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G L O S S Á R I O D E C O N C E I T O S D E M A X W E B E R CONCEITOS DE WEBER 1 - Tipo ideal: É um parâmetro analítico que deve servir como instrumento para o cientista social que se debruça sobre algum assunto. Em suma é um recurso metodológico de orientação para o cientista, que pretende alcançar o conteúdo histórico-social estudado dentro de sua complexidade e diversidade incalculável de fenômenos observáveis. Trata-se de uma simplificação e generalização da realidade, que ao contrário de limitar o cientista a fórmula do “conceito ideal” fundamental, serve para este observar os desvios dos padrões, os graus de aproximação entre o ideal, que é uma construção teórica analítica e o fenômeno real de fato. 3 - Objetividade: Objetividade em Weber não é sinônimo de neutralidade, como o é em Durkheim. Weber não vislumbra uma “Ciência Cultural” que ignore a subjetividade do pesquisador (os juízos de valores), nos seus âmbitos conscientes e inconscientes. Dessa forma, ao definir a possibilidade de promover um conhecimento empiricamente válido no campo das ciências sociais, entende que essas devem ser dotadas de uma objetividade que compreenda a priori a impossibilidade de separação entre juízo de valor e juízo analítico, entre o passional e o racional. Para tal, Weber propôs os “padrões de regularidade” (os tipos ideais), que operam com base na probabilidade dos fenômenos acontecerem, e rechaça a ideia de “leis gerais”. 4 - Capitalismo: Weber compreende que o Capitalismo, enquanto sistema econômico, representou o fenômeno de racionalização do mundo. Neste sistema tudo passa a ser extremamente racionalizado, portanto baseado nas leis de troca do mercado, o que pode ser sintetizado na máxima do câmbio da força do trabalho por um salário. Em Weber, a formação e estruturação do Capitalismo enquanto o sistema econômico ordenador da vida social tem a ver com um desenvolvimento histórico bem específico, que reúne aspectos sociais, econômicos, políticos e religiosos. Circunscrito ao capitalismo, portanto, está a ideia de eficiência, é nesse sentido que se instaura um corpo burocrático no Estado capitalista que tem como o intuito minorar os impactos negativos causados na sociedade que passa pelo processo de racionalização, nessa acepção ficam evidentes as características do controle sobre a vida do indivíduo, em resumo o poder de dominação, que não perpassa pela ideia de uma classe sobre a outra. REFERÊNCIAS: COHN, Gabriel (Org.). FERNANDES, Florestan (Coord.). Weber – Sociologia. Coleção Grandes Cientistas Sociais, 13. São Paulo: Ática, 1999. COSTA, Jean Henrique. Max Weber e a objetividade do conhecimento nas ciências da cultura: um breve guia para o texto “A ‘Objetividade’ do Conhecimento na Ciência Social e na Ciência Política” (1904). IN: Revista Espaço Acadêmico no 120, 2011. WEBER, Max. A Ética Protestante e o “Espírito do Capitalismo”. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. 2 - Sociologia compreensiva: Weber ao propor uma abordagem “compreensiva” no âmbito das ciências sociais (ou Culturais como costumou chamar), está diferenciando estas das ciências da natureza. As ciências sociais, diferentemente das ciências da natureza, para Weber se pautam pela probabilidade de compreensão do sentido das ações humanas, que não são dotadas de uma necessidade e certeza, como no caso das ciências duras, daí a formulação de leis gerais. Para a Sociologia as relações são de probabilidade e não são providas de causa e efeito. Portanto, Weber propõe uma sociologia que averigue os sentidos e as motivações que são representados nas ações dos indivíduos quando estes traçam suas relações. O sentido das ações não tem valor em si mesmo, mas sim a partir da subjetividade dos indivíduos.
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