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Aula 4 - A Idade Média na África

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História da África Pré-colonização
Aula 4: A Idade Média na África
Apresentação
Estudante, como estamos no aprendizado? Você tem feito os exercícios? Tem visto as fontes sugeridas? Está procurando
vídeos a respeito da África? Agora, queremos que responda à seguinte pergunta: quando você pensa em Idade Média, o
que surge em sua mente? Quais as imagens que aparecem? Guerras? Peste Negra? Mundo rural? Duelos? Poder nas
mãos da Igreja Católica?
Senhores feudais explorando seus servos? Um cenário praticamente sem cidades e muitos domínios rurais?
Ou sua memória abriu espaço até para magia como dragões, espadas que são tiradas de uma bigorna por um jovem que
se torna rei, um reino onde as casas, as ruas são de ouro, bruxos com chapéus pontudos ou elfos que lançam �echas?
Pois bem. Esse é o cenário — muito equivocado — do mundo europeu. Agora, se você soubesse que Idade Média pode ser
associada a grandes cidades, a poder centralizado nas mãos de um rei ou imperador, a uma cidade com mais de 120
escolas e uma universidade, muito ouro circulando, grande interação entre os povos e homens que trabalhavam fazendo
leis, controlando �nanças e relações internacionais como diplomatas, você �caria espantado?
Isso tudo aconteceu na Idade Média. A idade média africana.
Objetivo
Identi�car os aspectos políticos, econômicos e culturais dos principais reinos negros da Idade Média: Gana, Mali e
Songai;
Analisar as relações políticas e econômicas entre os reinos e o Islã.
Introdução
Trataremos nesta aula dos reinos africanos em sua parte ocidental, conhecida também como Sudão Ocidental. Lembre-se que
Sudão era como os árabes denominavam os territórios habitados pela população negra africana. Vimos na aula anterior os
reinos que tinham ligação próxima com o mar Vermelho. Veremos agora reinos com ligações com o Magreb (norte africano),
Mediterrâneo e o próprio mar Vermelho, cuja travessia leva à Península Arábica.
O Reino de Gana
O primeiro dos três mais importantes reinos do Sudão ocidental foi Gana. Não confunda o nome desse reino com o país de
mesmo nome. O reino de Gana compreendia terras do atual Mali, da Mauritânia, do Senegal e da Guiné. Ele se estendia pelo
Sahel (Aula 2) e foi um império de longa duração, do século IV ao XIII. O reino tinha acesso a duas fontes importantes de água,
os rios Níger e Senegal.
Comentário
Os relatos sobre Gana são derivados de escritos árabes e dos testemunhos mudos — os sítios arqueológicos. Acredita-se que foi
fundado inicialmente por povos berberes — nômades das montanhas e do deserto, que podem ser negros ou de origem árabe —
nos anos 300. Sua fundação deve-se ao uso do camelo de forma mais intensa a partir do contato desses povos com o Egito.
Nas aulas anteriores você estudou que a África era dividida geogra�camente em África do Norte e África subsaariana. O
obstáculo natural que gerava essa divisão era o deserto do Saara. Raros eram os povos que tinham contato com os povos do
sul da África. Pois bem, a partir do uso de camelos e dromedários de forma mais expansiva entre os séculos I a III, essa
barreira diminuiu. As tribos que os adotaram passaram a controlar poços, grutas e oásis.
Assim, os berberes (especialmente o grupo desse tronco
linguístico conhecido como tuaregues), que tornaram-se
cameleiros, dominaram do litoral norte africano ao litoral do
Sahel (ou Sael). Invadiram províncias do decadente Império
Romano e as saquearam. Chegaram ao mar Vermelho,
dominaram a savana.
 Fonte: Infoescola.
O Saara, de deserto inóspito, impossível de ser vencido, passou a ser um “mar interior”. As caravanas passariam a ser um
aglomerado de caravelas. As viagens no deserto melhoraram o estudo da astronomia, pois as constelações e o
posicionamento do Sol passaram a ser referência para os cameleiros das caravanas.
Séculos mais tarde, essa experiência no deserto servirá no desbravamento do “mar tenebroso”, o oceano Atlântico, pois o
estudo astronômico e o astrolábio do deserto serão usados pelos navegantes. De certa forma, pode-se a�rmar que da África
surgiram as condições para a conquista daquilo que mais tarde chamou-se de América.
 Fonte: nathalia_nbf / Pixabay.
 A importância dos camelos
 Clique no botão acima.
Os camelos, como nos lembra o africanista Alberto Costa e Silva, dinamizaram o comércio transaariano e desse
comércio surgiram reinos. Parafraseando a frase de Shakespeare, de Ricardo III, “meu reino por um cavalo”, pelo olhar
africano viraria “meu reino foi por um camelo”. Porém, se o camelo é um aliado no embate com a dureza de se
atravessar o Saara não o é quando ele vai para outro tipo de habitat, como a savana.
No Sahel o camelo não entrava. Assim, as mercadorias tinham que ser tiradas de pontos �xos nos limites do deserto
com a savana e do camelo os homens passavam para o lombo de bois e jumentos ou para as costas de escravos.
Dessa forma, os cameleiros não entravam nas principais fontes de ouro. Era necessária uma intermediação nos
pontos de embarque e desembarque de mercadorias.
Esses entrepostos comerciais começam a destacar-se com o ouro que ali circula, assim como todas as mercadorias e
um grande volume de pessoas de diversas origens. Nessas cidades — que mais tarde serão incorporadas por reinos
do ouro e do comércio transaariano — há pedágios para circulação de mercadorias, hospedagens e setores de
serviços diversi�cados.
Pro�ssões e espaços diversos surgem: os responsáveis pelo conserto de selas de camelos, artesãos que vendem
sandálias ou cabrestos, aguadeiros que comercializam água para as caravanas sedentas, estrebarias para os animais
que vinham do deserto ou que dali partiriam para rotas pela savana, alojamentos de escravos que seriam trocados por
sal. Eis a importância do camelo, do comércio transaariano e sua relação com o desenvolvimento de cidades nas
“franjas” do deserto.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 Localização do Império do Gana. Fonte: Wikipédia (2020).
Gana era a aglomeração de várias vilas desse per�l, cuja
presença dominante era do povo soninquês. Como dito
anteriormente, supostamente a centralização de Gana se
deu por mercadores do deserto — os berberes —, mas isso
aparece somente em textos árabes do século XVII (é
possível que os árabes quisessem forçar a mão para
colocar os berberes como fundadores por serem do mesmo
tronco étnico, assim seria uma justi�cativa para o domínio
dessa região no momento em que as fontes estão sendo
escritas, uma busca de legitimidade a partir de uma
fundação feita há muito tempo).
A melhor descrição acerca do Reino de Gana foi feita no século XI por Al-Bakri, astrônomo árabe, morador de Córdoba, atual
Espanha. Ele fundamentou-se em relatos de viajantes árabes ou africanos. Fez uma seleção rigorosa daquilo que se repetia nos
relatos fantasiosos ou possivelmente exagerados. A partir das semelhanças desses vários relatos acabou por escrever o Livro
dos Itinerários e dos Reinos, fonte principal que temos sobre Gana, o reino mais duradouro do Sudão Ocidental, que se iniciou
no século IV e terminou no século XIII de nossa Era Comum.
Segundo relatos árabes, os soninquês decidiram tomar o poder e criaram sua própria dinastia, cujo ápice da expansão foi
no reinado de Kaya Maghan Sisse (790). Esses mesmos relatos árabes apontam surpresa com a organização do Reino de
Gana. Sua imponência se fez tão presente que chegou a aparecer em vários mapas-múndi feitos por árabes. Gana era a terra
do ouro, como aparecia em várias legendas nesses mapas e também no relato de Al-Bakri.
1
Saiba mais
O líder de Gana era seu homônimo, ou seja, era chamado de gana ou também caia-maga. Há uma especulação sobre quem vem
primeiro, o nome do lugar ou do cargo. Presume-se que de tanto se falar “a terra do gana” tenha se tornado a terra Gana. Outra
hipótese é que o gana assumiu essa identidade para vinculá-lo ao reino de forma de�nitiva. Para não confundir você, estudante,
ao nos referirmos ao reino sempre será com letra maiúscula.
Sob o domínio do gana estavam as cidadesde Galan, Farmé e Bambuk, região abundante em jazidas de ouro. O controle desse
caminho era monopólio do gana e dos funcionários mais próximos, geralmente familiares. Os súditos que fossem explorar as
minas tinham que pagar tributos ao gana, além de manter segredo sobre as rotas, caso contrário, sofreriam violenta punição.
https://estacio.webaula.com.br/cursos/gon213/aula4.html
 Filão de ouro. Fonte: oficina70.com.
 A mineração
 Clique no botão acima.
A mineração era segredo de Estado. Em vários relatos há divisão do ouro entre o minerador e o gana. O primeiro �cava
com o ouro em pó e o segundo com as pepitas que fossem encontradas. Há uma estimativa que cerca de cinco
toneladas e meia de ouro chegaram ao Mediterrâneo entre os séculos VIII e IX.
Tamanha riqueza do Reino de Gana exigiria uma organização e uma diversi�cação de mão de obra muito grande, daí o
espanto dos árabes que conheceram Gana e escreveram sobre o que viram. O reino necessitava de metalurgia para
exploração do ouro. Ferramentas usadas nas minas sugerem que já havia o domínio do ferro e mãos habilidosas para
confeccionar instrumentos para cavar o solo ou procurar o metal nos rios, como o ouro de aluvião.
Além da metalurgia, o reino organizou-se para consolidar sua economia baseada em ouro e no comércio transaariano.
No mapa anterior é possível perceber que Gana não tinha acesso ao mar, e o escoamento de sua produção seria pelo
interior. Houve a constituição de responsáveis por diversas áreas, tais como justiça, controle do ouro, dos tributos,
força militar, intérpretes para o comércio internacional, entre outras funções. Um quadro burocrático praticamente
inexistente na Europa Ocidental no mesmo período.
O rei de Gana era o senhor do ouro, mas também era o chefe da guerra. O domínio do gana não tinha como �nalidade
impor sua religião, seus costumes ou sua língua. A �nalidade da expansão do Reino de Gana não era a terra, mas o
controle de pessoas.
Quanto mais pessoas sob o domínio do gana, mais tributos eram recolhidos, mais lavradores, servidores do Estado,
pastores e soldados para seu exército — cujo apogeu chegou a cerca de duzentos mil guerreiros; desse total, um
quadro de quarenta mil arqueiros que lançavam �echas com pontas de metal envenenadas. O imenso aparato militar
era para se proteger dos vizinhos da grande cidade de Gaô e dos povos berberes que disputavam as rotas de
comércio.
Sobre a escolha do gana, mesmo que não seja consenso, a maioria dos africanistas aponta para uma sucessão de
caráter matrilinear, ou seja, ao contrário de o �lho suceder ao pai, o sobrinho sucede ao irmão da mãe. O poder do gana
tinha uma matriz religiosa baseada no culto da divindade-serpente (Wagadu-ira), animal que aparecia em objetos e
roupas reais. Após a morte do gana, seus sobrinhos eram chamados pelo grupo de anciãos e pelos feiticeiros locais.
Esses iam a um bosque e traziam uma serpente. Aquele que fosse mordido por ela seria o novo gana.
Outro símbolo de poder era o cavalo. Mesmo que usado em batalhas, ele não era muito útil porque os soninquês o
montavam no pelo, sem sela, o que não ajudava a manter o equilíbrio durante os ataques. O cavalo, porém, aparecia
nas solenidades em que o gana aparecia para ouvir seus funcionários e representantes das comunidades, aldeias e
pequenos reinos que ele dominava.
Além dos cavalos também havia cachorros. Uma curiosidade que espantou um viajante árabe foi o uso desmedido do
ouro por conta de sua abundância, fosse pelas minas ou pelos tributos pagos ao reino — como no caso de selas e de
coleiras de animais feitas de ouro —, assim como �os de ouro eram usados nas vestimentas do soberano.
A formação urbana do Reino de Gana era peculiar, pois nem tudo que reluzia era ouro. Havia uma divisão social bem nítida na
formação das cidades. Havia a cidade dos mercadores, com grande presença de árabes com liberdade de culto e mesquitas,
por exemplo. Ruas e casas com certa opulência e com material mais requintado ao se comparar a maioria da população que
morava na periferia, que utilizava material mais rudimentar, aldeias de camponeses e artesão negros. 
A capital seria Kumbi Saleh. Seria, pois há hipóteses variadas a respeito da capital.
Estudiosos apontam que ela seria em Saleh, ao sul do Saara, em uma região que
�cava protegida de ataques dos povos nômades do deserto ao mesmo tempo em
que tinha acesso ao rio Níger. Outros a�rmam que a capital seria outra e ainda não
foi descoberta. A�rmam que Kumbi Saleh seria uma pequena cidade
administrativa onde o gana por vezes aparecia.
E ainda há outros que defendem a ideia da mobilidade de capital para que o gana
tivesse o controle das rotas comerciais e dos caminhos do ouro de forma mais
intensa e presente.
 Fonte: Seminario C.
Independentemente da escolha, Kumbi Saleh foi descrita pelos árabes como uma cidade onde havia um palácio real formado
por pedra madeira. Em seu entorno, cabanas de telhado cônico e muralhas para defesa. Mais distante aldeias modestas, como
as descritas acima, e um bosque que era um lugar sagrado, controlado pelos feiticeiros locais. Nesse bosque havia o cemitério
dos ganas e era também o destino de condenados pelo gana, que nunca mais voltavam e não se sabe qual era o seu destino.
 Fonte: R7
Quando morto, o gana era enterrado com seus pertences pessoais em um domo de teto cônico. Depois, colocava-se areia
sobre essa tumba original, não sem antes sacri�car pessoas, que depois eram enterradas próximas ao cadáver do gana.
Arqueólogos descobriram nos atuais Gana e Mali vários túmulos abaixo da terra com um cadáver central cheio de ornamentos
e objetos de luxo.
Saiba mais
Os habitantes mais pobres de Gana eram divididos quase em forma de casta. Havia o grupo de pescadores, o de lavradores, os
pastores, os ferreiros etc. Di�cilmente havia possibilidade de ascensão social. Os tributos desses trabalhadores não podiam sem
pago em dinares, moeda árabe incorporada por Gana. Assim, o pagamento era em espécie, em produto in natura originado
daquilo que trabalhavam.
Como se deu a queda desse reino?
A queda de Gana deu-se por conta da invasão de um grupo islâmico radical que discordava do modo como a religião do Profeta
era praticada ao longo do Sahel ou se posicionava de forma radical à liberdade religiosa que era concedida ao animismo de
vários grupos dominados. Esse ponto merece a sua atenção.
Clique nos botões para ver as informações.
Primeiro, o que é animismo? É a crença acerca de um ente religioso único que deu vida a tudo que existe na Terra, até o
que não é animado ou se move, como pedras, rios, cachoeiras, árvores. Tudo passa a fazer parte do sagrado, do que deve
ser cultuado, pois tudo é proveniente desse ser criador do universo, assim como a humanidade. Logo, há um cordão
umbilical entre a humanidade e a natureza.
Ponto 1 
Segundo, muitos líderes africanos islamizados converteram-se mais pela conveniência do que pela fé em si, pois ser
muçulmano abria rotas comerciais com a Península Arábica, estabelecia certa harmonia com os berberes islamizados,
responsáveis pela guarda das caravanas ao longo do deserto, e ainda tinham acesso aos portos da Europa mediterrânea
que estava sob o domínio de árabes, como a atual Espanha.
Ponto 2 
Terceiro, a conversão de uma religião para outra, ainda mais quando se é politeísta e de tradição oral para uma que seja
monoteísta e baseada na escrita, cria ampla possibilidade para o sincretismo religioso.
Ponto 3  
Por conta dessa suposta distorção da fé verdadeira, muçulmanos ortodoxos,
berberes vindos de Marrakesh, do Marrocos, chamados de almorávidas, começam
a rebelar-se contra reinos, retraem-se, acumulam forças e acabam com o
sincretismo pela espada e com ela querem fazer novos �éis verdadeiros. As tropas
de seu líder, Yahia Ibn Omar, invadem Gana e várias de suas cidades em sua jihad.
Por trás da defesa do “verdadeiro Islã” também havia o interesse pelo ouro
soninquês.
 Fonte: Civilizações Africanas.
Essas invasões acabaram por prejudicar o comércio e as trocastransaarianas �cam inviáveis. Muitas aldeias que viviam de
agricultura de subsistência tiveram que converter sua economia e criar pastos, o que gerou fome, assim como a interrupção do
comércio de sal, um dos produtos básicos consumidos em Gana.
Da mesma forma que a religiosidade islâmica era algo circunscrito à elite do reino, assim o era o consumo das mercadorias. Os
metais, a seda, o algodão eram de consumo dos grupos dominantes de Gana. O que era usado de forma mais extensiva era o
sal, fundamental para a conservação de alimentos. A partir dos ataques dos almorávidas, até esse elemento básico deixou de
entrar em Gana e houve crises de alimentação.
A vulnerabilidade do reino foi favorável para a invasão de outro povo vizinho, os malineses, que a partir de 1235 fundaram sobre
Gana o seu Império, o Império de Mali.
O Império de Mali
O império de Mali foi fundado pelo povo malinque, pertencente ao grupo linguístico mandê (que abrigava bambaras, diúlas,
konos, mandikas, a maioria dos escravos que foi mão de obra nos Estados Unidos e no Caribe) no século XIII. Não confunda o
território do império com o atual país, pois o império abrangia o território atual do Mali, parte do Senegal, da Mauritânia e de
Gana. Veja no mapa a seguir que o Império de Mali abrigará em seu interior parte do seu vizinho, o Império de Gana.
 Localização do Império de Mali. Fonte: Wikipédia (2020).
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Boa parte do que nos chegou sobre Mali veio dos griôs, os responsáveis pela transmissão oral, as “bibliotecas vivas”, como
�caram conhecidos. Os malinques foram famosos pelos feitos de seus imperadores, pelo domínio de vasto território e pelo
controle das rotas de ouro.
Segundo a tradição oral, os malineses viviam sob o domínio de outro povo, os sossos. Um líder sosso cometera atrocidades
tão terríveis que gerou revolta dos sossos sob a liderança de Sundiata Keita, o primeiro fundador do Império Mali. Sundiata
Keita começou a expansão sobre vários povos.
Saiba mais
Além dos sossos, conquistou o povo soninquês com a decadência do Reino de Gana e o povo dogon, o que gerou um império
multiétnico. Os domínios territoriais eram tão grandes que abrangiam algo em torno de 45 milhões de pessoas. Esse imenso
império foi dividido em várias províncias com liberdade religiosa e de tradições.
Havia a cobrança de impostos feito por Mali, mas essa autonomia nos faz lembrar as cidades-estado gregas e
mesopotâmicas. As aldeias menores podiam escolher seus chefes com os mecanismos pelos quais estavam acostumadas,
desde que �zessem um juramento de �delidade ao imperador de Mali.
O imperador de Mali era conhecido como mansa — termo que
signi�ca “imperador” para os islâmicos —, que tinha o papel de
che�ar o exército, controlar a arrecadação de impostos e seus
investimentos e manter a soberania da justiça. O termo mostra que
houve uma conversão do líder a partir do século XI. O sucessor de
Sundiata Keita foi Mansa Uli, o primeiro imperador islamizado na
África.
É bom lembrar que a conversão ao islamismo entre grupos dirigentes estava por vezes mais relacionada às rotas de comércio
do que à fé em Alá — rotas essas que passavam pelo Magreb até a Andaluzia, na atual Espanha.
O Mansa vivia em palácio em meio a objetos de grande
riqueza e opulência, que marcou muito a memória dos
viajantes. O mansa vestia-se como um árabe, com um
solidéu na cabeça feito de ouro. Para viajantes e
comerciantes árabes, seus trajes assemelhavam-se aos de
uma mulher por conta do excesso de pulseiras e braceletes
de ouro e prata. O palácio de mansa era na capital, Niani,
localizada de forma estratégica mais distante do deserto
para evitar ataques dos berberes.
 Fonte: Super Abril.
Atenção
O Império do Mali (ou de Mali) tinha grande organização, que era bem dividida e pro�ssional. A burocracia administrativa
(cobrança de impostos, realização de obras, por exemplo) era feita por membros da linhagem real. A burocracia militar organizava
o expansionismo do vasto império, formado por uma grande cavalaria e arqueiros.
Os líderes militares eram homens livres, mas sua base era formada por escravos, geralmente guerreiros capturados de povos
vizinhos que tentaram conter a invasão de Mali. Seus armamentos, para a realidade africana, eram muito potentes. Além do
uso do cavalo com sela, que lhes dava maior mobilidade, inclusive para os arqueiros, empregavam nas batalhas armaduras,
escudos, capacetes, tudo de origem europeia que conseguiam em troca de ouro. Era um exército praticamente imbatível.
Como já exposto, o mansa conquistava territórios sem impor sua religião ou sua língua. Essa preservação de identidade tinha
dois motivos:
O primeiro, para não dar justi�cativa para uma rebelião interna que se tornasse uma grande onda de rebeldia por
autonomia em várias de suas províncias.
Segundo, porque o exército de Mali era imenso e intenso. Porém, seus soldados não eram islâmicos, mas animistas.
Assim, era complexo impor aos povos subjugados uma religião à qual a base do exército de Mali não aderiu, pois poderia gerar
desconforto nas forças de dominação e uma possível aliança por questões religiosas.  
Em regiões mineradoras era um risco a imposição à força porque a consequência, quando tentou-se essa prática, foi a
misteriosa diminuição da produção de metal. Quando o Império do Mali permitia a liberdade religiosa, misteriosamente a
produção de ouro voltava a aumentar.
Comentário
Porém, não há mistério algum. Era uma tática de boicote feita pelos mineradores. Era melhor dar liberdade religiosa do que
arriscar perder o império e o trono, pensavam os mansas.
O tema da escravidão na África, que será tratado em futuras aulas, aparece com muita ênfase no sistema de organização do
Império do Mali. Os escravos eram prisioneiros de guerra — não eram comprados ou trocados —, que em sua maioria eram ou
tornavam-se lavradores. Aqueles que mostrassem habilidades militares nas guerras de conquista eram incorporados ao
exército do Mansa, a quem tinham que jurar lealdade.
A riqueza de Mali tornou-se histórica a partir do ouro. Esse metal saía das
minas para as rotas que atravessavam o Saara e do deserto chegava aos
portos do Mediterrâneo ou às cidades costeiras do mar Vermelho para
abastecer a Europa e a Península Arábica, respectivamente. Em troca, o
Império do Mali recebia dos mercadores (os wangaras) sal (que era tão
necessário como no reino de Gana, que você viu anteriormente), vidros,
armas, cavalos e tecidos.
Além do ouro os malineses mandavam mar�m, cobre e noz de cola. No entanto, nem todos os malineses viviam de ouro. Havia
vilas ligadas à produção de ouro ou à capital onde viviam ferreiros, carpinteiros, ourives. Porém, a maioria da população era
formada por agricultores e pastores que plantavam arroz, milho, criavam cabras, camelos e bois. Os mais pobres que moravam
na periferia do império não tinham acesso às riquezas do comércio transaariano. Assim, trocavam sua produção de
subsistência, especialmente o milho e o sorgo, por peixe seco com os povos que viviam no litoral.
Dois dos relatos mais famosos acerca de Mali é a peregrinação que dois dos seus mansas �zeram a Meca. Veja a seguir.
 A viagem dos mansas Uli e Musa
 Clique no botão acima.
Mansa Uli, ao ir para Meca como é obrigação de qualquer islâmico, não o fez só por obrigação, mas para obter
conquistas. Ao longo da viagem acabou por controlar Gao, Tombuctu e outras cidades que eram entrepostos
comerciais autônomos das caravanas do deserto. Essas cidades cresceram depois como centros culturais e
acadêmicos.
A viagem do Mansa Uli teve três motivações. A primeira, sua fé. A segunda, a busca por um diálogo com os estados
muçulmanos para além da região do Sudão Ocidental, e a terceira, a busca de apoio interno dos líderes religiosos
locais para apaziguar qualquer tensão política.
A segunda viagem marcante foi a de seu sucessor, Mansa Musa, que não entrou para a história como conquistador,
mas pelo que causou à economia da região doOriente Médio e Egito. Mansa Musa fez a peregrinação de mais de seis
mil quilômetros até Meca (a Heja, obrigação do muçulmano de visitar Meca uma vez na vida, a cidade sagrada do Islã),
na atual Arábia Saudita.
Antes de chegar ao Egito ele levou uma comitiva de mais de 12.000 escravos negros e cada um carregava um bastão
de ouro. Estavam vestidos com seda e montados a cavalo, além de 70.000 servos, mais de 50 camelos e duas
toneladas de ouro. Mansa Musa enviou, antes de chegar ao Egito, 50 mil dinares (cada dinar equivale a cerca de quatro
gramas de ouro) para o sultão do Egito, Al-Malik Al-Nasir.
Musa �cou cerca de três meses no Egito dando esmolas valiosíssimas e sendo enganado no preço das mercadorias e
hospedagens pelos comerciantes egípcios. O mansa gastou praticamente toda a sua fortuna antes de chegar à Meca.
Sua viagem só continuou porque conseguiu empréstimos de negociantes no Egito. A quantidade de ouro que Mansa
Musa despejou na região foi tamanha que o ouro foi desvalorizado por duas décadas na região, perdendo seu valor
para a prata, pois a oferta superara a demanda.
Segundo relato do árabe Ibn Bathutta, o musa não dava ordens diretamente, mas tinha um porta-voz para falar com
sua assistência. Não se admitia receber Musa Mansa com calçados. Algo que destaca sua importância na região: por
tradição e hierarquia, ele deveria, ao encontrar-se com o Sultão do Egito, prostra-se ao chão, algo que não conseguiu
fazer e foi atendido.
Ao que tudo indica, Mansa Musa percebeu o isolamento de seu império no mundo islâmico, uma posição de periferia.
Como mudar isso? Como ter tanto ouro e não �gurar entre os reinos islâmicos centrais? Primeiro, sua parada no Egito
foi estratégica. Pela posição geográ�ca do Egito, pela história daquele país, tê-lo como aliado era importante para o
Império do Mali. Além disso, o Egito não tinha mais o ouro que vinha do Sudão oriental, ao sul — uma forma de unir o
ouro com prestígio e acesso ao mar Vermelho.
No retorno de Meca para o Mali, o mansa levou um arquiteto para criar núcleos de conhecimento e de práticas
religiosas em cidades como Gao e Tombuctu. Foram criadas Madrasas — escolas para o estudo do Corão e de Direito
— e mesquitas, além da famosa faculdade de Sankoré, onde se estudava astronomia, matemática e direito.
 Fonte: Wikipédia – Abraham Cresques (2020).
Mansa Mussa retratado em um atlas catalão de 1375. O
texto do mapa diz: "Este senhor negro é chamado Mussa
Mali, senhor dos negros da Guiné. Tão abundante é o ouro
que foi achado no seu país que ele é o mais rico e nobre rei
em toda a terra." 
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Para reforçar os laços com Meca, Mansa Musa teria trazido, segundo relatos árabes, dois descendentes de Maomé
para o Mali para estudarem e depois ajudarem-no na administração do império. Cabe destaque ao fato da necessidade
de letramento. O Islã tem como condição para seu �el a leitura do Corão. Assim, o grupo dirigente sabia ler e escrever
em árabe, de modo que sua universidade vai ter vários livros originais ou copiados do mundo islâmico. Porém, como já
foi destacado, isso não chegava à maioria da população do império.
 Mesquita de Djinguereber, em Tombuctu . Fonte: Wikipédia – KaTesnik (2020).
Império Songhai – Séculos XIV – XVI
O terceiro e último Império da Idade Média africana é o Songai. Sua
constituição se deu a partir da incorporação das terras do Império do
Mali e em expansão continuada nas cidades que margeavam o rio
Níger.
 Mapa do Império Songai. Fonte: Wikipédia – Roke (2020).
Sua origem era uma divisão de ofícios bem estabelecida internamente. As trocas de produtos criaram uma unidade linguística
e cultural que acabou por constituir o povo songai.
 Fonte: O autor.
No século XI, os berberes chegaram à região e islamizaram a maioria dos habitantes. Songai era um entreposto comercial do
comércio que vinha do deserto para o Sudão Ocidental. Foi comandada por Mansa Musa por mais de uma década. Com a
queda de Mali veio a autonomia do Songai e a constituição de um poder centralizado nas mãos de Suni Ali.
Seu �lho não continuou a dinastia após a morte do pai porque ainda usava práticas religiosas animistas e não se submetia ao
clero islâmico. Houve uma rebelião interna comandada por um líder militar, Maomé Ibn Abacar, que teve apoio das lideranças
religiosas e militares. Assim foi formada a dinastia muçulmana Áskia e teve o nome de Muhamed Turê.
Turê estreitou os laços com os reinos islâmicos e foi bem-sucedido. Conseguiu que o sultão do Egito o nomeasse califa do
Sudão ocidental, o que corresponderia à região banhada pelo rio Níger. Assumiu com ostentação e poder sua hégira (ida para
Meca) e na volta acabou fazendo várias jihads de povos que �cavam sob sua tutela, como o povo soninquês, o povo fula e
parte da região dos hauçás.
O Estado de Songai tinha uma divisão bastante clara de atribuições. O imperador e a alta burocracia eram responsáveis pela
administração, pela construção e �scalização das embarcações que passavam pelo Níger; pelas arbitragens de con�itos sobre
terras, que eram taxadas.
Havia um corpo diplomático para representar o imperador songhai na
Europa, na Ásia e no norte africano. No controle menos extenso, como nas
províncias do império, os fari eram chefes nomeados pelo imperador. Nas
aldeias, como aconteceu em Mali, havia a escolha do governante pelas leis e
tradições locais.
As leis seguiam uma divisão social para os convertidos e para os não convertidos. Havia o uso do cádi, código de leis islâmicas
aos seus seguidores com o julgamento de um juiz perito no assunto. Para as comunidades tradicionais era diferente, exigia-se
o respeito aos costumes e às tradições locais, sem imposição do cádi, como a formação de conselhos de anciãos, por
exemplo.
A economia de Songhai era diversi�cada, não �cava presa ao ouro. Havia uma agricultura de subsistência muito grande, assim
como a prática da pesca e a criação de animais. Nas cidades mais desenvolvidas o comércio era mais intenso. As grandes
cidades eram atreladas ao que vinha e saía das rotas transaarianas.
Havia muita circulação de pessoas, de animais, muitas
construções, grande diversidade de mão de obra, amplos
espaços voltados à cultura — havia mais de 150 escolas
espalhadas pelas cidades de Djené e Ualala e a faculdade de
Sankoré, que permaneceu onde havia um grande número
professores de origem marroquina ou egípcia. A educação
formal era exclusivamente masculina. Os jovens aprendiam
gramática, retórica, �loso�a e astronomia.
 Cidade de Tombuctu. Fonte: Worldation (2020).
O �m do grande Império Songhai foi semelhante ao do Império de Mali: disputas internas na linha sucessória; presença mais
intensa de europeus que ampliaram as redes do trá�co para as Américas, quando muitas aldeias foram desorganizadas e
territórios foram tomados para virar feitorias. O �m de�nitivo do Império Songhai foi em 1591.
Atividade
1. Leia o trecho a seguir, re�ita e depois responda o que se pede.
“O primeiro grande Estado tributário sudanês irá sucumbir no século XIII, diante de uma força maior — o reino de Mali. Ainda sobre
Gana, nos diz Mário Maestri: ‘Hipóteses estapafúrdias foram levantadas pelos primeiros historiadores ocidentais que se
interessaram pelo Estado negro. Ventilou-se a possibilidade de que sua fundação fosse obra de judeus sírios fugidos de
perseguições romanas na Cirenaica (região da atual Líbia), no séc. II d. C. As origens do reino são mais simples e menos
fantasiosas’” (MAESTRI, 1988 apud MACEDO JR. 2008, p. 15). 
Por que houve a construção de hipóteses estapafúrdias quanto à fundação do Império de Gana, de acordo com o texto anterior?
2. “Muhamed Turê estreitou as relações do Império de Songai com o mundo islâmico. Como muçulmano devoto que era, o novo
imperador visitou os principais lugares sagrados para o Islã e chegou a receber o título de califa do Sudão. As investidas bélicas
foram mantidas por Muhamed Turê, que conseguiu subjugar importantes grupos vizinhos como os fulas, soninquês,e, sobretudo,
duas importantes cidades-estado dos hauçás: Kano e Gobir” (SANTOS, 2017, p. 82).
Aponte duas características que �zeram muitos chefes africanos se converterem ao islamismo para além do caráter religioso.
3. Entre os séculos VIII e XVII, a África ao sul do deserto do Saara era habitada por vários povos negro‐africanos, cada um com
seu jeito próprio de ser. Alguns desses povos construíram impérios e reinos prósperos e organizados, como o Império do Mali e o
Reino do Congo. Há poucos documentos escritos sobre Mali. Os vestígios arqueológicos (vasos, potes, panelas, restos de
alimentos e de fogueiras) também são reduzidos. Dentro do contexto da história africana e de alguns impérios como o de Mali,
conferia‐se importância notável aos griots, que:
a) Representavam o grupo majoritário da sociedade, pois, como guerreiros, cuidavam da segurança e das estratégias de guerra.
b) Eram os líderes religiosos, que baseados em conhecimentos ancestrais ainda mantinham intacta a religião de seus antepassados.
c) Eram os indivíduos que tinham o compromisso de preservar e transmitir histórias, fatos históricos, conhecimento e canções de seu
povo.
d) Detinham o poder entre as mais variadas tribos por serem os únicos proprietários de terras, responsáveis por distribuir o trabalho e a
produção.
e) A cultura Mali valoriza aspectos da ancestralidade e da manutenção de seus princípios. Isso era contado às crianças e fazia parte do
aconselhamento dinâmico dos adultos, por isso eram vitais.
Notas
soninquês 1
Povo negro que vivia em aldeias ao redor de Gana e aos berberes eram submetidos.
Referências
FRY, P. A persistência da raça. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
MACEDO, JR. (org.) Desvendando a história da África. Porto Alegre: UFRGS, 2008. Disponível em:
http://books.scielo.org/id/yf4cf/pdf/macedo-9788538603832.pdf. Acesso em: 10 out. 2020.
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MOHAMMED, E. F. História geral da África, III: África do século VII ao XI. Unesco. Disponível em:
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000190251. Acesso em: 10 out. 2020.
SANTOS, Y. L. História da África e do Brasil afrodescendente. Rio de Janeiro: Pallas, 2017, p. 82.
Próxima aula
Identi�car as práticas escravistas na África no período da Antiguidade, antes da presença islâmica no continente;
Analisar as relações políticas, econômicas e sociais entre a África e os reinos muçulmanos da Península Arábica.
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