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Semiologia do sistema respiratório

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Darah Azini 2021 Semiologia 
Semiologia do 
Sistema Respiratório 
⁂ Inspeção 
→ Inspeção estática: não depende de movimen-
tos do tórax. 
‣ Forma do tórax 
‣ Anomalia 
→ Inspeção dinâmica: depende dos movimentos. 
‣ Avalia os movimentos respiratórios 
✻ Pele 
• Coloração. 
• Presença de lesões (pápulas, úlceras, tubérculos, 
nódulos, vesículas, bolhas, pústulas, abcessos...) 
 
✻ Mamas 
• Inspeção (volume e posição dos mamilos). 
• Palpação (presença de nódulos). 
 
✻ Músculos 
• Contratura. Ex.: Sinal de Ramond (contratura da 
musculatura paravertebral torácica unilateral, que 
indica comprometimento pleural inflamatório ho-
molateral). 
• Abaulamento. Ex.: Sinal de Le-
mos Torres (abaulamento dos es-
pações intercostais durante a ex-
piração, que indica derrame pleu-
ral). 
 
✻ Ossos 
→ Abaulamentos 
→ Retrações 
→ Tipos de Tórax 
• Chato ou plano (normal). 
• Alado (comum em longilíneos). 
 
• Tórax em tonel ou globoso 
 ∘ Aumento do diâmetro anteroposterior 
 ∘ Retificação dos arcos costais, horizontalização. 
 ∘ Pacientes DPOC, principalmente enfisema pul-
monar. 
 
• Tórax infundibuliforme 
 ∘ Tórax de sapateiro. 
 ∘ Depressão na porção inferior do esterno. 
Darah Azini 2021 Semiologia 
 ∘ Natureza congênita. 
 ∘ Pectus excavatum. 
 
• Tórax carineforme 
 ∘ Proeminência esternal. 
 ∘ Pectus carinatum. 
 ∘ Peito de pombo. 
 ∘ Congênito ou adquirido (raquitismo). 
 
✻ 
→ Avaliar os movimentos respiratórios 
• Tórax e abdome 
▷ Ritmo respiratório normal: predomínio de movi-
mento na região torácica mais inferior, espiração 
e inspiração com mais ou menos o mesmo 
tempo. Mesma frequência e amplitude. 
 
▷ Respiração de Kussmaul: inspirações e expira-
ções profundas seguidas de pausa. Ocorre na ce-
toacidose diabética, com o propósito de jogar 
CO2 para fora. 
 
▷ Respiração de Cheyne-Stokes: Ciclo que au-
menta a amplitude respiratória gradativamente, 
que em seguida reduz gradativamente até chegar 
um período de apneia. Acontece na insuficiência 
cardíaca e acidente vascular encefálico. 
 
▷ Respiração de Biot: Respiração de amplitude e 
frequência variáveis e períodos de apneia, ritmo 
anárquico. Causada por dano cerebral importante. 
 
▷ Dispneia: Respiração com movimentos amplos 
e rápidos. 
 
▷ Respiração suspirosa: ritmo respiratório normal 
interrompido por suspiros. Comum em pessoas 
com ansiedade. 
 
✻ 
* As mamas também devem ser palpadas. 
⇨ Expansibilidade 
• Indica o volume de ar mobilizado pela respiração 
daquele segmento pulmonar 
• Inspirações e expirações profundas 
• Posiciona-se os polegares entre as apófises espi-
nhosas e as mãos sobre os ombros. Deve-se ob-
servar um deslocamento das mãos, os polegares 
precisam se separar com a respiração do paci-
ente. 
• Avalia-se nos ápices e bases pulmonares 
 
Darah Azini 2021 Semiologia 
⇨ Frêmito Toracovocal (FTV) 
• Vibrações das cordas vocais transmitidas à pa-
rede torácica, o ar passando. 
• O paciente deve falar “trinta e três” ao deslocar 
as mãos pelo dorso do paciente, em posição de 
ápice e base pulmonar. Deve ser feito de forma 
simétrica, de um lado e depois do outro. 
• Mais nítido em homens e parede torácica del-
gada 
• Mais acentuado à direita e em bases 
• Melhor transmissão em meio sólido 
• Consolidação pulmonar/preenchimento alveolar 
⇢ Aumenta o FTV 
• Doenças pleurais/Oclusão brônquica ⇢ Redução 
ou abolição do FTV. 
 
 
 
 
 
✻ 
• Tecidos vizinhos com presença de ar, liquido ou 
sólidos. 
• Mão esquerda apoiada com os dedos afastados 
na região a ser percutida 
• “Martelar” com o 3 quirodáctilo direito (ponta do 
dedo ou articulação interfalangiana proximal) a arti-
culação interfalangiana distal do 3 quirodáctilo es-
querdo. 
• O dedo percussor deve ser imediatamente afas-
tado a fim de não abafar as vibrações. 
 
• Quatro tipos de sons: 
 ∘ Claro Pulmonar: Projeções pulmonares 
 ∘ Som timpânico (presença de ar no espaço 
percutido): Espaço de Traube (projeção da bolha 
gástrica). 
 ∘ Som submaciço (som intermediário): Parte infe-
rior do esterno. 
 ∘ Som maciço (espaço sólido): Hipocôndrio direito 
(fígado). 
 
• Esplenomegalia / Massas tumorais / Plenitude 
gástrica ⇢ Alteração do som timpânico para sub-
maciço ou maciço no espaço de Traube. 
• Hérnia diafragmática/ Pneumotórax / Enfisemas 
e Cavitações ⇢ Alteração do som claro pulmonar 
para timpânico. 
• Pneumonias /Atelectasias / Neoplasias / Infarto 
Pulmonar ⇢ Macicez em projeção pulmonar. 
✻ 
• A ausculta deve ser feita em ambiente silencioso 
e o paciente deve estar com o tórax desnudo. O 
paciente deve respirar pausado e profundamente 
e com a boca entreaberta. 
 
✦
✦
 
Darah Azini 2021 Semiologia 
• Face posterior do tórax ⇢ faces laterais ⇢ face 
anterior. 
• A ausculta deve ser feita de maneira simétrica. 
Sons respiratórios normais 
‣ Som bronquial ou traqueal 
∘ Audível na região anterolateral do pescoço e na 
fúrcula esternal (áreas de projeção da traqueia e 
brônquios principais). 
∘ Alto e agudo. 
∘ Componente inspiratório soproso, seguido de 
pausa e um período expiratório mais prolongado 
e mais forte. 
‣ Murmúrio vesicular 
∘ Auscultado na maior parte da parede torácica. 
O ar ao entrar pelas vias respiratórias, é projetado 
para vias respiratórias de calibre cada vez menor, 
gerando uma vibração audível com o estetoscó-
pio. 
∘ Campos inferiores e médios pulmonares 
∘ Suave e grave 
∘ Não há pausa entre os componentes inspiratório 
e expiratório 
∘ Componente inspiratório: Mais intenso, mais du-
radouro e mais alto. 
∘ Aumento da Intensidade do MV ⇢ Respiração 
ampla com a boca aberta, crianças, tórax emagre-
cido... 
∘ Diminuição do MV ⇢ Condições que impedem a 
transmissibilidade sonora, em afecções pleurais ou 
pulmonares. EX: pneumotórax, espessamento 
pleural, enfisema pulmonar, obstrução de vias aé-
reas superiores, dor que impeça a mobilização to-
rácica. 
Deve haver uma descrição do murmúrio vesicular, 
se abolido, se universalmente audível, diminuído... 
‣ Som broncovesicular 
∘ Intermediário ao som vesicular e ao som bron-
quial. 
∘ Fases expiratória e inspiratória de igual intensi-
dade, magnitude e duração. 
∘ As fases podem ser separadas por pequena 
pausa. 
∘ Auscultado nas regiões esternal superior, inte-
rescapulovertebral direita e ao nível da 3ª e da 4ª 
vértebras dorsais (onde não se ausculta o MV) 
Sons Adventícios (anormais) 
• Condições patológicas. 
• Alterações estruturais e mecânicas pulmonares. 
• Devem ser descritos quanto à: 
 ∘ Frequência. 
 ∘ Localização. 
 ∘ Momento de ocorrência no ciclo respiratório. 
 ∘ Persistência do padrão entre um ciclo e outro. 
 ∘ Mudanças após tosse ou modificação de posi-
ção do paciente. 
• Descontínuos 
 ∘ Estertores finos (creptações). 
 ∘ Estertores grossos ou bolhosos. 
 ∘ Atrito pleural. 
• Contínuos 
 ∘ Roncos. 
 ∘ Sibilos 
 ∘ Estridor (cornagem). 
 ∘ Grasnido. 
‣ Estertores finos (creptações). 
• Suaves. 
• Geralmente no final da inspiração em paciente 
com processo parenquimatoso que comprime as 
vias respiratórias. Quando o ar entra na inspiração, 
ele distende a parede das vias respiratórias que 
estão passado por esse processo de compressão 
extrínseca e produz o ruído. 
• Muitos breves 
• Agudos, lembra o ruído do atrito em fios de ca-
belo levados próximos ao ouvido. 
• Sem alterações com a tosse. 
• Pode aparecer nas pneumonias e congestão 
pulmonar. 
Darah Azini 2021 Semiologia 
‣ Estertores grossos ou bolhosos 
• Intensos 
• Frequência grave 
• Breves, mas de duração maior que a crepitação 
O ar passa pelas vias respiratórias e mobiliza a se-
creção presente, gerando o ruído. 
• Alteram-se com a tosse 
• Inicio da inspiração e toda expiração 
Comum nas bronquites crônicas. 
‣ Atrito Pleural 
• Ruído grave 
• Irregular. 
• Inspiração e expiração. 
• Acontecepor conta do deslizamento dos folhe-
tos pleurais inflamados. 
• Desaparece com o derrame pleural, pelo afasta-
mento dos folhetos. 
‣ Roncos 
• Graves. 
• Vibrações das paredes brônquicas e do conte-
údo de ar quando há estreitamento da luz das 
vias aéreas, aumentando a resistência e gerando 
o ruído. 
• Ocorrem na inspiração e na expiração. 
• Mutáveis e fugazes. 
• Surgem e desaparecem em curto período. 
‣ Sibilos 
• Agudos 
• Qualidade sussurrante 
• Ocorrem na inspiração e na expiração 
• Difusos ou localizados 
• Ocorrem na asma e bronquite 
‣ Estridor ou cornagem 
• Sibilo total ou predominantemente inspiratório 
• Mais audível nas regiões central e superior do 
tórax e pescoço. 
• Ocorre na obstrução de via aérea central (la-
ringe ou traqueia), edema de glote... 
‣ Grasnido 
• Inspiratório. 
• Agudo. 
• Reabertura súbita de vias aéreas distais. 
• Ocorre na bronquiolite. 
✻ 
• Conjunto de sinais e sintomas associados a uma 
condição brônquica. Podem surgir devido a uma 
redução do calibre da arvore brônquica, ou dilata-
ção ou hipersecreção brônquica. 
Se expressam principalmente por dispneia, contri-
ção torácica, sibilância e tosse. 
Asma Crônica 
• Pode ser desencadeadora de uma síndrome 
brônquica. 
• Processo inflamatório de brônquios, de origem 
genética ou alérgica. 
• Gera redução do calibre dos brônquios, com au-
mento da resistência do fluxo aéreo, gerando sibi-
los. 
• A secreção nos brônquios pode gerar outros 
sons adventícios. 
• Na inspeção e palpação, o paciente com asma 
brônquica pode estar normal ou ter uma redução 
da expansibilidade bilateralmente, principalmente 
nos quadros mais avançado onde haverá maior 
resistência a insuflação pulmonar por conta da re-
sistência dos brônquios inflamados. 
 
Darah Azini 2021 Semiologia 
 Bronquite crônica do DPOC 
• A elastase promove lesão tecidual, ruptura de fi-
bras elásticas e hipersecreção de muco. 
 
• A elastase obstrui os alvéolos pulmonares. 
• Nos casos mais avançados ocorre uma hiperse-
creção de muco por uma resposta inflamatória 
mediada pela elastase. 
• Excessiva produção de muco. 
• Tosse mucopurulenta persistente. 
• Estertores grossos em ambos os hemitórax. 
• Roncos e sibilos. 
• Se, enfisema associado ⇢ Redução da expansi-
bilidade, hipersonoridade, redução do FTV, redu-
ção do MV. 
Bronquiectasias 
• Perda funcional importante de arvore brônquica 
(muscular e elástica), pois eles sofrem um pro-
cesso de destruição. 
 ∘ Dilatação anormal e irreversível devido a uma 
inflamação crônica dos brônquios e colonização. 
• Tosse produtiva com expectoração abundante, 
especialmente pela manhã, odor fétido 
• Esse processo inflamatório instalado tem-se uma 
facilidade para a colonização de agentes microbia-
nos na árvore brônquica, gerando uma pré-dispo-
sição a uma infecção respiratória. 
• Hemoptises frequentes. 
• Se abundantes: 
 ∘ Aumento da frequência respiratória. 
 ∘ Redução da expansibilidade. 
 ∘ Em geral, redução do FTV. 
 ∘ Hipersonoridade à percussão. 
 ∘ Redução do murmúrio vesicular. Roncos e sibi-
los. 
✻ 
Síndrome de consolidação pulmonar 
• Ocupação dos alvéolos por células e exsudatos, 
devido a um processo inflamatório ou infeccioso. 
• O ar não consegue preencher os alvéolos, pre-
judicando a hematose, disparando a resposta ven-
tilatória para trazer mais ar para dentro, o paci-
ente hiperventila. 
• Dispneia e tosse (seca – doença mais restrita ao 
parênquima pulmonar- ou produtiva – preenchi-
mento das vias respiratórias- com ou sem he-
moptoico). 
• Dor pleurítica ou ventilatório dependente, se 
acometimento pleural. Quanto mais periférico o 
processo inflamatório estiver acontecendo, mais a 
pleura será acometida. Quando o paciente inspira 
a pleura inflamada se distende e dói. 
∘ Expansibilidade diminuída 
∘ FTV aumentado 
∘ Submacicez ou macicez 
∘ Respiração brônquica – ouvida na fúrcula ester-
nal. 
∘ Sopro tubário – quando o ar passa pela área 
consolidação acontece uma dissipação da onda vi-
bratória. 
∘ Estertores finos (creptações) – o ar passa pelas 
paredes estreitadas fazendo força. 
 
Atelectasia 
Darah Azini 2021 Semiologia 
• Colabamento alveolar, os alvéolos se fecham. 
• Neoplasias / corpos estranhos: Oclusão brôn-
quica – não chega ar no interior dos alvéolos. 
• Dispneia, tosse seca. A hiperventilação dispara, 
para levar mais ar. 
• Retração de hemitórax, devido a dispneia in-
tensa. Tiragem intercostal, contratura da muscula-
tura intercostal. 
• Expansibilidade reduzida. FTV reduzido ou abo-
lido, a área colabada não recebe as vibrações. 
• Submacicez ou macicez 
• MV diminuído, devido a restrição a chegada de 
ar. Onde não ter ar passando, não tem MV. 
 
Enfisema Pulmonar 
• Forma de DPOC. Perda da elastância, dificuldade 
para expirar – o pulmão não consegue colocar o 
ar para fora. 
• Dispneia progressiva. 
• Expansibilidade diminuída (o tórax se mantém 
grande, não diminui) e tórax em tonel nos casos 
avançados 
• FTV diminuído 
• Sonoridade normal no início. Hipersonoridade 
com o agravamento (aprisionamento de ar). 
• MV diminuído. 
Congestão Passiva Pulmonar 
• Insuficiência ventricular esquerda ou estenose 
mitral. Com isso átrio direito fica sobrecarregado, 
além de veias, vênulas e capilares pulmonares – 
com isso há o extravasamento de líquido para o 
interstício. Isso causa dispneia no paciente, pois a 
sua concentração de oxigênio no sangue diminui. 
• Dispneia de esforço, dispneia de decúbito, dis-
pneia paroxística noturna. 
• Tosse seca e sibilância. 
• Expansibilidade normal ou di-
minuída, depende do compro-
metimento pulmonar. 
• FTV normal ou aumentado. 
• Submacicez em bases. 
• Estertores finos em bases pulmonares (o líquido 
se acumula em bases). 
Escavação ou Caverna Pulmonar 
• Tuberculose: principal causa 
• Tosse produtiva com ou sem hemoptóicos e 
vômica (pus). 
• Expansibilidade diminuída 
• FTV aumentado, se secreção. 
• Som claro pulmonar ou som timpânico 
• Som broncovesicular ou brônquico. 
 
 
↳ ⇢→ • ‣ ▷∘ ✓ ⇨ ⁂ ✦ ✻

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