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CCJ0006-WL-AMRP-08-Dos Fatos Jurídicos

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DIREITO CIVIL I
PROFA. DRA. EDNA RAQUEL HOGEMANN
SEMANA 4 AULA 8
TÍTULO 
OS DIREITOS DE PERSONALIDADE NO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
A distinção entre direitos 
fundamentais e direitos de personalidade 
Ascensão ensina que: “Não são termos equivalentes.Os direitos da personalidade são aqueles direitos que exigem em absoluto reconhecimento, porque exprimem aspectos que não podem ser desconhecidos sem afetar a própria personalidade humana.O acento dos direitos fundamentais é diferente. Demarcam muito em particular a situação dos cidadãos perante o Estado. É assim a categoria cidadão que está em causa. 
Direitos da Personalidade – Foram criados para proteger os indivíduos de si mesmos e de terceiros (direito privado).
Direitos Fundamentais – Foram criados para proteger os indivíduos do Estado (direito público).
Essa distinção já não faz muita diferença. Atualmente, prevalece a idéia de uma proteção unificada da pessoa humana.
Classificação: 
Direitos à integridade física. 
Exemplo: direito à vida, ao corpo,etc. 
Direitos à integridade moral. 
Exemplo: direito à imagem, honra, etc. 
Características dos direitos da personalidade 
A) são absolutos, isto é, são oponíveis contra todos (erga omnes), impondo à coletividade o dever de respeitá-los; 
B) generalidade, os direitos da personalidade são outorgados a todas as pessoas, pelo simples fatos de existirem; 
C) extrapatrimonialidade, os direitos da personalidade não possuem conteúdo patrimonial direto, aferível objetivamente; 
D) indisponibilidade, nem por vontade própria do indivíduo o direito da personalidade pode mudar de titular;
 E) imprescritibilidade, inexiste um prazo para seu exercício, não se extinguindo pelo seu não-uso; 
F) impenhorabilidade, os direitos da personalidade não são passíveis de penhora; e, 
G) vitaliciedade, os direitos da personalidade são inatos e permanentes, acompanhando a pessoa desde seu nascimento até sua morte. 
Os direitos da personalidade no Código Civil
Como já se afirmou, o artigo 11 nega a possibilidade de limitação voluntária do Direito da personalidade.
Assim, o artigo 13 proíbe a disposição do próprio corpo, salvo em caso de exigência médica ou no caso de doação de órgãos e tecidos post mortem.
VILLELA afirma, sobre esse artigo, que a exigência médica pode-se dar nos campos físico e/ou psíquico. Essa foi a solução teórica, encontrada pelo doutrinador, com vistas a facilitar, legalmente, as operações de transexualidade, que visam à harmonização entre sexo físico e somático, o que seria, em tese, vedado.
A disposição do art. 17 provoca certo espanto pela originalidade com a qual se inscreve (“O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória”). Aqui deseja o legislador conferir ampla proteção à pessoa humana em face dos ataques, comuns e quotidianos, contra a honra (subjetiva e objetiva), por meio do uso do nome em publicações ou exposições, mesmo com intenções não difamatórias
Outra disposição de forte caráter principiológico e instrumental no Novo Código é aquela contida no art. 21, que reza, acerca do direito à vida privada, à privacidade, à reserva, ao estar só, à intimidade e ao recato (direito psíquico da personalidade): “A vida privada da pessoa física é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma”. Aliás, tal dispositivo vem inspirado no texto constitucional(art.5.)

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