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Direito Constitucional e OAB - Apostila (63)

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PREPARATÓRIO PARA OAB
Professora: Dra. Renata Aguiar
DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO
Capítulo 6 Aula 1 
BENS PÚBLICOS
Coordenação: Dr. Carlos Toledo
01
Bens Públicos 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Tema 1 - Conceito
Tema 2 - Classificação
Tema 3 - Regime jurídico
Tema 4 - Afetação e desafetação
Tema 5 - Características
Tema 6 - Modalidades
Tema 7 - Uso dos bens públicos por particulares
Ao estudar o tema referente aos bens públicos, serão analisadas sua classificação, quais as suas 
características, as modalidades e, por fim, como eles podem ser utilizados pelos particulares. Para tanto, são 
importantes a Constituição Federal e o Código Civil, os quais trazem normas a respito da matéria. 
Para Celso Antonio Bandeira de Mello, "bens públicos são todos os bens que pertencem às pessoas jurídicas 
de Direito Público, isto é, União, Estados, Distrito Federal, Municípios, respectivas autarquias e fundações de 
Direito Público (estas últimas, aliás, não passam de autarquias designadas pela base estrutural que 
possuem), bem como os que, embora não pertencentes a tais pessoas, estejam afetados à prestação de um 
serviço público."
Abrangem tanto os bens móveis, quanto os imóveis, e ambos formam o chamado "domínio público". Essa 
expressão, que é mais ampla ainda do que a propriedade, como explica Celso Antonio Bandeira de Mello, 
abarca os bens públicos pertencentes às pessoas jurídicas de Direito Público e também aqueles bens dos 
particulares, que estejam afetados a uma atividade pública.
A classificação dos bens públicos encontra-se no Código Civil, art. 99, segundo o qual há três categorias: 
1. bens públicos de uso comum do povo.
2. bens públicos de uso especial.
bens dominicais (ou dominiais).
 Mello, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 17ª edição. São Paulo, Malheiros, 
2004, pág. 803.
De acordo com as lições de Maria Sylvia Zanella di Pietro, "consideram-se bens de uso comum do povo 
aqueles que, por determinação legal ou por sua própria natureza, podem ser utilizados por todos em 
igualdade de condições, sem necessidade de consentimento individualizado por parte da Administração."
Ainda nos valendo do conceito formulado por Maria Sylvia Zanella di Pietro, no que se refere agora aos bens 
de uso especial, a autora afirma que "são todas as coisas, móveis ou imóveis, corpóreas ou incorpóreas, 
utilizadas pela Administração Pública para a realização de suas atividades e consecução de seus fins.”
Aula 1
02
Já os bens dominicais, também chamados bens dominiais, são aqueles pertencentes ao Estado, como objeto 
de direito real, ou pessoal, de cada uma das entidades de direito público. Por exclusão, são os terrenos e 
terras em geral, que não estejam afetados ao uso comum ou ao uso especial. Os bens dominicais, portanto, 
não têm destinação pública definida e podem ser utilizados pelo Poder Público para obtenção de renda. 
O que distingue estas três categorias é o critério da afetação dos bens, que consiste na destinação pública 
dada a um bem. Assim, é valido dizer que os bens de uso comum e os bens de uso especial têm afetação, ou 
seja, possuem uma destinação pública específica.
Então, nos termos do art. 99 do Código Civil, já se nota uma semelhança em relação aos bens de uso 
comum e aos bens de uso especial, que é justamente a destinação pública. Daí dizer que as duas primeiras 
categorias integram o domínio público do Estado.
Por outro lado, os bens dominicais são bens não afetados a qualquer destino público e por isso fazem parte 
do domínio privado do Estado.
Quanto às características dos bens públicos, são elas:
1) Inalienabilidade
2) Impenhorabilidade
3) Imprescritibilidade
No que tange às modalidades dos bens públicos, ressalte-se que a sua especificação encontra-se em várias 
legislações.
Assim, a Constituição Federal insere, no art. 20, os bens da União, e no art. 26, os do Estado. Além dela, o 
Decreto-lei 9.760/46 elenca os bens imóveis da União. Há também o Código de Águas, que classifica as 
águas públicas de uso comum e as dominicais, o Estatuto da Terra, que dispõe sobre as terras públicas 
situadas na zona rural, além do Código Florestal, do Código de Minas e outros. 
De acordo com a classificação dada por Maria Sylvia Zanella di Pietro, existem as seguintes modalidades de 
bens públicos:
1) Terrenos reservados
2) Terrenos de marinha
3) Terras ocupadas pelos índios
4) Terras devolutas
5) Faixa de fronteira
6) Ilhas
7) Águas públicas
8) Minas e jazidas
Como são adquiridos e alienados os bens públicos?
 
 Pietro, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 18ª edição. São Paulo, Atlas, 2005, pág. 583.
 Idem. Ibidem.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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03
Em relação à aquisição dos bens públicos, ela se dá pelas mesmas formas previstas no Direito Privado, tais 
como a compra e venda, doação, permuta, usucapião e outras, mas também por alguns institutos inerentes 
ao Direito Administrativo, como a desapropriação. 
E a utilização dos bens públicos, de que formas se dá?
Outro lado, há casos em que o particular pretende fazer uso especial de algum bem dessa categoria, e, por 
isso, por vezes terá que obter prévia manifestação da Administração Pública (através de autorização ou de 
permissão de uso).
Em outros, o particular deve dar prévia ciência da utilização de tal bem, como ocorre quando resolvem fazer 
comícios ou passeatas. Aqui, como ele se utiliza do bem em concorrência com terceiros, pode ser que o uso 
do bem, na forma como pretende, traga algum inconveniente. Daí a necessidade de dar prévia 
comunicação.
Em outra situação, ainda, pode o particular pretender se utilizar do bem público em caráter de exclusividade. 
Celso Antonio Bandeira de Mello nos dá o exemplo do particular que pretende instalar quiosques nas praias, 
ou se utilizar das calçadas para colocar mesas de bar. Nesses casos, é necessário que ele obtenha permissão 
de uso de bem público.
Ou, também, pode haver o uso anormal do bem, que atende a finalidades diversas, às vezes em contradição 
com a destinação inicial. É o caso das ruas, abertas à circulação, pelo seu uso comum, mas que podem ser 
eventualmente fechadas para comportarem a realização de uma festa, de uma corrida. É necessário, então, 
que o particular peça autorização administrativa.
Já para a utilização de bens de uso especial, quando os administrados fizerem uso exclusivo em relação a 
algumas partes das áreas desses bens, por exemplo, quando instalam bancas de frutas em mercados 
públicos, geralmente o fazem através de permissão ou de concessão de uso de bem público.
No tocante aos bens dominicais, a sua utilização privativa por particulares se dá através de institutos de 
direito privado, como locação, arrendamento, comodato, enfiteuse (instituída sobre bens imóveis federais), 
e também pelos institutos da autorização, permissão e concessão de uso, além da concessão de direito real 
de uso e a concessão de uso especial.
Bibliografia
. Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 22ª edição. Editora RT, São Paulo, 1997.
. Mello, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 17ª edição. São Paulo, Malheiros, 
2004.
. Pietro,Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 18ª edição. São Paulo, Atlas, 2005.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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