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Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
1 
 
Estado de Mato Grosso do Sul 
 Polícia Militar - Guardiã da Cidadania 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTO 
 POLÍCIA MILITAR DE MATO GROSSO DO SUL 
 
 
 
 
 
 
 
 JANEIRO/2020 
 
Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
2 
 
GERENCIAMENTO DE CRISES 
 
INTRODUÇÃO 
Para lidar com situações cruciais e urgentes a polícia teve em algum 
momento que mudar sua postura, suas técnicas, suas táticas e estratégias de 
modo a respeitar dentre outros, os direitos humanos, do refém ou vítima, do 
causador da crise ou autor e dos próprios policiais envolvidos na situação. 
Há corporações policiais que investem num sistema adequado para 
gerenciar as crises que acontecem em seu território e estabelecem normas 
bem definidas. Já outras, pelo contrário, investem de maneira inadequada ou 
não investem nada nessa área, o que contribui para falhas grotescas. Por ser 
uma situação de alta complexidade e de baixa incidência, as crises costumam 
ser menosprezadas em relação aos outros tipos de ocorrências policiais, que 
são mais corriqueiras e evidentes. Por suas naturezas e modo como são 
perpetradas, definem-se como crises policiais as seguintes ocorrências: 
a. roubos ou outros crimes frustrados com tomadas de reféns; 
b. extorsões mediante sequestro; 
c. rebeliões com reféns em estabelecimentos prisionais, unidades de 
internação, cadeias públicas ou delegacias; 
d. mentalmente perturbados, barricados ou não, com tomada de vítimas, 
reféns ou sozinhos; 
e. criminosos sozinhos e barricados contra a ação da polícia; 
f. movimentos sociais ou grupos sociais específicos (como índios, por 
exemplo) com a tomada de reféns ou vítimas; 
g. tentativas de suicídio; 
h. ocorrências que envolvem artefatos explosivos; 
i. ações terroristas (atentados ou tomadas de reféns ou vítimas); 
j. atiradores em posição privilegiada ou no interior de escolas, 
universidades ou qualquer outro estabelecimento público ou privado atirando 
em alvos aleatórios (os chamados atiradores ativos”); 
k. tomada de aeronaves por criminosos, mentalmente perturbados ou 
terroristas; 
l. acidentes de grandes proporções. 
 
1 ORIGEM DA DOUTRINA DE GERENCIAMENTO DE CRISES 
A doutrina estudada e aplicada sobre Gerenciamento de Crises no 
Brasil, já vem sendo consolidada a praticamente duas décadas recebendo um 
tratamento de caráter científico nos EUA, estando atualmente o assunto 
consolidado em bases doutrinárias consistentes. 
 
Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
3 
 
Nas Academias de Polícia dos EUA, e em especial na Academia 
Nacional do FBI (Federal Bureau of Investigation), o Gerenciamento de Crises 
tornou-se matéria de tão grande importância, que é ministrada tanto nos cursos 
de formação, como também, nos cursos de especialização e aperfeiçoamento 
de policiais. Podemos até afirmar que tal disciplina se apresenta como sendo 
essencialmente necessária na cartilha dos executivos de polícia daquele país, 
fazendo com o que, o resultado de tal conscientização sobre sua importância, 
têm proporcionado uma padronização no atendimento de ocorrências em 
eventos cruciais. 
 
 
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA DOUTRINA DE GC 
2.1 Crise 
“Um evento ou situação crucial, que exige uma resposta especial da 
Polícia, a fim de assegurar uma solução aceitável.” (FBI) 
 
2.2 Gerenciamento de Crise (GC) 
“É o processo de identificar, obter e aplicar os recursos necessários à 
antecipação, prevenção e resolução de uma crise.” (FBI) 
 
2.3 Causador da Crise (CC) 
De maneira ampla e genérica é todo aquele individuo que dá causa a um 
evento crítico. 
 
2.4 Ponto Crítico 
É o local onde se instalou a crise, ou seja, onde está localizado o 
causador da crise, com ou sem reféns ou vítimas. Em outras palavras, é todo o 
espaço físico controlado pelo CC, onde ele tem acesso e pode modificar sua 
estrutura. 
 
2.5 Refém 
É a pessoa mantida pelo CC para garantir ou forçar o cumprimento de 
determinadas ações. Refém tomado é aquele geralmente capturado, 
aleatoriamente, após a prática frustrada de qualquer crime por um ou mais 
indivíduos. Refém sequestrado é aquele envolvido no crime de extorsão 
mediante sequestro, o qual segue todo ritual de planejamento e preparação por 
parte dos criminosos. 
 
2.6 Vítima 
 
Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
4 
 
É a pessoa envolvida na crise por problemas emocionais, como 
relacionamentos mal resolvidos, transtornos mentais do CC ou questões de 
vingança. Nesse caso, e diferentemente da situação de refém, há o vínculo 
anterior com o CC. Para o CC só interessa a pessoa da vítima, e assim, o risco 
de morte é iminente e muito maior que do refém. 
 
2.7 Gerente da Crise 
É a mais alta autoridade policial responsável pelo gerenciamento da 
crise e que tem poder de decisão sobre as ações, podendo estar presente ou 
não na cena de ação ou teatro de operações (todo o local onde se desenrola a 
ação, incluindo o ponto crítico e toda área circundante). 
 
2.8 Comandante da Cena de Ação 
É o oficial da Polícia Militar que administra os recursos e estabelece os 
procedimentos operacionais relativos ao evento. Ele pode acumular a função 
de Gerente da Crise em caso de necessidade. 
Todos os elementos administrativos e operacionais disponíveis estarão 
sob seu comando, incluindo os responsáveis pelo isolamento, as equipes 
especializadas, o efetivo de apoio, os assessores logísticos, de imprensa, etc. 
De acordo com o Decreto Estadual n. 9686, de 28 de outubro de 1.999 
tal função deve ser exercida prioritariamente por oficial superior da Polícia 
Militar. Na prática, esta função recai sobre o comandante ou subcomandante 
do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), entretanto, nada obsta 
que um Oficial Superior da unidade de área ou outra unidade especializada 
assuma tal função, sendo nesse casso, assessorado tecnicamente pelos 
especialistas do BOPE. 
 
2.9 Suicida 
Designa tanto a pessoa que consumou o ato autodestrutivo quanto o 
indivíduo encontrado no ensaio para a própria morte. Em GC interessa este 
último, pois a tentativa de suicídio é uma crise com características peculiares. 
 
2.10 Equipe de Negociação Policial (ENeP) 
Formada por policiais militares (especializados na área de Negociação 
em Crises) é responsável pela aplicação da primeira alternativa tática durante o 
gerenciamento. 
Criada em 2005 pela Portaria N. 024/PM-3/05, de28 de novembro de 
2005, tem em sua configuração sete funções distintas: Chefe da Equipe, 
Negociador Principal, Negociador Secundário, Negociador Anotador-
cronometrista, Negociador Coletor de Informações, Apoio Logístico e Assessor 
Psicológico. 
 
Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
5 
 
O Negociador Principal é o responsável pelo contato direto com CC, 
sendo qualificado como o porta-vos dos responsáveis pelo gerenciamento da 
crise. 
 
2.11 Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) 
Formado por policiais militares concludentes do Curso de Operações 
Policiais Especiais (COEsP) ou Ações Táticas Especiais (CATE), divide-se em 
áreas de especialização por meio de equipes como: arrombamento tático, 
ações em ambientes verticais, técnicas não letais, tiro policial de precisão, etc. 
Possui, entre outras missões: prover segurança para a ENeP, conduzir e 
proceder a rendição dos Causadores da Crise, realizar intervenção tática para 
resgate de reféns e garantir o desfecho da crise com força letal ou não. 
É a equipe responsável pela implementação das demais alternativas 
táticas. 
 
2.12 Primeira Intervenção 
É o conjunto de ações técnicas a ser aplicado pelo policial militar ou 
equipe de policiais militares que primeiro de deparam com a ocorrência crítica 
em andamento. A este policial ou policiais é dado o nome de primeiro 
interventor ou de primeiros interventores. 
 
 
3 OBJETIVOS DO GERENCIAMENTO DE CRISES 
Para que se possa entendermelhor todo o processo gerencial deve se 
entender primeiramente quais são os objetivos do gerenciamento de crises: 
 
a. preservar vidas; 
b. aplicar a lei; e 
c. restabelecer a ordem. 
 
Como se pode perceber os objetivos foram dispostos em uma ordem, 
onde preservar vidas é o principal dos objetivos, e com base nas normas de 
direitos humanos, todas as vidas humanas envolvidas devem ser preservadas; 
não só as dos reféns, mas as dos causadores da crise, dos terceiros não 
envolvidos diretamente no fato e a do próprio policial envolvido na resolução da 
crise. Tudo isso sem, contudo, deixar de aplicar a lei e restabelecer a ordem. 
 Sabendo quais são as metas primordiais do gerenciamento de crises 
deve-se basear todo processo gerencial em busca de alcançá-las, surge daí a 
necessidade de tomar decisões que as farão possíveis. 
 
 
 
Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
6 
 
4 CRITÉRIOS DE AÇÃO 
Para balizar e facilitar o processo decisório no curso de uma crise, a 
doutrina estabelece o que se chama critérios de ação: 
 
a.Necessidade - Indica que qualquer ação somente deve ser 
implementada quando for indispensável. 
b.Validade do Risco - Orienta que toda e qualquer ação tem que levar 
em conta se os riscos dela advindos são compensados pelos resultados. 
c.Aceitabilidade - Implica em que toda a ação deve ter embasamento 
legal, moral e ético. 
 
 
5 FASES DO GERENCIAMENTO DE CRISES CRONOLOGICAMENTE 
DISTINTAS 
5. 1 Pré-confrontação ou Preparo 
É a fase que antecede a confrontação do evento crucial. Durante esta 
fase, a instituição policial se prepara, administrativamente, em relação à 
logística, operacionalmente através de instruções e operações simuladas, 
planejando-se para que possa atender qualquer crise que vier acontecer na 
sua esfera de competência. 
São todos aqueles procedimentos fundamentais, que irão permitir aos 
órgãos e pessoas envolvidos em um evento crítico, possuir condições de 
interagir de maneira pró-ativa com as situações encontradas. A ausência e ou 
carência de uma destas fases proporcionarão dificuldades ou até mesmo 
impedirá uma resposta satisfatória para sociedade. 
 
5.2 Confrontação ou Medidas de Resposta Imediata 
A fase de confrontação ou resposta imediata corresponde ao momento 
em que as primeiras medidas devem ser adotadas, imediatamente a eclosão 
de um evento crítico. 
Neste sentido o primeiro interventor deve adotar imediatamente as 
medidas que resumidamente podem ser descritas como (serão detalhadas 
quando se tratar das ações do primeiro interventor): 
 
 CONTER - evitar que a crise aumente o seu grau de risco ou se 
alastre. 
 ISOLAR - definir clara e perfeitamente os perímetros de segurança 
não seletivos. 
 ESTABILIZAR- minimizar os riscos, tentar acalmar a situação, 
mantendo contato, se necessário com o CC, sem contudo, fazer concessões. 
 
 
Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
7 
 
5.3 Plano Específico 
É nesta fase em que os profissionais envolvidos no gerenciamento da 
crise estuda maneiras para resolvê-la adequadamente. Como próprio nome já 
diz é nesta fase em que se estabelece um plano específico para alcançar a 
solução aceitável da crise, podendo ser negociada ou tática. 
 
5.4 Resolução 
Nesta fase põe-se em prática o plano específico. Nesta fase também 
está implícito o pós-evento, cabendo aos elementos atuantes a produção de 
relatórios, encaminhamento do fato, perícias, entre outras providências. 
 
 
 
6 PERÍMETROS TÁTICOS DE SEGURANÇA 
Torna-se imperativo e fundamental o estabelecimento dos perímetros de 
segurança para que a crise possa ser gerenciada, quais sejam: 
 
 
EXTERNO - É também um cordão de isolamento, destinado a formar 
uma zona tampão entre o perímetro interno e o público, onde nela ficam 
instalados o posto de comando (PC) do comandante do teatro de operações ou 
Gerente da Crise e o posto de comando tático (PCT), do comandante do grupo 
tático especial. A mídia e o público devem permanecer fora dos perímetros. 
INTERNO - É um cordão de isolamento que circunda o ponto crítico, 
formando o que se denomina de zona estéril. No seu interior, somente devem 
 
Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
8 
 
permanecer os causadores do evento, os reféns (se houver) e os policiais 
especialmente designados. E ninguém mais. 
 
7 ALTERNATIVAS TÁTICAS 
As alternativas táticas, para resolução de ocorrências com reféns 
localizados, têm sido modificadas no decorrer dos anos. 
Atualmente as alternativas táticas para resolução de crises com reféns 
localizados são: 
 
7.1 Negociação 
A negociação constitui, o que se costuma dizer, a rainha das 
alternativas táticas. Isso porque, na quase totalidade das ocorrências em nosso 
país, o transgressor da lei faz o refém de forma ocasional, ou seja, foi 
percebido na sua ação criminosa, teve sua fuga frustrada e, temendo o 
confronto com a polícia, cria a situação de refém. 
Em síntese, o processo de negociação consiste em conduzir o 
transgressor da lei à calma, estabelecendo uma relação de confiança entre ele 
e o negociador de forma a convencer o transgressor de que a melhor solução é 
entregar-se para que lhe seja garantida a vida e a integridade física. 
 
7.2 Emprego de Técnica não-letais 
Em primeiro lugar devemos levar em conta de que não há armas, 
instrumentos ou equipamentos não-letais, o que de fato existem são técnicas 
que tornam tais instrumentos não-letais. Por exemplo, o mesmo agente 
químico pode causar mortes ou agir como incapacitante temporário, pois é a 
técnica de utilização que dá este diferencial. 
Atualmente há no mercado diversas tecnologias, instrumentos, armas e 
equipamentos, que se utilizados com a adequada técnica levam a 
incapacitação temporária, diminuição do estado combativo, imobilização, entre 
outros desejados pelo emprego destas técnicas, tais como: Armas de energia 
conduzida, defesa pessoal, agentes químicos, munições de impacto 
controlado, etc. 
 
7. 3 Tiro de Comprometimento 
O tiro de comprometimento é o nome técnico que se dá ao tiro realizado 
pelo ‘atirador policial de precisão’ para neutralizar o infrator que mantém reféns 
sob seu poder, ou seja, é uma alternativa para solução de ocorrências com 
reféns localizados que pretende com um único disparo de uma arma de fogo 
aplicar uma medida letal ao causador da crise livrando o refém subjugado da 
grave ameaça de sua vida. 
 
Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
9 
 
O tiro de comprometimento constitui também uma alternativa tática de 
fundamental importância para resolução de crises envolvendo reféns 
localizados. No entanto, a aplicação dessa alternativa tática necessita de uma 
avaliação minuciosa de todo o contexto, sobretudo, do polígono formado pelo 
treinamento, armamento, munição e equipamento, que são os elementos 
fundamentais para que o objetivo idealizado seja alcançado. 
É fundamental ratificar que é de total responsabilidade do atirador a 
escolha do momento para executar o tiro. Nesse momento, sua convicção de 
que atingirá o objetivo proposto deve ser absoluta, muito embora saibamos das 
possibilidades de erro. 
 
7.4 Invasão Tática 
Como o próprio nome diz a alternativa tática chamada de invasão tática 
ou assalto tático, nada mais é do que a invasão do local onde se encontrem o 
causador da crise e os reféns, por policiais treinados especialmente para isso, 
valendo-se de técnicas e táticas igualmente especiais, com o objetivo de dar 
término àquela situação de risco. 
Na Polícia Militar de Mato Grosso do Sul o BOPE possui o grupo 
treinado e especializado nesta alternativa tática e deve exercer com 
exclusividade este papel no âmbito da PMMS. 
A invasão tática representa, em geral, a última alternativa a ser 
empregada em uma ocorrência com refém localizado. Isso ocorre porque o 
emprego da invasão tática aumenta sobremaneira o risco da operação, 
elevando, consequentemente, o risco de vida para o refém, parao policial e 
para o transgressor da lei. Isso por si só colide com um dos objetivos principais 
do gerenciamento de crises que é a preservação da vida. 
Dessa forma, só se admite a aplicação dessa alternativa tática quando, 
no momento da ocorrência, o risco em relação aos reféns se torna um risco 
insuportável ou ainda quando, na situação em andamento, houver uma grande 
possibilidade de sucesso. 
 
 
8 OS 10 PASSOS DA PRIMEIRA INTERVENÇÃO 
Os 10 passos a serem tomados pelos primeiro interventor ao se 
confrontar com uma crises são na verdade a explanação detalhada das 
medidas de resposta imediata (2º Fase Cronológica do Gerenciamento de 
Crises), e apesar de a as apresentarmos, aqui, numa sequência didática e 
objetiva, devem ser tomados de maneira praticamente simultânea. São eles: 
 
8.1Localizar o ponto exato da crise: o ponto crítico; 
 
 
Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
10 
 
8.2 Conter a crise, a fim de não deixar que ela se alastre ou mude de 
local; 
 
8.3 Isolar o ponto crítico, não permitindo que o Causador da Crise (CC) 
faça contato com o mundo externo e vice-versa, além de dar início aos 
perímetros de segurança; 
 
8.4 Estabelecer contato sem concessões ao CC; 
 
8.5 Solicitar apoio de área; 
 
8.6 Coletar informações acerca dos reféns, vítimas, CC, armas, prazos, 
motivações e detalhes das instalações físicas do ponto crítico; 
 
8.7 Diminuir o estresse da situação, com intuito de estabilizá-la; 
 
8.8 Permanecer em local seguro; 
 
8.9 Manter terceiros (imprensa, curiosos e familiares) afastados para 
resguardar suas vidas; 
 
8.10 Acionar as equipes especializadas do Batalhão de Operações 
Policiais Especiais (BOPE). 
 
 
CONCLUSÃO 
Metodizar o atendimento das crises ajudará a todos os profissionais do 
SISTEMA DE DEFESA SOCIAL a abandonar condutas meramente intuitivas e 
improvisadas em substituição pela boa técnica sedimentada e comprovada. 
 
PROCEDIMENTO PARA PRIMEIRA 
INTERVENÇÃO EM AMBIENTE RURAL. 
 
 
APROXIMAÇÃO 
 
Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
11 
 
1. Parar a viatura há pelo menos 50 m do local em que houve perda de contato 
ou indício de entrada em área rural pelos criminosos. 
2. Manter sigilo de luzes e ruídos quando do deslocamento a pé. 
3. Deslocar a pé com cautela até ponto necessário para realizar o isolamento. 
4. Manter a segurança da guarnição durante os atos da aproximação. 
 
 
PRESERVAÇÃO DE INDÍCIOS 
1. Identificar, se possível, o local de abandono do veículo ou último vestígio 
deixado pelos criminosos. 
2. Identificar as possíveis ameaças à segurança da equipe. 
3. Realizar o isolamento da área ao redor dos indícios/vestígios localizados. 
4. Proibir a aproximação de qualquer pessoa, policial ou não, ao ponto do 
último indício/vestígio. 
5. Não adentrar em local de mata atrás de criminosos. 
6. Sendo estritamente necessária a manipulação do veículo localizado, deverá 
ser realizada apenas por um policial, devendo ainda enumerar os locais que 
foram violados e ainda, utilizar luvas para a preservação de evidências. 
7. Durante a manipulação do veículo, violar apenas um lado do veículo. 
8. Ao aproximar do veículo, para qualquer intervenção, escolher uma rota que 
não possua outros vestígios. 
9. A rota utilizada para a aproximação deverá ser a mesma pra o retorno ao 
ponto de origem. 
 
SOLICITAÇÃO DE APOIO 
1. O comandante poderá decidir sobre pedir apoio de equipe especializada do 
Batalhão de Operações Policiais especiais – BOPE. 
2. Ao decidir pelo apoio do BOPE, deverá de imediato solicitar o acionamento 
do Batalhão de Operações Policiais Especiais, providenciar o cerco da área 
utilizando todo efetivo de serviço disponível quando possível, preservar todos 
os indícios e vestígios deixados pelos infratores, inclusive veículos e não 
adentrar na área supostamente invadida pelos criminosos. 
 
Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
12 
 
3. Ao decidir por não pedir apoio especializado do BOPE, o comandante 
deverá avaliar a validade de risco quanto ao efetivo que dispõe e solicitar 
outras viaturas para o auxílio no cerco, devendo avaliar a capacidade técnica 
da equipe em realizar busca e captura em matas, recolher veículos e objetos 
deixados pelos criminosos e entregar à autoridade policial. 
4. O comandante que não optar pelo apoio da equipe especializada deverá 
ainda adotar procedimentos de segurança para a equipe que irá adentrar na 
região de mata, certificando-se que estará em supremacia de força caso haja 
abordagem nos indivíduos homiziados. 
5. A solicitação de apoio poderá se estender a outras unidades da PMMS de 
cidades adjacentes a do fato, para auxílio no cerco. 
6. Coletar o máximo de informações sobre características, quantidade de 
criminosos, tipo de arma, vestimentas e demais detalhes que se façam 
necessários às buscas. 
 
 
CERCO POLICIAL 
1. Assim que a guarnição policial solicitou apoio de outras equipes, inicia-se o 
cerco. O cerco policial deverá ser realizado na extensão da via em que se deu 
o abandono do veículo ou último indício/vestígio encontrado de entrada na 
mata por parte dos criminosos, e ainda, nas estradas vicinais ou não, que dão 
acesso à via da ocorrência. 
2. O cerco deverá ser realizado principalmente na via que foi o abandono do 
veículo ou último indício/vestígio encontrado. 
3. Para cálculo da distância do cerco, deverá ser adotada a seguinte conta: 
4km para a primeira hora de ocorrência e 2km/h a partir da segunda hora. A 
este cerco damos o nome de “zona de confinamento”. 
4. O cerco deverá ser volante, com utilização de sinais visuais (giroflex) e por 
vezes sonoros (sirene). 
5. Durante o cerco, a equipe deverá abordar os veículos que passam, pois 
poderá ocorrer tentativa de resgate por outros criminosos. 
6. Se possível, uma equipe deverá ficar responsável por realizar visitas nas 
chácaras e fazendas da zona de confinamento, informando da ocorrência e 
solicitando que liguem 190 caso tenham alguma notícia sobre o fato. 
7. O objetivo do cerco volante é para que o criminoso sinta-se cercado, fazendo 
com que estacione ou tente andar na área rural para sair da zona de 
confinamento. Na primeira situação, ganhamos vantagem seguirá os rastros 
 
Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
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deixados pelo criminoso para realizar a prisão. No caso do criminoso andar na 
área rural, tentando sair zona de confinamento, fará com que fadigue e 
possivelmente peça ajuda em chácaras ou fazendas, solicitando água e 
comida. Ganhamos vantagem também nesse aspecto, pois os criminosos 
deixarão rastros e com isso as informações chegarão até as equipes 
empenhadas. 
8. Na zona de confinamento, sempre que possível, o comandante deverá 
dispor de policiais a pé na via, em dupla, no horário noturno, pois é comum o 
criminoso andar na via tentando romper a zona de confinamento. Quando estes 
andam pela via e visualizam faróis de veículo, entram na mata ou deitam-se na 
lateral da estrada tornando a deslocar-se quando o veículo passa. Portanto, é 
de suma importância manter os policiais na via, atentando para o cálculo da 
distância do cerco. 
 
 
OCORRÊNCIAS COM BOMBAS E 
EXPLOSIVOS 
 
CONCEITOS 
 
Explosivo - Todo produto que, por meio de uma excitação adequada, se 
transforma rápida e violentamente de estado, gerando gases, altas pressões e 
elevadas temperaturas. 
 
Explosão - É toda expansão violenta, provocada pela decomposição da 
matéria explosiva. 
 
Bomba - Todos os dispositivos ou artefatos confeccionados para causar 
danos, lesões ou mortes, de forma voluntária ou não. 
As bombas possuem as seguintes classificações: 
 Bombas Industrializadas e Comercializadas (EOD) - São todas 
as bombas confeccionadas regularmente, como foguetes, mísseis, 
granadas e petardos. 
 Artefatos Explosivos Improvisados (IED) - São todas as bombas 
caseiras ou improvisadas, com fins terroristas, criminosas ou não. 
 Bombas Falhadas (UXO)- São bombas industrializadas e 
comercializadas, mas que quando da tentativa de se utilizar tenham 
falhado por algum problema em seu mecanismo de funcionamento, 
ou falha técnica de utilização. 
 
Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE/CPE 
 
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 Simulacros - Artefato improvisado que não apresenta 
componentes necessários para causar explosões, construído com o 
simples propósito de causar pânico, ou que, por imperícia do autor 
não possui os elementos essenciais de uma bomba. 
 
Ações antibombas – São operações e procedimentos operacionais 
policiais militares de caráter preventivo ou de reação imediata a uma ameaça a 
bomba até o nível de localização de objetos suspeitos, de explosivos ou da 
caracterização da real possibilidade da existência de uma bomba em 
determinado lugar. 
São consideradas ações antibombas: 
 Segurança de pessoal e instalações – Todos os procedimentos 
operacionais, instrução, treinamento, planos de segurança, 
policiamentos preventivos e outras ações que visem inibir ou 
prevenir um atentado a bomba. 
 Análise de ameaças à bomba – Procedimentos de análise em uma 
ameaça de bomba ou localização de objetos suspeitos, visando 
detectar a probabilidades da real existência de uma bomba, ou 
ainda sua origem, autores e motivação (Os anexos I e II da Diretriz 
servirão de peças para auxílio neste trabalho). 
 Varreduras – Compreende o emprego de técnicas operacionais 
visando localizar objetos suspeitos. Pode ser empregada 
preventivamente por rotina de segurança ou ocasião de eventos, 
ou ainda no caso de reação imediata a uma situação de possível 
existência de bomba ou explosivos, como em ameaças ou 
informações sobre atentados. 
 Localização de objetos suspeitos – Identificação de um objeto 
suspeito de ser bomba quer seja após uma ameaça ou informação, 
quer seja pela simples suspeita motivada pelo objeto de origem 
não conhecida ou características ameaçadoras. 
A tomada de ações antibomba é exercida: 
 Prioritariamente, na capital, pelas equipes do BPCHQ; 
 Extraordinariamente, na capital, pelas equipes de 
radiopatrulhamento das OPM; 
 No interior do Estado, ordinariamente pelas equipes da ROTAI ou 
de Força Tática, e extraordinariamente pelas equipes de 
radiopatrulhamento das OPMs; 
 
Ações contrabombas – São operações e procedimentos operacionais 
policiais militares de reação a uma ameaça a bomba ou localização de bombas 
e explosivos, englobando a identificação, remoção, destruição, neutralização e 
desmontagem de bombas ou explosivos. 
 
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São ações contrabombas: 
 Identificação de objetos suspeitos: Confirmação da suspeição de 
objetos sobre o qual se pressupõe a real existência de bombas e 
explosivos. 
 Remoção: Transporte da bomba ou explosivo, realizado com 
segurança, seguindo as técnicas e regulamentações, do local onde 
foi encontrado para local onde possa ser destruído, neutralizado ou 
desmontado. Somente será feito a remoção em situações de 
extrema necessidade, quer pela avaliação de danos, quer pela 
segurança de outras pessoas. 
 Neutralização: Procedimento operacional que visa tornar a bomba 
ou explosivo inerte, proporcionando segurança para demais ações 
necessárias. 
A tomada de ações contrabombas será exercida exclusivamente pelo 
GBE/1ª CIA/BOPE, Grupo de Bombas e Explosivos, do Batalhão de Operações 
Policiais Especiais. 
 
Ocorrências com bombas – São todas as ocorrências policiais militares 
que envolvam bombas, explosivos ou ainda a possibilidade da existência de 
uma bomba, como em ameaças e varreduras preventivas. 
As ocorrências com bombas se classificam, da seguinte forma: 
AMEAÇA DE BOMBA – É a comunicação direta ou indireta, informação 
ou suspeita fundada da existência de uma bomba em determinado local. 
Subdivide-se em: 
a) Ameaça Falsa – Quando as informações ou análise da suspeita 
são infundadas, não havendo elementos ou provas que confirmem 
a possível existência da bomba. 
b) Ameaça Real – Quando existem elementos materiais ou 
testemunhais que comprovem ou confirmem a possível existência 
da bomba. 
LOCALIZAÇÃO DE BOMBA – É a identificação de um objeto suspeito de 
ser uma bomba. 
EXPLOSÃO DE BOMBA – São incidentes onde um artefato explosivo 
apresentou perfeito funcionamento provocando uma explosão e por 
consequência seus efeitos. 
APREENSÃO OU ENCONTRO DE EXPLOSIVOS – É a simples 
localização de produtos abandonados, que se presume tratarem de explosivos, 
ou mesmo a localização de explosivos resultante de fiscalização policial militar, 
e que tenha a necessidade de se efetuar a apreensão, devido o transporte ou 
manejo ilícito do produto. 
 
 
 
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PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS EM OCORRÊNCIAS 
 
NO CASO DE AMEAÇA DE BOMBA 
 No local, contatar com a pessoa ameaçada, ou responsável pelo 
local ameaçado ou mesmo com alguém da segurança, a fim de 
inteirar-se do que de fato está acontecendo; 
 Não desocupar o local antes de realizar a análise completa da 
situação; 
 Coletar informações que irão subsidiar a análise para a verificação 
do grau de veracidade da ameaça (anexo I da Diretriz); 
 Classificar a ameaça por meio de elementos objetivos (anexo II da 
Diretriz); 
 Caso a ameaça seja classificada como FALSA, o policial militar 
deverá providenciar a varredura do local; 
 Durante a varredura solicitar aos funcionários que observem tudo 
que não é pertinente ao local ou não havia sido percebido até 
então, devendo os policiais orientá-los quanto a não tocar e não 
mexer em nada que não seja de seu conhecimento; 
 Iniciar a varredura com o auxílio da pessoa ameaçada, 
funcionários, frequentadores ou moradores do local ameaçado, que 
acompanharão os policiais indicando os eventuais objetos 
suspeitos; 
 No caso de nada ser encontrado de suspeito, o local deverá ser 
liberado e a pessoa ameaçada orientada a registrar o fato, bem 
como, registrar o atendimento da ocorrência; 
 Caso encontre qualquer objeto que se presuma ser um artefato 
explosivo, não mexer, não tocar, não remover e nem tentar 
desativá-lo; 
 Caso a ameaça seja classificada como REAL o policial militar 
deverá: 
1) Acionar imediatamente o BOPE por meio do Centro de 
Operações; 
2) Acionar meios auxiliares, como equipe de pronto socorro de 
urgência e equipes do policiamento de trânsito caso haja 
necessidade; 
3) Coletar o maior número de informações sobre o objeto e as 
circunstâncias de sua localização, bem como arrolar 
testemunhas (Anexo III da Diretriz); 
4) Isolar o local, providenciando a sua desocupação de forma 
calma e organizada; 
5) Providenciar para que o fluxo de trânsito no local seja 
mantido, para a chegada rápida da equipe especializada. 
 
 
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Observação importante: A desocupação NUNCA será a primeira medida 
adotada em caso de ameaças de bombas, pois uma desocupação precipitada: 
 Impossibilita ações antibomba, que deve ser acompanhada por 
alguém familiar ao local, que indicará ao policial militar os objetos 
suspeitos; 
 Gera pânico e paralisação das atividades, grande parte das vezes 
o principal objetivo do ameaçador; 
 Não resolve o problema. 
 
NO CASO DE LOCALIZAÇÃO DE BOMBA 
 No local, contatar com o responsável pelo local onde o objeto tenha 
sido localizado; 
 Não mexer, não tocar, não remover e nem tentar desativar o 
artefato em questão; 
 Acionar imediatamente o BOPE por meio do Centro de Operações; 
 Acionar meios auxiliares, como equipe de pronto socorro de 
urgência e equipes do policiamento de trânsito caso haja 
necessidade; 
 Coletar o maior número de informações sobre o objeto e as 
circunstâncias de sua localização, bem como arrolar testemunhas 
(Anexo III da Diretriz); 
 Isolar o local, providenciando a sua desocupação de forma calma e 
organizada; 
 Providenciar para que o fluxo de trânsitono local seja mantido, 
para a chegada rápida da equipe especializada; 
 Registro de boletim de ocorrência. 
 
NO CASO DE EXPLOSÃO DE BOMBA 
 No local, verificar e existência de feridos e providenciar o socorro 
apropriado; 
 Isolar e desocupar o local da explosão; 
 Acionar imediatamente o BOPE por meio do Centro de Operações, 
para a realização de varredura contrabombas; 
 O acesso de peritos ou equipes de investigação ao local da 
explosão deve ser precedido de varredura de segurança realizada 
pelo BOPE e a confirmação da inexistência de outra bomba ou 
restos de explosivos que exponham tais equipes a perigo; 
 
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 Coletar informações que contribuam com as investigações; 
 Providenciar para que o fluxo de trânsito no local seja mantido, 
para a chegada rápida da equipe especializada; 
 Resgitrar o fato por meio de boletim de ocorrência. 
 
NO CASO DE APREENSÃO OU ENCONTRO DE EXPLOSIVOS 
 Identificação do material explosivo; 
 Solicitação de documentação relativa ao material identificado; 
 Imediata comunicação ao BOPE; 
 De acordo com as características do material encontrado a equipe 
policial adotará os procedimentos seguindo orientações do BOPE; 
 Caso o material apresente características de deterioração ou ainda, 
que se presuma ser um artefato explosivo não mexer, não tocar, 
não remover e providenciar o isolamento e desocupação do local; 
 Acionar meios auxiliares, como equipe de pronto socorrismo de 
urgência e equipes do policiamento de trânsito caso haja 
necessidade; 
 Providenciar para que o fluxo de trânsito no local seja mantido, 
para a chegada rápida da equipe especializada; 
 Registrar o fato por meio de boletim de ocorrência. 
 
ISOLAMENTO 
Distâncias de referência: 
 
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Formatação dos perímetros de segurança: 
 
 
AÇÕES DE LOCALIZAÇÃO 
A busca/varredura compreende o emprego de técnicas operacionais de 
varreduras dos locais sob suspeição, visando localizar objetos suspeitos. A 
busca é o procedimento mais eficiente para a detecção de bombas e pode ser 
empregada em diversas situações. 
De acordo com a situação a busca pode ser classificada como: 
 Preventivas: Ocorrem por prevenção em ocasiões de eventos 
especiais ou por rotina de segurança, que surgem de acordo com a 
 
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necessidade e a demanda de órgãos e/ou autoridades quanto a 
segurança do seu pessoal e de suas instalações; 
 Reativas: Varreduras que envolvem um perigo iminente, 
decorrendo da reação imediata a uma ameaça ou possibilidade da 
existência de uma bomba. 
Meios empregados em ações de localização: 
MEIOS VANTAGENS DESVANTAGENS 
SUGESTÃO DE 
EMPREGO 
PESSOAS 
Baixo custo 
Rapidez 
Amplitude 
Baixo nível de 
detecção: sujeito 
ao julgamento 
pessoal 
Buscas de baixo 
risco. 
CÃES 
Rapidez 
Amplitude 
Pequeno tempo 
de trabalho. Não 
detecta o tipo de 
explosivo 
Buscas de alto 
risco. 
DETECTORES 
Detecção exata 
do tipo de 
explosivo 
Alto custo 
Limitações de 
tempo e emprego 
Busca de alto 
risco, em objeto 
específico. 
 
COMO FAZER UMA BUSCA: 
A busca deve ser feita de maneira organizada, seguindo alguns critérios: 
 Deve ser sempre acompanhada por alguém que conheça o local; 
 Selecionar os lugares mais prováveis; 
 Suspeitar de objetos estranhos ou abandados; 
 A busca deve ser essencialmente visual; 
 Não abrir portas, armários ou gavetas sem confirmar segurança; 
 Considere a existência de mais de uma bomba. 
 
ORGANIZANDO A BUSCA: 
Existem algumas técnicas que auxiliam na organização da busca que são: 
 Sequência de busca: Processo de fazer divisões imaginárias do 
local a ser varrido, de forma a delimitar áreas de responsabilidade 
e minimizar o trabalho. Por exemplo: 
 
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 Módulos ou níveis de busca: Nesse caso são levadas em 
consideração as características da edificação, para que o agente 
de segurança possa realizar a busca de forma eficaz, seguindo os 
seguintes pontos: 
 Nível 01 – A vistoria será feita observando todos os objetos no 
ambiente, desde o solo até a altura da cintura; 
 Nível 02 – A vistoria será feita observando todos os objetos no 
ambiente, desde a altura da cintura até a altura dos olhos; 
 Nível 03 – A vistoria será feita observando todos os objetos no 
ambiente a partir da altura dos olhos, até o teto; 
 Nível 04 – A vistoria será feita em locais como forros e sótãos. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 Apostila do Curso de Operações Especiais BOPE – PMMS; 
 Apostila de Gerenciamento de Crises – BOPE – PMMS; 
 Apostila CEPAR – BOPE – PMMS; 
 POP OCORRÊNCIAS RURAIS – BCG 217 de 26 de novembro de 2018; 
 POP OCORRÊNCIA COM BOMBAS – BCG 211 de 14 de novembro de 2018.

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