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Aula transcrita - Cerebelo 2

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Universidade Federal Fluminense
Neuro-anatomia – Professor: Roberto 04/12/02
Transcrição: Cecília Canêdo Freitas
Aspectos gerais e filogenéticos do cerebelo
O cerebelo se refere a função do movimento, que em parte é voluntário e a maior parte a gente nem percebe. Qualquer posição em que você esteja estará, normalmente, brigando contra a gravidade. Essa luta contra a gravidade é mantida por uma série de músculos, principalmente do sistema muscular extensor dos membros, sistema de sustentação do tronco, que está trabalhando o tempo inteiro pra vencer a força da gravidade.
Ficaríamos malucos se tivéssemos que pensar em cada músculo necessário para nos manter em um plano anti-gravitacional (eu tenho q estender o músculo quadríceps da coxa, contrair o músculo tal, segurar o pescoço, musculatura intercostal..). 
Na realidade a natureza desenvolveu um grande sistema de trabalho inconsciente q permite que a gente vença a gravidade. O mapa corporal relacionado ao equilíbrio altera profundamente ao mudarmos da posição de pé para em pé apoiando as mãos numa mesa. A musculatura antigravitacional estava toda no membro inferior e no tronco e foi obrigada a se deslocar para o sistema de musculatura extensora dos membros superiores. 
Nosso cerebelo está agindo o tempo todo contra as forças da gravidade, qualquer cochilo do cerebelo o corpo vai cair. Nossa atitude corporal muda de acordo com nossas necessidades. A organização motora que trabalha para manter a atitude corporal provem diretamente do cerebelo de forma inconsciente, ou seja o cerebelo trabalha o tempo inteiro para manter nosso mapa postural integro e inteiro, conseqüentemente o equilíbrio.
O ato motor é simples e maravilhoso, o movimento é muito bem bolado, é feito através de um sistema de alavancas com músculos agonistas (a favor do movimento) e antagonistas (contra o movimento, freiando o movimento) Uma hora a musculatura flexora é agonista e a extensora antagonista e se eu estendo o braço é o contrário a musculatura extensora é agonista e a flexora, antagonista. E existe a musculatura fixadora, que fixa osso com osso.
O cerebelo faz um sincronismo perfeito da força do musculatura agonista, que vai contraindo progressivamente de acordo com a minha necessidade e o relaxamento da musculatura antagonista. Faz um movimento preciso e ordenado.
O cerebelo desenvolveu a função do sincronismo entre as musculaturas agonistas e antagonistas de acordo com a minha necessidade motora e planejamento cerebral.
O cerebelo existiu evolutivamente para coordenar inconscientemente a ação da musculatura antigravitacional e equilíbrio, em seguida atua nas porções de tônus muscular postural e de massa e depois o animal evolui mais ainda para a coordenação motora fina. Para isso o cerebelo recebe informações importantíssimas ao equilíbrio do sistema vestibular que é a informação da cabeça no espaço, o nosso..... neuromusculares através da própriocepção inconsciente e informações importantes para o córtex cerebral que planeja um movimento complexo sofisticado.
O cerebelo está ligado ao 
Equilíbrio
Tônus muscular postural e marcha
E Coordenação motora simples
Imagina uma medula que trabalhava basicamente sob uma forma reflexa e um cerebelo que passa a coordená-la pregado de músculos simultaneamente. Essa evolução funcional necessita de uma quantidade muito grande de neurônios. Até aqui nós estudamos medula e tronco como estruturas que possuem substância branca na periferia e substância cinzenta central seja o H medular na medula ou núcleos profundos do tronco cefálico. Quando surge o cerebelo a quantidade de neurônios tem que ser muito maior. Os neurônios pequenos dentro do H medular na medula espinhal passam ser insuficientes, precisam de mais neurônios para fazer a função que o cerebelo queria. Assim como aconteceu no cérebro. A natureza criou uma camada de corpos de neurônios (substÂncia cinzenta) na periferia cerebelar e tb no cérebro, chamado de córtex. Isso mudou tudo, o aumento dos núcleos neuronais possibilitou a capacidade de organização de muitas dessas funções. Isso foi fundamental, o surgimento do córtex, o chamado sistema nervoso supra-segamentar, que é o cérebro e o cerebelo proporcionaram funções que não eram destinadas a só uma parte do corpo, mas uma área cortical pode coordenar várias do corpo. Esse sistema cortical cerebelar cerebral foi chamado de sistema supra-segmentar, e é caracterizado pelo acúmulo de corpos celulares em camadas, que constitui a córtex cerebelar e a córtex cerebral.
O cerebelo possui córtex na periferia e, é formado por 2 hemisférios simétricos unidos na linha média por uma estrutura chamada de vérmis. 
Numa vista sagital do encéfalo, observamos o tronco cefálico na linha média, telencéfalo e o cerebelo, que está localizado posteriormente ao tronco cefálico e inferiormente ao telencéfalo, se liga ao tronco cefálico através de 3 pontos de conexão: pelo pedúnculo cerebelar superior, que liga o cerebelo ao mesencéfalo, o pedúnculo cerebelar inferior que liga o cerebelo ao tronco(bulbo) e o médio liga o cerebelo à ponte. Então quem se localiza dorsalmente ao quarto ventrículo é o cerebelo, inferiormente é o bulbo e cranialmente o mesencéfalo. O cerebelo contribui para a formação do teto do quarto ventrículo.
O cerebelo é formado pelo hemisfério cerebelar, que é representado na linha média pelo vérmis cerebelar (árvore da vida). O cerebelo é entrecortado por uma série de sulcos pequenos, que delimitam as lâminas ou folhas. Os sulcos maiores são as fissuras cerebelares, que contém uma série de folhas ou lâminas cerebelares. Os grupamentos de folhas ou lâminas, separados por sulcos, são os lóbulos cerebelares (no vérmis e nos hemisférios). O grupamento de lóbulos forma um lobo.
Filogênese do cerebelo – evolução nas espécies.
As fases na filogênese do cerebelo, são correlacionadas com a complexidade do grupo de vertebrados característico de cada fase:
O cerebelo surgiu com a aparecimento dos ciclóstomos, como a lampreia. Eles são animais marinhos que não têm nadadeiras, se movimentam através da ondulação do corpo. Movimento basal. Mas têm a necessidade de se manterem equilíbrio no meio líquido. Através da informação da posição que a cabeça ocupa no espaço ele se direciona para cima ou para baixo. O cerebelo surge nessa fase e se chama arquicerebelo ou cerebelo vestibular. É uma pequena área cerebelar bem primitiva, que recebe informações do aparelho vestibular, pequeno lobo, ou Lóbulo Flóculo Nodular, com a função de equilíbrio. 
Os peixes passaram a ter uma parte do corpo adaptada ao movimento, a marcha. Possuem nadadeiras. Surge o segundo lobo, chamado Lobo anterior, ligado á marcha, deslocamento. Também chamado de Paleocerebelo. O cerebelo precisa receber informações do grau de contração dos músculos através impulsos nervosos (proprioceptivos), q chegam após passar pela medula espinhal, para coordenar o deslocamento. É também denominado Cerebelo espinhal.
Saindo do meio aquático, o anfíbio (sapo), além do cerebelo vestibular, apresenta o lobo anterior maior do que o lobo anterior dos peixes, ganha mais neurônios. 
4) No roedor (mamífero) a capacidade de movimentação é muito maior. O cerebelo se desenvolve muito. A parte do cerebelo que surge nesta fase, adicionando-se ao paleocerebelo e ao cerebelo vestibular, é o Lobo posterior, denominado neocerebelo. Relaciona-se com a coordenação motora fina ou sofisticada e, é denominado também de cerebelo recente. Por fazer conexões diretas com o córtex cerebral (planeja movimentos mais elaborados) é chamado também de cerebelo cortical.
5) No homem o lobo cortical cresce muito.
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Núcleos profundos cerebelares (de medial para lateral):
núcleo fastigial
núcleo emboliforme
possuem uma estrutura muito semelhante, considerados um conjunto único - 
núcleo globoso 		 núcleo interpósito ou interposto
núcleo denteado
 
				Fastigial
							 EmboliformeDenteado
									Vérmis do cerebelo
				 		Globoso
		Corpo medular do 
		cerebelo
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