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Infecções Sexualmente Transmissíveis Parte II Professora Fernanda Pires AIDS • Definição A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e sua manifestação clínica em fase avançada, ou síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), Os indivíduos infectados pelo HIV, sem tratamento, evoluem para uma grave disfunção do sistema imunológico, à medida que vão sendo destruídos os linfócitos T CD4+, uma das principais células alvo do vírus. • Agente etiológico HIV-1 e HIV-2 são retrovírus da família Lentiviridae, gênero Retroviridae. AIDS • Período de incubação O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas da fase aguda, denominada síndrome retroviral aguda (SRA), é de 1 a 3 semanas. • Período de latência: Após a infecção aguda, o tempo de desenvolvimento de sinais e sintomas da aids é em média de 10 anos. • Período de transmissão: Por toda a vida do portador. • Janela imunológica: Amostras de sangue – 30 dias Amostras de saliva – 90 dias AIDS • Transmissão - Por via sexual (esperma e secreção vaginal) - Pelo sangue (via parenteral e de mãe para filho) - Pelo leite materno. AIDS • Manifestações Clínicas Infecção Aguda Esta fase da doença é também chamada de síndrome retroviral aguda ou infecção primária, e se manifesta clinicamente em pelo menos 50% dos pacientes. Febre, adenopatia, faringite, mialgia, artralgia, exantema maculopapular eritematoso; ulcerações mucocutâneas, envolvendo mucosa oral, esôfago e genitália; hiporexia, adinamia, cefaleia, fotofobia, hepatoesplenomegalia, perda de peso, náuseas e vômitos. Alguns pacientes, ainda, podem apresentar candidíase oral, neuropatia periférica, meningoencefalite asséptica e síndrome de Guillain-Barré. A síndrome retroviral aguda é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em 3 a 4 semanas. Linfadenopatia, letargia e astenia podem persistir por vários meses. AIDS • Manifestações Clínicas Infecção Aguda AIDS • Manifestações Clínicas Fase Assintomática Pode durar meses e até anos, com sintomas clínicos são mínimos ou inexistentes. AIDS • Manifestações Clínicas • Fase Sintomática Inicial O portador da infecção pelo HIV pode apresentar sinais e sintomas inespecíficos de intensidade variável, além de processos oportunistas de menor gravidade, conhecidos como complexo relacionado à aids (ARC). São indicativos de ARC a candidíase oral e a presença de mais de um dos seguintes sinais e sintomas, com duração superior a 1 mês, sem causa identificada: linfadenopatia generalizada, diarreia, febre, astenia, sudorese noturna e perda de peso superior a 10%. AIDS • AIDS e Tuberculose A tuberculose é a principal causa de óbito por doença infecciosa em PVHIV, e por isso deve ser pesquisada em todas as consultas. A pesquisa deve iniciar-se com o questionamento sobre a presença dos seguintes sintomas: tosse, febre, emagrecimento e/ou sudorese noturna. A presença de qualquer um desses sintomas pode indicar TB ativa e requer investigação. AIDS • Complicações O indivíduo ainda pode desenvolver: Doença Renal Crônica, infecções oportunistas, Sarcoma de Kaposi, linfomas não Hodgkin, neoplasias intraepiteliais anal e cervical e distúrbios neurológicos. AIDS • Tratamento O início imediato da TARV (terapia Anti-retroviral) está recomendado para todas as PVHIV, independentemente do seu estágio clínico e/ou imunológico. O esquema para o adulto que inicia o protocolo é de: TDF(b)/3TC + DTG TDF300= Tenofovir 300mg 3TC300= Lamivudina 300mg DTG= Dolutegravir 50mg A busca pelo início do tratamento deve ser mais intensificada nos seguintes grupos de risco: - PVHIV sintomáticas; - LT-CD4+ <350 céls/mm³; - Gestantes; - Coinfecções com HBV; - Coinfecções com HBV; - Tuberculose ativa; - Risco cardiovascular elevado AIDS • Tratamento A busca pelo início do tratamento deve ser mais intensificada nos seguintes grupos de risco: - PVHIV sintomáticas; - LT-CD4+ <350 céls/mm³; - Gestantes; - Coinfecções com HBV; - Coinfecções com HCV; - Tuberculose ativa; - Risco cardiovascular elevado AIDS • Prevenção AIDS • Vigilância Epidemiológica NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA SEMANAL MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS) Fonte: BRASIL. PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, Brasília,DF, jul 2019. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. Acesso em: 25 jul. 2019. Gonorreia • Definição Provoca uma infecção que atinge os órgãos genitais, a garganta e os olhos. Quando não tratada, pode causar infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos à saúde. • Agente etiológico Neisseria gonorrhoeae ou Gonococo é uma bactéria da família Neisseriaceae. É um diplococo gram-negativo. Gonorreia • Período de incubação Varia de 2 a 8 dias. • Período de transmissibilidade Perdura todo o tempo que o portador não for corretamente tratado Fonte: MSD Manuais para Profissionais. Disponível em: <https://www.mdsaude.com/doencas- infecciosas/dst/gonorreia/> Acesso em: 30 set. 2019. Gonorreia • Transmissão - Por meio de relações sexuais desprotegidas. - Transmissão vertical Gonorreia • Sintomas Queixas de dor pélvica Dispareunia Disúria Sangramento pós-coital ou intermenstrual. Corrimento vaginal leve, sem odor, cervicite mucopurulenta endocervical, colo friável. Gonorreia • Sintomas Infecção anorretal por gonococo: prurido, secreção mucopurulenta associada à motilidade intestinal. Infecção faríngea por gonococo: eritema e exsudato, linfonodomegalia cervical anterior. Gonorreia • Complicações Nos homens o mais comum é a infecção dos testículos e da próstata. Nas mulheres, a pior complicação é a doença inflamatória pélvica (DIP), uma infecção grave dos órgãos reprodutores, que acomete o útero, ovários e trompas. O Gonococo não tratado também pode levar à disseminação da doença pelo corpo. A gonorreia disseminada causa: Artrites infecciosas em joelho, tornozelos e cotovelos. Lesões de pele Acometimento do fígado, com hepatite Endocardite Meningite Osteomielite Gonorreia • Tratamento Ceftriaxona 500mg, IM, dose única e Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única Gonorreia • Prevenção - Utilização de preservativos em todas as relações sexuais - Tratamento das parcerias sexuais para quebra da cadeia de transmissão - Profilaxia oftálmica de todo recém-nascido Gonorreia • Vigilância Epidemiológica NÃO É UMA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Fonte: BRASIL. PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, Brasília,DF, jul 2019. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. Acesso em: 25 jul. 2019. Uretrites • Definição Inflamações que acometem o canal uretra que é responsável por transportar a urina da bexiga até o lado externo do corpo. • Agente etiológico Os mais prevalentes dentre os agentes transmitidos por via sexual são a Neisseria Gonorrheae e a Clamydia Trachomatis, que causam respectivamente a Gonorréia e a Clamídia. Uretrites • Período de incubação Varia de acordo com o microorganismo • Período de transmissibilidade Varia de acordo com o microorganismo. Normalmente, perdura enquanto o portador não é adequadamente tratado. Uretrites •Transmissão Em grande parte dos casos, por via sexual. Nos demais casos podem estar ligadas a má higiene. Uretrites • Sintomas Na maioria dos casos ocasiona disúria e urgência miccional. Pode também ter formas assintomáticas. Nos homens, quando a causa for gonorreia ou clamídia, há normalmente uma secreção da uretra. A secreção é frequentemente verde-amarelada e espessa quando o micro- organismo, denominado gonococo, está envolvido, e pode ser clara e mais líquida quando outros organismos estão envolvidos. Nas mulheres, a secreção é menos comum. Uretrites • Tratamento Tratamento para Clamídia AZITROMICINA 1g, VO, em dose única; ou DOXICICLINA 100mg, VO, a cada 12h, por 7 dias; ou AMOXICILINA 500 mg, VO, 08/08h, por 7 dias; ou ERITROMICINA 500mg, VO, a cada 6h, por 7 dias. Tratamento para Gonorreia CEFTRIAXONA 500mg, IM, dose única; ou CEFOTAXIMA 1g, EV, dose única. Uretrites • Prevenção -Utilização de preservativos em todas as relações sexuais -Tratamento das parcerias sexuais para quebra da cadeia de transmissão Uretrites • Vigilância Epidemiológica NÃO É UMA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Fonte: BRASIL. PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, Brasília,DF, jul 2019. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. Acesso em: 25 jul. 2019. Cancro Mole • Definição Cancroide é uma infecção da pele ou das membranas mucosas genitais caracterizada por pápulas, úlceras dolorosas e aumento dos linfonodos inguinais, provocando supuração. Cancroide ocorre em raros surtos nos países desenvolvidos, mas é uma causa comum de úlceras genitais em grande parte dos países em desenvolvimento, muitas vezes adquiridas de prostitutas pelos homens. Como outras sexualmente transmissíveis (ISTs) que provocam ulceração genital, o cancroide aumenta o risco de transmissão do HIV. • Agente etiológico Haemophilus ducreyi, bacilo Gram-negativo. Cancro Mole • Período de incubação Varia de 3 a 7 dias • Período de transmissibilidade Perdura todo o tempo que o portador não for corretamente tratado Fonte: MSD Manuais para Profissionais. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/doen%C3%A7as-sexualmente- transmiss%C3%ADveis-dsts/cancroide> Acesso em: 30 set. 2019. Cancro Mole • Transmissão Por meio de relações sexuais desprotegidas. Cancro Mole • Sintomas Após um período de incubação de 3 a 7 dias, aparecem pequenas pápulas dolorosas que rapidamente se rompem e se tornam úlceras rasas, amolecidas, dolorosas, com margens granulares e escavadas (com saliência no tecido) e borda avermelhada. As úlceras variam em tamanho e frequentemente coalescem. Erosão profunda ocasionalmente provoca nítida destruição tecidual. Os linfonodos inguinais amolecem, aumentam e aglomeram-se, formando um abscesso flutuante (bubão). A pele sobre o abscesso pode se tornar vermelha e brilhante e se romper para formar uma fístula. A infecção pode se disseminar para outras áreas da pele, resultando em novas lesões. Fimose, estenose de uretra e fístula uretral podem ser resultados do cancroide. Cancro Mole • Sintomas Cancro Mole • Tratamento Azitromicina 1 g VO em dose única, ou Ciprofloxacina 500 mg, VO, 12/12 horas, por 3 dias (contra-indicado para gestantes, nutrizes e menores de 18 anos) ou Eritromicina (estearato) 500 mg, VO, de 6/6 horas, por 7 dias. Cancro Mole • Prevenção - Utilização de preservativos em todas as relações sexuais - Tratamento das parcerias sexuais para quebra da cadeia de transmissão Cancro Mole • Vigilância Epidemiológica NÃO É UMA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Fonte: BRASIL. PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, Brasília,DF, jul 2019. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. Acesso em: 25 jul. 2019. Linfogranuloma Vénereo • Definição Linfogranuloma venéreo (LGV) é uma doença causada por três cepas únicas da Chlamydia trachomatis e é caracterizada por uma lesão cutânea pequena e muitas vezes assintomática, seguida por linfadenopatia regional na virilha ou pelve. Alternativamente, se adquirido por sexo anal, pode se manifestar como proctite grave. • Agente etiológico LGV é causado pelos sorotipos L1, L2 e L3 das bactérias Chlamydia trachomatis. Fonte: MSD Manuais para Profissionais. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as- infecciosas/doen%C3%A7as-sexualmente-transmiss%C3%ADveis-dsts/linfogranuloma-ven%C3%A9reo-lgv> Acesso em: 30 set. 2019. Linfogranuloma Vénereo • Período de incubação De 1 a 3 semanas após o contato sexual. • Período de transmissibilidade Perdura enquanto o portador não for corretamente tratado. Fonte: Doenças Infecciosas e Parasitárias: Guia de Bolso, Volume II, 3ª edição, pág. 45 - Ministério da Saúde Brasília/DF - junho 2004 Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Guia_volume2.pdf> Acesso em: 30 set. 2019. Linfogranuloma Vénereo • Transmissão - Relações sexuais desprotegidas Linfogranuloma Vénereo • Sintomas › Fase de inoculação: inicia-se por pápula, pústula ou exulceração indolor, que desaparece sem deixar sequela. Muitas vezes, não é notada pelo paciente e raramente é observada pelo profissional de saúde. Localiza-se, no homem, no sulco coronal, frênulo e prepúcio; na mulher, na parede vaginal posterior, colo uterino, fúrcula e outras partes da genitália externa; Linfogranuloma Vénereo • Sintomas › Fase de disseminação linfática regional: no homem, a linfadenopatia inguinal se desenvolve entre uma a seis semanas após a lesão inicial; é geralmente unilateral (em 70% dos casos) e se constitui no principal motivo da consulta. Na mulher, a localização da adenopatia depende do local da lesão de inoculação; Linfogranuloma Vénereo • Sintomas › Fase de sequelas: o comprometimento ganglionar evolui com supuração e fistulização por orifícios múltiplos, que correspondem a linfonodos individualizados, parcialmente fundidos em uma grande massa. A lesão da região anal pode levar a proctite e proctocolite hemorrágica. O contato orogenital pode causar glossite ulcerativa difusa, com linfadenopatia regional. Podem ocorrer sintomas gerais, como febre, mal-estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese noturna e meningismo. Os bubões que se tornarem flutuantes podem ser aspirados com agulha calibrosa, não devendo ser incisados cirurgicamente. A obstrução linfática crônica leva à elefantíase genital, que na mulher é denominada estiomene. Além disso, podem ocorrer fístulas retais, vaginais e vesicais, além de estenose retal. Linfogranuloma Vénereo • Sintomas › Fase de sequelas Linfogranuloma Vénereo • Tratamento Doxiciclina 100mg, VO, 2x/dia, por 21 dias ou Azitromicina 500mg, VO,1x/semana, por 21 dias (preferencial nas gestantes) O prolongamento da terapia pode ser necessário até a resolução da sintomatologia. A antibioticoterapia não tem efeito expressivo na duração da linfadenopatia inguinal, mas os sintomas agudos são frequentemente erradicados de modo rápido. Os antibióticos não revertem sequelas como estenose retal ou elefantíase genital. Linfogranuloma Vénereo • Prevenção O uso de preservativos ou outros métodos de barreira para sexo oral, vaginal e anal previnem a infecção por C. trachomatis. Acessórios sexuais devem ser limposantes de sua utilização, sendo necessariamente de uso individual. Linfogranuloma Vénereo • Vigilância Epidemiológica NÃO É UMA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Fonte: BRASIL. PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, Brasília,DF, jul 2019. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. Acesso em: 25 jul. 2019. Condiloma Acuminado • Definição O condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feito rotineiramente por todas as mulheres. • Agente etiológico Papilomavírus humano (HPV). Condiloma Acuminado • Período de incubação As verrugas aparecem após um período de incubação de 1 a 6 meses • Período de transmissibilidade Perdura enquanto o portador não for corretamente tratado. Condiloma Acuminado • Transmissão Por meio de relações sexuais desprotegidas. Por via vertical (no parto) Condiloma Acuminado • Sintomas Verrugas anogenitais visíveis em geral são pólipos minúsculos, flexíveis, úmidos, róseos ou cinzentos (lesões elevadas) que aumentam, podem tornar-se pedunculadas, têm superfícies áspera e podem ocorrer em agrupamentos. As verrugas costumam ser assintomáticas, mas alguns pacientes têm coceira, queimação, ou desconforto. Em homens, as verrugas ocorrem geralmente abaixo do prepúcio, no sulco coronal, no meato uretral e no corpo do pênis. Podem ocorrer ao redor do ânus e no reto, em particular em homens homossexuais. Em mulheres, as verrugas ocorrem mais comumente na vulva, parede vaginal, cérvice e períneo; a região uretral e anal pode ser afetada. Os tipos 06 e 11 de HPV em geral provocam verrugas planas, endocervicais ou anais, de difícil visualização e diagnóstico clínico. Condiloma Acuminado Condiloma Acuminado • Sintomas Condiloma Acuminado • Tratamento Tratamentos feitos pelo médico: ÁCIDO TRICLOROACÉTICO (ATA) a 80-90% em solução alcoólica. Modo de uso: Aplicar pequena quantidade (ex., com cotonete, microbrush ou escova endocervical montada com algodão) somente nos condilomas e deixar secar. A lesão ficará branca. Se dor intensa, o ácido pode ser neutralizado com sabão ou bicarbonato de sódio ou talco. Repetir semanalmente se necessário. PODOFILINA 10-25% em solução alcoólica ou em tintura de Benjoim. Modo de uso: Aplicar apenas no condiloma e deixar secar, pode ser repetida semanalmente se necessário. INTERFERON. Modo de uso: Podem ser usados por forma sistêmica (intramuscular, endovenosa ou subcutânea), intralesional ou tópica. O custo elevado da droga e os efeitos colaterais limitam sua utilização. Condiloma Acuminado • Tratamento Tratamentos feitos pelo médico: CRIOTERAPIA. Modo de uso: Uso de nitrogênio líquido por meio de equipamento específico; pode ser repetido a cada 1 ou 2 semanas, se necessário. EXÉRESE CIRÚRGICA. Modo de uso: É o método apropriado para tratamento de poucas lesões quando for desejável exame histopatológico. Os condilomas podem ser retirados por meio de incisão tangencial com tesoura delicada, bisturi ou cureta. Normalmente a sutura não é necessária. Esse método traz maiores benefícios aos pacientes que tenham grande número de lesões ou extensa área acometida ou, ainda, em casos resistentes a outras formas de tratamento. Condiloma Acuminado • Tratamento Tratamentos feitos pelo paciente: IMIQUIMOD 5% creme. Modo de uso: Aplicar à noite, ao deitar, três vezes por semana, em dias alternados, por 16 semanas no máximo. A área de tratamento deve ser lavada com sabão neutro e água 6 a 10 horas depois da aplicação. Alto custo. PODOFILOTOXINA 0,15% CREME. Modo de uso: Aplica-se duas vezes ao dia, somente sobre as lesões, por 3 dias. Se necessário, o ciclo poderá ser repetido por não mais que 4 vezes, com intervalos de 4 dias de repouso. Lavar a área das lesões antes da aplicação, assim como a pele ilesa em caso de contato acidental, com água e sabão. Condiloma Acuminado • Prevenção - Utilização de preservativos em todas as relações sexuais - Tratamento das parcerias sexuais para quebra da cadeia de transmissão Condiloma Acuminado • Prevenção Vacinação contra o HPV Composição: Vacina quadrivalente inativada (tipos 6, 11, 16 e 18) Indicação: Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Esquema: 02 doses – com intervalo de seis meses. Via: Intramuscular Dose: 0,5ml Condiloma Acuminado • Prevenção Vacinação contra o HPV Composição: Vacina quadrivalente inativada (tipos 6, 11, 16 e 18) Indicação: Para PVHIV, pessoas transplantadas de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos de 9 a 26 anos Esquema: 03 doses – com intervalo 0,2 e 6 meses. Via: Intramuscular Dose: 0,5ml Condiloma Acuminado • Vigilância Epidemiológica NÃO É UMA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Fonte: BRASIL. PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, Brasília,DF, jul 2019. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. Acesso em: 25 jul. 2019. Dúvidas
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