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INTEGRAÇÃO BÁSICO - CLÍNICA Medicina - Turma 106 - EARTE 2020/1 Grupo 1: Betina, Bruna, João Pedro Forechi, Thiago Capini, Thomas CASO CLÍNICO 10- Caroço no pescoço Yago Onório Santos, 23 dias de idade, masculino é trazido ao pronto-socorro do Hospital Estadual Dr. Alzir Bernardino Alves (Hospital Infantil de Vila Velha-ES) por sua mãe Erinéia. A consulta foi motivada pela presença de um “caroço” em região cervical, associado com inclinação da cabeça da criança. H. Gestacional: Primigesta. Gestação de 39 semanas sem intercorrências. Parto normal. Sorologias maternas negativas. Apgar 9/10, 3350g, 51cm Ao ser examinado pela pediatra de plantão não foram observadas alterações neurológicas, com ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações. De positivo a médica observou uma inclinação lateral esquerda da cabeça. Também palpou em região cervical anterior esquerda uma tumoração dura, móvel, não aderida a planos profundos, sem sinais inflamatórios e sem linfonodos palpáveis. A médica então solicitou uma ultrassonografia para melhor avaliação da tumoração. A US revelou uma massa ao nível do músculo esternocleidomastóideo esquerdo medindo 27x14x32 cm, projetada em região cervical anterior. Após a realização da US a pediatra informou para a mãe que não se tratava de um problema grave, e que seria tratado com reabilitação fisioterapêutica e exercícios domiciliares que seriam ensinados. “No futuro, em caso de não melhorar, pode ser necessário uma pequena cirurgia para correção”, falou a médica. Erinéia falou com a médica: “Drª isso pode ser câncer, não é melhor operar logo?”. A médica tranquilizou a mãe e orientou como marcar a fisioterapia. Diagnóstico: Torcicolo congênito ANATOMIA FRASES DO TEXTO QUESTÕES NORTEADORAS ...palpou em região cervical lateral... 1. Identifique as regiões cervicais. 2. O M. esternocleidomastóideo é o limite entre quais regiões? 3. Cite as artérias da região cervical anterior 4. Cite os ramos da artéria carótida externa 5. Quais regiões/estruturas são irrigados por esses ramos? HISTOLOGIA e CITOLOGIA .. M. esternocleidomastóideo.. 6. Quais são os tipos de tecidos musculares. Qual a classificação histológica do m. esternocleidomastóideo 7. Quais são as disposições do tecido conjuntivo para a organizado do TMEE. 8. Qual é a unidade contrátil do TMEE. Cite as principais proteínas de seus miofilamentos EMBRIOLOGIA De positivo a médica observou uma inclinação lateral esquerda da cabeça. 9. Por que ocorre a inclinação lateral da cabeça nos casos de torcicolo congênito? (Moore sistema muscular) 10. A condição também pode acontecer em casos de parto cesariana? 11. Existe associação do torcicolo congênito com alguma outra anomalia? MEDICINA SOCIAL “Drª isso pode ser câncer, não é melhor operar logo?” 12. Com base no diagnóstico reacional (modo como a pessoa reage à doença), quais as quatro posições principais da órbita em torno da doença? Descreva as principais características de cada posição. · ANATOMIA 1. Identifique as regiões cervicais. Entre o crânio (mandíbula anteriormente e occipital posteriormente) e as clavículas, o pescoço é dividido em quatro regiões principais, são elas: Região esternocleidomastóidea, região cervical posterior, região cervical lateral e região cervical anterior. 2. O M. esternocleidomastóideo é o limite entre quais regiões? O músculo esternocleidomastóideo divide, de modo visível, cada lado do pescoço em regiões cervical anterior e lateral. 3. Cite as artérias da região cervical anterior. A região cervical anterior contém o sistema carótico de artérias, o qual é formado pelas: · Artéria carótida comum direita · Artéria carótida comum esquerda · Artérias carótidas internas: continuações diretas das artérias carótidas comuns superiores e não se originam nenhum ramo; · Artérias carótidas externas: originam ramos como a A. faríngea ascendente, A.occipital, A. auricular posterior, A. tireóidea superior, A. lingual, A. facial; também dão origem a dois ramos terminais, sendo eles a A. maxilar e a A. temporal superficial 4. Cite os ramos da artéria carótida externa. Os ramos da carótida externa são: artéria tireoídea superior, artéria faríngea ascendente, artéria lingual, artéria facial, artéria occipital, artéria auricular posterior, artéria temporal superficial e artéria maxilar (interna). 5. Quais regiões/estruturas são irrigados por esses ramos? Artéria tireoídea superior: laringe, glândula tireoide, os músculos infra-hióideos e o músculo esternocleidomastóideo; Artéria faríngea ascendente: faringe, os músculos pré-vertebrais, o ouvido médio e as meninges cranianas; Artéria lingual: músculos hipoglossos, músculos intrínsecos da língua e o assoalho da boca; Artéria facial: tonsilas, o palato e as glândulas submandibulares; Artéria occipital: região posterior do escalpo, sulcos da base do crânio; Artéria auricular posterior: musculatura adjacente, glândula parótida, nervo facial, orelha e escalpo; Artéria temporal superficial: região temporal do escalpo; Artéria maxilar (interna): meato acústico externo, membrana timpânica, dura-máter, calvária, mandíbula, gengiva, dentes, músculo temporal, músculo pterigoideo, músculo masseter e músculo bucinador. · HISTOLOGIA E CITOLOGIA 6. Quais são os tipos de tecidos musculares. Qual a classificação histológica do m. esternocleidomastóideo? O músculo é classificado de acordo com o fenótipo das células contráteis. · O músculo liso, cujas células não exibem estriações transversais. · O músculo estriado, cujas células exibem estriações transversais ao microscópio óptico · O músculo esquelético está inserido nos ossos e é responsável pelo movimento do esqueleto axial e esqueleto apendicular, bem como pela manutenção da posição e da postura do corpo. Além disso, os músculos esqueléticos do olho (músculos extraoculares) possibilitam o movimento preciso dos olhos · O músculo estriado visceral é morfologicamente idêntico ao músculo esquelético, mas está restrito aos tecidos moles; isto é, língua, faringe, parte lombar do diafragma e parte superior do esôfago. Esses músculos desempenham papel essencial na fala, na respiração e na deglutição · O músculo cardíaco é um tipo de músculo estriado encontrado na parede do coração. Encontra-se também em um pequeno trecho da parede das grandes veias pulmonares, que desemboca no coração. O músculo esternocleidomastóideo é um músculo estriado esquelético, de disposição paralela de fibras, sendo um músculo longo fusiforme separado em ventres. 7. Quais são as disposições do tecido conjuntivo para a organização do TMEE. Cada fibra muscular é envolvida por endomísio, que é formado pela lâmina basal da fibra muscular em associação com fibras reticulares. Os feixes de fibras são, então, envolvidos por perimísio, os quais são finos septos de tecido conjuntivo. Finalmente, o epimísio (camada de tecido conjuntivo) reveste o músculo inteiro. O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas, permitindo que as forças individuais de cada fibra atuem no músculo inteiro, já que muitas fibras não se estendem da origem à inserção. Além disso, o tecido conjuntivo permite a transmissão da força de contração para outras estruturas, como ossos e tendões. A existência de tecido conjuntivo também permite a separação de fibras, permitindo a regulação da força de contração do músculo, pela variação do número de fibras estimuladas. Esse tecido conjuntivo contém, também, vasos linfáticos e nervos. 8. Qual é a unidade contrátil do TMEE. Cite as principais proteínas de seus miofilamentos. A unidade contrátil funcional é o sarcômero e as principais proteínas dessa unidade são a actina, que é o principal constituinte dos filamentos finos das células musculares, e a miosina, que compõe os filamentos grossos. · EMBRIOLOGIA 9. Por que ocorre a inclinação lateral da cabeça nos casos de torcicolo congênito? O músculo esternocleidomastóideo às vezes é lesionado no parto resultando em torcicolo congênito. Há rotaçãoe inclinação da cabeça devido a fibrose muscular concomitante, assim como encurtamento do músculo esternocleidomastóideo de um lado. Outra possível causa, além do trauma durante o parto, é o mau posicionamento do feto no útero. 10. A condição também pode acontecer em casos de parto cesariana? Uma vez que o diagnóstico dado foi o de “torcicolo congênito”, o tipo de parto, seja ele normal ou cesárea, não influencia na ocorrência ou não ocorrência do problema em questão. Nesse sentido, é válido ressaltar o significado de congênito, o qual é uma característica adquirida pelo bebê no período de tempo no qual permaneceu em gestação, ou seja, antes do parto. 11. Existe associação do torcicolo congênito com alguma outra anomalia? O torcicolo muscular congénito é a deformidade do pescoço envolvendo primariamente um encurtamento do músculo esternocleidomastóideo que é detectada ao nascimento ou logo após nascimento Está descrita uma associação entre a presença de torcicolo muscular congénito e existência de displasia congénita das ancas com uma incidência que pode ir até aos 20%. · MEDICINA SOCIAL 12. Com base no diagnóstico reacional (modo como a pessoa reage à doença), quais as quatro posições principais da órbita em torno da doença? Descreva as principais características de cada posição. As quatro posições são: · Negação: geralmente é a primeira reação de uma pessoa diante da doença. O paciente pode agir como se a doença não existisse, ou minimizar sua gravidade, adiando os cuidados necessários. Alguns pacientes se sentem irritados e angustiados, ou até demonstram uma certa alegria que para um observador pode parecer falsa, mas por trás dela, encontra-se medo da doença e da morte. Também pode acontecer do paciente esconder a existência da doença aos familiares e amigos, seja por proteção ou por vergonha. A negação também pode ocorrer por parte dos familiares e médicos em relação ao paciente, em que é questionado se é melhor contar ou não contar o diagnóstico a ele. · Revolta: se inicia geralmente com frustração, o paciente enxerga a doença e se enche de uma revolta que pode se voltar para a doença, para o médico, para a enfermagem, para si mesmo, para a família ou para o mundo todo. A revolta caracteriza-se por uma intensa atividade, mas não necessariamente produtiva, como no caso da agitação. O pensamento gira em torno da injustiça de a doença acometer alguém que nunca fez mal a ninguém, causando raiva e estresse. · Depressão: nessa posição a pessoa se entrega passivamente a sua doença. É como uma desistência, e ela pode se negar ao esforço do tratamento. É uma fase de desesperança, onde a pessoa não acredita que possa ser curada. Não há medo da morte, nem vontade de viver, mas há tristeza. A tendência é para a inatividade, onde não há ação, e sim sentimento de impotência. A pessoa não acredita ser capaz de enfrentar a situação e pode achar que seu problema é mais grave do que realmente é. · Enfrentamento: o paciente passa a encarar sua doença de maneira mais realista, é um adeus às ilusões que provoca mudança no paciente. A pessoa busca soluções do tipo realista, é potente pois nada está sendo negado. O pensamento se caracteriza pela sua amplitude, é bastante inclusivo e não nega aspectos positivos ou negativos da realidade e da doença. Ela não está mais buscando sentido ou explicação para a doença, pois descobriu que não se trata disso, e sim de saber o que fazer em relação a isso. O enfrentamento é uma posição de fluidez emocional, contrastando com a estase da revolta e a estase da depressão, onde todas as emoções se fazem presente: medo, raiva, tristeza, alegria, carinho, desânimo.
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