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Órgãos do Poder Judiciário 1 📜 Órgãos do Poder Judiciário O artigo 92 da constituição diz que o Judiciário é composto pelos seguintes órgãos: I – o Supremo Tribunal Federal – STF; I – A – o Conselho Nacional de Justiça – CNJ (EC n. 45/2004); II – o Superior Tribunal de Justiça – STJ; II – A – o Tribunal Superior do Trabalho – TST (EC n. 92/2016); III – os Tribunais Regionais Federais (TRF) e os Juízes Federais; IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho; V – os Tribunais (TSE e TRE) e Juízes Eleitorais; VI – os Tribunais e Juízes Militares (STM) e auditorias militares; VII – os Tribunais (TJ) e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 💡 O controle feito pelo CNJ é interno (STF, ADI n. 3.395). P.S.: o STF entende que as turmas recursais não são órgãos do Poder Judiciário. Órgãos do Poder Judiciário 2 O texto constitucional diz que o STF e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional. Já o CNJ, criado pela EC n. 45/2004, embora tenha sede na Capital Federal, não possui jurisdição – ele não tem competências jurisdicionais. 💡 Os membros do Poder Judiciário de 1ª instância (1º grau) são chamados de juízes; aqueles que atuam na 2ª instância (2º grau) recebem o nome de desembargador; os que trabalham nos Tribunais Superiores e no STF são denominados ministros. Embora a diferenciação na nomenclatura, todos podem ser chamados de magistrado. Outra informação importante, especialmente para as provas objetivas: o STF entende que o princípio do duplo grau de jurisdição não está previsto nem explícita nem implicitamente na CF/1988. Por fim, vale ressaltar que não existe Poder Judiciário, Ministério Público ou mesmo Defensoria Pública na esfera municipal. Órgãos do Poder Judiciário 3 Entrada na Magistratura Há previsão de que lei complementar, de iniciativa do STF, disporá sobre o Estatuto da Magistratura. Essa lei ainda não foi editada. Em razão disso, continuam sendo observadas as regras contidas na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LC n. 35/1979) naquilo que não contrariarem o atual texto constitucional. O cargo inicial para ingresso na carreira da Magistratura é o de juiz substituto. O candidato deve se submeter a concurso público de provas e títulos, sendo obrigatória a participação da OAB em todas as fases da disputa. EC n. 45/2004: a quarentena de entrada → exige-se do bacharel em Direito no mínimo três anos de atividade jurídica O dispositivo surgiu com o intuito de que o futuro julgador tenha mais experiência, dada a relevância das funções que exercerá. 💡 Ressalta-se, não há a obrigatoriedade de o candidato exercer a advocacia. o STF entende que a contagem do prazo de três anos se inicia com a conclusão do curso, e não com a colação de grau, a comprovação de atividade jurídica pode considerar o tempo de exercício em cargo não privativo de bacharel em Direito. Em regra, os requisitos do cargo público devem ser comprovados no ato da posse (STJ, Súmula n. 266). No entanto, para a Magistratura e para o Ministério Público, a comprovação deve ser feita na inscrição definitiva (STF, RE n. 655.265 e artigo 3º da Resolução n. 40, do CNMP). Órgãos do Poder Judiciário 4 Garantias do Magistrado Os magistrados possuem basicamente três garantias, que devem ser interpretadas não como privilégios, mas como prerrogativas para atuarem sem medo de retaliação de detentores do poder econômico ou político. São elas: Vitaliciedade→ É adquirida após dois anos de efetivo exercício, para aqueles que ingressam, mediante concurso público, na 1ª instância. Os membros que ingressam diretamente nos Tribunais, seja pelo quinto constitucional, seja por indicação (STF, STJ, TST, TSE etc.), são vitalícios desde a posse. Inamovibilidade→ Os juízes não podem ser removidos de ofício, salvo se houver motivo de interesse público. A decisão para afastar a inamovibilidade do magistrado será tomada pela maioria absoluta dos membros do Tribunal ou do CNJ. Fique de olho, pois esse quórum era de 2/3 até a EC n. 45/2004. Irredutibilidade de Subsídios→ Nesse ponto, destaca-se a observância do teto do funcionalismo e o pagamento de tributos. Ademais, com base na tese de que não há direito a regime jurídico, o STF entendeu que magistrados não poderiam incorporar quintos incorporados em regime jurídico diverso (STF, RE n. 587.381). Órgãos do Poder Judiciário 5
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