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Arboviroses: Febre Amarela, Dengue, Chikungunya e Zika

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Arboviroses 
Febre Amarela, Dengue, Chikungunya, Zika vírus 
ARBOVIROSES: DEFINIÇÃO 
• Vírus mantidos na natureza 
através da transmissão biológica 
entre hospedeiros vertebrados 
suscetíveis por artrópodes 
hematófagos 
• Mecanismos de transmissão: 
o Humano- artrópode – humano 
Ou 
o Animal-artrópode- humano 
• Vetores: 
o Reino Animália 
o Filo Arthopoda: esqueleto 
externo de quitina e patas 
articuladas 
FEBRE AMARELA 
• Gênero: Flavivírus 
• Família: Flaviviridae 
• Arbovirose transmitida pela picada 
do Haemagogus 
• RNA vírus: flavivírus com tropismo 
pelo fígado (hepatite manifestação) 
• Maior parte oligossintomático 
• Formas graves: alta letalidade, 
hepatite fulminante 
• Ciclo silvestre 
• Doença de notificação compulsória 
• Epizootia: circulação do vírus da 
febre amarela em primatas 
• Epidemiologia: apenas há febre 
amarela na américa do sul e África 
VERORES E RESEVATÓRIOS 
• Ciclo silvestre 
o Mosquito Haemagogus sp. 
o Homem entra na mata, sem 
vacina, e se tiver epizootia em 
primatas e mosquito 
Haemagogus pode ocorrer 
transmissão viral da febre 
amarela 
• Ciclo urbano: não existe no brasil 
o Ardes aegypti 
EPIZOOTIA EM PRIMATAS 
• Macaco é um sinalizador, ele que 
“dá” a informação para assim 
então ser gerada a notificação, 
começando então a investigação e 
gerando ação de: 
• Imunização 
• Busca de casos e epizootias 
• Investigação vetorial e controle do 
vetor urbano 
• Informação, educação e 
comunicação 
QUADRO CLÍNICO 
• Quadro clínico: insuficiência 
hepática renal 
• Forma leve: febre, cefaleia, mialgia, 
náuseas, icterícia ausente ou leve 
• Forma grave: todos os anteriores, 
icterícia intensa, manifestações 
hemorrágicas, oligúria, diminuição 
de consciência 
• Forma Maligna: todos os sintomas 
da forma grave intensificados 
• 40-65% infecções assintomáticas 
• 20-30% forma leve- febril 
• 10-20% forma grave- febre e 
icterícia 
• 5-10% forma maligna, 
sangramento, coagulopatia 
• Incubação 3-14 dias 
 
ANORMALIDADE LABORATORIAIS 
• Leucopenia, albuminúria 
• Insuficiência hepática e renal 
• Sinal de Faget: dissociação pulso 
temperatura, febre relacionada com 
uma bradicardia 
DIAGNOSTICO LABORATORIAL 
• Sorologia 
• PCR 
• Isolamento viral 
• Imuno-histoquímica 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
• Hepatites virais 
• Leptospirose 
• Septicemias 
• Dengue hemorrágica 
• Febres hemorrágicas virais 
• Febre tifoide 
• Malária 
VACINAÇÃO 
• Método mais eficaz para se prevenir 
a febre amarela é a vacinação com 
amostra 17DD 
• Vírus vivo atenuado (não pode usar 
em todo mundo) 
• Eficácia de quase 100% 
• A partir dos 9 meses 
• Contraindicações absolutas da 
vacina: crianças menores de 6 anos 
de idade, pessoas com 
imunodepressão grave por doença 
ou uso de medicação, pacientes HIV 
sintomáticos, paciente com 
neoplasia em quimioterapia ou 
radioterapia, pacientes que 
realizaram transplante de órgãos, 
se alergia a ovo de galinha e seus 
derivados 
 
DENGUE 
• Gênero: Flavivírus 
• Família: Flaviviridae 
• Sorotipos: 1,2,3,4 (DEN-V 1, DEN-V 
2, DEN-V 3, D EN-V 4) 
• Arbovirose transmitida pelo Aedes 
aegypti 
• Quadro febril agudo (forma 
sintomática) 
• Doença de notificação compulsória 
• Doença espectral (de formas leves 
ou graves) 
• Novos diferenciais: Zika e 
Chikungunya 
• Vetor: Aedes aegypti 
• Transmissão: mosquito pica a pessoa 
infectada, e depois pica uma pessoa 
saudável 
• Período de incubação de 8-12 dias 
CONTROLE, OS PROBLEMAS: 
• Faltam programas de controle 
• Urbanização desregrada 
• Vetor se adaptou as áreas urbanas 
• Vacina com problemas 
• Grande dificuldade no diagnostico/ 
subnotificação 
• Ovos do vetor sobrevivem em 
períodos secos 
QUADRO CLÍNICO 
• Assintomático/ oligossintomático 
• Clássica (sem complicações) 
• Grave 
• Grave (com choque) 
• Período de incubação de 2-14 dias 
• Sintomas: febre alta, cefaleia e dor 
retrocular, mialgias, artralgia, dor 
óssea, exantema maculopapular 
generalizado (as vezes com 
prurido), dor lombar, náusea, 
anorexia 
• Prova do laço: média da PA sistólica 
e diastólica e garrotear por 3 min 
(crianças) e 5 min (adulto). 10 ou 
mais petéquias nas crianças e 20 
ou mais petéquias em adultos 
significa prova do laço positiva. 
Manifestação hemorrágica induzida 
• Sinais de alarme: dor abdominal 
intensa e continua, vômitos 
persistentes, acúmulo de líquidos, 
hipotensão postural, 
hepatomegalia, sangramento de 
mucosa, letargia e/ ou irritabilidade 
DIAGNOSTICO 
• Até 5 dias: NS1, PCR, Isolamento 
viral 
• 5 a 7 dias: sorologia IgM E IgG 
• Achados laboratoriais: leucopenia, 
plaquetopenia, TGO/TGP alto 
TRATAMENTO 
• Grupo 1: suspeita de dengue. 
Ausência de sinais de alarme, sem 
comorbidade, grupo de risco ou 
condições clínicas especiais- 
hidratar e orientação de retorno, se 
surgirem sinais de alarme 
• Grupo 2: suspeita de dengue, 
ausência de sinais de alarme, 
sangramentos espontâneos ou prova 
do laço positiva ou comorbidade- 
solicitar exames, observação, 
avaliar sempre hematócritos e 
plaquetas 
• Grupo 3: suspeita de dengue, sinais 
de alarme presentes- reposição 
volêmica endovenoso, observar em 
leito de internamento (48hrs), 
colher hemograma, coagulograma e 
função renal 
• Grupo 4: suspeita de dengue, sinais 
de alarme, com choque ou disfunção 
orgânica grave- internado em leito 
de uti, drogas vasoativas, 
monitorização continua 
PREVENÇÃO 
• Vacina de vírus atenuado (sorotipos 
1,2,3,4) 
• Idade: 9-45 anos 
• Recomendação cautelosa para quem 
nunca teve dengue 
• Rede privada, isoladamente em 
alguns locais 
 
CHIKUNGUNYA 
• Alphavirus- Togaviridae 
• RNA vírus 
• 4 genótipos- oeste africano, leste-
centro-sul africano (ECSA), 
asiático, Ilhas do oceano indico 
(IOL) 
• Vetores: Aedes aegypti e Aedes 
albopictus 
• Transmissão: 
o Vetorial pelo Aedes sp. 
o Congênita- rara 
o Transfusão- rara 
• Ciclo urbano: Aedes pica alguém 
doente e depois pica alguém 
saudável 
APRESENTAÇÕES CLÍNICAS 
• Quadro clínico clássico em 95% dos 
indivíduos infectados 
• Apenas 3-5% dos pacientes são 
assintomáticos 
• Febre (38,5º) 
• Dor muscular 
• Astenia 
• Cefaleia 
• Exame laboratorial: linfopenia, 
plaquetopenia, inespecífico 
• Artrite, artralgia, tenossinovite, 
cronicidade 
• Acometimento articular muito 
severo 
CHIKUNGUNYA SUBAGUDA E CRÔNICA 
• Forma subaguda: 
o Persistência ou recorrências dos 
sintomas após 2 semanas de 
doença, com duração até 3 meses 
o Poliartrite distal, exacerbação da 
artralgia, tenossinovite 
hipertrófica nos punhos e 
tornozelos, distúrbios vasculares 
periféricos, astenia e fadiga 
• Forma crônica- poliartrite crônica 
o Persistência ou recorrência dos 
sintomas com duração de mais de 
3 meses 
o Artralgia persistente, rigidez, 
degeneração articular, fadiga 
crônica 
o Idade superior a 45 anos, sexo 
feminino, doença reumatológica 
pré-existente, evolução grave na 
fase aguda 
• Apresentações das formas subaguda 
e crônica: acometimento mais 
proximal distal, deformidade 
articular, alteração cutânea, 
edema, calor local 
• Complicações: neurológicas, ocular, 
cardiovascular, dermatológico, 
renal 
• Impacto na gravidez: abortamento 
no primeiro trimestre e transmissão 
vertical no terceiro trimestre 
DIAGNÓSTICO 
• PCR RNA (1-8 dias) 
• CULTURA 
• Sorologia tardia (IgM) 
• Dengue/ Zika: sem cruzamento 
TRATAMENTO 
• Sem antiviral 
• Tratar complicações articulares 
• Há drogas e vacinas em estudos 
 
ZIKA VÍRUS 
• Família Flaviridae 
• Vetor: Mosquito Aedes sp. 
• Principal vetor Aedes aegypti, mas 
também pode ser transmitida pelo 
Aedes albopictus 
• RNA vírus, de fita simples 
• O vírus tem tropismo pelo sistema 
nervoso central 
• Transmissão: através da picados de 
vetores, perinatal, vertical, 
parenteral, sexual 
(hematoespermia) 
• Síndrome congênita em bebês 
QUADRO CLÍNICO 
• 80 % assintomáticos ou 
oligossintomática inespecífica 
• Conjuntivite 
• Manifestações cutâneas• Febre não muito alta 
• Pouca repercussão no estado geral 
• Exantema maculopapular 
pruriginoso 
• Mialgia e artralgia 
• Cefaleia 
• Curta duração 
• Critério de notificação: exantema 
maculopapular pruriginoso 
acompanhado de 2 ou mais 
seguintes sinais e sintomas: 
o Febre 
o Hiperemia conjuntival sem 
secreção e prurido 
o Poliartralgia 
o Edema periarticular 
• Complicação relacionada a gestação: 
microcefalia 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
• Diagnostico pode cruzar com dengue 
• PCR (2- 3 semanas) 
• IgM (3-5 dia com maior 
especificidade) 
• IgG (5-7 dias com alta incidência de 
reatividade cruzada de dengue- 
fenômeno do “pecado original” 
COMPLICAÇÕES 
• Síndrome da Zika congênita 
• Microcefalia 
• Abortamento 
• Síndrome de Guillain Barré 
(manifestação neurológica) 
PREVENÇÃO 
• Como todas as Arboviroses, a 
melhor forma de prevenção é a 
eliminação do mosquito utilizado 
como vetor 
• Possibilidade de agravamento do 
número de casos devido a 
reatividade cruzada com outro 
flavivírus 
TRATAMENTO 
• Tratar os sintomáticos e seus 
sintomas 
• Vacina: fase III em estudo 
• Há drogas em estudo

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