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Poluição das Águas Urbanas

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Aula 7: Temas ambientais contemporâneos
Poluição das aguas em meios urbanos
Os problemas ambientais vividos no mundo hoje podem ser vistos como consequência direta da intervenção do homem e seu modo de produção no planeta e nos ecossistemas, causando desequilíbrios nos ecossistemas e na biosfera e, logo, comprometendo a própria sobrevivência. Por outro lado, nunca o tema ambiental e a preservação dos ecossistemas foram assuntos tão comentados.
A preocupação com o meio ambiente tomou conta dos meios de comunicação, das organizações internacionais, das relações de cooperação entre governos, das escolas e até mesmo das indústrias. Mas, apesar de todo o embate, a natureza ainda está sofrendo grandes desgastes por causa da ação do homem, e os efeitos desse desgaste já podem ser sentidos no nosso dia a dia, causando problemas até então desconhecidos pela humanidade.
Temas ambientais contemporâneos
Segundo organizações não governamentais ambientais como World Wildlife Fund (WWF) e Greenpeace, e mesmo por órgãos governamentais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), quando falamos em problemas ambientais é preciso pensar que há questões mais urgentes ou mais alarmantes e, portanto, merecedoras de atenção especial no que tange à criação de mecanismos de desenvolvimento limpo e proteção do meio ambiente.
Como vemos, são muitos os problemas ambientais e os sintomas de que o planeta já está sendo severamente afetado pelo nosso modo de vida, por isso torna-se inviável listarmos e analisarmos todas as questões em aberto decorrentes do desenvolvimento e da degradação da biosfera. Como vemos, são muitos os problemas ambientais e os sintomas de que o planeta já está sendo severamente afetado pelo nosso modo de vida, por isso torna-se inviável listarmos e analisarmos todas as questões em aberto decorrentes do desenvolvimento e da degradação da biosfera.
O que temos a seguir, é um retrato das principais questões que encontram destaque na agenda política internacional, cujo foco está presente na ação de inúmeros governos e organizações internacionais e, principalmente, a situação da biodiversidade e o risco de sua perda, cuja incontestável irreversibilidade a coloca como dano ambiental mais importante.
O aumento da população e a escassez de recursos
Tendo em vista às necessidades e hábitos de consumos das sociedades, a questão demográfica pode ser considerada um dos pilares centrais na compreensão dos impactos da ação humana sobre o meio ambiente.
Segundo dados das Nações Unidas de 2006, a população mundial que estava em 6,7 bilhões de indivíduos neste ano, deverá chegar a 9,2 bilhões em 2050, e continuará crescendo, embora a taxas mais reduzidas.
Esse crescimento populacional, no entanto, deverá exercer um impacto fulminante no planeta à medida que deverá ocorrer apenas nos países em desenvolvimento, nos quais a população passará de 5,4 bilhões (2006) para 7,9 bilhões (2050).
Esse cenário aponta para um aumento inédito na demandas por produtos a serem consumidos nessas regiões, gerando uma imensa pressão sobre os recursos naturais. Vale lembrar também que o crescimento dessas regiões não será acompanhado da diminuição demográfica nos países desenvolvidos, que deverão permanecer com 1,2 bilhão de pessoas (UN, p. 71, 2006).
Embora seja mais difícil prever por depender de condições econômicas globais, o consumo tem crescido a taxas superiores às próprias taxas de crescimento da população.
No Brasil, especialistas apontam a soja como o produto agrícola mais afetado pelas mudanças climáticas planetárias.
Nos países desenvolvidos o impacto do consumo por pessoa sobre o meio ambiente é entre 6 a 10 vezes superior do que nos países de baixa renda per capita. Então, podemos crer que o crescimento econômico nos países subdesenvolvidos mudará esse cenário, sabendo que a maior parte da população mundial exerce um impacto relativamente alto, pressionando ainda mais a já debilitada capacidade de renovação dos recursos naturais.
1 - A escassez de alimentos, agravada pela péssima distribuição mundial que privilegia os países desenvolvidos e não atende às necessidades dos países mais pobres.
2 - A poluição decorrente do aumento do desperdícios, uso indiscriminado de combustíveis fósseis não renováveis para abastecer carros e indústrias que precisam produzir cada vez mais para atender às demandas da sociedade.
3- 
Ameaça à biodiversidade e desertificação
A rapidez com que temos identificado a perda da biodiversidade é, sem dúvida, um dos pontos mais alarmantes quando pensamos em questões ambientais na atualidade.
Isso porque mesmo com a conscientização e algumas ações políticas em torno da proteção de áreas ambientais, considerações legitimas quanto às necessidades de desenvolvimento econômico dos países tropicais e regiões subdesenvolvidas acabam por impedir que determinadas áreas sejam protegidas em sua totalidade. Isso porque mesmo com a conscientização e algumas ações políticas em torno da proteção de áreas ambientais, considerações legitimas quanto às necessidades de desenvolvimento econômico dos países tropicais e regiões subdesenvolvidas acabam por impedir que determinadas áreas sejam protegidas em sua totalidade.
Com isso, florestas inteiras são derrubadas para comercialização de madeiras ou para dar lugar a pastos, sem contar a simples expansão de cidades e assentamentos.
Dados mostram que apenas uma pequena parte da cobertura verde original do planeta continua intacta, e nos países em desenvolvimento como a China, quase toda a cobertura vegetal foi ou está sendo exploradas de maneira depredatória, levando à extinção de espécies vegetais e animais.
Importante explicarmos que eventos de extinção e transformações na biodiversidade já ocorreram diversas vezes na historia do planeta, e aconteceram sem a participação do homem ou como decorrência de sua ação sobre o meio ambiente.
Por outro lado, a dominação do homem sobre o planeta a partir da evolução das comunidades e formação das primeiras cidades mudou por completo essa evolução da biosfera, gerando processos incontroláveis e irreversíveis de extinção de espécies.
Mas não são apenas os animais que correm risco de extinção: Mas não são apenas os animais que correm risco de extinção:
Estudos indicam que cerca de 80% das plantas em todo o planeta sofrem algum tipo de ameaça, e dessa porcentagem 12% correm o risco de desaparecer em definitivo nos próximos anos.
Importante lembrar que a extinção de espécies vegetais contribui para a migração de pragas e insetos para os centros urbanos, já que sem o seu habitat natural, essas espécies buscam alimentação em outras regiões, levando doenças e danos a vida urbana e aos campos agrícolas. Importante lembrar que a extinção de espécies vegetais contribui para a migração de pragas e insetos para os centros urbanos, já que sem o seu habitat natural, essas espécies buscam alimentação em outras regiões, levando doenças e danos a vida urbana e aos campos agrícolas.
Segundo cientistas, a ação humana tem acelerado os processos de extinção a níveis antes nunca vistos, que hoje apresenta uma relação de centenas de vezes superior às taxas registradas nos últimos 65 milhões de anos, debilitando de maneira irreversível inúmeros ecossistemas e a própria capacidade regenerativa do planeta.
A principal causa desse processo de extinção de plantas e animais é a perda do habitat natural ocupado pelo homem de maneira desordenada ou aniquilando as condições naturais e essenciais à sobrevivência da espécie local, envolvendo principalmente espécies concentradas geograficamente e com variedade limitada.
Com a ação predatória do homem sobre as florestas e coberturas vegetais nativas, há uma crescente erosão da terra, sobretudo em situações de chuva forte, causando enchentes e inundações cujos efeitos ameaçadores se voltam contra a própria sociedade humana.
Além disso, o processo conhecido como desertificação também é consequência da ação do sol sobre o solo que, sem a proteção da vegetação, passa por um processo de ressecamento excessivo.
Atualmente,a ONU identifica pelo menos 100 países que estão sofrendo as consequências do processo de desertificação acelerado, abrangendo cerca de 61,3 milhões de quilômetros quadrados (VIANNA, p. 30, 1999). Observando o quadro a seguir, podemos concluir que cerca de 75% de todas as terras do planeta já estão em processo de desertificação ou sob algum nível de ameaça.  
Para finalizar as consequências da devastação vegetal sobre a Terra, resta indicar a maior ameaça já enfrentada em toda a história da humanidade: o aquecimento global.
O aquecimento Global
Na esteira das consequências da extinção de espécies vegetais, o aquecimento global também é visto como resultado da derrubada de árvores, que antes agiam na neutralização da emissão de carbono, justamente um dos grandes vilões do processo de mudanças climáticas na Terra.
O aquecimento global e as mudanças climáticas podem ser entendidos como variações além dos níveis normais da retenção de calor na atmosfera terrestre, e se dá pela ação do homem, nos últimos 150 anos, na emissão de gases poluentes e sua concentração na atmosfera, provocando o chamado efeito estufa.
Para compreendermos melhor esse fenômeno climático, é preciso entender o ciclo do carbono:
Como vimos, o aumento da queima de combustíveis fósseis por parte das indústrias, setores de produção energética e transportes, e do desmatamento das florestas tropicais, tem levado, nas últimas décadas, a um profundo desequilíbrio no ciclo do carbono, afetando todo o clima do planeta.
Além disso, a devastação de florestas faz diminuir os chamados sumidouros, que são ecossistemas naturais com capacidade de absorver o carbono e, com essa retração de áreas vegetais, a liberação de carbono para a atmosfera se torna muito superior aos níveis normais. 
De acordo com dados do IPCC das Nações Unidas, hoje a queima de combustíveis representa 80% da emissão de carbono na atmosfera, cerca de 7,2 bilhões de toneladas de carbono ao ano, enquanto que o uso indevido dos solos representam 20%, ou 1,6 bilhão de toneladas ao ano.
Embora uma parte considerável da queima de combustíveis se dê substancialmente nos países mais ricos, não podemos desprezar o aumento dessa parcela também nas regiões mais pobres do planeta, mesmo sendo a mudança no uso do solo a maior “contribuição” dos países subdesenvolvidos para as mudanças climáticas, como podemos ver no quadro a seguir:
Desde o final do séc. XVIII se verifica um aumento considerável na concentração de CO2 na atmosfera e isso se deu como resultado da demanda por grandes quantidades de combustíveis fósseis para alimentar a Revolução Industrial.
A partir de então, os índices indicam um aumento de 280 ppm (partes por milhão) em 1750 para uma média de 379 ppm em 2005, ou seja, um aumento de 31%. Isso significa uma capacidade maior da atmosfera em reter calor, aumentando a temperatura no planeta.
Também o IPCC nos mostra que entre 1995 e 2005, o índice de concentração de CO2 cresceu a 1,9 ppm por ano, média superior ao aumento de 1,4 ppm verificado entre 1960 e 2005 (RELATÓRIO IPCC/ONU, p. 3, 2007).
Portanto, analisando os dados que colocam na indústria e na atividade econômica humana a grande emissão de carbono na atmosfera, podemos concluir que o aquecimento atual não é parte do ciclo natural do planeta ou um fenômeno autônomo à ação humana, mas consequência de um estilo de vida iniciado na Revolução Industrial e ainda praticado pelos 6,5 bilhões de habitantes.
E seus resultados já podem ser claramente percebidos no aumento da temperatura média global, conforme observamos no quadro a seguir:
O aquecimento global pode ser considerado responsável por 150 mil mortes a cada ano em todo o mundo, devido às ondas de calor, inundações, e doenças acarretadas por catástrofes naturais – como furacões e grandes tempestades, que se tornam mais comuns com as mudanças climáticas.
Poluição
“A poluição automóvel é, em grande parte, local, i.e., afeta diretamente as populações existentes no local em que é gerada. No entanto, uma vez que muito dessa poluição é atmosférica, tem a capacidade de ultrapassar fronteiras, afetando não só os locais de origem, mas também zonas a milhares de quilômetros de distância. Essa poluição dá origem aos chamados efeitos globais, que se tornam cada vez mais preocupantes, por afetaram grandes áreas ou mesmo todo o globo”. (Luís Neves, 2004)
Quando falamos em poluição não devemos pensar apenas no lançamento de dejetos poluentes no ar ou nos mares, mas também é preciso levar em consideração a poluição do solo e a poluição nuclear, uma das grandes preocupações dos ambientalistas na atualidade.
De acordo com a legislação brasileira (Lei 6.938/81, Art.3, III) poluição é a “(…) degradação da qualidade ambiental (…)” que direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, segurança e o bem-estar da população, que criem condições adversas às atividades sociais e econômicas, que afetem desfavoravelmente a biota, as condições estéticas ou sanitárias do ambiente ou que lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões estabelecidos.
No que tange à poluição ambiental, é importante lembrarmos o caráter transfronteiriço próprio da interdependência global do tema, colocando a poluição como um dano para toda a humanidade ou para grandes áreas geográficas, não estando limitada às fronteiras nacionais e nem mesmo ao distanciamento entre os grandes continentes.
Se a emissão de dejetos causadores da poluição é local, suas consequências são globais:
Poluição atmosférica: Produzida pela atividade industrial e pela queima de combustível nos transportes, a poluição atmosférica afeta diretamente o ar que respiramos e tem relevante impacto na saúde humana. Poluição atmosférica: Produzida pela atividade industrial e pela queima de combustível nos transportes, a poluição atmosférica afeta diretamente o ar que respiramos e tem relevante impacto na saúde humana.
Poluição da água: Pode ser considerada a mais antiga e comum pela tradicional prática humana de se agrupar próximo a recursos hídricos como lagos, rios e no litoral. Embora, atualmente, existam leis que legislam sobre a emissão de poluentes nas águas por parte da atividade industrial e usos residenciais nas cidades, ainda são muitos os exemplos do lançamento de esgoto, dejetos químicos e derramamento de combustíveis nos rios e mares.
Poluição do solo: A contaminação dos solos pode ser dá através de diversas situações, desde o descarte incorreto de lixo até o uso indiscriminado de agrotóxicos e pesticidas.
Poluição nuclear: Muito polêmica, a utilização da energia nuclear é vista por muitos governos como uma fonte segura, eficiente e não poluente de energia. Por outro lado, o impacto provocado pelos acidentes nucleares e o material produzido pelas usinas nucleares – o lixo radioativo – são vistos pelos ambientalistas como razão fundamental para o abandono desse tipo de produção energética. 
A poluição nuclear pode ocorrer justamente por conta das dificuldades ou erros na destinação dos materiais radioativos oriundos da atividade de usinas desse tipo, além dos eventuais – porém inúmeros acidentes já ocorridos em diversas partes do mundo.
O principal argumento dos defensores da energia nuclear é o baixo grau poluente do lixo radioativo em comparação com o lixo comum produzido por fábricas e residências.
Isso porque os restos radioativos passam por um rigorosíssimo controle de destinação e gerenciamento por parte dos governos e das organizações internacionais, enquanto que o lixo comum nem sempre recebe a mesma atenção ou provoca tanta apreensão por parte das autoridades.
A diferença primordial entre esses tipos de dejetos, entretanto, gira em torno da capacidade de permanecer poluindo ao longo do tempo, já que o lixo nuclear pode ficar ativo por milhares de anos, exigindo monitoramento constante e, em situação de vazamento ou acidente, causar danos à saúde das pessoas, animais e ecossistemas por muitas gerações.
Compartilhamento de novas tecnologias
“As inovações tecnológicas (...) são capazes de minimizar a emissão de monóxido de carbonoe de óxidos de nitrogênio, por exemplo, a níveis bem inferiores aos que a legislação atual exige”. (Sônia Hess, FAPESP, 2006)
A fim de manter as condições necessárias de desenvolvimento econômico e industrial e diminuir o impacto sobre o meio ambiente e os recursos renováveis, há cerca de duas décadas começam a proliferar estudos científicos que buscam uma utilização mais racional da tecnologia a fim de garantir sustentabilidade ao setor produtivo.
É claro que essas ações, sobretudo tomadas por grandes empresas e governos, é resultado direto da conscientização sobre o tema ambiental e da divulgação de um grande número de relatórios e estudos por parte das organizações internacionais e grupos ambientalistas.
Como vimos na aula sobre o “capitalismo verde”, a produção sustentável e o lançamento de produtos ambientalmente responsáveis foi uma adaptação das indústriais às novas exigências de consumo das sociedades educadas quanto à questão da degradação ambiental.
Mas nosso interesse aqui não é apontar para a modernização dos meios de produção para fins de garantir menor emissão de poluentes ou descarte de dejetos. O que estamos levando em conta é a própria utilização de novas tecnologias para “observar” e “fiscalizar” as questões ambientais, ou seja, a tecnologia como facilitadora na defesa do meio ambiente.
No entanto, é preciso lembrar que não são as tecnologias que permitirão um uso racional ou agirão como um obstáculo na relação de exploração do homem sobre os recursos naturais, pois esse comportamento advém de uma cultura equivocada e irracional sobre as possibilidades de regeneração da biosfera e em sua capacidade de abastecer as necessidades humanas (MACIEL, p. 84, 2005).
Um exemplo da tecnologia a favor do meio ambiente é a utilização de satélites para o monitoramento da floresta amazônica, a fim de identificar pontos de degradação, queimadas e desmatamento (Projeto SIVAM).
A tecnologia em questão não se restringe apenas no setor industrial, e é percebido também nas residências e nos pequenos comércios. Nas empresas de grande poder, no entanto, essa tecnologia rapidamente garantiu a adesão dos setores mais vanguardistas por garantir uma imagem politicamente correta e ainda, em alguns casos, diminuir os custos de produção ou otimizar processos produtivos.
No tratamento de esgoto, por exemplo, já existem empresas com sistema de tratamento da água para fins de reutilização, como irrigação, limpeza e alimentação hidráulica de maquinários, diminuindo seus custos com fornecimento de água.

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