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ENDODONTIA – 1. ODONTOMETRIA ‘’Um dos objetivos do tratamento endodôntico consiste na instrumentação, limpeza e desinfecção do canal radicular. Para isso faz-se necessário saber o comprimento do dente.” ü Odonto = dente ; metria= medida -> medir o dente ü Medir o dente da coroa até o ápice da raiz, para que a gente saiba o limite que nós devemos trabalhar ü Por que de fazer essa odontometria? o Preservar o COTO (tecido periapical – tecido risco em vascularização) ü Precisamos introduzir o instrumento dentro do canal -> o instrumente deve chegar até o limite CDC o Limite Cemento-Dentina-Canal: este limite vai me dizer que até uma parte tinha tecido pulpar, e depois tenho tecido periapical (fibras de ligamento periodontal, osso...) o Deve-se trabalhar preferenciamente no limite do canal dentinario (limite CDC) ü Sempre trabalhar todo o canal dentinario = comprimento de trabalho ü De uma maneira geral, a distancia do limite CDC até o ápice gira em torno de 0,5 a 0,75 -> mas é convencionado que vamos trabalhar no comprimento do dente menos 1 mm (para dar uma proteção e não chegar nesse ponto) ü Em situações de lesão grande, inflamações grande no periápice, às vezes avança um pouco. ü Mas no laboratório, sempre trabalhar a 1mm do forame ü comprimento de trabalho -> é o comprimento que vou utilizar para todos os instrumentos que vou introduzir (CT) ü Comprimento de trabalho não é o comprimento real do dente, pois estou descontando o 1mm. 2. ETAPAS DO TRATAMENTO ENDODONTICO • Abertura coronária (acesso) • Exploração o Com a lima 10c – instrumento manual (alguns chamam de cateterismo). § Cateterismo é entrar com um instrumento dentro de um limite/ de um caminho e tentar perceber através do instrumento como é esse caminho. • Odontometria • Preparo Químico-Mecanico o Hipoclorito o Protaper next o X-file o U-file o Flex Gold • Obturação o Cimento guta percha 3. ODONTOMETRIA A. Definição Etimológica: • Consiste na determinação do comprimento do dente, desde sua borda incisal, até o vértice radicular. ü Essa medida não é suficiente para me dar precisão (essa medida que vai da ponta de cúspide mais alta até o vértice radiográfico é um instrumento inicial) -> Essa medida se chama comprimento aparente do dente ü Se eu usar apenas essa medida, estou errando, pois não tenho certeza da precisão e mesmo se for preciso, preciso descontar o canal cementário. ü Medida aparente = medida inicial para que eu possa começar B. Sinonímia: • Comprimento de trabalho (CT) • Comprimento real de trabalho • Condutometria • Mensuração do dente C. Definição Específica: • Determinar de forma precisa dos limites do canal dentinário ü Essa medida que preciso ter para poder trabalhar ü O comprimento de trabalho, deve levar em consideração, o canal dentinário e cementário. Então preciso fazer uma definição mais específica. o Para falar de canal dentinario preciso do comprimento da borda incisal até o canal dentinario. Como fazer isso só olhando a radiografia? ü Ao longo da vida vai se depositando cemento -> isso pode aumentar um pouco o tamanho do canal cementário D. Limite Apical de Odontometria: • A junção cementro-dentinária é o sítio ideal para o término do preparo e obturação do canal radicular. • Entre 0,5 a 2mm aquém do ápice radriográfico -> estado de polpa E. Objetivo § Respeito absoluto dos tecidos periapicais Poder de Reparação -Potencial Próprio de Reparação -Grau de irritação proveniente do tratamento F. Delimitação incorreta • Pós operatório sintomático • Desvio, degrau, perfuração • Sub/Sobre instrumentação § Sub é ficar aquém desse limite (às vezes deixo bactérias) § Sob é ultrapassar desse limite (agrido a região) • Sub/Sobre obturação Processo de reparo prejudicado ü Quando eu instrumento o ideial é que eu fique no limite CDC, se eu sub instrumentar (instrumentar a menos e deixar um espaço sem ser instrumentado -> posso deixar bactérias). Se eu sobre (passar) instrumentar eu vou agredir o tecido periapical. G. Técnicas Odontométricas • Sinestesia (precisão nenhuma) • Radiográficas • Eletronicas H. Método Radiográficos: • Introdução de um instrumento no canal radicular, seguida de tomada radiográfica e cálculos matemáticos ü Não basta eu pegar a radiografia, medir o comprimento e tirar 1mm 9Pois tem distorção = não vai ser preciso) ü Para eu ter certa precisão, pego um instrumento, calibro em uma medida -> nessa hora tenho certeza da medida que ele tem -> e também vou ajustar na radiogradia I. Método de Ingle • Medir na radiografia a diferença entre o fim do instrumento e o ápice radicular, acrescentando ou diminuindo esse valor ao comprimento do instrumento ü Importante: Se a minha diferença for maior do que 2mm, tenho que radiografar de novo (pois tem muita distorção na radiografia). ü Medi a radiográfica inicial = comprimento aparente -> transfiro o comprimento aparente para uma lima -> ponho a lima dentro do canal e radiografo -> e vejo como vou fazer para ficar 1mm aquém. J. Etapas o Radiografia inicial o Abertura coronária o Localização dos canais radiculares o Exploração o Odontometria K. Método de Ingle • Radiografia • Medida do comprimento aparente do dente (=CAD) • Determinação do comprimento de trabalho 1- Seleção do Instrumento • De fino calibre • Pré-Cobertura • Calibragem (CAD) 2- Pré-curvar o instrumento em: • Canais Curvos 3- Exploração/Cateterismo • 1o contato • número 4- Acesso Inicial 5- Tomada Radiográfica • Com o instrumento no canal radicular (CAD) • Medir diferença entre ponta do instrumento e o vértice **Atenção à borda de referencia **Correção se necessária • CT = CTP +X • CT = CTP – X • CT = CTP v LIMITAÇÕES DO MÉTODO RADIOGRÁFICO o Complexidades anatômicas apicais o Curvaturas apicais para V ou P o Reabsorção que podem alterar o ápice do dente o Visibilidade o Superposição de imagens v ODONTOMETRIA ELETRONICA o VANTAGENS § Indica na maioria das vezes com relativa exatidão o comprimento do canal § Redução no tempo de tratamento o DESVANTAGENS § Requer aparelho especial § Alto custo do aparelho § Não elimina totalmente DIAGNÓSTICO: v FINALIDADES DO PREPARO BIOMECANICO • Limpeza o Ação mecânica dos instrumentos endodônticos § Ação mecânica dos instrumentos passando sobre as paredes do canal o Fluxo e refluxo da solução irrigadora (ação física) o Ação química de soluções irrigadoras • Modelagem o Ação mecânica dos instrumentos endodônticos Preparo do Canal- ü Uma das fases principais da odontologia em si, pois visa a limpeza e desinfecção de todo a anatomia presente (que pode ter uma polpa viva ou uma decomposta por microorganismo-polpa necrótica -> morreu o tecido pulpar de dentro). Por isso existe condutas diferentes durante esse preparo, em função dessa condição que está a polpa no momento que vou atender. o Num canal necrótico, onde eu tenho uma polpa morta cheia de bactérias, posso ter um reflexo na região periapical (na região do osso), que vão estar provocando sérios danos nessa região (inclusive com reabsorção do osso, reabsorção de raiz decorrente de toxinas ali presente). § Entao a função da endodontia é limpar essas toxinas, dentro do canal radicular e dar condições aos tecidos periapicais (ao redor do periapice) de repararem o Se tenho uma polpa doente, que está inflamada (talvez por cárie, restaurações feitas sem refrigeração...) -> essa polpa queentra num estado irreversível inflamatório tem que ser tirada dali, pois isso reflete clinicamente numa dor insuportável ao paciente ü Passar instrumentos no canal afim de limpar e/ou desinfeccionar esse sistema de canais. ü Raio da curva -> quando menor o raio da curva, mas difícil ela é de ser para ser vencida (mais difícil de fazer o canal). Quanto maior, mais fácil. (Lembrar do exemplo da parede). Incisivos laterais, tem bastante curvatura com raios pequenos (2 dente com pior índice de endodontia que existe) ü A partir de um diâmetro anatômico, nós temos que ampliar esse canal -> ao abrirmos o canal, acessarmos o canal, temos o objetivo de alargar aquele diâmetro anatômico existente (condição original do canal) -> a uma condição que permita que você faça uma boa obturação (vai ampliar e deixar um diâmetro cirúrgico-alargando/esculpindo as paredes)a o Alargar o suficiente para poder colocar o material obturador ali. Se eu abrir muito vou fragilizar as paredes. v SECÇÃO TRANSVERSAL v MÁXIMA LIMA APICAL o Grau de curvatura o Vitalidade ou não da polpa o Diametro anatômico o Diametro mésio-distal da raiz ü Máxima Apical seria a máxima lima que vou atingir o ápice do dente. o O ápice do canal/da raiz é a região crítica-que está mais longe, mais curva, mais apertada. o Tenho que cuidar mais ainda no preparo é na região apical o Máxima lima que vou usar no ápice o E vai depender de uma série de fatores: § como grau de curvatura • curvatura acentuada com raio curto é mais difícil); § vitalidade ou não da polpa • Se a polpa ta viva, tem células (de defesa-macrófagos, neutrófilos, leucócitos) que defendem a polpa contra agentes agressores -> então polpa viva eu não tenho contaminação do sistema de canais -> enquanto ela estiver ali, não tem bactéria dentro do canal, se não tem bactéria, não tem invasão dos túbulos dentinarios, as paredes de dentina estão íntegras/sem contamicação = não preciso alargar demais (preciso dar uma forma que eu consiga lavar bem e obturar bem). • Na necrose, se morreu a polpa (principal defensor do canal) -> agora ela está morta e os microorganismos dentro do canal, expostos ali, dentro do canal em um ambiente favorável para se proliferar... encontra uma dentina cheia de túbulos dentinarios e chega uma hora que não tem mais espaço e vão entrar ali o Entao quando vai fazer um tratamento de necrose (tratamento de um dente não tem mais polpa) -> você tem que imaginar que a dentina possa estar levemente contaminada. Por isso tem que ampliar mais, a sua máxima lima apical talvez tenha que ser maior PREPARO MECANIZADO Movimentos rotatórios e reciprocantes v Movimentos Rotatórios ü O contrangulo nos fornece movimentos ou rotacionais (rotatórios) ou reciprocantes o Para fazer movimento reciprocantes é necessário adquirir um motor ou um contrangulo 3x mais caro v PATENCIA OU GLIDE PATH o Determinar um caminho seguro para um bom tratamento ü Criar um caminho certo do começo ao fim do canal, que ganha esse espaço e garante um bom tratamento. v PATENCIA o T-File (TDK) o “Gisele” (Pro design – Easy Dental) 25.01 ü Criar um caminho certo do começo ao fim do canal, que ganha esse espaço e garante um bom tratamento. Como vou conseguir? o Pego uma lima fina -> 10c manual (roxo) -> depois do acesso pronto, pego a lima 10 e começo a explorar o canal (vou explorar até fazer a odontometria) o Passo a lima de patencia -> T-file ou Gisele (um pouquinho além do forame -> mas todos os outros instrumentos devem trabalhar no nosso comprimento estabelecido na odontometria) § A gisele tem um diâmetro bem maior do que a T-file (mais calibrosa), também é tratada termicamente. Ela tem 25 na ponta de diâmetro, enquanto a t-file tem 17. o Agora da para ir para o preparo § Sequenciar as limas • Se for realizar o preparo com uma U-file ou com uma X-file, tenho limas que são confeccionadas para trabalhar antes e limas de finalização que são as mais calibrosas • X-file: vem 3 instrumentos X1, X2, X3 e limas adicionais (X4, X5 – usadas para canais mais retos, que tem diâmetros maiores na ponta e conicidades correspondentes) ü Acesso ü Fiz a exploração do canal com o instrumento manual (irrigando bastante o canal) – instrumento 10 ü Fiz a odontometria ü Vou para a lima de Patencia T-file (branca) ü X-file: X1 (amarela) -> vermelha -> azul - X1 tem diâmetro de 17 na ponta (vai dar condições na região média, nessa região dilata um pouco mais do que a t-file dilatou). Só serve para guiar, reafimar a patencia do canal. - X2 tem diâmetro de 25 na ponta (25 é mais ou menos o diâmetro do diâmetro anatômico) -> já alarguei o canal próximo do diâmetro anatômico, em alguns dentes até já toquei as paredes - X3 (azul), tem 30 na ponta. - X4 são instrumentos da cor preta (preto = diâmetro 40), que posso alargar mais o canal e cortar mais dentina. -X5 (amarela da segunda série -> diâmetro 50) para alargar ainda mais
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