de estudar o problema, Taylor formulou a primeira apresentação sistemática da 
administração científica. Seu objetivo principal era resolver o problema dos salários, 
porque ele verificou que, no sistema de pagamento por dia de trabalho os homens logo 
concluiriam que não haveria nenhuma vantagem. Eles diminuiriam a produção em virtude 
de seus desejos de evitar cortes. Conseqüentemente, ele argumentava que, se a 
administração soubesse quanto tempo um homem levaria para completar o seu trabalho, 
esta informação eliminaria a necessidade de cortes. Em outras palavras, se a administração 
pudesse estabelecer padrões de desempenhos fixos, o trabalhador seria forçado a fazer um 
“bom dia de trabalho” para receber salários razoáveis. Além disso, a exata determinação 
 35
científica da velocidade em que um trabalho poderia ser feito seria o meio de resolver o 
problema do salário. 
Taylor usou dois tempos básicos no tratamento desta questão. Estes métodos eram: um 
estudo do tempo-base e a introdução de padrões diferenciais. 
 
AS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DE TAYLOR PARA ADMINISTRAÇÃO 
 
Em 1911, com base em sua experiência profissional, Taylor publicou o livro Princípios de 
Administração Científica, que enfatizava a necessidade de aumentar a produtividade. 
Dando grande importância à administração da produção, Taylor preocupou-se com a 
supervisão e a eficiência dos empresários. A melhoria da produtividade do trabalhador, 
segundo esse autor, permite a evolução dos salários. As principais contribuições de Taylor 
foram: 
· Constituição da Administração Científica como uma ciência em lugar do 
empirismo que antes era visto na Administração; 
· Técnicas científicas para a Seleção e treinamento do trabalhador; 
· Articulação do trabalho com a ciência; 
· Divisão do trabalho e das responsabilidades, ou seja, organização funcional. 
Segundo Reinaldo O. da Silva, a personalidade de Taylor pode ser examinada sob três 
aspectos: 
a) como experimentador e pesquisador; 
b) como autor e divulgador de seus experimentos; 
c) como formador de uma equipe e linha de pensamento. 
 36
Taylor conseguiu revolucionar os processos tradicionais dos métodos de trabalho através da 
aplicação de métodos científicos a muitas empresas norte-americanas. Muitos dos métodos 
de Taylor não eram em si originais. A originalidade estava na aplicação destes métodos 
com a visão do engenheiro, o que até então era considerado domínio do costume, da 
tradição, do personalismo e da política. Os estudos de Taylor foram iniciados com a 
publicação do livro Administração de Oficinas que, em essência, dizia o seguinte: 
� o objetivo de uma boa administração era pagar altos salários e ter baixos 
custos de produção; 
� a administração devia aplicar métodos científicos de pesquisa e 
experimento, a fim de formular princípios e estabelecer processos 
padronizados para o controle das operações de produção; 
� os empregados tinham de ser cientificamente colocados em postos em que 
os materiais e condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, 
para que as normas pudessem ser cumpridas; 
� osempregados deviam ser cientificamente treinados para desenvolver 
uma atmosfera de cooperação para com os trabalhadores, de modo a 
garantir um ambiente que possibilitasse a aplicação dos outros aspectos 
mencionados. 
No livro Princípios da Administração Científica, Taylor identificou as seguintes 
características da administração cientifica: 
� ciência em lugar de empirismo; 
� harmonia em vez de discórdia; 
� cooperação, não-individualismo; 
� máxima produção e não-restrição de produção; 
� desenvolvimento de cada homem para a sua máxima eficiência e 
prosperidade. 
 37
Taylor criou uma revolução mental, com a definição de regras para a melhoria 
da eficiência da produção, e, como resultado de seus estudos, descreveu o que 
denominou de quatro princípios básicos da administração cientifica: 
1. desenvolvimento de um método científico para o trabalho dos operários, o 
que substituiria o velho método da “regra do polegar” (empirismo no 
processo); 
2. estabelecimento de processo cientifico de seleção e treinamento do operário, 
para evitar a escolha sem critério, e o auto-treinamento; 
3. cooperação entre as gerencias e os operários, de modo a garantir que o 
trabalho fosse feito de acordo com os princípios científicos desenvolvidos; 
4. divisão do trabalho dos operários em função da sua especialização, para a 
implementação da cooperação (eficiência) no processo de produção.Um dos 
mais importantes princípios da administração cientifica de Taylor é o 
principio da exceção, pelo qual a administração deveria se concentrar nas 
tarefas estratégicas e de grande importância, deixando as tarefas 
padronizadas para o pessoal operacional. 
 
 APRECIAÇÃO CRÍTICA E VALIDADE DAS IDÉIAS, PRINCÍPIOS E CONCEPCOES 
 
O primeiro mérito de Taylor, reside no fato dele ter feito na administração “uma abordagem 
científica”. Esta abordagem está baseada em fatos comprovados, não em tradição, 
costumes, adivinhação ou opinião pessoal. O estudo do Tempo e Movimento de Taylor, 
onde é feita a subdivisão do trabalho nos elementos ou movimentos que o constituem, a fim 
de eliminar a ineficiência e o esforço inútil, até nos dias de hoje é uma prática adotada 
como metodologia administrativa. As ferramentas e procedimentos padronizados também 
são utilizados atualmente. A tarefa que Taylor determinou para cada operário, baseada em 
estudo de tempos, atualmente é aplicada como o que chamamos de “meta” de trabalho. Por 
 38
outro lado, o Trabalho Individualizado pregado por Taylor como forma de incentivo aos 
trabalhadores, é um conceito que atualmente não está muito em uso, pelo contrário, a 
Teoria Administrativa atual enfatiza o desenvolvimento das tarefas em grupo. Outro 
conceito de Taylor que atualmente é questionado é o do incentivo monetário que, apesar 
das críticas, ainda é muito utilizado pelas empresas. Taylor via o treinamento dos 
funcionários como uma responsabilidade da gerencia, o que, atualmente é um conceito 
muito utilizado pelos gerentes. A seleção científica pregoada por Taylor como a melhor 
forma de contratação de pessoas corretas para as funções a serem desempenhadas, foi um 
esboço do que se conhece atualmente na área da Psicologia Industrial e da Administração 
de Pessoal. 
Nos anos cinqüenta, os japoneses retomaram as idéias de Taylor para renovar sua industria 
e criaram o conceito de kaizen e de suas técnicas (especialmente a cronometragem de 
tarefas) revela que se trata nada mais nada menos do que de Taylorismo. Os resultados 
alcançados com a aplicação dessa técnica, bem como a subseqüente popularidade da guerra 
ao desperdício, fariam os princípios da administração científica desfrutar de grande 
interesse na virada do milênio. As principais críticas desenvolvidas contra as concepções de 
Taylor foram feitas pelos gerentes e sindicatos trabalhistas, que julgavam ameaçados seus 
privilégios e comodismos. Em 1915, Robert Hoxie publicou um relatório onde dizia que a 
administração científica lidava apenas com aspectos mecânicos, desconsiderando os 
aspectos humanos da produção. No entanto, Hoxie reconheceu que o Taylorismo oferecia à 
gerência, meios de alcançar eficiência na produção, tornando viável menores custos e 
aumento da produção, sem implicar esforço extra dos trabalhadores, ou maior carga horária 
ou condições inferiores de trabalho. Ele também considerou que os métodos de Taylor 
criavam possibilidades de benefícios reais e substanciais para o trabalho e para a sociedade, 
o que significa o reconhecimento dos seus aspectos positivos. As críticas ao sistema de 
Taylor podem ser resumidas em dois grupos: 
Mecanização – que desestimula a iniciativa pessoal do operário, tornando-o “parte 
da máquina”, não considerando os seus aspectos psicossociais; 
Esgotamento físico – resultado freqüente da ânsia do operário em realizar mais do 
que o previsto, para aumentar o seu pagamento; 
 39
Como conseqüência, este sistema tende a: 
1. especializar demasiadamente a produção do operário, tornando-o apêndice da 
máquina; 
2. destruir a iniciativa própria, e de algum modo o relacionamento interpessoal; 
3. otimizar o trabalho em demasia, minimizando as aptidões dos operários. 
Muitas dessas restrições podem ser encontradas nos sistemas contemporâneos de realização 
do trabalho nas indústrias. Taylor não podia ir além do que propôs na época em que viveu. 
Convém não esquecer que o aspecto fundamental e relevante de teoria e estudos não era o 
“sistema” de trabalho, mas eram a “doutrina”, a filosofia e os princípios sobre os quais a 
“administração cientifica” que concebera haveria de se assentar e expandir. A forte 
oposição dos sindicatos trabalhistas, desenvolvida no decorrer da história, foi embasada em 
afirmações feitas por cientistas sociais que, desprovidos de informações, propalavam que 
administração cientifica tornaria impossível o alcance do ideal da democracia industrial. 
Outra crítica contundente à administração científica é a de que Taylor não expôs claramente 
as suas idéias, foi pouco sistemático e passou de um assunto a outro sem transição lógica. 
Neste ponto alguns defendem que Taylor era um homem prático, que não desenvolvia gosto 
pela escrita e nem possuía tempo para tal. 
Também existem outros que argumentam que a administração cientifica desenvolveu as 
suas teorias de motivação de maneira muito simplista, uma vez que era enfatizada nos 
incentivos salariais, à custa dos outros aspectos da motivação. Em relação às questões de 
abordagem científica da administração, e as técnicas do tempo e movimento, padronização, 
definição de metas, avaliação e feedback do trabalho, dinheiro como motivador, 
responsabilidade gerencial pelo treinamento, seleção cientifica, semana reduzida de 
trabalho e pausas para descanso, os pontos de vista de Taylor, não somente estavam 
essencialmente corretos, como foram bem aceitos pela administração. Com respeito às 
questões das relações entre a administração, mão-de-obra e trabalho individualizado é 
provável que Taylor estivesse apenas parcialmente correto. 
 
 40
PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 
 
Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a 
eficiência. 
Autoridade e Responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar 
obediência, responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade. Ambos devem 
estar equilibrados entre si. 
Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos 
acordos estabelecidos. 
Unidade de Comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o 
princípio da autoridade única. 
Unidade de Direção: uma cabeça é um plano para cada grupo de atividades que tenham o 
mesmo objetivo. 
Subordinação de Interesses Individuais aos Interesses Gerais: os interesses gerais 
devem sobrepor-se aos interesses particulares. 
Remuneração do Pessoal:deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e 
para a organização em termos de retribuição. 
Centralização: refere-se a concentração da autoridade no topo da hierarquia da 
organização. 
 
Cadeia Escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo. É o 
princípio de comando. 
Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana. 
Eqüidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal. 
 41
 
Estabilidade e duração (num cargo) do pessoal: a rotação tem um impacto negativo 
sobre a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer num cargo 
tanto melhor. 
Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar seu sucesso. 
Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a 
organização. 
 ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 
 ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PARA URWICK 
 - Investigação 
 - Previsão 
 - Planejamento 
 - Organização 
 - Coordenação 
 - Comando 
 - Controle 
 
ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PARA GULICK 
-planejamento (planning), organização (organizing), assessoria (staffing), direção 
(directing), coordenação (coordinating), informação (reporting), orçamento (budgeting). 
Nos elementos da Administração (POSDCORD), Gulick aumentara o planejamento, 
organização, comando e coordenação mencionados por Fayol, porém, os elementos 
staffing, reporting e budgeting são aparentemente novos. Na realidade, a organização para 
Fayol implica a constituição de duplo organismo material e social da empresa, o que 
contém o staffing de Gulick. O reporting participa da previsão e do controle de Fayol, 
simultaneamente, porquanto a fase preliminar da previsão se assenta na pesquisa e 
documentação, e a fase do controle envolve a apresentação dos dados e relatórios para a 
autoridade superior. O budgeting, na concepção moderna, é um instrumento, tanto de 
planejamento e previsão, quanto de controle. 
 42
FUNÇÕES UNIVERSAIS DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Previsão: envolve avaliação do futuro e aprovisionamento em função dele. Unidade, 
continuidade, flexibilidade e previsão são os aspectos principais de um bom plano de ação. 
Organização: proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa. 
 
Comando: leva a organização a funcionar. Seu objetivo é alcançar o máximo retorno de 
todas os empregados no interesse dos aspectos globais. 
 
Coordenação: harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando seu negócio e seu 
sucesso. Ela sincroniza coisas e ações em suas proporções certas e adapta os meios aos fins. 
 
Controle: consiste na verificação para certificar se todas as coisas acorrem em 
conformidade com o plano adotado, as instruções transmitidas e os princípios 
estabelecidos. O objetivo é localizar as fraquezas e erros no sentido de retificá-los e 
prevenir a ocorrência. 
 
TEORIA DA BUROCRACIA 
 
 
MAX WEBER Max Weber (1864-1920), sociólogo alemão, foi o criador da Sociologia da 
Burocracia. Foi professor das Universidades de Friburgo e de Heidelberg e ficou famoso 
pela teoria das estruturas de autoridade. Com a tradução de alguns de seus livros para a 
língua inglesa, por Talcott Parsons, tomou corpo nos Estados Unidos a Teoria da 
Burocracia em Administração. Sua obra é realmente muito vasta. Seu principal livro, para o 
propósito deste estudo, é "A Ética Protestante e o Espírito de Capitalismo", São Paulo, 
Livrada Pioneira Editora, 1967. 
 
 
 43
ORIGENS DA TEORIA DA BUROCRACIA 
 
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da Administração ao redor dos anos 40, em 
função principalmente dos seguintes aspectos: 
 
a) A fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica como da Teoria das Relações 
Humanas, ambas oponentes e contraditórias entre si, mas sem possibilitarem uma 
abordagem global, integrada e envolvente dos problemas organizacionais. Ambas 
revelam dois pontos de vista extremistas e incompletos sobre a organização, gerando a 
necessidade de um enfoque mais amplo e completo, tanto da estrutura como dos 
participantes da organização. 
 
b) Tornou-se necessário um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as 
variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos membros dela participantes, e 
aplicável não somente à fábrica, mas a todas as formas de organização humana e 
principalmente às empresas. 
 
c) O crescente tamanho e complexidade das empresas passou a exigir modelos 
organizacionais mais bem definidos. Alguns historiadores verificaram que a "indústria 
em grande escala depende da sua organização, da Administração e do grande número de 
pessoas com diferentes habilidades. Milhares de homens e mulheres devem ser 
colocados em diferentes setores de produção e em diferentes níveis hierárquicos: os 
engenheiros e administradores no alto da pirâmide e os operários na base. Devem 
executar tarefas específicas, devem ser dirigidos e controlados. Tanto a Teoria Clássica 
como a Teoria das Relações Humanas mostraram-se insuficientes para responder à nova 
situação, que se tomava mais complexa. 
 
d) O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos trabalhos de 
Max Weber, o seu criador. Segundo essa teoria, um homem pode ser pago para agir e se 
comportar de certa maneira preestabelecida, a qual lhe deve ser explicada com exatidão, 
muito minuciosamente e em hipótese alguma permitindo que suas emoções interfiram 
no seu desempenho. A Sociologia da Burocracia propôs um modelo de organização e os 
 44
administradores não tardaram em tentar aplicá-lo na prática em suas empresas. A partir 
daí, surge a Teoria da Burocracia na Administração. 
 
 
 
ORIGENS DA BUROCRACIA 
 
 
A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na 
adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência 
possível no alcance desses objetivos. As origens da burocracia – como forma de 
organização humana – remontam à época da Antigüidade, quando o ser humano elaborou e 
registrou seus primeiros códigos de normalização das relações entre o Estado e as pessoas e 
entre as pessoas. Contudo, a burocracia – tal como existe hoje, teve sua origem nas 
mudanças religiosas verificadas após o Renascimento. Nesse sentido, salienta Max Weber 
que o moderno sistema de produção, eminentemente racional e capitalista, não se originou 
das mudanças tecnológicas nem das relações de propriedade, como afirmava Karl Marx, 
mas de um novo conjunto de normas sociais morais, às quais denominou "ética 
protestante": o trabalho duro e árduo, a poupança e o ascetismo que proporcionaram a 
reaplicação das rendas excedentes, em vez de seu dispêndio e consumo em símbolos 
materiais e improdutivos de vaidade e prestígio. Weber notou que o capitalismo, a 
organização burocrática e a ciência moderna constituem três formas de racionalidade que 
surgiram a partir dessas mudanças religiosas ocorridas inicialmente em países protestantes 
– como Inglaterra e Holanda – e não em países católicos. As semelhanças entre o 
protestantismo e o comportamento capitalista são impressionantes, porquanto essas três 
formas de racionalidade se apoiaram nas mudanças religiosas. 
 
 
 
 
 
 
 45
AUTORIDADE LEGAL, RACIONAL ou BUROCRÁTICA. 
 
Quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque 
concordam com um conjunto de preceitos ou normas que consideram legítimos e dos quais 
deriva o comando. É o tipo de autoridade técnica, meritocrática e administrada. Baseia-se 
na promulgação. A idéia básica fundamenta-se no fato de que as leis podem ser 
promulgadas e regulamentadas livremente por procedimentos formais e corretos. O 
conjunto governante é eleito e exerce o comando de autoridade sobre seus comandados, 
seguindo certas normas e leis. A obediência não é devida a alguma pessoa em si, seja por 
suas qualidades pessoais excepcionais ou pela tradição, mas a um conjunto de regras e 
regulamentoslegais previamente estabelecidos. A legitimidade do poder racional e legal 
baseia-se em normas legais racionalmente definidas. Na dominação legal, a crença na 
justiça da lei é o sustentáculo da legitimação. O povo obedece às leis porque acredita que 
elas são decretadas por um procedimento escolhido tanto pelos governados como pelos 
governantes. Além disso, o governante é visto como uma pessoa que alcançou tal posição 
exclusivamente por procedimentos legais (como nomeação, eleições, concursos etc.) e é em 
virtude de sua posição alcançada que ele exerce o poder dentro dos limites fixados pelas 
regras e regulamentos sancionados legalmente. O aparato administrativo que corresponde à 
dominação legal é a burocracia. Tem seu fundamento nas leis e na ordem legal. A posição 
dos funcionários (burocratas) e suas relações com o governante, os governados e seus 
próprios colegas burocratas são estritamente definidas por regras impessoais e escritas, que 
delineiam de forma racional a hierarquia do aparato administrativo, os direitos e deveres 
inerentes a cada posição, os métodos de recrutamento e seleção etc. A burocracia é a 
organização típica da sociedade moderna democrática e das grandes empresas. A 
autoridade legal, por esse motivo, não abrange apenas a moderna estrutura do Estado, mas 
principalmente as organizações não-estatais, particularmente as grandes empresas. Através 
do - "contrato" ou instrumento representativo da relação de autoridade dentro da empresa 
capitalista, as relações de hierarquia nela passam a constituir esquemas de autoridade legal. 
Muito embora tenham existido administrações burocráticas no passado, somente com a 
emergência do Estado Moderno - o exemplo mais próximo do tipo legal de dominação - é 
que a burocracia passou a prevalecer em tão larga escala. Todavia, a burocratização não se 
limita à organização estatal, pois embora Weber tenha elaborado o conceito de burocracia a 
partir de sua sociologia política, ele usou o conceito de modo mais abrangente, englobando 
 46
as demais instituições sociais além da administração pública. Weber notou a proliferação de 
organizações de grande porte, tanto no domínio religioso (a Igreja) como no educacional (a 
Universidade) ou no econômico (as grandes empresas), que adotaram o tipo burocrático de 
organização, concentrando os meios de administração no topo da hierarquia e utilizando 
regras racionais e impessoais, visando à máxima eficiência. Weber identifica três fatores 
principais que favorecem o desenvolvimento da moderna burocracia: 
 
1. O desenvolvimento de uma economia monetária: a moeda não apenas facilita, mas 
racionaliza as transações econômicas. Na burocracia, a moeda assume o lugar da 
remuneração em espécie para os funcionários, permitindo a centralização da autoridade 
e o fortalecimento da administração burocrática. 
2. O crescimento quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas do Estado Moderno: 
apenas um tipo burocrático de organização poderia arcar com a enorme complexidade e 
tamanho de tais tarefas. 
 
3. A superioridade técnica - em termos de eficiência - do tipo burocrático de 
administração: que serviu como uma força autônoma interna para impor sua 
prevalência. “A razão decisiva da superioridade da organização burocrática sempre foi 
unicamente sua superioridade técnica sobre qualquer outra forma de organização”. 
 
4. O desenvolvimento tecnológico fez com que as tarefas da administração tendessem ao 
aperfeiçoamento. Assim, os sistemas sociais cresceram em demasia, as grandes 
empresas passaram a produzir em massa, sufocando as pequenas. Além disso, nas 
grandes empresas há uma necessidade crescente de cada vez mais se obter um controle 
e uma maior previsibilidade do seu funcionamento. 
 
 
O modelo concebido com grande antecipação por Max Weber tem muita semelhança com 
as grandes organizações modernas, como a General Motors, a Philips, a Sears Roebuck, a 
Ford etc. 
 
 
 47
CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA – SEGUNDO WEBER 
 
 
Segundo o conceito popular, a burocracia é visualizada geralmente como uma empresa ou 
organização onde o papelório se multiplica e se avoluma, impedindo as soluções rápidas ou 
eficientes. O termo também é empregado com o sentido de apego dos funcionários aos 
regulamentos e rotinas, causando ineficiência à organização. O leigo passou a dar o nome 
de burocracia aos defeitos do sistema (disfunções) e não ao sistema em si mesmo. O 
conceito de burocracia para Max Weber é exatamente o contrário. A burocracia é a 
organização eficiente por excelência. E para conseguir essa eficiência, a burocracia precisa 
detalhar antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas. 
Segundo Max Weber, a burocracia tem as seguintes características principais: 
 
 
 
1. CARÁTER LEGAL DAS NORMAS E REGULAMENTOS 
 
A burocracia é uma organização ligada por normas e regulamentos previamente 
estabelecidos por escrito. Em outros termos, é uma organização baseada em uma espécie de 
legislação própria (como a Constituição para o Estado, os estatutos para a empresa privada 
etc.) que define antecipadamente como a organização burocrática deverá funcionar. Essas 
normas e regulamentos são escritos. Também são exaustivos porque procuram cobrir todas 
as áreas da organização, prever todas as ocorrências e enquadrá-las dentro de um esquema 
previamente definido capaz de regular tudo o que ocorra dentro da organização. As normas 
e regulamentos são racionais porque são coerentes com os objetivos visados. Neste sentido, 
a burocracia é uma estrutura social racionalmente organizada. As normas e regulamentos 
são legais porque conferem às pessoas investidas da autoridade um poder de coação sobre 
os subordinados e também os meios coercitivos capazes de impor a disciplina. As normas e 
regulamentos são escritos para assegurar uma interpretação sistemática e unívoca. Desta 
maneira, economizam esforços e possibilitam a padronização dentro da organização. 
 
 
 
 48
2. CARÁTER FORMAL DAS COMUNICAÇÕES 
 
 A burocracia é uma organização ligada por comunicações escritas. As regras, decisões e 
ações administrativas são formuladas e registradas por escrito. Daí o caráter formal da 
burocracia: todas as ações e procedimentos são feitos para proporcionar comprovação e 
documentação adequadas. Além disso, a interpretação unívoca das comunicações também é 
assegurada. Como muitas vezes certos tipos de comunicações são feitos reiterada e 
constantemente, a burocracia lança mão de rotinas e de formulários para facilitar as 
comunicações e para rotinizar o preenchimento de sua formalização. 
 
 
3. CARÁTER RACIONAL E DIVISÃO DO TRABALHO 
 
A burocracia é uma organização que se caracteriza por uma sistemática divisão do trabalho. 
Essa divisão do trabalho atende a uma racionalidade, isto é, ela é adequada aos objetivos a 
serem atingidos: a eficiência da organização. Daí o aspecto racional da burocracia. Há uma 
divisão sistemática do trabalho, do direito e do poder, estabelecendo as atribuições de cada 
participante, os meios de obrigatoriedade e as condições necessárias. Cada participante 
passa a ter o seu cargo específico, as suas funções específicas e a sua específica esfera de 
competência e de responsabilidade. Cada participante deve saber qual a sua tarefa, qual é a 
sua capacidade de comando sobre os outros e, sobretudo, quais são os limites de sua tarefa, 
direito e poder, para não ultrapassar esses limites, não interferir na competência alheia nem 
prejudicar a estrutura existente. Assim, as incumbências administrativas são altamente 
diferenciadas e especializadas e as atividades são distribuídas de acordo com os objetivos a 
serem atingidos. 
 
4. IMPESSOALIDADE NAS RELAÇÕES 
 
Essa distribuição de atividades é feita impessoalmente, ou seja, é feita em termos de cargos 
e funções e não de pessoas envolvidas. Daí o caráter impessoal da burocracia. A 
administração da burocracia é realizada sem considerar as pessoas como pessoas,

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