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26/08/2011 1 Profa. Dra. Irene Clemes Kulkamp Objetivos • Apresentar e discutir os conceitos farmacoterapêuticos básicos relacionados ao exercício da profissão farmacêutica Ao final da aula o aluno.... • Deverá ser capaz de conhecer e compreender.... INTRODUÇÃO O que está faltando??? INFORMAÇÃO!!! DADOS GERAIS Nome Apresentação Via de adminitração Composição INFORMAÇÕES AO PACIENTE Indicações Contra-indicações Reações adversas Posologia Superdose “ As indicações deste medicamento incluem distúrbios encefálicos. A posologia deste medicamento é diária, pós-prandial no período matinal. As reações adversas incluem náuseas, vertigem, diplopia e hematoquesia. Podem ocorrer reações idiosssincráticas” CLORIDRATO DE CONFUSOL 26/08/2011 2 CLAREZA DA INFORMAÇÃO !!! RESOLUÇÃO-RDC Nº 47, DE 8 DE SETEMBRO DE 2009 “Estabelece regras para elaboração, harmonização, atualização, publicação e disponibilização de bulas de medicamentos para pacientes e para profissionais de saúde.” Ação esperada do medicamento Como o medicamento funciona? Onde e como devo guardar o medicamento? Cuidados de armazenamento Cuidados de administração Como devo usar o medicamento? Indicações Por que o medicamento foi indicado? Superdosagem Quando não devo usar este medicamento? Riscos do medicamento Reações adversas Quais os males que medicamento pode causar? O que fazer se alguém usar uma grande quantidade do medicamento de uma só vez? INDICAÇÕES Estados patológicos ou padecimentos para os quais se utiliza o medicamento, nos quais o medicamento é eficaz. Exemplos... Um medicamento pode ter mais do que uma indicação! EFICÁCIA DO MEDICAMENTO 26/08/2011 3 COMPARE AS TRÊS SITUAÇÕES A SEGUIR.... EFICÁCIA X EFICIÊNCIA EFEITO DO MEDICAMENTO “Precisei tomar três comprimidos para minha dor de cabeça melhorar...” “Tomei um comprimido para dor de cabeça que não funcionou...” “ Minha dor de cabeça melhorou...tomei um comprimido para dor de cabeça que funcionou...” EFICÁCIA Grau em que um medicamento é capaz de induzir efeitos máximos Exemplo: Medicamento A Medicamento B ↓PA 20 mm Qual medicamento é mais eficaz no tratamento da hipertensão? ↓PA 10 mm EFICÁCIA EFICÁCIA FARMACOLÓGICA: efeito máximo obtido em ensaios pré-clínicos EFICÁCIA CLÍNICA: efeito terapêutico observado a partir da fase II dos ensaios clínicos “Eficácia” é mais usada para comparar fármacos de diferentes classes ou com diferentes mecanismos EFICIÊNCIA relação com a potência POTÊNCIA: dose necessária para produzir 50% da resposta máxima que o fármaco é capaz de induzir “Eficiência” é mais usada para comparar fármacos da mesma classe ou com mesmo mecanismo de ação” EFETIVIDADE EFICÁCIA EFICIÊNCIA EFEITOS ADVERSOS TOLERÁVEIS USO RACIONAL ACESSO RESULTADO TERAPÊUTICO 26/08/2011 4 RESULTADO TERAPÊUTICO Efeito placebo Esforço terapêutico Efeitos farmaco- lógicos CONTRA-INDICAÇÕES x PRECAUÇÕES CONTRA-INDICAÇÃO: Alguma condição que gere a LIMITAÇÃO (contra-indicação relativa) ou NÃO UTILIZAÇÃO (contra-indicação absoluta) (COMORBIDADES, IDADE, SEXO) CONSEQUENCIAS NOCIVAS AO USUÁRIO!!! PRECAUÇÕES Cuidados para evitar possíveis consequencias indesejáveis resultantes do uso de um medicamento. A negligência das precauções pode levar a ineficácia do medicamento ou até mesmo o aparecimento de efeitos indesejados 26/08/2011 5 EFEITOS ADVERSOS REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS Ocorrem em doses terapêuticas normais!!! RAM Características Leve Pouca importância clínica, curta duração, não requer tratamentos ou suspensão do medicamento. Moderada Altera as atividades usuais do paciente, resultando em incapacidade transitória sem seqüelas, exigindo mudança na terapêutica, não sendo necessário a suspensão do fármaco agressor. Pode prolongar o tempo de hospitalização e tem necessidade de um tratamento específico. Grave Reação potencialmente fatal que ameaça diretamente a vida do paciente, provoca hospitalização e requer interrupção da medicação e tratamento da reação adversa. Letal Reação que contribui direta ou indiretamente para o óbito do paciente. Fonte: (GOMES e REIS, 2003; MAIA NETO, 2005) Definida Provável Possível Condicional Duvidosa CAUSALIDADE TEMPORALIDADE CONFUNDIMENTO CLASSIFICAÇÃO RAM Critérios para a definição da relação causal Sim Não Não sabe Existem relatos conclusivos sobre esta reação? +1 0 0 O evento clínico apareceu após a administração do fármaco suspeito? +2 -1 0 A reação desapareceu quando o fármaco suspeito foi descontinuado ou quando um antagonista específico foi administrado? +1 0 0 A reação reapareceu quando o fármaco foi readministrado? +2 -1 0 Existem causas alternativas (outras que não o fármaco) que poderiam ser causadoras da reação? -1 +2 0 A reação reaparece quando um placebo é administrado? -1 +1 0 O fármaco foi detectado no sangue ou em outros fluidos biológicos em concentrações sabidamente tóxicas? +1 0 0 A reação aumenta de intensidade com o aumento da dose ou torna-se menos severa com a redução da dose? +1 0 0 O paciente tem história de reação semelhante para o mesmo fármaco ou outra similar em alguma exposição prévia? +1 0 0 A reação adversa foi confirmada por qualquer evidência objetiva? +1 0 0 ALGORÍTIMO DE NARANJO Faixa de valores obtidos a partir da aplicação dos critérios para definição da relação causal de Naranjo e col. Somatório Categoria Maior ou igual a 9 Definida Entre 5 e 8 Provável Entre 1 e 4 Possível Menor ou igual a 0 Duvidosa EFEITOS ADVERSOS/INDESEJÁVEIS • Tipo I (A) – previsíveis – dose dependentes – alta morbidade – baixa mortalidade – farmacologia aumentada • Tipo II (B) – não previsíveis – independentes de dose – baixa morbidade – alta mortalidade – farmacologia bizarra 26/08/2011 6 • TIPO I (A) – efeitos tóxicos – efeitos colaterais – efeitos secundários – Dependência EFEITOS ADVERSOS/INDESEJÁVEIS • TIPO II (B) – idiossincrasias – sensibilização/reações alérgicas EFEITOS TÓXICOS Dose-dependentes Manifestam-se durante a superdosagem (acidental ou intencional) SUPERDOSAGEM ABSOLUTA (ingestão excessiva) SUPERDOSAGEM RELATIVA (comprometimento do metabolismo) -Toxicidade a tecidos órgãos e sistemas -Toxicidade durante a gravidez: -efeitos teratogênicos - 1º trimestre gestação TOXICIDADE ESPECÍFICA EFEITOS DA TALIDOMIDA 26/08/2011 7 • EFEITOS COLATERAIS – OCORREM EM DOSES TERAPÊUTICAS/ RELACIONADOS COM A AÇÃO PRIMÁRIA DO FÁRMACO. • EFEITOS SECUNDÁRIOS – OCORREM EM DOSES TERAPÊUTICAS/ NÃO RELACIONADOS COM A AÇÃO PRIMÁRIA DO FÁRMACO. – ...mas que pode constituir uma conseqüência eventual desta ação. • HIPERSENSIBILIDADE – RESPOSTAS ANORMAIS DO SISTEMA IMUNITÁRIO. Ex: alergia à penicilina • IDIOSSINCRASIAS – RAROS, ANORMAIS, INEXPLICADOS. Ex: agranulocitose causada por dipirona EFEITOS TERAPÊUTICOS ALCANÇADOS COM RISCOS MÍNIMOS DE EFEITOS TÓXICOS SEGURANÇA tolerância farmacológica redução na capacidade de resposta farmacológica do organismo a uma substância medicamentosa ou não metabólica celular comportamental DEPENDÊNCIA • compulsão de continuar utilizando / obtenção a qualquer custo • tendência a aumentar a dose • efeito prejudicial ao indíviduo e/ou à sociedade • síndrome de retirada FÍSICA OU PSÍQUICA INTERAÇÕES • farmacológicas (in vivo) • farmacêuticas (in vitro) 26/08/2011 8 COLABORAÇÃO: Parte do conteúdo foi gentilmente cedido pela Profa. Dra. Stela Rates REFERÊNCIAS: ARIAS, T.D. Glosario de medicamentos: desarrollo, evaluación y uso. Washington, OPS, 1999, 333p. FUCHS, F.D. & WANMACHER, L. Farmacologia Clínica. Fundamentos da Terapêutica Racional. 2 ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1998, 678 p. HARDMAN, J. G. & LIMBIRD, L. E. (Ed.). Goodman & Gilman’s. The Pharmacological Basis of Therapeutics, New York, McGraw-Hill, 1996, 1905 p. OLSON, J. Farmacologia Clínica Fácil, Revinter,2002.SCHELLACK, G. farmacologia, uma abordagem didática. Editora Fundamento, 2005. panarello.com.br pontoblogue.com ser-pessoa.blogspot.com unimed.com.br xdolores.com.ar rogeriopa.com unimed.com.br blogdalergia.blogspot.com pequenos-sonhadores.blogspot.com biowilson.blogspot.com mais-saude.blogspot.com FONTES DAS FIGURAS cliparts do windows
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