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CCJ0006-WL-RA-Direito Civil I-Resumo Direito Civil I - AV2

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TÍTULO I – DO NEGÓCIO JURÍDICO (Arts. 104 a 184 do Código Civil)
	01-Fato Jurídico (Art. 104 do Código Civil)
-É o acontecimento que tem por fim adquirir, conservar, modificar ou extinguir relações jurídicas (ou Direitos).
Fato Jurídico em sentido amplo ou Latu Sensu:
Fato Jurídico em sentido estrito ou Estrictu Sensu => É o fato natural. Ex.: nascimento, morte, maioridade, terremoto, enchentes, etc...
Atos Humanos:
Ato Jurídico em sentido amplo:
 - Negócio Jurídico => É o ato negocial em que a vontade da parte (es) é direcionada a obtenção de seus efeitos jurídicos. Ex.: Contrato, testamento, etc...
 – Ato Jurídico em sentido estrito => Ato Jurídico em que a vontade do agente não é elemento preponderante, pois seus efeitos estão previstos em lei. Ex.: Achado voluntário de tesouro, mudança de domicílio, depoimento em juízo, etc...
Ato Ilícito => É aquele que causa dano a outrem, havendo culpa ou dolo de quem o praticou.
Ato-fato Jurídico => É o ato válido para o direito, não interessando para este a capacidade de quem o praticou. Ex.: Criança de 8 anos compra chocolate em fiteiro.
Aquisição de Direitos:
Pode ser:
-Originária => Quando o direito se adquire sem haver relação entre o adquirente e o antigo dono. Ex.: adquiri um par de sapatos que encontrei no lixo; adquiri a propriedade de um terreno por usocapião, o qual tinha sido abandonado por seu antigo proprietário.
-Derivada => Quando o adquirente se relacionou com o antigo dono. Doei imóvel a Carlos; Vendi carro a Waldeck.
Direitos:
-Direito Adquirido => É aquele incorporado ao patrimônio de seu titular. Ex. Carlos recebeu doação de imóvel, tendo este sido incorporado ao seu patrimônio após a ocorrência dos tramites legais (escritura pública e registro).
-Direitos Futuros => Direito Eventual e Condicional.
Direito Condicional => é aquele que se subordina à ocorrência de evento futuro e incerto (condição). Ex. Dar-te-ei um carro, se passares no vestibular.
Obs.: O Código Civil em vigor (2002) equipara os Direitos Condicionais aos Direitos Eventuais. Entretanto a Doutrina estabelece diferença, dizendo que o Direito Eventual, para ocorrer dependerá do implemento de fato que independe da vontade das partes para sua ocorrência. Ex.: Fiz contrato com José para adquirir sua safra de algodão (se houver).
-Expectativa de Direitos => É a possibilidade Jurídica de obter algum direito. Ex.: As tratativas ou negociação anteriores a um contrato.
	02-Elementos do Negócio Jurídico (Arts. 104 a 114 do Código Civil)
CAPÍTULO I DO CC – Disposições Gerais (Arts. 104 a 114)
	Plano de Existência
	Plano de Validade
	Plano de Eficácia
	I-Manifestação da Vontade
	I-Manifestação da Vontade Livre e de Boa-fé
	Ocupa-se dos Elementos Acessórios do Negócio Jurídico. São eles: A Condição, o Termo e o Encargo ou Modo.
	II-Agente (s) ou Parte (s)
	II-Agente(s) ou Parte(s) Capazes
	
	III-Objeto
	III-Objeto Lícito, Possível, Determinado ou Determinável
	
	IV-Forma
	IV-Forma Prescrita ou Não Defesa em Lei
	
CAPÍTULO II DO CC – Da Representação (Arts. 115 a 120)
-Representação (Arts. 115 a 120 do Código Civil) ()
É Instituto Jurídico que consiste em uma pessoa praticar atos em nome e em favor de outrem.
Espécies de representação:
I-Legal => Prevista em Lei. Ex.: a representação da pessoa menor de 16 anos pelos pais ou tutor; a do incapaz, devido a problemas mentais, que será representado pelo curador.
II-Judicial => Determinada pela autoridade judicial. Ex.: o administrador judicial da massa falida.
III-Convencional => Determinada por acordo entre as partes. Ex.: Marcos é procurador de André para representá-lo em determinado processo judicial, tendo poderes para o foro em geral.
CAPÍTULO III DO CC – Da Condição, Do Termo e Do Encargo (Arts. 121 a 137)
-Elementos Acessórios do Negócio Jurídico (Arts. 121 a 137 do Código Civil)
Esses elementos não são indispensáveis haja vista a existência e validade do negócio jurídico sem eles.
Condição (Art. 121 a 130 do Código Civil)
Conceito já incluso no Código.
Espécies de Condição:
Suspensiva => Ex.: Comprarei sua casa se conseguir empréstimo para pagar o preço solicitado; Dar-te-ei carro, se passares no vestibular. Obs: só se adquire o direito, quando ocorrer o acontecimento futuro incerto. Ex.: Pedro dará valioso terreno a sua afilhada, se ela se casar.
Resolutiva => o negócio jurídico é eficaz até a ocorrência do evento futuro e incerto. Ex.: Empresto minha casa a Maria até ela se formar.
Termo (Art. 131 a 135 do Código Civil)
Termo: É a data de início (Termo Inicial ou ad quo) e do término de um negócio jurídico (Termo Final ou ad quem). Obs.: o termo acarreta a suspensão do exercício, mas não a aquisição do direito. Ex.: Carlos e Ana realizam Contrato de Comodato (Empréstimo gratuito de coisa infungível) de casa pertencente a Carlos por 1 ano. O início do comodato será 01/11/2012, embora o contrato tenha sido feito em 16/10/2012, a partir daí, Ana já terá direito ao empréstimo do imóvel, mas não ao exercício).
Prazo: É o lapso temporal compreendido entre o termo inicial e o termo final.
Encargo ou Modo (Art. 135 a 137 do Código Civil)
É ônus determinado a alguém que recebe uma liberalidade.
Classificação dos Negócios Jurídicos
Negócio Jurídico Bilateral => É realizado entre duas partes. Ex.: os contratos em geral.
Negócio Jurídico Unilateral => É realizado por uma só parte. Ex.: Testamento.
Negócio Jurídico Gratuito => Encerra uma Liberalidade. Ex.: Doação pura e simples.
Negócio Jurídico Oneroso => Há direito e deveres entre as partes.
Negócio Jurídico Formal => Deve observar as formalidades previstas em lei. Ex.: Contrato de compra e venda de imóvel com valor superior a 30 salários mínimos.
Negócio Jurídico Não Formal => Não existe aí formas previstas por lei. Ex.: locação de imóvel residencial.
	03-Dos Defeitos do Negócio Jurídico (Arts. 138 a 165 e 167 do Código Civil)
CAPÍTULO IV DO CC – Dos defeitos do Negócio Jurídico (Arts. 138 a 165 e 167)
1-Vícios do Consentimento ou da Vontade => A vontade do agente não é livre.
SECÇÃO I – Dos Defeitos do Negócio Jurídico (Arts. 121 a 144)
1.1 Erro (Art. 138 a 144 do CC) => É uma falsa noção de um fato (erro de fato) ou de uma norma jurídica (erro de direito). Ignorância da Lei: é o total desconhecimento do preceito jurídico. Ex.
Para o negócio jurídico ser anulado por erro é necessário:
Que o erro seja essencial ou substancial, se o agente tivesse conhecimento dele, não teria realizado o negócio jurídico.
Que o erro seja escusável, qualquer pessoa de conhecimento normal poderia nele incidir.
SECÇÃO II – Do Dolo (Arts. 145 a 150)
1.2 Dolo (Art. 145 a 150 do CC) => É um artifício malicioso praticado por alguém para induzir outrem a se enganar e realizar um negócio jurídico. Ex. o vendedor induz pessoa a comprar anel de cobre, garantindo ser este de ouro.
SECÇÃO III – Da Coação (Arts. 151 a 155)
1.3 Coação (Art. 151 a 155 do CC) => É a pressão psicológica que alguém faz com outra pessoa para obrigá-la a efetivar negócio jurídico. Ex. Carlos ameaça matar Maria se ela não lhe desse jóia preciosa.
Obs.: A Coação, de acordo com a doutrina pode ser:
Absoluta => Quando o autor obriga fisicamente a pessoa. Ex. Homem alto e forte pega com violência pessoal frágil e analfabeta, e obriga a colocar as impressões digitais em documento, sinalizando a venda de determinado bem. É a chamada “vis absoluta” que não vai ser estudada no direito civil
Relativa => É a definida anteriormente que será objeto de estudo. É a chamada “vis compulsiva”.
SECÇÃO IV – Do Estado de Perigo (Art. 156)
1.4 Estado de Perigo (Art. 156 do CC) => Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. Ex.: Ana está se afogando e, para se salvar, promete a Carlos, que se encontra próximo, uma doação da quantia de R$ 50.000,00.
SECÇÃO V – Da Lesão (Art. 157)
1.5 Lesão (Art. 157 do CC) => Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade,ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. Ex.: Pessoas incautas trabalham no campo, longe da cidade, se forem exploradas por seus patrões, no que diz respeito ao fornecimento de gêneros de primeira necessidade (alimentos, produtos de limpeza, etc...) isso constitui LESÃO, e pode acarretar a anulação do negócio jurídico.
2-Vícios Sociais => A vontade do agente, embora livre, é viciada por tentar prejudicar terceiros.
SECÇÃO VI – Da Fraude Contra Credores (Arts. 158 a 165)
2.1 Fraude Contra Credores (Art. 158 a 165 do CC) => Manobra realizada por devedor insolvente ou preste a assim se tornar, que consiste em praticar atos que prejudiquem os pagamentos dos Credores Quirografários (Credores Comuns).
O Credor ou Credores que se sentir prejudicado com a fraude, pode recorrer à justiça para anular tais atos, com a denominada Ação Pauliana ou Anulatória (Revocatória).
Obs.: Fraude contra Credores é diferente de Fraude à Execução, pois esta última pressupõe processo instaurado contra alguém, que procure, através de manobras fraudulentas, prejudicar o andamento do processo. Além do réu, poderá praticar esse tipo de fraude, serventuário da justiça, juiz, membro do Ministério Público, etc...
Diferença entre fraude à execução e fraude contra credores: na fraude à execução existe processo instaurado e o réu ou alguma outra pessoa (inclusive serventuários da justiça) faz manobras para retardar ou prejudicar o andamento do processo.
2.2 Simulação (Art. 167 do CC) => É manifestação de vontade enganosa, que procura apresentar aos outros uma situação que não corresponde à verdadeira vontade dos agentes. (Provoca a Nulidade Absoluta do Negócio Jurídico).
Espécies de Simulação:
Simulação Absoluta => Na realidade nesses casos não existe negócio jurídico. Ex.: Waldeck pretende separar-se de sua esposa com que é casado com comunhão parcial de bens e, para não dividir com ela o patrimônio adquirido no decorrer do casamento, inventa com a anuência de seu amigo Maurício, falso negócio jurídico em que este é o credor. Desse modo, retira do patrimônio comum, bens para pagar ao suposto credor. Assim, a esposa do simulador será prejudicada na divisão dos bens. Tal simulação acarretará a Nulidade Absoluta do negócio simulado.
Simulação Relativa => Quando ocorre negócio jurídico para encobrir outro. Ex.: Aluguei imóvel meu para Andréa, mas combinei com ela realizar um falso contrato de comodato (empréstimo gratuito de coisa infungível) para burlar o fisco. O negócio simulado (o comodato) é nulo de pleno direito, ao passo que o dissimulado (a locação) poderá valer se não prejudicar ninguém.
CAPÍTULO V DO CC – Da Invalidade do Negócio Jurídico (Arts. 166, 168 a 184)
INVALIDADE DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
Teorias das Nulidades (Art. 166, 168 a 164 do Código Civil)
A Doutrina refere-se ao negócio jurídico inexistente, mas nosso ordenamento jurídico não o considerou, referindo-se apenas aos negócios jurídicos nulos ou anuláveis.
Nulidade Absoluta
- Diz respeito aos interesses gerais de ordem pública.
- Não pode o Negócio Nulo ser ratificado ou confirmado.
- Poderá a nulidade absoluta ser decretada de ofício (Juiz).
- A nulidade absoluta geralmente não gera efeitos.
- A nulidade absoluta é imprescritível.
Nulidade Relativa ou Anulabilidade
- Diz respeito aos interesses de ordem privada, apresentando assim menor gravidade.
- Pode o Negócio Anulável ser ratificado ou confirmado.
- Os atos anuláveis não podem ser apontados de ofício pelo juiz. Também deverá haver provocação dos interessados.
- A Anulabilidade gera efeitos até a sua data de sua declaração.
- A Anulabilidade é Prescritível.
	Nulidade Absoluta
	Nulidade Relativa ou Anulabilidade
	-Interesses gerais de ordem pública.
	-Interesses de ordem privada.
	-Não pode o ser ratificado ou confirmado.
	-Pode o ser ratificado ou confirmado.
	-Poderá ser decretada de ofício (juiz).
	-Não poderá ser decretada de ofício (deverá ser provocada pelas partes).
	-Geralmente não gera efeitos.
	Gera efeitos até a sua data de sua declaração
	-É imprescritível.
	É Prescritível.
Conversão (Art. 170)=> Instituto bastante criticado pelos doutrinadores, a conversão foi acatada pelo Art. 170 do Código Civil. Vejamos o exemplo: Testamento Público que teve a presença de 03 (três) testemunhas, as quais assinaram o documento, mas não teve a assinatura do tabelião ou de seu substituto, normalmente seria nulo. Entretanto, devido ao instituto da conversão, poderá ser transformado em Testamento Particular, haja vista este último exigir no mínimo de 03 (três) testemunhas.
Ver Artigos 171 a 184.
	TÍTULO II – DOS ATOS JURÍDICOS LÍCITOS (Art. 185 do Código Civil)
	TÍTULO III – DOS ATOS JURÍDICOS ILÍCITOS (Arts. 186 a 188 do Código Civil)
Atos Ilícitos (Art. 186 a 188 do Código Civil)
Conceito (Art. 186) => Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. (Art. 186 do Código Civil).
Requisitos:
-Ação ou omissão de alguém (seja dolosa ou culposa).
-Dano a outrem.
Responsabilidade Civil => (Por ato ilícito) => É a obrigação de alguém de reparar o dano que causou a outrem. Essa reparação, normalmente se faz mediante indenização.
Abuso de Direito (Art. 187) => Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. (Art. 187 do Código Civil).
Excludentes da Ilicitude do Ato ilícito => (Art. 188 do Código Civil).
	Excludente da Ilicitude dos ato Ilícito
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
	TÍTULO IV – DA PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA (Arts. 189 a 211 Código Civil)
Prescrição e Decadência (Art. 189 a 211 do Código Civil)
CAPÍTULO I DO CC – Da Prescrição (Arts. 189 a 206)
Prescrição (Art. 189 a 206 do Código Civil)
SECÇÃO I – Disposições Gerais (Arts. 189 a 196)
Obs.: Existe Violação de Direito
Conceito => É a perda do direito de acionar alguém (perda do direito de ação), em virtude de ter se extinguido o prazo previsto em lei para tanto, devido à inércia do Credor. Na prescrição ocorre violação de direito ou descumprimento de obrigação. Ex.: Marcos é devedor de Júlio, tendo seu débito vencido em 30/05/2009. O título que o Credor |Júlio é uma nota promissória. Cuja precrição ocorre em 03 anos. Neste caso o, o direito de acionar Marcos, prescreveu, pois io Credor Júlio deixou exaurir o prazo previsto em lei.
Requisitos para haver prescrição:
Violação de Direito.
Inércia do Credor.
Extinção de prazo determinado por lei para o credor propor a ação.
Na prescrição há perda da Pretensão (do direito de ação, mas não do direito, pois o devedor favorecido poderá renunciar à Prescrição e pagar a dívida já prescrita.
Renúncia da Prescrição (Art. 191 do Código Civil)
Prescrição (Art. 192 do Código Civil)
Por ser de Direito Público, os prazos prescritos não podem ser alterados por acordo entre as partes.
A prescrição pode ser pronunciada de ofício pelo juiz, indo de encontro ao art.194, que foi revogado.
SECÇÃO II – Das Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrição (Arts. 197 a 201)
Causas impeditivas e suspensivas da Prescrição (Art. 197 a 201 do Código Civil)
Causas que impedem a Prescrição (Art. 197 e Art. 198 Inciso I do Código Civil)
Causas que Suspendem a Prescrição (Art. 198 Incisos II e III do Código Civil)
Na suspensão da prescrição, o prazo prescricional é congelado; após o término do período que provocou tal suspensão, o credor continuará a ter direito ao mesmo prazo para acionar odevedor. Exemplo: Carlos é credor de André, tendo este descumprido a obrigação no vencimento do débito. O prazo prescricional ( contado a partir do vencimento) é de 5anos. Já se passaram 3anos e, nesse período, Carlos foi designado pelo governo para trabalhar na embaixada da Inglaterra por 3anos. O prazo prescricional é congelado, de modo que, quando o credor retornar, terá ainda 2anos para acionar o devedor.
SECÇÃO III – Das Causas que Interrompem a Prescrição (Arts. 197 a 201)
Causas que Interrompem a Prescrição (Art. 202 a 204 do Código Civil)
Na interrupção da prescrição que depende de atos do interessados (na maior parte das vezes do credor), o prazo não congela, mas será retomado integralmente. Exemplo: Paulo, credor de Júlio, que não pagou o débito no vencimento, resolve protestar em Cartório a nota promissória representativa de seu crédito. O prazo prescricional é de 3 anos, e já se passaram 2 anos e 11 meses. Com o protesto do título, Paulo interrompeu a prescrição e retorna o prazo de 3 anos para acionar Júlio.(Protesto cambial).
SECÇÃO IV – Dos Prazos da Prescrição (Arts. 205 e 206)
CAPÍTULO II DO CC – Da Decadência (Arts. 207 a 211)
Decadência (Art. 207 a 211 do Código Civil)
Obs.: Não Existe Violação de Direito.
Conceito: É a perda de um Direito potestativo, que seu titular sofre por ter deixado exaurir o prazo estabelecido, devido a sua inércia. 
Obs.: Direito Potestativo => é o direito-poder que alguém tem em modificar a situação júridica de outrem, independentemente de sua vontade.
Exemplo: Carlos compra veículo novo e descobre posteriormente que ele tem vício oculto (vício redibitório). No prazo de 90 dias, contado a partir do conhecimento do vício, ele deve acionar o vendedor. Se Carlos perder o prazo, haverá a decadência ou caducidade do direito. 
OBS: Na prescrição, o direito já existia antes de ser violado. Já na decadência, ele só surge quando se toma conhecimento do fato. 
Espécies de Decadência
1º Decadência Legal: é a prevista em lei. É a tradicional.
2º Decadência Convencional: é a estabelecida por convenção entre as partes. Constitui inovação do Código Civil.
	TÍTULO V – DA PROVA (Arts. 212 a 232 Código Civil)
	EXERCÍCIOS
01-Marque V (verdadeira) ou F (falsa), e justifique as falsas.
(F) - O registro de um filho nascido na constância de casamento é um negócio jurídico. RESPOSTA: É um ato jurídico em sentido estrito, não é um ato negocial.
(V) - O terremoto que causa morte e estrago é um fato jurídico em sentido estrito.
(F) - O ato-fato jurídico é previsto no código civil. RESPOSTA: É uma criação da doutrina, e não está previsto no código civil.
(V) - O fato jurídico em sentido amplo é gênero, sendo espécies dele, dentre outros, os atos jurídicos e os atos ilícitos.
(F) - O negócio jurídico que a pessoa realiza consigo própria é sempre possível em nosso ordenamento jurídico. RESPOSTA: Só nos casos que a lei ou representado o permita.
(V) - O encargo não suspende o exercício nem a aquisição do direito.
(F) - A aquisição de direito é originária só quando a coisa, objeto do direito não tem dono. RESPOSTA: Pode também por usucapião, e teria um dono anteriormente.
(V) - A condição resolutiva impossível é desprezada.
(F) - A condição pode ser determinada por lei. RESPOSTA: A condição tem que ser determinada por vontade das partes.
(V) - Na condição resolutiva, adquire-se o direito, que será extinto com o implemento do evento futuro e incerto.
02-Questões: Marque V ou F e justifique as F:
a) (F) A prescrição não pode ser pronunciada de Ofício pelo juiz. RESPOSTA: Hoje a prescrição pode ser alegada de ofício pelo juiz.
b) (F) Na decadência, há violação de direito. RESPOSTA: Existe a perda de um direito potestativo.
c) (V) Na prescrição, os prazos não podem ser modificados por acordo entre as partes.
d) (V) Contra os relativamentes incapazes corre a prescrição.
e) (F) Se a pessoa perder o prazo de 4 anos para anular negócio jurídico feito com dolo, haverá a prescrição de direito da ação. RESPOSTA: É caso de decadência e pode anular o negócio jurídico.
03-Questões: Marque V ou F e justifique as F:
a) (F) A Representação é sempre prevista em lei. RESPOSTA: Existe a representaçlão convencional que o acordo entre as partes.
b) (F) O Contrato consigo mesmo não é previsto em nossa legislação. RESPOSTA: Sim, Art. 117 salvo se permitir a lei COMPLETAR
c) (V) A aquisição de direito é originária, quando o adquirente não tem nenhum relacionamento com o antigo dono ou titular do direito.
d) (V) No contrato de compra e venda ocorre aquisição derivada translativa (transferência total do negócio jurídico).
e) (F) Quando ocorre negócio jurídico de alienação de imóveis, esta deve ser feita sempre por escritura pública. RESPOSTA: Se o valor do imóvel for inferior ou igual a trinta salário mínimos pode ser feita sem escritura pública.
f) (F) O objeto lícito é elemento do plano de existência de negócio jurídico. RESPOSTA: Faz parte do plano de validade e não de existência do negócio jurídico.
g) (V) O testamento é negócio jurídico unilateral e formal.
h) (F) A mudança de domicílio é negócio jurídico. RESPOSTA: É um ato jurídico em sentido estrito.
i) (V) A Simulação motiva a nulidade absoluta do negócio jurídico.
j) (V) A Ação Pauliana (Fraude Contra Credores) só pode ser proposta pelos credores quirografários (Credores Comuns).
k) (F) Qualquer vício ou defeito do negócio jurídico, seja do consentimento ou social, pode ensejar a anulação do negócio jurídico. RESPOSTA: Dos sete vícios apenas a Simulação enseja a nulidade absoluta, e não anulação.
l) (V) O negócio jurídico nulo não pode ser confirmado, não pode convalescer (Tornar-se válido) com o decurso do tempo.
m) (V) A condição resolutiva não impede a aquisição e o exercício do direito.
n) (F) A condição pode ser determinada em lei ou por vontade das partes. RESPOSTA: Art. 121, Só por vontade das partes.
04. Márcio encontra-se bastante incomodado com excesso de barulho proveniente da casa do vizinho. A situação está transtornando toda a sua família, inclusive seu filhinho Jorginho, de apenas 4 anos, que não consegue dormir e vive assustadinho. Há alguma coisa que Márcio possa fazer contra o vizinho incômodo? Fundamente.
RESPOSTA: Art. 187 O Abuso de Direito é um Ato Ilícito, pode processá-lo e pedir uma ação reparação de ordem civil e também ação de danos morais. Sem prejuízos da ação penal.
05. Ana, vendedora de grande loja, foi agredida verbalmente por cliente, que a insultou e lhe deixou em situação humilhante. Caberá aí Ana acionar a cliente? Explique.
RESPOSTA: Sim, reparação Civil por danos morais.
06. Guido foi atropelado por André, tendo este agido com imprudência. Mesmo assim, a vítima tem prazo de 3 anos, contados a partir do acidente, para reclamar judicialmente a reparação civil. Se Guido perder tal prazo, ocorrerá a Prescrição ou Decadência do direito? Fundamente.
RESPOSTA: Ocorrerá a Prescrição, houve a violação de um direito e o prazo para reclamação é de 3 anos, contados apartir do acidente. (Art. 205, § 3° Inciso V).
07. Álvaro tem 28 anos e é portador de retardamento mental grave que o priva de realizar atos jurídicos em geral. Ele é representado por Márcio que ao resolver pendências relativas ao patrimônio do curatelado, deixou exaurir o prazo legal de 3 anos para acionar devedor de Álvaro. Márcio, sofrerá alguma sanção pela sua inércia? Explique.
RESPOSTA: Não, por que no caso dos Absolutamente Incapaz, segundo a lei não corre contra ele a prescrição, não acontece neste caso. (Art 198 Inciso I)
08. Berto foi a loja de antiguidade e por engano adquiriu cópia muito bem feita de pintura de Renoir, na suposição de ter obtido o original. Terá ele o prazo de 4 anos para entrar com ação para anular a compra do quadro. Se deixará exaurido tal prazo, haverá a prescrição ou decadência? Explique. RESPOSTA: Haveria a decadência, conforme o Art 178, se perder o prazo perde o direto de ação.
09. Sebastião de 85 anos de idade está acometido de grave problema cardíaco. Sabedor de seu problema e querendobeneficiar Andréa de 25 anos, sua eficiente e carinhosa cuidadora, combinou com ela um casamento para que depois de sua morte, a jovem ficasse com sua pensão. Há aí defeito de negócio? Justifique sua resposta.
RESPOSTA: Sim, há defeito jurídico, a simulação e se descoberto haverá a nulidade do negócio jurídico.
10. Foi instaurado, por Andréa, processo contra Maurício. Ao julgar o litígio, o juiz verificou que o prazo, determinado por lei, para a autora entrar com a ação para anular o negócio jurídico com lesão havia exaurido. Diante disso, o que deverá fazer o magistrado? Explique. 
RESPOSTA: Deve pronuciar de Ofício (Sem Provocação das Partes) que o direito Jurídico de Andréa decaiu (decadência).
11. Lúcio fez doação de imóvel a Ângela e estabeleceu que o negócio jurídico só iniciaria a partir de 18/12/2013, ocasião em que a donatária completará 18 anos. Há aí algum elemento acidental do negócio jurídico? Fundamente. RESPOSTA: Sim há o Termo (18/12/2013).
ATT:
Transação Derivada Constitutiva => É quando o alienante não se dissocia do negócio jurídico. Ex. um contrato de doação onde se a pessoa a quem estiver sendo doado o bem morrer antes do doador, este retorna ao doador.

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