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resumo do professor aula_13

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DIREITO CIVIL I
SEMANA 7 AULA 13 – OS BENS (CONTINUACÃO)
Profa. Dra. EDNA RAQUEL HOGEMANN
1 – OS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS 
1.1 Bens principais e bens acessórios.
1.2 Dos frutos, produtos, rendimentos, acessões e pertenças.
1.3 Das benfeitorias: úteis, necessárias e voluptuárias.
 2 - BENS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO AO SUJEITO
	2.1 Bens públicos.
 2.1.1 Bens de uso comum do povo.
 2.1.2 Bens especiais
 2.1.3 Bens dominicais
 2.2 Bens particulares.
NOSSOS OBJETIVOS 
•	Identificar o objetos das relações jurídicas apresentadas.
•	Compreender a noção jurídica de patrimônio
•	Perceber a distinção entre benfeitorias e pertenças.
•	Reconhecer a classificação dos bens reciprocamente considerados.
•	Compreender a noção jurídica dos bens púbicos e sua classificação.
BENS PRINCIPAIS E BENS ACESSÓRIOS
A) BENS PRINCIPAIS - pela definição do art. 92 do CC, o bem principal, corpóreo ou incorpóreo, tem existência independente e própria, sem subordinação de natureza jurídica que lhe exija vinculação a outro bem. 
Participa das relações jurídicas com a categoria ou atributo de bem superior e imprescindível à existência de outro. 
b) Bens acessórios - Diz-se bem acessório aquele cuja existência supõe a do principal, de acordo com o que estabelece o art. 92 do Código Civil.
 Assim, a árvore é coisa acessória do solo e os rendimentos são acessórios do imóvel ou da caderneta de poupança. 
Os bens acessórios, pelas suas características, recebem a seguinte classificação: 
b.1) os frutos; 
b.2) os produtos; 
b.3) os rendimentos; 
b.4) as acessões;
b.5) as benfeitorias; e
b.6) as pertenças. 
DOS FRUTOS - São bens acessórios, que resultam de outros bens (principais), sem dizimá-los, conservando-os com os mesmos caracteres e com as mesmas finalidades. 
Habituou-se a doutrina a dividir os frutos , segundo: 
a) a origem (natural, industrial e civil); 
b) a natureza (vegetal, animal e artificial); 
c) o estado (pendentes, percipiendos, percebidos - ou colhidos -, existentes e consumidos). 
FRUTOS CIVIS E INDUSTRIAIS
Os frutos civis ou artificiais, decorrem de uma relação jurídica, em decorrência da qual se auferem resultados econômicos e/ou financeiros, traduzidos em renda ; os industriais, do trabalho ou engenhosidade do homem que, ao manejar recursos econômica e financeiramente mensuráveis, produz rendimentos extraídos do bem principal. 
Divisão dos frutos quanto ao estado 
Os frutos pendentes são aqueles ainda argolados ou presos ao bem principal, haja vista que se lhe desaconselha a colheita ou recolhimento precoce; os frutos percebidos, aqueles que foram colhidos, com resultado útil; os frutos percipiendos, aptos a serem colhidos, não foram; os frutos existentes, os que, apartados do principal, aguardam sejam consumidos; e os frutos consumidos, os que desapareceram pelo uso ou consumo.
DOS PRODUTOS
O produto decorre da exploração pelo homem, que maneja os recursos naturais ou industriais, para a obtenção de utilidade, extraída de um de bem principal, a qual satisfaça a uma necessidade. 
No geral, o produto, à medida que é explorado e manejado, atrofia ou redução do bem principal, de que resulta e se separa, capaz de levá-lo à exaustão, total ou parcial. 
Distinguem-se o produto e o fruto, já que o primeiro afeta, temporária ou definitivamente, o bem principal, causando-lhe perdas; o segundo, não. 
DOS RENDIMENTOS
Apropriadamente chamados de frutos civis , consistem no resultado da apropriação das rendas ou receitas geradas pelos bens corpóreos ou incorpóreos, as quais se traduzem em valores aferíveis monetariamente. 
O rendimento significa o resultado decorrente do capital empregado econômica ou financeiramente, capaz de gerar juros, rendas, aluguéis e lucros, em propriedades mobiliárias ou propriedade imobiliárias
DAS ACESSÕES
Fenômeno, natural ou artificial, em decorrência do qual se processa um acréscimo sobre o bem principal, que, assim, o incorpora, com os atributos que lhe são próprios, formando um todo jurídico. 
Diz-se, pois, que a acessão decorre de fenômeno: 
a) natural; ou 
b) artificial, chamada, também, de industrial ou intelectual. 
DAS PERTENÇAS
São bens empregados num imóvel ou móvel, sem o objetivo de lhe alterar a substância nem o de se lhe incorporar.
Não constituem parte integrante do bem principal, mas se lhe destinam, de modo duradouro: 
a) ao uso;
b) ao serviço; e
c) ao aformoseamento.
DAS BENFEITORIAS
Considera-se benfeitoria tudo o que se emprega num bem imóvel ou móvel, com a finalidade de salvaguardá-lo ou de embelezá-lo. 
Portanto, com base na causa finalística, caracterizam-se ou definem-se as benfeitorias (art.96): 
a) voluptuárias; 
b) úteis; e 
c) necessárias
BENFEITORIAS VOLUPTUÁRIAS
Diz o Código Civil que a benfeitoria voluptuária é aquela que se realiza por mero deleite ou recreio, sem vocação ou predicativo capaz de aumentar o uso habitual do bem, ainda que o torne mais agradável, ou seja, de elevado valor. 
Verifica-se, assim, que, com a benfeitoria voluptuária, conserva-se a qualidade utilitária do bem, a que não se agrega elemento que potencialize a natureza de seu uso. 
Ressalte-se que é da tradição do direito brasileiro que as benfeitorias voluptuárias não são aquinhoadas com indenizações e não comportam, por conseguinte, o exercício do direito de retenção. 
BENFEITORIAS ÚTEIS
Aumentam ou facilitam o uso do bem principal , em que elas são realizadas, com o intuito de enriquecer ou simplificar os meios para usá-lo. 
Na benfeitoria útil, ocorre aumento - físico ou funcional - do bem principal, por força da qual se torna maior, melhor ou mais funcional. 
BENFEITORIAS NECESSÁRIAS
Chama-se benfeitoria necessária aquela cuja realização busca conservar ou evitar que o bem principal se deteriore, com risco de destruição, parcial ou total. 
Caracteriza-se a benfeitoria necessária pela exigência reparadora que o bem revela, oculta ou ostensivamente, à falta da qual ele resultará em ruína, tornando-se imprestável ou insatisfatório para cumprir a finalidade a que se destina. 
DIREITO DE RETENÇÃO (Art.1219) 
Se o possuidor bem está de boa-fé (ex: inquilino, comodatário, usufrutuário, etc) terá sempre direito à indenização e retenção pelas  benfeitorias necessárias; já as benfeitorias voluptuárias poderão ser levantadas (=retiradas) pelo possuidor, se a coisa puder ser retirada sem estragar e se o dono não preferir comprá-las, não cabendo indenização ou retenção; quanto às benfeitorias úteis, existe mais um detalhe: é preciso saber se tais benfeitorias úteis foram expressamente autorizadas pelo proprietário para ensejar a indenização e retenção.
Bens considerados em relação ao sujeito 
Bens públicos e bens particulares 
São caracterizados como os que têm movimento próprio (semolventes), como animais; ou as removíveis por força alheia, tais como objetos, mercadorias, utensílios, moeda, títulos da dívida pública etc. (art 82 CC), sem alteração da substância ou da destinação econômico-social, bem como as que são móveis por força de lei, como a energia elétrica, os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações etc (art 83 do CC).
Também são considerados, para os efeitos legais, bens móveis : 
a) as energias que tenham valor econômico; 
b) os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; e 
c) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
Percebe-se que o Código Civil, na definição de bem móvel, calcou-se em dois critérios: 
a) natural; e 
b) ficcional ou legal. 
Na classe dos bens móveis, pelo critério natural, existem os: 
a) os bens suscetíveis de movimento próprio ; 
b) os bens suscetíveis de remoção por força alheia.
 
Para a lei, acomoda-se indiferente a natureza da força física ou jurídica mediante a qual o bem se movimenta, situação que lhe confere o atributo de bem móvel.
O importante, porém, é que, para a movimentação própria ou remoção por força alheia, exige-se a disposição e a intervenção do homem.

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