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Cuidados e melhorias sobre a ansiedade entre os jovens - Redação exemplar (Viviane)

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Autor: Viviane Giori Côco 
 
 
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A 2ª geração romântica, conhecida por “Mal do Século”, foi marcada por obras melancólicas, 
as quais refletiam a inquietação de seus autores, que, em sua maioria, morreram jovens, vítimas da 
depressão. Hoje, a ansiedade pela qual os jovens são acometidos assume o título citado, na medida 
em que, seja pelos padrões de beleza inatingíveis, seja pela alta cobrança profissional, causa cada vez 
mais danos físicos e psicológicos a esse grupo. Assim, faz-se necessário debater os impactos da 
ansiedade causados aos jovens. 
Em primeiro lugar, é inegável que os moldes de beleza sustentados são utópicos. De fato, tal 
imposição é difundida pela Indústria Cultural, tese proposta pela escola de Frankfurt, que consiste na 
massificação de uma ideia, com o propósito de manipular as ações do indivíduo. Nessa perspectiva, 
tal fenômeno fica claro no contexto digital, especialmente em redes sociais, como o Instagram, uma 
vez que influenciadores exibem corpos ideais e associam estes a condições de vida elevadas, situação 
que passa a ser almejada pelos jovens, principal público-alvo desses perfis. Contudo, os padrões 
apresentados são inalcançáveis, o que pode ser observado nas proporções da boneca Barbie, 
principal símbolo de beleza feminina, que são humanamente impossíveis de serem obtidas e, a 
despeito disso, continuam sendo pregados por “influencers”. Em conseguinte, a frustração decorrente 
desse panorama e a reprovação da sociedade levam esses sujeitos a desenvolverem problemas 
psicológicos, como a ansiedade, como também problemas físicos, relacionados à alimentação, como 
a anorexia e a bulimia, que agem como amplificadores de tal perturbação mental, colocando, então, a 
vida dessas pessoas em risco. 
Outrossim, é indubitável que a pressão causada pelo ingresso à carreira profissional é fator 
determinante na evolução da doença. Conforme a Erica (Estudo de riscos cardiovasculares em 
adolescentes), o ápice no número de ansiedade ocorre aos 17 anos, período que coincide com o 
momento de transição para a maioridade, que traz grandes preocupações, como vestibular e 
emprego. Nessa perspectiva, essas preocupações são agravadas pelo baixo número de vagas 
disponíveis e pela rigidez na seleção de ambos os concursos, panorama responsável pelo 
aprofundamento da ansiedade. Além disso, muitos jovens desejam cursos de baixo prestígio social, 
como artes, por exemplo, e, por conta disso, não recebem apoio da família, que projeta seus anseios 
na graduação dos filhos. Dessa forma, a dualidade entre fazer o que gosta e agradar os pais gera 
crises de ansiedade nesses cidadãos, por conta do sentimento de culpa relacionado à preferência do 
curso. Nessa sequência, tal caso ilustra a ideia defendida por Jean-Paul Sartre, que afirmou que “o 
homem é condenado a ser livre”, uma vez que essas decisões aprisionam o sujeito, que é castigado 
pela ansiedade. 
Logo, medidas são necessárias para a resolução desse impasse. Para isso, cabe ao Ministério 
da Educação, por meio de investimentos estatais, implementar nas escolas de nível fundamental, 
médio e superior, aulas de habilidades emocionais, as quais devem ser ministradas por psicólogos 
concursados, a fim de aumentar o equilíbrio psicológico dos jovens. Ademais, os profissionais 
contratados também deverão fazer, com os alunos que apresentem algum problema familiar, 
acompanhamento individual, que deverá ser realizado junto com os pais desses estudantes, com o 
intuito de solucionar o problema e evitar que a relação familiar seja tóxica. É somente assim que os 
jovens do Brasil livrar-se-ão do Mal do Século.

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