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Valores e Deveres@resuminhosdanath · Problema, o dilema, o conflito e a tragédia: a deliberação ou decisão! · A humanidade tende a transformar problemas em dilemas e dilemas em conflitos! Deliberação: · Diego Gracia define deliberação como um processo racional de análise das razões que se colocam a favor e encontra em problemas e assuntos que são objetos de opinião e escolha e, portanto, uns veem de uma maneira e outros de outra. · Essa deliberação se realiza lastreada em argumentos a fim de se tomar uma decisão que, se não pode ser completamente certa, deve ser sempre prudente. · A prudência caracteriza-se por tomada de decisões racionais em condições de incertezas. Por isso, as decisões prudentes são sempre retificáveis. · Diego Gracia propõe dois diferentes processos decisórios em Bioética: o macro e o micro. · “O importante não é tomarmos decisões clínicas corretas e, sim, prudentes” · O processo decisório macrobioético depende da vontade geral, entendida através do referencial de Rousseau, é uma decisão pública, através da via política. · O processo decisório microbioético, por sua vez, depende da vontade individual, é uma decisão privada e solitária. · Ainda, de acordo com Diego Gracia, não se pode tomar decisões baseando-se apenas em fatos! A decisão baseada apenas nos fatos é um erro. Os valores são componentes respeitáveis deste processo. Tomar decisões sem levar em conta os valores é incorreto. · Os fatos se percebem, os valores se estimam, ou apreciamos ou desprezamos. Segundo Max Scheller, toda a percepção está baseada em valoração. · Segundo Edmond Pellegrino, a decisão não deve ser tomada pelo médico em lugar do paciente, nem por este independente do médico ou da comunidade. A decisão moralmente ótima é aquela que provém solidariamente do médico e do paciente. O médico deve tomar as decisões com o paciente e no interesse deste. · O ter que fazer uma opção é, ou pode ser, angustiante! · A angústia pode ser extrema a ponto de não se desejar faze-la ou delegá-la a outrem. · Deve-se aprender a elaborar a angústia, valorizar a liberdade e respeitar os valores morais. · A decisão por uma escolha, a opção, é feita através da deliberação. · Decide-se por uma opção deliberando! · Decisão Opção.; · Decisão Deliberação Opção. · O problema – elege o curso das ações possíveis numa situação, sempre mais de duas ou no mínimo duas. · O dilema – decisão entre duas únicas possibilidades conflitantes e excludentes entre si. · O conflito – choque de dois elementos que convergem e que resultam incompatíveis entre si. Há várias opções possíveis que acabam gerando dificuldades e problemas. · A tragédia – conflito sem solução. · A forma de deliberação mais frequente deve ser através da discussão e do diálogo ao analisar-se o problema: é a forma problemática. @resuminhosdanath · Nesta forma há, no mínimo, duas possibilidades de opção. · Quando uma opção anula outra ocorre o dilema e a decisão, então, dá-se na forma dilemática.. · Esta deve ser a forma mais rara de deliberação. · No caso de uma decisão/opção entre ‘vida ou morte’, esta forma é considerada antiética. · A tomada de decisão – a opção -, é fruto do processo de deliberação, que inclui a análise dos fatos, dos valores e dos deveres. · As decisões morais na são exatas, são prováveis. Ninguém tem de todo razão. · Os argumentos não se esgotam na análise de um problema, são sempre opiniões. · Deliberação e Decisão: · Diego Gracia – (Univ. Complutense Madrid) clinico, filosofo e bioeticista espanhol atual: · “A decisão deve levar em conta os fatos, os deveres e os valores”. · “As melhores decisões não são as mais corretas, são aquelas mais prudentes...” · Em medicina há o valor da vida! Em economia há o valor do dinheiro! · Em medicina há uma cadeia sequencial entre a análise dos fatos apresentados pelo doente (suas queixas e sintomas etc.), dos deveres do médico para com o paciente (anamnese e exame fisico) e dos valores (do paciente) para equacionar, minimizar ou suprimir os dilemas e os conflitos que rodeiam a doença e o doente e sua familia. · Em medicina a lógica do discurso é moral; é dialético – diálogo ou discussão racional -, são as probabilidades no complexo mundo das opiniões. · Na exploração clinica ou diagnóstica de um paciente, os argumentos são sempre prováveis. Esta probabilidade em ética é a prudência. · A deliberação moral reduz a incerteza e leva em conta os fatos, os deveres e os valores. Sobre estes três aspectos é preciso deliberar para que nasça o melhor procedimento ético e/ou técnico: a diligência e a perícia. · Fatos: · São concretos, todos veem, sentem, percebem, apreciam, sofrem! A beleza, a saúde, a doença, a dor, a paz. · Os conflitos de fatos, ocorrem no mundo dos fatos objetivos: acidente de carro! · Deveres: · São obrigações determinadas nas leis, na moral, na ética e na técnica. · Representam o trabalho do médico que deve ser feito com cuidado e habilidade! · É tudo aquilo que que está determinado, ou dito, que deve ser feito para si e para os outros. · Valores: · Se estimam! Valor é a perda que faz falta! No mundo material. · O valor moral é um imperativo que exige ser cumprido, levando ao dever. · Este imperativo pode levar a um conflito moral: o médico que sabe o diagnóstico e deveria dizê-lo! Nem sempre fazemos tudo o que deveríamos. · Os conflitos de valores, ocorrem entre dois ou mais que, total ou parcialmente, resultam incompatíveis entre si. · Método de deliberação moral segundo Diego Gracia, sintetiza o processo deliberativo cujo caminho inclui: · Deliberação sobre os fatos (apresentação do caso e esclarecimento dos fatos); · Deliberação sobre os valores (identificação dos problemas morais do caso; indicação do problema moral fundamental e identificação dos valores em conflito); · Deliberação sobre os deveres (identificação dos cursos de ação extremos, intermédios e do ótimo); · Deliberação sobre as responsabilidades (submeter o curso ótimo de ação às provas de consistência de tempo, publicidade e legalidade). · Deliberação em clínica:@resuminhosdanath · 1.deliberação sobre os fatos: · (No diagnóstico, prognóstico e tratamento) · Apresentar o caso ou problema ético ou clinico; · Analisar bem os fatos éticos ou clínicos do caso em estudo; · Deliberação dos Valores: · Autonomia, confidência, relacionamento médico-paciente. · Identificação dos Problemas; · Escolha ou eleição do problema ético a ser discutido; · Identificar os valores com linguagem precisa; relatar os problemas com poucas palavras; · . Deliberação sobre os deveres · Identificação das saídas (terapeuticas, prognosticos) possíveis: identificar a evolução. · Observar: · Os cursos extremos · Os cursos intermediários e · Os cursos ótimos. · “As soluções ótimas estão nos cursos intermediários” (aristóteles); · Provar a consistência da decisão: · Prova da legalidade: · A decisão tomada é legal? · Prova da publicidade: · A decisão seria a mesma se ela fosse publicada? · (Tomar a decisão como se ela fosse ser publicada...) · Prova do tempo: · Tomaria a mesma decisão se tivesse uma hora ou dias a mais para tomá-la? · (Não tomar decisão quando se está numa disussão acalorada...) · Tomada de decisão p.d. É a opção ética e/ou clínica: · É o que se vai fazer para o bem de quem se atende como · Médico: o doente ou paciente. · Edmond Daniel Pellegrino (filosofo americano, 1920-2013): · “A condição moralmente ótima é aquela na qual a decisão provém solidariamente do médico e do paciente. O médico deve tomar as decisões com o paciente e no interesse deste mesmo paciente”. · Responsabilidade profissional - valor moral em favor do paciente: · Negligência: · Falta de cuidado, zelo; · Imperícia: · Desobediência às normas técnicas; · Imprudência: · Falta de cuidado, afoiteza risco de causar ou causando cano, · Doente é todo ser humano que necessita ajuda para manter e/ou recuperar sua saúde.
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