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Aula transcrita - Tálamo

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Universidade Federal Fluminense, 16/12/2002
NEUROANATOMIA
Prof. Roberto
Aula transcrita por José Moreira dos Santos
TÁLAMO
	
Falando sobre as características básicas do diencéfalo. Você sente que quando o animal vai desenvolvendo o telencéfalo, ele começa sempre a se oficializar a partir de estruturas centrais como o diencéfalo, o tronco e a medula, e em torno desse eixo mesencefálico primitivo permite desenvolver uma parte menos complexa, menos sofisticada (bulbo, tronco, cerebelo, hipotálamo e tálamo) e em torno desse tálamo e desse hipotálamo vamos desenvolver o córtex cerebral e estruturas metaencefálicas. Então, o tálamo e o hipotálamo são estruturas de transição, e à medida que o telencéfalo se desenvolve boa partes dessas funções são jogadas para o telencéfalo, mas mesmo assim o tálamo mantém a função de ligação, é o elo de ligação entre as estruturas mais baixas do neuro-eixo e o córtex cerebral. É interessante a gente observar que o funcionamento básico do córtex cerebral depende em grande parte da integridade do tálamo.
Funções do tálamo
Na realidade, com o desenvolvimento do diencéfalo, o hipotálamo assume as funções viscerais, como vimos na aula passada, boa parte delas, e o tálamo passa a ser o grande elo de ligação com o córtex cerebral. Quando eu não tinha tálamo, envolve ainda mais primitivo. Funcionava basicamente com o tronco, com a formação reticular. Quando eu liguei tálamo ao hipotálamo ??? agressividade, tipo dor, aumentam muito. Quando o animal não tem o telencéfalo desenvolvido o tálamo é o grande centro sensitivo. Cabe a ele a maior parte das funções sensitivas, inclusive alguns estímulos já se tornam conscientes a nível talâmico, você é capaz de sentir dor, pressão, temperatura, sendo que o discernimento ainda é muito pobre, básico, diferentemente do cérebro. Você já tem um discernimento básico dessas funções. Mas é interessante, pois mostra esse papel primário. Quando o córtex cerebral surge, as funções vão sendo direcionadas/transformadas para áreas específicas desse córtex cerebral. Mesmo assim, o tálamo necessita “manipular”/preparar, para que as informações cheguem mutuamente ao córtex cerebral. Isso é importantíssimo, pois o tálamo adquire a primeira função, que é na sensibilidade. 
Além disso, ele também tem uma grande conexão com o córtex cerebral, principalmente com a ??? Eu lembro que o cerebelo envia fibras para o cérebro através do tálamo (dento-tálamo-corticais, interpósito-tálamo-corticais). Da mesma forma que o cerebelo controla aquela série de funções motoras involuntárias, inconscientes, tipo equilíbrio, tônus muscular, os núcleos da base, localizados no telencéfalo, também trabalham no controle da atividade motora. Esse controle exercido pelos núcleos da base necessita da participação do tálamo, para organizar. Então, esse papel é muito importante para o controle do movimento. 
A terceira função importante é o papel do tálamo no comportamento emocional (controle das emoções), havendo participação do sistema límbico nesse processo. O tálamo aciona uma série de áreas ligadas ao colorido emocional ( ???? ). Outro papel do tálamo é que ele trabalha com a formação reticular no processo de ativar/ligar o cérebro. O córtex cerebral é a parte mais sofisticada, importante na consciência, mas ela evolui a partir de um sistema nervoso mais simples. A formação reticular liga/desliga o cérebro quando ela quer. Se o indivíduo está extremamente cansado, com sono, não adianta tentar permanecer acordado, pois chegará a um ponto em que o cérebro será desligado. A recíproca é verdadeira: às vezes você está querendo dormir, mas consciência não permite que você durma. O tálamo é fundamental neste processo de ativação elétrica do córtex cerebral.
Na formação reticular e no tálamo também há seleção de uma série de impulsos que vão para o córtex (ninguém está preocupado com a temperatura da cadeira, do ambiente, quando está sentado na sala de aula. Todas as atenções estão voltadas para aquilo que o prof. está falando, havendo, portanto uma seleção dos estímulos. Se um estímulo invade o seu campo de percepção ele pode ser lesivo- desvio da atenção ao ouvir uma batida na porta e também ao encostar o corpo na pessoa que está paquerando).
O desmaio é um desligamento ao nível da formação reticular, que pode ser devido a um período de hipóxia, por uma baixa pressão arterial. A formação reticular desliga o cérebro quando, por exemplo, você está prestando atenção em alguma coisa e aí você recebe uma notícia muito ruim e há disparada do coração, tendo risco de parada cardíaca. Em caso de dor extrema há desmaio, ??? são vários filtros, começa lá embaixo na substância gelatinosa, temos na formação reticular, na ponte, no mesencéfalo ( na substância cinzenta periaquedutal ), no tálamo e no córtex. Então, vai havendo seleção ao longo do neuro-eixo. Isso ocorre porque para o sistema funcione com maior rapidez e eficiência.
	
Tálamo quer dizer leito, sendo formado predominantemente por núcleos. Então ele é um leito de substância cinzenta. É constituído por vários grupamentos nucleares distintos, com características histológicas e funcionais distintas. Localiza-se na parede lateral do III ventrículo, (??? tronco encefálico, bulbo, mesencéfalo, cerebelo, IV ventrículo), ??? o tálamo se localiza na parede lateral do III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, porção superior da parede lateral do III ventrículo, e participa também do assoalho do ventrículo lateral.
	Chama a atenção duas proeminências chamadas de pulvinar (posterior), e tubérculo anterior do tálamo ( anterior). Se olharmos o tálamo por uma vista superior vamos observar uma parte lateral, uma medial, uma anterior , uma posterior, o III ventrículo localizado na linha média, as duas partes do tálamo estão ligados na maioria das vezes pela aderência intertalâmica.
Hoje faremos o fechamento de algumas vias: fascículo espino-talâmico anterior, espino-talâmico lateral, lemnisco medial, lemnisco lateral, fibras dento-tálamo-corticais, interpósito-tálamo-corticais. 
Quanto às classificações, elas são variadas. Vamos utilizar a de Walker, que é a mais utilizada, é mais didática e mais simples. Para efeito funcional essa classificação é mais que suficiente, embora livros mais sofisticados usem uma mais complexa. 
A classificação é feita a partir de um grupo de fibras mielínicas que cruzam o tálamo. Esse grupo de fibras formam um Y, que dá a lâmina medular interna., a qual é um recorte de um monte de substância branca que é o extrato zonal. O extrato zonal é um conjunto de substância branca que penetra no tálamo e transforma-se na lâmina medular interna, que é ponto de referência para dividir o tálamo em 5 grupos nucleares:
Anterior n. talâmico anterior
 
 pulvinar
Posterior corpo geniculado medial
 corpo geniculado lateral
 
Medial núcleos intralaminares (destaque para n. centro-mediano)
 núcleo dorso-medial 
 
 
 n. ventral lateral
Lateral n. ventral anterior
	 n. ventral posterior n. ventral póstero-lateral 
 n. ventral póstero-medial
Mediano
OBS: Olhar figura 25.1 do livro Neuroanatomia Funcional . Ângelo Machado, 2ª edição, 1993. 
 página 244. 
Características anatomo-funcionais
 	
Grupo anterior 
É aquele que está localizado na bifurcação do Y. É formado pelo núcleo talâmico anterior. Alguns livros mais sofisticados consideram que há núcleos medial, superior...,mas isso não nos interessa aqui. Esse núcleo tem uma característica importante, está ligado ao sistema límbico, fazendo parte dos circuitos emocionais. Recebe informações do hipotálamo e envia informações para córtex cerebral. Essas vias fazem parte do circuito de Papez, que integra uma série de aspectos ligados de memória emocional, conecta o hipotálamo ao córtex cerebral, e o hipotálamo aotálamo. 
Grupo posterior 
Está localizado posteriormente à lâmina medular interna. É formado por 3 núcleos importantes: pulvinar, corpo geniculado lateral e corpo geniculado medial. O metatálamo é formado pelos corpos geniculados lateral e medial, fazendo parte do tálamo posterior.
O corpo geniculado lateral está ligado à visão, tendo uma função de interpretação visual, sendo um centro de triagem dos impulsos visuais que vão para a área visual primária. Recebe fibras da retina, através do nervo óptico, enviando-as à área visual pelo tracto óptico. Também envia fibras ao tronco. 
O corpo geniculado medial está ligado à audição, e recebe informação do colículo inferior, que vem do lemnisco lateral, que é derivado do corpo trapezóide, vindo dos núcleos cocleares, onde chegaram informações da cóclea. Essas informações da via auditiva passam por essa via e chega à área auditiva primária ou área auditiva (área cortical que vai interpretar o estímulo). 
O pulvinar é uma estrutura bastante questionada em relação a seus aspectos funcionais. Está relacionada a conexão talâmica interna, com integração pelos núcleos talâmicos. Além disso, recebe e envia fibras para o córtex parietal. Isso é bastante questionado, mas parece que ele tem conexão importante com algumas áreas da linguagem. Algumas lesões no pulvinar levaram a alterações na linguagem, com dificuldade em concatenar palavras.
Grupo medial 
Está medialmente à lâmina medular interna.
Esse grupo apresenta os núcleos intralaminares e o núcleo dorso-medial. 
Nos núcleos intralaminares vamos destacar o n. centro-mediano. Esses núcleos estão localizados dentro da lâmina medular interna. Temos 4 núcleos, mas o maior deles é o n. centro-mediano, que está ligado à ativação cortical. Então ele envia impulsos para todo o córtex cerebral, ativando-o. Para isso, ele precisa receber informações provenientes da formação reticular, e das vias sensitivas gerais. De todas as vias que vão para o cérebro, uma parte delas vai parar nesses núcleos, e daí serão encaminhadas informações ao cérebro. Aí temos o papel de ativação cortical, e isso se conecta com todos os demais núcleos do tálamo. Normalmente os núcleos talâmicos não se comunicam, cada um trabalha de forma independente. No entanto, alguns núcleos têm esse papel de conexão, como ocorre com os intralaminares e o pulvinar.
O núcleo dorso-medial (hoje em dia está todo mundo o tempo inteiro falando nele) recebe informações principalmente do sistema límbico e também informações sensitivas, e todas as informações do córtex frontal. Esse núcleo cresce nos animais à medida que o lobo frontal (parte anterior do crânio) também cresce. Essa área só é desenvolvida no cérebro dos primatas, principalmente no humano, e é a área ligada à consciência , à apreciação crítica das informações, o planejamento a longo prazo, tudo que chamamos de inteligência, responsável pelas estratégias comportamentais, as melhores estratégias que usamos para resolver problemas da vida. Então, o lobo frontal é responsável pela consciência e inteligência. 
As lesões no n. dorso-medial leva o indivíduo a perda total da capacidade de inteligência, ele não consegue mais avaliar criticamente uma situação, ele não consegue ter consciência se ela é danosa ou não, tem dificuldade para resolver novos problemas, vive em estado de apatia vegetativa. Quando o indivíduo lesa o n. dorso-medial, às vezes, ele se machuca, sente dor, mas a dor não lhe incomoda mais, não sofre com a dor. Do mesmo modo, ele é incapaz de associar o colorido emocional com as sensações de muito frio, muito calor (desagradáveis), não sente alegria, tristeza, medo, raiva, passa a não ter discernimento social. Se quebrar o braço, por exemplo, sente dor, mais ela não o incomoda, para ele dor não é nada. Isso será visto melhor quando se estudar o córtex cerebral, nas próximas aulas. Então, o n. dorso medial também está associado ao comportamento emocional, recebe informações do sistema límbico e envia, principalmente, para o lobo frontal. 
Grupo mediano
Este é um pouco diferente, está na parede do III ventrículo, ocupando parte da aderência intertalâmica. 
O grupo mediano são pequenos núcleos que trocam informações em dois sentidos: sistema límbico, hipotálamo e tronco encefálico. Isso teria um papel no controle da atividade visceral (principalmente na sensibilidade). Mas esse grupo precisa ser mais estudado.
O grupo mediano troca fibras com o hipotálamo, com a formação reticular e com o sistema límbico.
Grupo lateral 
Está localizado lateralmente à lâmina medular interna.
Esse grupo tem 3 núcleos principais: n. ventral posterior, n. ventral lateral e n. ventral anterior.
O n.ventral posterior pode ser dividido em n. ventral póstero-lateral e n. ventral póstero-medial.
O n. ventral lateral e o n ventral anterior têm funções motoras. Recebem informações do cerebelo e dos núcleos da base. O n. ventral anterior e o n. ventral lateral vão receber informações dos núcleos da base. O n. ventral lateral, além disso, recebe informações do cerebelo. Esses núcleos estão ligados com o Parkinson também. Os núcleos da base controlam o tempo todo o movimento, e muitas vezes quando você lesa esses núcleos da base, vamos ver depois, você tem alterações no movimento. Não é paralisia, nem dismetria, nem ataxia, mas ganho de movimento. Uma dessas doenças, quando você lesa os núcleos da base, que vem com ganhos de movimentos cutâneos, é a Síndrome de Parkinson (atenção que isso é importante), que é caracterizada por uma tremenda rigidez muscular, tremor, o cara está parado e começa a tremer. 
O cerebelo, quando você está movimentando o tremor aumenta, quando você está parado não treme. Parkinson é o contrário, quando você movimenta ele diminui, quando você para ele começa acontecer. E, às vezes, esse tremor é extremamente desconformado. Normalmente, no estágio avançado, não responde muito bem ao tratamento farmacológico, e aí neste caso você preconiza o tratamento cirúrgico, que é exatamente as vias de conexão dos núcleos da base com o grupo anterior, todas as fibras do n. ventral anterior e parte do ventral lateral. O indivíduo para de tremer na hora, chamado de talamotomia estereotáxica seletiva (as fibras são rigorosamente selecionadas), geralmente a destruição dos núcleos talâmicos leva a uma de estereotaxia. É uma cirurgia extrema, quando não responde ao tratamento farmacológico. Parkinson cessa durante o sono. As doenças ligadas à pela lesão dos núcleos da base cessam durante o sono. No livro do MACHADO está errado em relação ao que acontece durante o sono. 
Para encerrar, vamos falar do n. ventral póstero-lateral e n.ventral póstero-medial. Ambos estão ligados à sensibilidade, e é aqui que vamos fechar o nosso raciocínio das vias medulares. Todas as vias que tratam da sensibilidade da medula chegam no n. ventral póstero-lateral, e a sensibilidade do tronco encefálico chega no n. ventral póstero-medial. A partir daí, ele vai para a área sensitiva (somestésica) do córtex cerebral.
Que vias sensitivas medulares vão para o tálamo? Espino-talâmico anterior, levando tato protopático e pressão; espino-talâmico lateral, que leva dor e temperatura; o que mais sobe pela medula e vai para o tálamo? Lemnisco medial, que na medula são os fascículos grácil e cuneiforme, que é responsável pelo tato epicrítico, sensibilidade vibratória, propriocepção consciente e estereognosia. Espino-talâmico ( espino é medula espinhal e o talâmico é exatamente o n. ventral póstero-lateral). A mesma coisa é com as vias trigeminais, que leva informação sensitiva da cabeça, o lateral chega a nível ventral no n. ventral póstero-medial. Tanto as vias de sensibilidade quanto as do trato solitário chegam no n. ventral póstero-medial. Então, o n. ventral póstero-medial, sensibilidade da cabeça, n. ventral póstero-lateral, sensibilidade do corpo. Se eu leso esses núcleos, tenho alterações sensitivas graves.
Falando das considerações anatomo-clínicas: geralmente as lesões talâmicas anteriores lesam os núcleosventral lateral e ventral anterior levando a uma alteração no movimento e alterações ligadas ao comportamento emocional. As síndromes talâmicas anteriores são mais raras. As mais freqüentes são as lesões posteriores, com quadro predominantemente sensitivo, Síndrome Talâmica Posterior ou, tradicionalmente, Síndrome Talâmica. Esta é caracterizada por lesão principalmente nos n. ventral lateral, n. ventral póstero-lateral e n. ventral póstero-medial. Nessas lesões, geralmente o indivíduo tem perda de sensibilidade no lado oposto ao da lesão. Pode ser uma perda de sensibilidade, vai ficar praticamente anestesiado no lado oposto ao da lesão. Aí tem uma característica interessante: qualquer estímulo súbito, desencadeia daquele lado uma sensação horrorosa de desconforto sensitivo, que é como se você tivesse uma hiperestesia. Quando a gente está sentado e a perna fica dormente, tem um período em que não sente nada na perna. De repente, quando começa a voltar a sensibilidade, qualquer toquinho que você dá aquele desconforto enorme., sensação de espetada. Esta sensação é uma miniatura do que o sujeito sente quando tem a Síndrome Talâmica. Então, qualquer tipo estímulo anormal da pele desencadeia essa sensação desagradável, não só por impulso sensitivo neural, mas também por impulso visual e, principalmente, auditivo foi gerada essa sensação desagradável. Por exemplo temos som de campainha, de sino, o barulho produzido por giz em contato com o quadro negro, pela unha quando é atritada contra uma superfície, ouvir Vanessa Camargo. 
 
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