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Microbiologia Alana Linhares Família Chlamydiaceae Gênero Chlamydophila Chlamydophila psittaci Chlamydophila pneumoniae Gênero Chlamydia Chlamydia traochomatis Família Chlamydiaceae Parasitas intracelulares obrigatórios Propriedades bacterianas: - Membranas interna e externa (semelhante as Gram negativas) - DNA e RNA - Ribossomos procarióticos - Sintetizam suas macromoléculas - Susceptíveis a antibacterianos Fisiologia e Estrutura Bactérias – diferentes formas durante o ciclo de desenvolvimento - Sorovares específicos estão associados a doenças específicas. - OMP-2: existe em todos os membros da família, é rica em cisteína, formando pontes de dissulfeto e conferindo estabilidade aos CE. CE – São infecciosos, mas são se replicam. CR – Se replicam e são a forma metabolicamente ativa. Não consegue infectar outras células. As chlamydiaceae são parasitas de energia, pois utiliza o ATP das células hospedeiras para suas demandas energéticas. Ciclo de infecção das células hospedeiras: Aproximadamente 18 a 24 horas após a infecção, os CR começam a se reorganizar em CE menores, e entre 48 e 72 horas, a célula se rompe e libera as bactérias infecciosas. 1 - O Corpúsculo Elementar (CE) se adere à célula do hospedeiro. 2 - O CE sofre ingestão, permanecendo dentro dos fagossomos. Se a membrana externa do CE estiver intacta a fusão do lisossomo com o fagossomo é inibida. 3 - Após 6 a 8 horas, os CE se reorganizam em Corpúsculos Reticulares (CR) maiores. 4 - O CR se multiplica por fissão binária. 5 e 6 - Fagossomo com CR inclusão 7 - Aproximadamente 18 a 24 horas após a infecção, os CR começam a se reorganizar em CE menores. 8 – Entre 48 e 72 horas, a célula se rompe e libera as bactérias infecciosas. *Essa família utiliza ATP para realizar esse processo. Chlamydia trachomatis Infecções restritas a seres humanos As espécies responsáveis por doenças em humanos estão subdivididas em dois biovares: tracoma e linfogranuloma venéreo (LGV) Os sorovares de LGV são mais invasivos que os outros sorovares por se replicarem em fagócitos mononucleares. Os biovares são subdivididos em sorovares com base nas diferenças antigênicas da MOMP. E sorovares específicos estão associados com doenças específicas. Propriedade Chlamydia trachomatis Chamydophila pneumoniae Chlamydophila psittaci Relação de hospedeiros Patógeno primariamente humano Patógeno primariamente humano Patógeno primariamente animal; ocasionalmente infecta seres humanos Biovares LGV e tracoma TWAR Muitos Doenças LGV, tracoma ocular, doença oculogenital, pneumonia de bebês. Bronquite, pneumonia, sinusite, faringite, doença arterial coronariana (?) Pneumonia (psitacose) Microbiologia Alana Linhares Biovar: um grupo de microorganismos, geralmente bactérias, que têm caracteres genéticos identicos, mas diferentes caracterísicas bioquímicos ou fisiológicos. Sorovar: Diferente variedade de uma determinada espécie de bactéria, tendo por base a especificidade imunológica de determinados componentes da superfície da célula como os da parede celular ou do flagelo Patogênese e Imunidade Receptores para CE Células epiteliais não ciliadas (cuboides, colunares e de transição). Encontradas na mucosa uretral, endocérvice, endométrio, tubas uterinas, reto, trato respiratório e conjuntiva. Manifestações clinicas de infecção Destruição direta de células na replicação e ativa citocinas pró-inflamatórias Doenças Clínicas Tracoma Doenças oculogenitais Pneumonia Linfogranuloma Ocular Veméreo (LGV) Epidemiologia - TRACOMA Endêmico: norte da África e África subsaariana, Oriente médio, sul da Ásia e América do Sul OMS – 6 milhões de pessoas cegas (principal causa de cegueira evitável) Infecções crianças principal reservatório Cegueira mais comum em adultos. Transmissão (olho – olho), gotículas (respiratórias), mãos, vestimentas contaminadas, moscas, secreções oculares, contaminação fecal. Fatores de risco: comunidades que vivam em aglomerações, com condições sanitárias precárias e hábitos de higiene pessoal deficientes. Manifestações clínicas Conjuntivite folicular Inflamação difusa conjuntiva Pálpebras cicatrizes Pálpebras dobradas para dentro, cílios virados Irritação córnea Ulceração corneal cicatrização com formação de Pannus/pano (invasão dos vasos para córnea) Perda da visão Doença crônica Conjuntivite de inclusão do adulto - 18 a 30 anos - Precedida por infecção genital - Transmissão: autoinoculação e contato oralgenital Conjuntivite de inclusão do recém-nascido - Canal de parto infectado (mães infectadas) - 25% bebês de mães com infecção genital ativa Doenças Clínicas Conjuntivite de inclusão do adulto - Secreção mucopurulenta - Infiltrado e vascularização corneal - Ceratite - inflamação da córnea - Cicatrizes pacientes com infecção crônica Conjuntivite neonatal - Incubação: 5 a 12 dias - Edema palpebral - Hiperemia - Secreção purulenta - Infecção não tratada vascularização da córnea, cicatrizes na conjuntiva e risco de contrair pneumonia por C. trachomatis. Pneumonia intersticial difusa (Pneumonia do bebê) - 10 a 20% bebês de mães com infecção genital ativa - Inicio 2 a 3 semanas após nascimento - Rinite, tosse paroxística - Ausência de febre - Persistência de sinais radiográficos de infecção por meses Linfogranuloma Ocular Venéreo (Conjuntivite Oculoglandular de Perinaud) - Sorotipos LGV de C. trachomatis - Inflamação da conjuntiva associada a linfadenopatia cervical, submandibular e pré- auricular. Infecções urogenitais Em mulheres: - Maioria causada por Sorovares D a K - 80% das mulheres assintomáticas, tornando-as potencial reservatório. - Mulheres Sintomáticas: Bartolinite, cervicite, endometrite, peri-hepatite, salpingite, uretrite - Corrimento mucopurulento → sintomáticas Em homens: - 25% das infecções – assintomáticos - Sintomático - uretrite - Inicia a síndrome de Reite: Uretrite, conjuntivite, poliartrite e lesões mucocutâneas - Ocorre em homens brancos jovens Linfogranuloma venéreo (LGV) - Causa: Sorotipos L1, L2, L2a, L2b e L3 - 1 a 4 semanas de incubação - lesão primária – Úlcera ou pápula) aparece no pênis, uretra, glande, escroto, parede vaginal, cérvice e vulva - Sinais e Sintomas Iniciais: Febre, Cefaleia e Mialgia - 2o estágio → inchaço e inflamação dos linfonodos → linfadenopatia local → bulbões → rompimento → fístulas - Causando Febre, calafrios, anorexia, dor de cabeça, meningismo, mialgias e artralgia - Outro sintoma: Proctite (inflamação na região do reto), se não tratada por resultar na Fase ulcerativa Microbiologia Alana Linhares crônica com úlceras genitais, fístulas, estreitamentos e elefantíase genital. Diagnóstico Amostras → Parasitas intracelulares obrigatórios / Obtidas dos locais envolvidos (uretra, cérvice) Teste de amplificação de ácidos nucléicos (NAAT) - Teste de escolha com sensibilidade de 90 a 98% - Ultilizado urina de 1º jato/secreção uretral Cultura de células método mais específico. Tratamento LGV→ Doxiciclina (21 dias) ou eritromicina (menores de 9 anos, gestantes, intolerantes à doxiciclina). Infecções oculares e genitais→ Azitromicina (doseúnica) ou doxiciclina (7 dias). Conjuntivite/pneumonia→ Eritromicina (10 a 14 dias). Não há vacina para Clamidia. Sem Parede Celular (levou a confusão dessa bactéria com vírus) Menores micro-organismos de vida livre na natureza Pleomórficos (cocoides a bacilos) Membrana Plasmática com esteróis (diferencial) Anaeróbios facultativos (exceto M. pneumoniae - aeróbio estrito) Tempo de geração - 1 a 16 horas Cultura: - Meio livres de células - requer soro, glicose, ureia e fatores de crescimento Colônias pequenas - redondas com superfície granulosa, centro escuro mergulhado no ágar Patogênese Proteínas de adesão → adesão do pneumoniae aos cílios das células do epitélio respiratório → causando ciliostase (parada do movimento dosw cílios) → destruição dos cílios e das células epiteliais ciliares → interfere na limpeza das vias respiratórias superiores → bactérias se espalham para as vias respiratórias inferiores → tosse Epidemiologia M. Pneumoniae Patógeno Humano restrito Mais em crianças e jovens dinâmicos Coloniza nariz, garganta, traqueia e vias inferiores Disseminação → gotículas respiratórias (tosse) M. hominis, M. genitalim e Ureoplasma Colonizam - crianças (meninas) Incidência de micoplasma genitais (aumenta após a puberdade). Doenças Clínicas Mycoplasma pneumoniae Exposição a M. pneumoniae Portador Assintomático 2 a 3 semanas após exposição: Traqueobronquite (mais comum): Febre baixa; Mal-estar; Cefaleia; Tosse seca Faringite Pneumonia Radiografia de tórax: Broncopneumonia macular Complicações Secundárias :Anormalidades neurológicas como Meningoencefalite, paralisia e mielite. Outros: Pericardite, Anemia Hemolítica, Artrite e Lesões mucocutâneas Diagnóstico - Microscopia não é útil → sem PC - Cultura → não é bom → lento - Molecular → PCR é muito bom - Sorológicos → anticorpos M. genitalim Uretrite não gonocócica Doença inflamatória pélvica U. urealyticum Uretrite não gonocócica Pielonefrite Aborto espontâneo ou parto prematuro M. hominis Pielonefrite Febre pós-parto Infecções sistêmicas em pacientes imunocomprometidos Microbiologia Alana Linhares Tratamento, prevenção e controle Antibióticos que não ataquem a parede celular → resistência a eles M. pneumoniae: - Eritromicina - Tetraciclinas - Fluoroquinolonas Ureaplasma - Eritromicina Cepas resistentes - Clindamicina Controle de infecções por M. pneumoniae: Isolamento de pessoas infectadas Infecções por M. hominis, M. genitalium e Ureaplasma: Evitar atividade sexual sem uso de preservativo
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