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VITILIGO É uma dermatose caracterizada por manchas acrômicas devidas à destruição de melanócitos, em geral bilaterais e simétricas, de etiologia desconhecida. Afetando em torno de 0,5 a 2% da população. EPIDEMIOLOGIA • + Frequente na 2ª ou na 3ª década de vida; • Em torno de 25% dos pacientes têm menos de 10 anos; • E a doença surge em aproximadamente 95% dos casos antes dos 40 anos; • Sua frequência é de 1% na população; • Não tem preferência por sexo e raça; • É relativamente comum o comprometimento familial (20%). A concordância entre gêmeos monozigóticos é de 23%; • Embora capaz de causar prejuízo apenas estético, muitas vezes desencadeia distúrbios psicossociais de grande importância. ETIOPATOGENIA • Multifatorial: interação entre fatores genéticos e ambientais que terminam por iniciar um mecanismo de autoimunidade contra os melanócitos da pele; Tal fenômeno ocasiona a destruição dos melanócitos, sendo as manchas decorrentes da diminuição ou ausência de melanócitos. • Historicamente quatro teorias tentam explicar a destruição dos melanócitos: • (a) neurogênica, segundo a qual fatores neuroquímicos, como o neuropeptídio Y, a norepinefrina e a acetilcolina, inibem a melanogênese e têm efeito tóxico sobre os melanócitos – a disposição metamérica de alguns casos fala a favor dessa hipótese; • (b) autoimune, segundo a qual haveria destruição dos melanócitos por mecanismo imunológico – a frequente associação de vitiligo com doenças autoimunes e a presença no soro de autoanticorpos contra vários órgãos servem de base a essa teoria; • (c) autodestruição dos melanócitos por substâncias envolvidas na formação da melanina (quinonas, fenóis e outras), em indivíduos geneticamente suscetíveis; • (d) estresse oxidativo, em função da atividade reduzida de catalase na epiderme e do acúmulo de espécies reativas de oxigênio. • Apesar de diferentes mecanismos influenciarem em graus variáveis a patogênese da doença, a hipótese autoimune é a que desempenha papel central. ETIOPATOGENIA • Os HLAs -A2, -DR4, -DR7 e -DQB1*0303 parecem conferir aumento da susceptibilidade e são especialmente importantes naqueles casos com história familiar. • Após uma injúria mínima à epiderme, são liberados padrões moleculares associados a perigo (do inglês, danger associated molecular patterns [DAMPs]). Entre eles, o principal parece ser a HSP 70 (heat schock protein). Esse aumenta a produção e secreção de interferon gama (IFN), que por sua vez ativa células dendríticas e aumenta a expressão de citocinas responsáveis pela ativação linfocitária. • Em paralelo, existe um aumento local do estresse oxidativo e ativação dos inflamossomos. Nesse contexto de ativação da imunidade inata, tem importância o aumento da expressão de interleucinas (IL) 1 beta e IL-18. • Toda esta sinalização pró-inflamatória leva ao processamento de antígenos próprios dos melanócitos por parte das células dendríticas e posterior apresentação no linfonodo regional. • Desse modo, são formados e ativados linfócitos T citotóxicos contra antígenos do melanócitos da pele. ETIOPATOGENIA • Como resultado, existe uma regulação negativa da ação de linfócitos T regulatórios. Os linfócitos passam a produzir citocinas pró- inflamatórias, principalmente IFN gama, TNF-α e IL-17. Outras citocinas também têm importância neste processo: IL-2, IL-22, IL-23 e IL-33. • São ainda ativados plasmócitos e induzida a formação de autoanticorpos contra os melanócitos. Todo o processo se regula positivamente, perpetuando o estado inflamatório local. Exercem, ainda, importante função as quimiocinas CXCL9 e CXCL10 no recrutamento de novos linfócitos T citotóxicos ativados. Todo o cenário culmina com a destruição imunomediada dos melanócitos. • Já o vitiligo segmentar parece decorrer de um mosaicismo somático de determinado grupo de melanócitos, levando a uma resposta inflamatória localizada e autolimitada que culmina com a formação da lesão acrômica linear de vitiligo. QUADRO CLÍNICO • Inicialmente, as lesões são hipocrômicas; em algumas lesões recentes, pode ocorrer uma borda discretamente eritematosa; • em seguida, instala-se a mancha acrômica com borda, em geral, hipercrômica (vitiligo tricrômico). • O crescimento da mancha é centrífugo, como se houvesse uma fuga do pigmento para a periferia e, por isso as lesões costumam ser ovaladas. • Há localizações preferenciais: face, punhos, dorso dos dígitos, genitália, dobras naturais da pele, regiões periorificiais e eminências ósseas (cotovelos, maléolos); Simetria é a regra. • O fenômeno de Köebner ocorre em 30 a 60% dos casos; QUADRO CLÍNICO • O vitiligo pode ser classificado em três formas principais: segmentar, não segmentar e mista. • A forma não segmentar pode ter as seguintes apresentações: 1. vulgar (múltiplas lesões, simétricas, generalizada, mucosas podem estar envolvidas), 2. universal (despigmentação quase completa frequentemente associada à síndrome de poliendocrinopatia) e ; 3. acrofacial/acral (periorificial e ponta dos dedos). • A forma segmentar pode ser subdividida em três subtipos. 1. No subtipo segmentar propriamente dito, as lesões tendem a acometer apenas um segmento do corpo e respeitam a linha média. A progressão inicial costuma ser mais rápida e é comum o envolvimento precoce dos pelos, mas as lesões tendem a ser mais estáveis uma vez estabelecidas; existem ainda os subtipos bi ou multissegmentar. 2. No subtipo focal, ocorre apenas uma ou poucas lesões em uma determinada área da pele ou da mucosa; neste caso seria o subtipo mucoso. Esta forma pode se manter estável ou evoluir para as formas segmentar ou não segmentar. Em alguns casos raros, pacientes com a forma segmentar podem apresentar, em geral, mais tardiamente, lesões de vitiligo alhures, configurando a forma mista, que até recentemente não era reconhecida nas classificações da doença. A variante em confete, ou ponctué, é uma apresentação bastante rara. QUADRO CLÍNICO • A luz de Wood detecta manchas em formação, sendo muito útil, sobretudo, em caucasianos. Pode haver comprometimento focal dos cabelos (poliose) e ocorrer anormalidades oculares, em geral sem queixas de alteração da visão, por anormalidades no pigmento da retina, assim como na orelha interna e na meningite asséptica (destruição dos melanócitos da leptomeninge). • É relatada a associação com outras doenças autoimunes, incluindo diabetes do adulto imunodependente, anemia perniciosa e doença tireoidiana, sendo esta a mais comum, especialmente o hipotireoidismo, podendo ocorrer em até 18% dos pacientes, especialmente naqueles com vitiligo generalizado e componente familial. Doença de Addison, lúpus eritematoso, artrite reumatoide, halo nevo e alopecia areata são mais alguns exemplos dessa associação. • A destruição dos melanócitos meningeanos pode provocar meningite asséptica (síndrome de Harada), que é, em geral, precursora das demais manifestações. Na síndrome de Vogt-Koyanagi ocorrem vitiligo, uveíte, disacusia, alopecia e quando associada à meningite asséptica é denominada de síndrome de Vogt-Koyanagi- Harada. • Na síndrome de Alezzandrini são encontrados vitiligo facial, poliose e degeneração unilateral do epitélio pigmentar da retina com atrofia da íris, disacusia e alterações visuais. DIAGNÓSTICO HISTOPATOLOGIA: • Inicialmente ocorre diminuição progressiva, seguida, na maioria das vezes, por ausência de melanócitos; • por vezes se verifica infiltração de histiócitos e linfócitos na derme papilar. • A vacuolização da epiderme e o espessamento da membrana basal podem levar a dificuldades diagnósticas quando se tenta estabelecer o diagnóstico diferencial com lúpus vitiligoide. • As células de Langerhans geralmente estão alteradas quer seja quantitativamente quer seja funcionalmente. DIAGNÓSTICO TRATAMENTO • O objetivo do tratamento inclui a estabilização da doença e a repigmentação. • O vitiligo pode ser classificado de acordo com a extensãoda superfície corporal acometida: menos do que 10%, de 10 a 25%, de 25 a 50% e mais do que 50%. • A doença deve ser considerada estável ou em progressão, o que também define a estratégia para o tratamento. • Outro fator na definição da terapêutica é a idade; sabidamente, o vitiligo repigmenta melhor nas crianças. • Os corticosteroides podem ser usados topicamente, variando a sua potência, com melhor resultado na face e no pescoço. • Corticosteroide de alta potência pode ser usado por 1 a 2 meses, com o cuidado para surpreender os efeitos colaterais, como atrofia da pele, estrias, telangiectasia, hirsutismo e erupção acneiforme. • Quando o vitiligo está progredindo rapidamente, usa-se a corticoterapia sistêmica por via oral ou intramuscular; no caso de crianças, pode ser usada prednisona 5 a 10 mg/dia durante 2 a 3 semanas e, em adultos, 40 a 60 mg, com retirada gradual; • Para adultos, pode ser usada uma série de três injeções de triancinolona acetonida, 40 mg a cada 4 ou 6 semanas. TRATAMENTO • Os inibidores da calcineurina apresentam atividade imunomoduladora, sem os efeitos colaterais dos corticosteroides tópicos. São eles, o tacrolimo em unguento a 0,03% ou 0,1% e o pimecrolimo em creme a 1%, usados 2 vezes/dia. • Quando se usa tacrolimo para as crianças, prefere-se a concentração de 0,03%; os resultados são ótimos nas áreas com panículo adiposo desenvolvido. • Os análogos da vitamina D3, como o calcipotriol, têm ação imunomoduladora e estimulam a melanogênese. Quando usados em monoterapia são menos eficazes que os corticosteroides tópicos, mas quando usados em combinação (p. ex., com betametasona), as taxas de repigmentação aumentam e o tempo para início de resposta diminui. • Dependendo da adesão e da compreensão do paciente, pode ser feito o tratamento com solução ou creme de oxsoraleno até 0,1%, para uso tópico e exposição solar subsequente, meia hora após a aplicação da fórmula, principalmente no horário de predomínio de raios ultravioleta A (UVA). • A fototerapia com UVA ou UVB promove a migração e proliferação de melanócitos e a melanogênese, além de inibir a autoimunidade. A fototerapia com UVB narrow band (311 nm), 3 vezes/semana, ganhou importância na última década, e é considerada mais efetiva que a PUVA- terapia, além de ser mais fácil, por não requerer proteção ocular após a sessão de tratamento, nem ter o inconveniente de eventuais efeitos colaterais do uso do oxsoraleno sistêmico (náuseas, cefaleia). TRATAMENTO • Quando o paciente não responder ao UVB de 311 nm, ele pode ser, então, encaminhado à PUVA-terapia. • O uso do laser de 308 nm (excimer laser) tem a vantagem de ser dirigido a uma lesão individualizada; assim, reduz a exposição ao UV. Pode ser usado em monoterapia ou em combinação com outras modalidades terapêuticas. Recentemente também foi descrito o uso do laser de hélio-neon. • O uso de antioxidantes orais (como a vitamina C, vitamina E e o Polypodium leucotomos) ou tópicos (catalase, superóxido desmutase) parece conferir benefício, quando associado a outras modalidades terapêuticas. • A modalidade cirúrgica é interessante nos casos de vitiligo segmentar ou estável e cujas lesões são pouco numerosas e de pequenas ou médias dimensões. • Dentre as técnicas cirúrgicas, estão disponíveis minienxertos autólogos utilizando punch ou bolhas por sucção ou induzidas por crioterapia. • O transplante de células epidérmicas obtidas em cultura tem sido empregado e tem as mesmas indicações dos demais métodos cirúrgicos. TRATAMENTO • A despigmentação com o monobenzileter de hidroquinona (MBEH) deve ser instituída quando mais de 80% de área corporal estejam acometidos pelo vitiligo. A concentração inicial do MBEH deve ser de 10%, sendo aplicado 2 vezes/dia, aumentando-se a concentração gradualmente a cada mês. A resposta ao tratamento pode demorar de 1 a 3 meses. Os efeitos colaterais mais frequentes dessa terapêutica são prurido, dermatite e xerose. • O uso de autobronzeadores com di-hidroxiacetona de 5 a 10%, 1 a 2 vezes/semana, e o emprego de maquiagem corretiva podem ser elementos coadjuvantes na terapêutica do vitiligo. • É fundamental o uso da proteção solar para evitar queimaduras com consequente risco de desencadear fenômeno de Köebner, assim como o aparecimento de neoplasias. • Apoio psicológico pode ser essencial, devendo-se ter sempre atenção à qualidade de vida do paciente. Psicoterapia pode ser de extrema valia para numerosos pacientes. EVOLUÇÃO PSORÍASE Doença imuno-inflamatória, cutâneo-articular, crônica e recorrente que se caracteriza por hiperplasia epidérmica, ciclo evolutivo acelerado dos queratinócitos e ativação imune inapropriada. EPIDEMIOLOGIA • Sua distribuição é universal, com prevalência variando de 1 a 3%, dependendo da população em estudo; no entanto, é rara em negros. • Apresenta 2 picos de incidência: entre 20 e 30 anos de idade e após os 50 anos; pode ocorrer em qualquer faixa etária. • É mais frequente na terceira década (75%) e, quando ocorre antes dos 30 anos, tem pior prognóstico, estando mais frequentemente associada ao HLA-Cw6 e a uma história familial positiva para a doença (alguns autores a designam como tipo I, enquanto o tipo II ocorre após os 30 anos). • Ambos os sexos são acometidos igualmente. ETIOPATOGENIA ETIOPATOGENIA FATORES AMBIENTAIS ❖ Preponderantes para instalação ou agravamento ❖ Clima frio (+latitude, +incidência, provavelmente pela menor radiação solar), traumas cutâneos, articulares ou periarticulares (físicos, químicos, elétricos ou cirúrgicos) ❖ Infecções (HIV, dengue, estreptococcias e outros) ❖ Alterações metabólicas e endócrinas (DM, tireoidopatias e hipocalcemia) ❖ Estresse emocional ❖ Fumo e o álcool ❖ Fármacos → lítio, cloroquina, BB, aminoquinoleínas, IECA, análogos dos receptores tipo II da angiotensina, antilipidêmicos (fibratos), AINES preferenciais ou seletivos (↓ potencial os inibidores da COX-2), interferon α e γ ❖ Paradoxalmente, possível (rara) complicação dos inibidores de TNF-alfa ❖ + incidência de candidíase oral nesses pctes → correlação com gravidade da psoríase ETIOPATOGENIA FATORES GENÉTICOS ❖ Base hereditária, multifatorial → herança poligênica e requer fatores ambientais p/ expressão ❖Maior determinante de suscetibilidade → PSORS1 do MHC no crom 6p21 ❖ + associação cutânea ou articular: HLA-Cw6 ❖ + prevalentes: HLA-Cw*06 e HLA-B*57 → especialmente nos pctes com eritrodermia, internações, tratamento sistêmico e artrite – FATORES IMUNOLÓGICOS ❖ Infiltrado inflam de LT e céls dendríticas ❖ Predomínio da resposta Th1 e participação da Th17 ❖ Derme e a memb sinovial com grande número de CD4 que secretam IFN-γ, TNF-α, TGF-α e IL-8 → TNF-α: uma das principais citocinas implicadas na patogênese (estimula angiogênese e a proliferação de queratinócitos e sinoviócitos, aumentados na psoríase) ❖ Outros eventos: depósitos de Ig e frações do complemento na epiderme e existência de anticp contra a camada córnea ❖ Placa psoriásica → CD4 ativadas secretando linfocinas, céls de Langerhans, macrófagos e outras céls dendríticas, PMN aumentados e queratinócitos hiperproliferados ❖ Ciclo evolutivo das céls epidérmicas mais rápido na psoríase → grande produção de escamas (paraceratose) devido à sua imaturidade; ↑ vel de mitose ❖ ↑ níveis de ác araquidônico (metabolizado pela COX e LIPO-OX) → produtos (leucotrienos e ác. eicosatetraenoico) potentes fat quimiotáticos p/ leucócitos → agravamento das lesões qdo pctes usam indometacina (bloqueio da COX1 e aumento da atv da LIPO-OX) CLÍNICA • As lesões típicas são eritematoescamosas, em placas, de limites bem precisos e, por vezes, circundadas por halo periférico claro (halo de Woronof ); as escamas são, em geral, argênticas; Escamas prateadas! • O tamanho das lesões varia de alguns milímetros (psoríase gutata) a grandes placas de vários centímetros; • a morfologiapode ser variada: numular, girata, anular e outras. • A simetria é a regra,embora possam existir casos de lesão única e isolada. • Os locais mais frequentes são: face extensora dos membros – sobretudo cotovelos e joelhos –, tronco, região sacra e couro cabeludo; há, entretanto, casos com localização nas áreas de flexão (psoríase invertida). • Lesões de mucosas são raras, mas podem ocorrer queilite, glossite, língua geográfica e fissurada que, inclusive, se associam frequentemente, blefarite, conjuntivite e ceratite. CLÍNICA • As lesões típicas são eritematoescamosas, em placas, de limites bem precisos e, por vezes, circundadas por halo periférico claro (halo de Woronof ); as escamas são, em geral, argênticas; • O tamanho das lesões varia de alguns milímetros (psoríase gutata) a grandes placas de vários centímetros; • a morfologiapode ser variada: numular, girata, anular e outras. • A simetria é a regra, embora possam existir casos de lesão única e isolada. • Os locais mais frequentes são: face extensora dos membros – sobretudo cotovelos e joelhos –, tronco, região sacra e couro cabeludo; há, entretanto, casos com localização nas áreas de flexão (psoríase invertida). • Lesões de mucosas são raras, mas podem ocorrer queilite, glossite, língua geográfica e fissurada que, inclusive, se associam frequentemente, blefarite, conjuntivite e ceratite. • A curetagem metódica de Brocq é a manobra semiológica que caracteriza a placa psoriásica, apesar de não ser patognomônica: No primeiro momento, destacam-se as escamas brancas nacaradas, estratificadas (sinal da vela), surgindo a seguir uma membrana branca transparente, que uma vez curetada dá lugar a um sangramento puntiforme (topo das papilas dérmicas) ou orvalho sanguíneo, chamado sinal de Auspitz. CLÍNICA • O prurido ocorre em aproximadamente 80% dos pacientes; o trabalho de pesquisa de um dos autores mostrou que o prurido está relacionado com a quantidade de mastócitos presentes no infiltrado inflamatório. Muitos pacientes com lesões inflamadas referem sensação de queimação e até de “dor” na pele. • Fenômeno de Koebner: lesão psoriásica é reproduzida em uma área de trauma! (cirurgia) , está presente na psoríase em porcentagem variável de acordo com diferentes autores, de 11 até 75% dos pacientes. • Koebner reverso: sofre trauma na lesão e a lesão some! CLÍNICA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE PSORÍASE: • Vulgar ou em placas(90%): É a apresentação típica, com as características já descritas. Couro cabeludo, retroauricular, cotovelos e joelhos. • Gutata(em forma de gotas) ou eruptiva: Tem início abrupto, com lesões pequenas e arredondadas, predominantemente no tronco. Ocorre frequentemente 2 a 3 semanas após estreptococcia do trato respiratório superior, em adultos jovens e crianças. O uso de antibióticos não parece mudar a evolução do quadro; aproximadamente 33% dos pacientes evoluem para psoríase em placa em 10 anos; • Pustulosa: Caracteriza-se por pústulas estéreis. Há uma apresentação generalizada (doença de von Zumbusch), eventualmente com morfologia anular, que tem início súbito, febre, comprometimento geral e leucocitose que pode evoluir para êxito letal; e apresentações localizadas (palmo- plantar/acrodermatite de Hallopeau). • Eritrodérmica: É quando mais de 80% do tegumento está comprometido, podendo ocorrer alterações gerais na termorregulação, na hemodinâmica, nos equilíbrios hidreletrolítico e proteico. Em geral, a forma eritrodérmica é secundária e costuma decorrer de tratamentos intempestivos (p. ex., coaltar em altas concentrações) ou pela retirada do corticosteroide (rebote); alguns casos podem ser primários. CLÍNICA • Ungueal. Caracterizada por ser, em alguns casos, a localização exclusiva da psoríase; seu valor semiológico é grande, considerando sua associação (80 a 90%) à artrite psoriásica. LESÕES DO LEITO: Manchas de óleo, fratura distal, espessamento, hemorragia em estilhaço. LESÕES DA MATRIZ: Pittings, manchas brancas e fraturas proximais. As unhas estão comprometidas em 35 a 50% dos pacientes com psoríase e em até 83% daqueles com doença articular; as lesões podem ocorrer por dano na matriz ou por comprometimento do leito ungueal. Psoríase afetando a matriz ungueal provoca depressões cupuliformes ou puntiformes (pittings ungueais) ou unha em dedal, leuconiquia (manchas brancas na lâmina ungueal) ou “esfarelamento” da unha. Quando o acometimento é do leito, há onicólise, onicorrexe, ceratose subungueal, hemorragia em estilha e a mancha de óleo/salmão; o comprometimento pode ser de uma, algumas ou todas as unhas e, raramente, é a única manifestação da doença. • Linear ou zosteriforme. São tipos de difícil diferenciação com os nevos epidérmicos zosteriformes, em especial como tipo inflamatório (NEVIL). • Invertida. É quando as lesões se situam nas áreas de flexura (intretirginosas), inframamaria, axilar, inguinal. Não tem escama por conta da umidade. Ocorre com frequência em HIV-infectados e melanodérmicos . • Mínima. Restringe-se a pequenas lesões persistentes ou intermitentes, em geral eritematoescamosas, mas, às vezes, com vesículas e/ou pústulas, que se localizam preferencialmente em um ou vários dígitos. • Ceratodérmica. Palmas e plantas espessadas e descamativas podem ser a única manifestação da doença ou fazer parte do quadro. CLÍNICA • Artropática. Artrite crônica inflamatória soronegativa, ou seja, com fator reumatoide negativo e ausência de nódulos subcutâneos. Atualmente, são incluídas como manifestações da forma artropática a entesite e a dactilite. A doença articular afeta igualmente ambos os sexos, e compromete de 5 a 40% dos pacientes com psoríase, de qualquer das suas manifestações clínicas, mas com maior frequência nos casos com tipo ungueal, em placas, eritrodérmico e pustuloso. O HLA-B27 correlaciona-se com o comprometimento axial, enquanto -B38, -B39, B57, DR4 e DR7 com o comprometimento periférico. • As lesões de pele antecedem em 70% das vezes o acometimento articular, em 20% dos casos são concomitantes e raramente (10%) o acometimento articular pode preceder as lesões cutâneas por tempo variado. Os surtos de agudização da artrite se correlacionam com a piora das lesões cutâneas em 30 a 50% dos pacientes. É impossível prever qual apresentação clínica da psoríase se complicará com artrite; algumas, graves e difusas, eritematosas e pruriginosas, nunca acometem as articulações, e outras, discretas, se acompanham de poliartrite grave, não existindo, portanto, paralelismo entre a gravidade do acometimento articular e a extensão das lesões de pele. Os pacientes podem apresentar, no início, apenas queixas dolorosas articulares, difusas, mal caracterizadas e com caráter migratório, acometendo principalmente mãos, pés e joelhos; outras vezes, as queixas são talalgias, algias vertebrais ou da articulação escapuloumeral. Existem ainda mialgias, radiculalgias e parestesias precedendo o quadro articular característico. Sinais de inflamação podem ser detectados, como: rigidez matinal, febre, perda de peso, fadiga e anemia. O acometimento articular pode ser agudo ou insidioso, mono, oligo ou poliarticular. CLÍNICA • A artrite foi classificada por Moll e Wright em 5 subtipos. O comprometimento das articulações interfalangianas (predominantemente interfalangiana distal) representa a manifestação mais típica da doença, mas ocorre em apenas 5% dos casos. A forma oligo/poliarticular assimétrica é observada em 70% – joelhos, tornozelos, punhos e pequenas articulações das mãos e dos pés. A apresentação axial ou espondilite (5%), acompanhada ou não de artrite periférica, acomete a coluna vertebral com pseudossindesmófitos grandes e assimétricos, que são as calcificações paravertebrais. Alguns pacientes (15%) apresentam quadro de poliartrite simétrica indistinguível da artrite reumatoide, com deformidades similares àquelas da não reumatoide. A artrite erosiva/mutilante, observada em apenas 5% dos casos, apresenta lesões osteolíticas e anquilose, que podem ser acompanhadas de espondilite e sacroileíte. Nesse tipo, os homens são os mais afetados e a progressão é rápida, comaparecimento de deformidades em poucos meses. Em 2006, componentes do GRAPPA (Group of Research and Assessment of Psoriasis and Psoriatic Arthritis) desenvolveram e validaram o CASPAR (Criteria Classification of Psoriatic Arthritis) que tem sido amplamente usado, não diagnosticando apenas a artrite inicial (Quadro 15.1). Pode ocorrer comprometimento extra-articular como entesopatia caracterizada pelo acúmulo de linfócitos e monócitos no local de inserção do tendão ou do ligamentoso, com consequente erosão e formação de osso novo reativo que resulta em esporões e periostite. O dedo “em salsicha” é resultado da inflamação das estruturas periarticulares de um ou mais dígitos, mais frequente nas mãos e que pode ser doloroso ou não. Com o intuito de escolher e avaliar protocolos de tratamento, foi criado um instrumento para medir a gravidade e a extensão do comprometimento cutâneo – o PASI (Psoriasis Area Severity Index) –, que avalia o grau de eritema, espessura e descamação com escores de rigor que variam de 0 a 4 e de extensão de 1 a 6 DIAGNÓSTICO • É feito em bases clínicas. Em geral, não requer complementação laboratorial. Grande valor semiológico é dado à curetagem metódica de Brocq, já descrita anteriormente. • O laboratório é inespecífico, com eventuais aumentos de ácido úrico nas apresentações extensas e ativas e de velocidade de hemossedimentação (VHS), α2- globulina e proteína C reativa nas formas artropáticas. • A leucocitose ocorre nas apresentações pustulosas extensas e, sobretudo, agudas; a hipocalcemia é encontrada no impetigo herpetiforme. TRATAMENTO • Devido à patogênese da doença, o objetivo da terapêutica é o seu controle clínico, de preferência com remissão prolongada e reflexos positivos na qualidade de vida. • Os diversos medicamentos atuam bloqueando, em níveis diferentes, a proliferação exagerada dos queratinócitos e a ativação linfocitária que produz muitas e diferentes citocinas pró-inflamatórias. Na maioria das vezes, há necessidade de associação de mais de uma substância tópica e/ou sistêmica. • Como MEDIDA GERAL, recomenda-se o uso de óleos ou outros emolientes para ajudar na remoção das escamas. • Os esquemas terapêuticos atuais incorporam regimes rotatórios de medicamentos, visando minimizar os riscos dos efeitos colaterais cumulativos. • É realizado de acordo com a classificação da forma, extensão e gravidade da psoríase e o grau de comprometimento da qualidade de vida do paciente. Tomando como base a porcentagem de extensão (BSA – body surface area), consideramos psoríase leve abaixo de 10% e grave acima de 10% de área corporal acometida. • Quando o parâmetro utilizado é o PASI, os escores maiores que 10 classificam a psoríase em moderada a grave. A terapêutica será diferente também no caso de envolvimento sistêmico e/ou ocorrência de artrite nas suas diversas modalidades. Além disso, deve-se considerar a apresentação de pústulas e o acometimento ungueal. É importante ter em mente a cronicidade da doença, para estabelecer a associação de diferentes medicamentos ou modalidades terapêuticas. TRATAMENTO • Para a psoríase leve, opta-se pelos tratamentos tópicos, podendo ser usados emolientes com ou sem ácido salicílico, antralina, coaltar (método Goeckerman), calcitriol ou calcipotriol, tazaroteno e os mais recentes imunomoduladores, como o pimecrolimo e o tacrolimo. • Os derivados do alcatrão da hulha como a antralina a 0,1 a 1% são eficazes: a terapia de contato curto consiste no uso de concentrações maiores (1 a 2%) deste medicamento, inicialmente por 5 min, aumentando gradualmente até 30 min. Os emolientes, como óleos de amêndoas e mineral, carbamida a 10%, melhoram a descamação e restauram a higidez cutânea. • O calcipotriol (1,25-di-hidroxivitamina), análogo da vitamina D3 , inibe a proliferação e induz a diferenciação celular. Em alguns países, existe apenas a apresentação em pomada, que deve ser aplicada 2 vezes/dia sobre as lesões; causa irritação na pele quando aplicada na face. A dose semanal não deve exceder 100 g, pois pode levar a hipercalcemia. Recentemente, foi introduzida a associação de calcipotriol 50 mg/g com dipropionato de betametasona 0,5 mg/g, para ser usada 1 vez/dia, com excelente resposta. Na sequência desse tratamento podemos empregar o calcipotriol. • O tazaroteno em gel a 0,05 ou 0,1% é o primeiro retinoide de uso tópico para psoríase, e está indicado para os casos nos quais o acometimento não ultrapasse 20% da superfície corpórea. É aplicado 1 vez/dia e os efeitos colaterais, que são dosedependentes, ocorrem em 10 a 30% dos pacientes, sendo os principais: prurido, sensação de queimação, eritema, irritação, descamação, xerodermia, piora da psoríase e dor local. É contraindicado para mulheres grávidas ou em idade fértil e em pacientes usando medicamentos reconhecidamente fotossensibilizantes. Tem sido preconizada a sua associação a corticosteroides de média potência, 1 vez/dia TRATAMENTO • Trabalhos recentes demonstraram a eficácia do tacrolimo 0,1% e do pimecrolimo a 1%, 2 vezes/dia, respectivamente, na psoríase invertida (intertriginosa) e no acometimento facial. • O tratamento da psoríase do COURO CABELUDO requer a suspensão dos fatores exacerbadores da doença como atrito ao pentear ou escovar os cabelos, manipulação das escamas e o uso de xampus à base de coaltar e, eventualmente, soluções com ácido salicílico (1 a 3%), corticosteroides isolados ou associados. • O tratamento da psoríase PALMOPLANTAR, com ou sem acometimento ungueal, envolve o uso de tópicos como as formulações com coaltar e derivados, ácido salicílico em vaselina e, na maioria das vezes – apesar da pequena área envolvida –, medicações sistêmicas como dapsona, acitretina, PUVA, metotrexato e ciclosporina. Ainda está em avaliação o uso do inibidor da JAK1/2 tópico em creme a 1%, 1 vez/dia, com resultados promissores. • O tratamento tópico deve ser feito para todos os tipos de psoríase e a fototerapia e/ou outros tratamentos sistêmicos devem ser acrescentados para os casos de manifestações generalizadas e/ou moderadas a graves . • Dentro da FOTOTERAPIA, indica-se UVB de banda larga ou, mais recentemente, o de banda estreita ; a seguir, o uso de psoraleno com UVA (PUVA), método consagrado, que induz as remissões mais prolongadas. • Outra modalidade de fototerapia é o de UVB em laser (Excimer laser 308 nm). • O método REPUVA ou RENBUVB associa retinoide oral (acitretina) a PUVA ou NBUVB. Eventualmente, pode ser usada a isotretinoína oral. A acitretina é um retinoide sistêmico que pode ser usado isoladamente, na dose média de 30 mg/dia, em todas as formas de psoríase; no entanto, com pouca ação sobre a artrite psoriásica. É teratogênico e a mulher não pode engravidar por 3 anos após interromper o seu uso. Deverá ser monitorado com exames laboratoriais periódicos, visando ao perfil lipídico (principalmente os triglicerídios) e à função hepática. Clinicamente, os efeitos adversos mais frequentes são: queilite, queda de cabelo, afinamento da pele e das unhas com sensação de cola ao toque (sticky skin). Quando o comprometimento cutâneo extenso não responde ou apresenta contraindicação para os tratamentos anteriores, emprega-se o metotrexato ou a ciclosporina. TRATAMENTO • O metotrexato pode ser administrado por via oral na dose de 7,5 a 15 ou até 20 mg/semana, ministrada em 3 tomadas a cada 12 h ou em tomada única ou parenteral intramuscular ou subcutânea para os pacientes que não apresentam resposta satisfatória à medicação oral ou para os que têm muitos sintomas gastrintestinais ou, ainda, para aqueles que necessitam de doses maiores que 20 mg semanais, sendo também teratogênico e abortivo. • O uso do ácido fólico, 5 mg por semana em dose única ou fracionada, pode diminuir os efeitos adversos gastrintestinais e hematológicos, e o ácido folínico é empregado para tratamento da toxicidade medular. O acompanhamento do paciente é feito com hemograma, enzimas hepáticas e creatinina. A dose acumulada deverá ser sempre computada, para monitoramentoda quantidade total da substância administrada e da avaliação hepática por biopsia ou equivalente. Nos pacientes sem fatores de risco para doença hepática, a biopsia deve ser indicada acima de 1.500 a 2.000 mg. • A ciclosporina é medicação imunossupressora que modula a quantidade e qualidade dos linfócitos T, sendo eficaz na dose de 3,0 a 5 mg/kg/dia. Sua ação é a mais rápida e é efetiva com resposta satisfatória em situações como eritrodermia, pustulose e capillary leak syndrome (hipotensão, hemoconcentração, hipoalbuminemia e edema generalizado). Os principais efeitos adversos são a hipertensão arterial e a toxicidade renal, devendo-se evitar o seu uso prolongado. O acompanhamento é feito com monitoramento mensal da pressão arterial sistêmica e da creatinina. • Outros medicamentos que podem ser empregados na doença são: a sulfassalazina, na dose de 2 a 4 g diários, que tem importante impacto positivo sobre a pele e a articulação; contudo, deve ser administrada com cuidado a pacientes com história de hipersensibilidade à sulfa. O acompanhamento é feito com avalição do hemograma e das enzimas hepáticas. • O micofenolato de mofetila é um imunossupressor com perfil similar ao da azatioprina, tendo ação sobre a artrite psoriásica; no entanto, apresenta menor efeito sobre a doença cutânea. A azatioprina também pode ser empregada, em casos selecionados, como monoterapia para a doença cutânea. TRATAMENTO • Devido ao fenômeno de rebote, os CORTICOSTEROIDES SISTÊMICOS raramente são usados. No entanto, apenas em situações de emergência, em que não se tenha outro recurso, pode ser usada corticoterapia por tempo limitado, com o cuidado de, a seguir, introduzir outro medicamento que possa sustentar a melhora obtida. • A sulfona também é empregada para a doença cutânea, sobretudo nas formas pustulosas localizadas, em pacientes que tenham atividade normal da enzima glicose 6-fosfato desidrogenase com os mesmos cuidados utilizados para a sulfas. • A talidomida, reconhecida por suas propriedades anti-TNF-α, também já foi empregada para os casos pustulosos da doença, como monoterapia ou em associação a outras medicações. Recentemente, foi introduzida a “terapia biológica” para os casos resistentes ao tratamento convencional, podendo ser dirigida ao bloqueio da ação de citocinas, particularmente o TNF-α ou ao bloqueio da ativação linfocitária. Os pacientes elegíveis devem ser triados para tuberculose, infecções, neoplasias malignas, insuficiência cardíaca e doenças desmielinizantes. • Os agentes biológicos inibidores do TNF-α são: etanercepte, infliximabe, adalimumabe, golimumabe e certolizumabe. O efeito colateral mais frequente é reação no local da injeção. Há relatos de tuberculose, principalmente extrapulmonar, e infecções – além de outros efeitos adversos mais raros ainda. O etanercepte é uma proteína de fusão, o infliximabe é um anticorpo monoclonal quimérico (com o início mais rápido de resposta terapêutica) e o adalimumabe é um anticorpo monoclonal humano. Todos estão indicados para a terapêutica da psoríase e da artrite psoriásica. O golimumabe também é um anticorpo monoclonal humano, enquanto o certolizumabe pegol é um fragmento Fab′ peguilado de um anticorpo monoclonal que se liga e neutraliza o TNF-α. São indicados para artrite psoriásica. TRATAMENTO • Outro agente biológico aprovado para psoríase cutânea é o ustequinumabe, que atua bloqueando a porção P40 das citocinas IL-12/23. • Dentre os agentes biológicos que atuam por inibição da ativação linfocitária estão o alefacepte e o efalizumabe. O alefacepte é uma proteína de fusão indicada para tratamento da psoríase. É necessário monitorar a contagem dos linfócitos CD4 antes e durante a terapia. O efalizumabe é um anticorpo monoclonal que bloqueia receptores de superfície dos linfócitos ativados na psoríase e em moléculas de adesão nas células endoteliais; foi retirado do mercado devido a casos de leucoencefalopatia multifocal progressiva. Os fármacos inibidores da IL-17 são no momento ustequinumabe e secuquinumabe que apresentam eficácia e segurança satisfatórias. O apremilast é o primeiro biológico aprovado para ser utilizado por via oral. É um inibidor de fosfodiesterase IV que reduz, então, a produção de citocinas relacionadas à doença. O alto custo da terapia biológica é, também, um fator limitante para seu uso. O biossimilar é uma alternativa com menor custo e que, portanto, deverá atingir um número maior de pacientes com indicação de terapia biológica. O primeiro biossimilar aprovado tanto pelo FDA quanto EMA e Anvisa foi o Remsima™, similar ao infliximabe com um custo 20 a 30% menor que o de referência. TRATAMENTO • A leflunomida é uma medicação do grupo dos DMARDs (Disease Modifying Anti Rheumatic Drugs, drogas antirreumáticas modificadoras de doença) aprovada e indicada para o tratamento da artrite psoriásica. • As comorbidades também devem ser tratadas com dietas, exercícios, extinção do fumo, redução da ingesta alcoólica, anti-hipertensivos, antidiabetogênicos, antilipemiantes, antidepressivos e ansiolíticos e apoio psicoterápico e multidisciplinar. Evolução e prognóstico • Eminentemente crônica, com fases de acalmia e recidiva, sem cronologia precisa, trata-se de uma doença que compromete negativamente a qualidade de vida dos pacientes. Pode ser incapacitante nos casos de artropatia psoriásica. Raramente, ocorrem infecções nas placas e, ocasionalmente, na forma eritrodérmica. Complicações excepcionais como a síndrome de extravasamento capilar sistêmico e a síndrome do desconforto respiratório agudo ocorrem nos casos de manifestação pustulosa generalizada e eritrodérmica.
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