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* * * PROTOZOÁRIOS PARASITAS DO SANGUE E DOS TECIDOS COMPLEXO LEISHMANIA Protozoário flagelado (sub-filo mastigophora). Faz parte da família Trypanosomatidae. Corpo recoberto por uma película (uma ou mais membranas reforçadas por microtúbulos) Cinetoplasto: região próxima ao corpúsculo basal do flagelo Apresentam alternância de formas celulares em seus ciclos biológicos. PROMASTIGOTA: alongado, cinetoplasto anterior ao núcleo, flagelo livre na porção anterior da célula OPISTOMASTIGOTA: alongado, cinetoplasto posterior ao núcleo, flagelo estende-se internamente e emerge na parte anterior EPIMASTIGOTA: alongado, cinetoplastoanterior e junto ao núcleo. Pequena membrana ondulante TRIPOMASTIGOTA: alongado, cinetoplasto posterior ao núcleo. Grande membrana ondulante AMASTIGOTA: Forma redonda ou oval. Flagelo curto anterior ao núcleo que não se exterioriza. Leishmanias Forma promastigota nos insetos vetores (fêmea do mosquito flebótomo): aderidos ao trato digestivo Forma amastigota nos macrófagos de hospedeiro vertebrado. Reprodução por divisão binária. Transmissão ocorre através da picada do inseto infectado * * * * * * * * * Ciclo biológico Vertebrado infectado quando promastigota são inoculados pelas fêmeas dos insetos vetores Resistentes a lise pelo complemento (evasão) Internalização por endocitose mediada por receptores na superfície dos macrófagos Transformação em amastigotas: forma resistente ao meio ácido do vacúolo digestivo Divisão binária: ´lise da célula e liberação de amastigotas que entrarão em outros macrófagos. Mosquito infectado no momento da hematofagia Amastigotas no trato digestivo do mosquito se transforma em promastigota Se ligam pelo flagelo às microvilosidades do intestino do mosquito Reprodução Migração para partes anteriores do Trato digestivo, faringe, probócide. * * * Espécies: Leishmania donovani: causa a forma visceral ou calazar Leishmania tropica; causa a forma cutãnea ou botão-do-oriente Leishmania braziliensis: forma cutaneomucosa ou úlcera de Bauru * * * Leishmaniose Tegumentar americana: enfermidade polimórfica da pele e mucosas Forma cutânea localizada: lesões ulcerosas, indolores Forma cutaneomucosa: lesôes agressivas que afetam a nasofaringe Forma disseminada: disseminação hematogênica ou linfática Forma cutânea difusa Vetor: mosquito flebótomo do gênero Lutzomyia (birigui, moasquito-palha, tatuquira) Agente etiológico: gênero Leishmania Forma cutânea Forma cutaneomucosa * * * Patogenia Lesão inicial: infiltrado inflamatório, com macrófagos da derme cheios de parasitas Período de incubação: 2 semanas a 3 meses Evolução: nódulo dérmico (histocitoma) no local da picada Necrose: lesão úlcero-crostosa (tuberculóide). Lesões podem assumir outras formas. Formas clínicas: depende da espécie do parasito e do estado imunológico do paciente LC: úlceras únicas ou múltiplas. Pode ser disseminada. LCM: espúndia e nariz de anta. (L.braziliensis). Destrói mucosa e cartilagens lentamente. LCD: lesões difusas não ulceradas por toda pele, com muitos amastigotas. TRATAMENTO Antimonial tártaro emético. Atualmente: antimonial pentavalente, antimoniato de N-metilglucamina (Glucantime) * * * Leishmaniose Visceral Americana (Kala-Azar ou febre Dum-Dum) Agente etiológico: complexo Leishmania donovani Doença grave, crônica e letal se não tratada. PATOGENIA Espleno e hepatomegalia, anemia, leucopenia, trombocitopenia. Emagrecimento, edema e debilidade progressiva caquexia e óbito. Algumas pessoas não assintomáticas. Pele porta de entrada da infecção ( atividade inflamatória com células fagocitárias). Lesão nodular local. Disseminação hematogênica e\ou linfática As formas amastigotas parasitam células do sistema mononuclear fagocitário (SMF) medula óssea, baço, fígado e linfonodos. Pode ir para outros tecidos. Vetor – fêmea do mosquito Lutzomyia Diagnóstico: pesquisa de parasitas em amostras de tecido. Anticorpos. Tratamento: Antimoniato de N-metilglucamina (glucantine) e estibogliconato sódico (Pentostam). * * * Ciclo biol�gico do calazar * * * Trypanosoma cruzi e Doença de Chagas MORFOLOGIA Nos hospedeiro vertebrado: forma amstigota (intracelular) e tripomastigota (extracelular no sangue) Barbeiro: esferomastigotas (estômago e intestino), epimastigota (intestino) e tripomastigota (reto) Formas tripomastigotas Inseto vetor triatomídeo Ninho de amastigotas em tecido * * * Figure 2. Different morphological forms of Trypanosoma cruzi (N, nucleus; kt, kinetoplast; um, undulating membrane). * * * Ciclo evolutivo de Trypanosoma cruzi * * * PATOGENIA Fase aguda: pode ser sintomática ou assintomática. Sintomática geralmente na infância (10% de óbitos por meningoencefalite e falência cardíaca) Manifestações locais: sinal de Romaña e chagoma de inoculação Manifestações gerais: febre, edema, hepato e esplenomegalia. * * * Fase crônica assintomática: 10 a 30 anos. Exames positivos, ausência de sintomas, ECG normal. Cardite discreta. Fase crônica sintomática: forma cardíaca, digestiva ou mista. Processo inflamatório com dano aos órgãos, parasitas escassos. Figure 19. Chronic fibrosing myocarditis. Interstitial fibrosis associated with lymphomononuclear infiltrate (Gomori trichrome staining). Figure 9. Globally enlarged chronic chagasic heart with a separation between the left and right apex giving the heart the aspect of "cor bifidum'. * * * Forma cardíaca: insuficiência congestiva (massa muscular destruída e substituída por fibrose, destruição do SNA e exudatos inflamatórios). Fenômenos tromboembólicos Forma digestiva: megaesôfago e megacólon Diagnóstico: na fase aguda alta parasitemia e Ab inespecíficos Fase crônica baixa parasitemia e Ab específicos. Tratamento; parcialmente ineficaz Nifurtimox e benzinidazol na fase aguda (cura de 70%) Benzonidazol na fase crônica (cura de 37%) * * * Plasmodium – Malária (maleita, paludismo, impaludismo, febre palustre) Agente etiológico: P.falciparum, P. vivax, P.malariae, P.ovale Vetor: fêmea do mosquito Anopheles * * * * * * PATOGENIA O ciclo eritrocítico é responsável pela patogenia -Destruição de eritrócitos acesso malárico febre e sudorese Liberação de parasitos, seus metabólitos. Toxicidade resultante da liberação de citocinas Acúmulo de eritrócitos na rede capilar Deposição de imunocomplexos na rede capilar lesão P.falciparum, P.vivax, P.ovale febre a cada 48h malária terçã P.malariae febre a cada 72h malária quartã Complicações (imunocomprometidos, crianças, gestantes) Hipoglicemia, convulsões (malária cerebral) coma, vômitos, icterícia, insuficiência renal, edema pulmonar DIAGNÓSTICO; Demonstração de parasitos e antígenos no sangue Tratamento Interrupção da esquizogonia sanguínea P.Falciparum resistente a várias drogas (usar quinina, doxiciclina e mefloquina) Cloroquina trata as outras malárias (benignas) Primaquina: mata os esquizontes teciduais * * * * * * * * *
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