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Prof FERNANDA - Doenças Sexualmente Transmissíveis - Parte 2

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Infecções Sexualmente 
Transmissíveis Parte II 
 
 
 
 
 
 
Professora Fernanda Pires
AIDS 
 
 
• Definição 
 
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e sua 
manifestação clínica em fase avançada, ou síndrome da 
imunodeficiência adquirida (AIDS), 
 
Os indivíduos infectados pelo HIV, sem tratamento, evoluem 
para uma grave disfunção do sistema imunológico, à medida 
que vão sendo destruídos os linfócitos T CD4+, uma das 
principais células alvo do vírus. 
 
 
 
• Agente etiológico 
 
HIV-1 e HIV-2 são retrovírus da família Lentiviridae, gênero 
Retroviridae. 
AIDS 
• Período de incubação 
 
O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e 
sintomas da fase aguda, denominada síndrome retroviral aguda (SRA), 
é de 1 a 3 semanas. 
 
 
• Período de latência: 
 
Após a infecção aguda, o tempo de desenvolvimento de sinais e 
sintomas da aids é em média de 10 anos. 
 
 
 
• Período de transmissão: 
Por toda a vida do portador. 
 
 
 
• Janela imunológica: 
Amostras de sangue – 30 dias 
Amostras de saliva – 90 dias 
AIDS 
 
 
• Transmissão 
- Por via sexual (esperma e secreção vaginal) 
- Pelo sangue (via parenteral e de mãe para filho) 
- Pelo leite materno. 
AIDS 
 
 
• Manifestações 
Clínicas Infecção Aguda 
 
 
 
Esta fase da doença é também chamada de síndrome retroviral aguda 
ou infecção primária, e se manifesta clinicamente em pelo menos 50% 
dos pacientes. Febre, adenopatia, faringite, mialgia, artralgia, 
exantema maculopapular eritematoso; ulcerações mucocutâneas, 
envolvendo mucosa oral, esôfago e genitália; hiporexia, adinamia, 
cefaleia, fotofobia, hepatoesplenomegalia, perda de peso, náuseas e 
vômitos. Alguns pacientes, ainda, podem apresentar candidíase oral, 
neuropatia periférica, meningoencefalite asséptica e síndrome de 
Guillain-Barré. A síndrome retroviral aguda é autolimitada e a maior 
parte dos sinais e sintomas desaparece em 3 a 4 semanas. 
Linfadenopatia, letargia e astenia podem persistir por vários meses. 
AIDS 
 
 
 
• Manifestações 
Clínicas Infecção Aguda 
AIDS 
 
 
 
• Manifestações Clínicas 
Fase Assintomática 
 
Pode durar meses e até anos, com sintomas clínicos são 
mínimos ou inexistentes. 
AIDS 
 
 
• Manifestações Clínicas 
• Fase Sintomática Inicial 
 
O portador da infecção pelo HIV pode apresentar sinais e 
sintomas inespecíficos de intensidade variável, além de 
processos oportunistas de menor gravidade, conhecidos como 
complexo relacionado à aids (ARC). São indicativos de ARC a 
candidíase oral e a presença de mais de um dos seguintes 
sinais e sintomas, com duração superior a 1 mês, sem causa 
identificada: linfadenopatia generalizada, diarreia, febre, 
astenia, sudorese noturna e perda de peso superior a 10%. 
AIDS 
 
 
• AIDS e Tuberculose 
 
A tuberculose é a principal causa de óbito por doença infecciosa 
em PVHIV, e por isso deve ser pesquisada em todas as consultas. 
A pesquisa deve iniciar-se com o questionamento sobre a 
presença dos seguintes sintomas: tosse, febre, emagrecimento 
e/ou sudorese noturna. A presença de qualquer um desses 
sintomas pode indicar TB ativa e requer investigação. 
AIDS 
 
 
• Complicações 
O indivíduo ainda pode desenvolver: Doença Renal Crônica, 
infecções oportunistas, Sarcoma de Kaposi, linfomas não 
Hodgkin, neoplasias intraepiteliais anal e cervical e distúrbios 
neurológicos. 
AIDS 
 
 
• Tratamento 
O início imediato da TARV (terapia Anti-retroviral) está recomendado para todas as PVHIV, 
independentemente do seu estágio clínico e/ou imunológico. 
 
O esquema para o adulto que inicia o protocolo é de: 
TDF(b)/3TC + DTG 
TDF300= Tenofovir 300mg 
3TC300= Lamivudina 300mg 
DTG= Dolutegravir 50mg 
 
A busca pelo início do tratamento deve ser mais intensificada nos seguintes grupos de risco: 
- PVHIV sintomáticas; 
- LT-CD4+ <350 céls/mm³; 
- Gestantes; 
- Coinfecções com HBV; 
- Coinfecções com HBV; 
- Tuberculose ativa; 
- Risco cardiovascular elevado 
AIDS 
 
 
• Tratamento 
 
A busca pelo início do tratamento deve ser mais intensificada 
nos seguintes grupos de risco: 
- PVHIV sintomáticas; 
- LT-CD4+ <350 céls/mm³; 
- Gestantes; 
- Coinfecções com HBV; 
- Coinfecções com HCV; 
- Tuberculose ativa; 
- Risco cardiovascular elevado 
AIDS 
 
 
• Prevenção 
AIDS 
 
 
• Vigilância Epidemiológica 
 
 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA SEMANAL 
MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: BRASIL. PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016. Define a Lista Nacional de 
Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, Brasília,DF, jul 2019. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. 
Acesso em: 25 jul. 2019. 
Gonorreia 
 
 
• Definição 
 
Provoca uma infecção que atinge os órgãos genitais, a 
garganta e os olhos. Quando não tratada, pode causar 
infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as 
relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos 
à saúde. 
 
 
 
• Agente etiológico 
 
Neisseria gonorrhoeae ou Gonococo é uma bactéria da 
família Neisseriaceae. É um diplococo gram-negativo. 
Gonorreia 
 
 
• Período de incubação 
Varia de 2 a 8 dias. 
 
 
 
 
• Período de transmissibilidade 
Perdura todo o tempo que o portador não for corretamente tratado
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MSD Manuais para Profissionais. Disponível em: <https://www.mdsaude.com/doencas- 
infecciosas/dst/gonorreia/> Acesso em: 30 set. 2019. 
Gonorreia 
 
 
• Transmissão 
 
- Por meio de relações sexuais desprotegidas. 
- Transmissão vertical 
Gonorreia 
 
 
• Sintomas 
Queixas de dor pélvica 
Dispareunia 
Disúria 
Sangramento pós-coital ou intermenstrual. 
 
Corrimento vaginal leve, sem odor, cervicite mucopurulenta 
endocervical, colo friável. 
Gonorreia 
 
 
• Sintomas 
Infecção anorretal por gonococo: prurido, secreção 
mucopurulenta associada à motilidade intestinal. 
 
Infecção faríngea por gonococo: eritema e exsudato, 
linfonodomegalia cervical anterior. 
Gonorreia 
 
 
• Complicações 
Nos homens o mais comum é a infecção dos testículos e da 
próstata. Nas mulheres, a pior complicação é a doença 
inflamatória pélvica (DIP), uma infecção grave dos órgãos 
reprodutores, que acomete o útero, ovários e trompas. 
O Gonococo não tratado também pode levar à disseminação da 
doença pelo corpo. A gonorreia disseminada causa: 
 
 
Artrites infecciosas em joelho, tornozelos e cotovelos. 
Lesões de pele 
Acometimento do fígado, com hepatite 
Endocardite 
Meningite 
Osteomielite 
Gonorreia 
 
• Tratamento 
 
Ceftriaxona 500mg, IM, dose única e Azitromicina 500mg, 2 
comprimidos, VO, dose única 
Gonorreia 
 
 
• Prevenção 
- Utilização de preservativos em todas as relações sexuais 
 
- Tratamento das parcerias sexuais para quebra da cadeia de 
transmissão 
- Profilaxia oftálmica de todo recém-nascido 
Gonorreia 
 
 
• Vigilância Epidemiológica 
 
 
 
NÃO É UMA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO 
COMPULSÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: BRASIL. PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016. Define a Lista Nacional de 
Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, Brasília,DF, jul 2019. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. 
Acesso em: 25 jul. 2019. 
Uretrites 
 
 
• Definição 
 
Inflamações que acometem o canal uretra que é responsável 
por transportar a urina da bexiga até o lado externo do corpo. 
 
 
 
• Agente etiológico 
 
Os mais prevalentes dentre os agentes transmitidos por via 
sexual são a Neisseria Gonorrheae e a Clamydia Trachomatis, 
que causam respectivamente a Gonorréia e a Clamídia. 
Uretrites 
 
 
• Período de incubação 
Varia de acordo com o microorganismo 
 
• Período de transmissibilidade 
 
Varia de acordo com o microorganismo. Normalmente, 
perdura enquanto o portador não é adequadamente 
tratado. 
Uretrites 
 
 
•Transmissão 
Em grande parte dos casos, por via sexual. 
 
Nos demais casos podem estar ligadas a má higiene. 
Uretrites 
 
 
• Sintomas 
Na maioria dos casos ocasiona disúria e urgência miccional. 
Pode também ter formas assintomáticas. 
 
Nos homens, quando a causa for gonorreia ou clamídia, há 
normalmente uma secreção da uretra. A secreção é 
frequentemente verde-amarelada e espessa quando o micro-
organismo, denominado gonococo, está envolvido, e pode ser 
clara e mais líquida quando outros organismos estão envolvidos. 
Nas mulheres, a secreção é menos comum. 
Uretrites 
 
 
• Tratamento Tratamento para Clamídia 
AZITROMICINA 1g, VO, em dose única; ou 
DOXICICLINA 100mg, VO, a cada 12h, por 7 dias; 
ou AMOXICILINA 500 mg, VO, 08/08h, por 7 dias; 
ou ERITROMICINA 500mg, VO, a cada 6h, por 7 
dias. 
 
 
 
Tratamento para Gonorreia 
 
CEFTRIAXONA 500mg, IM, dose única; 
ou CEFOTAXIMA 1g, EV, dose única. 
Uretrites 
 
• Prevenção 
-Utilização de preservativos em todas as relações sexuais 
 
-Tratamento das parcerias sexuais para quebra da cadeia de 
transmissão 
Uretrites 
 
 
• Vigilância Epidemiológica 
 
 
 
NÃO É UMA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO 
COMPULSÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: BRASIL. PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016. Define a Lista Nacional de 
Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, Brasília,DF, jul 2019. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. 
Acesso em: 25 jul. 2019. 
Cancro Mole 
 
• Definição 
 
Cancroide é uma infecção da pele ou das membranas mucosas 
genitais caracterizada por pápulas, úlceras dolorosas e aumento 
dos linfonodos inguinais, provocando supuração. 
Cancroide ocorre em raros surtos nos países desenvolvidos, mas 
é uma causa comum de úlceras genitais em grande parte dos 
países em desenvolvimento, muitas vezes adquiridas de 
prostitutas pelos homens. Como outras sexualmente 
transmissíveis (ISTs) que provocam ulceração genital, o 
cancroide aumenta o risco de transmissão do HIV. 
• Agente etiológico 
Haemophilus ducreyi, bacilo Gram-negativo. 
Cancro Mole 
 
• Período de incubação 
Varia de 3 a 7 dias 
• Período de transmissibilidade 
 
Perdura todo o tempo que o portador não for corretamente 
tratado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MSD Manuais para Profissionais. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/doen%C3%A7as-sexualmente-
transmiss%C3%ADveis-dsts/cancroide> Acesso em: 30 set. 2019. 
Cancro Mole 
 
• Transmissão 
 
Por meio de relações sexuais desprotegidas. 
Cancro Mole 
 
• Sintomas 
 
Após um período de incubação de 3 a 7 dias, aparecem pequenas 
pápulas dolorosas que rapidamente se rompem e se tornam úlceras 
rasas, amolecidas, dolorosas, com margens granulares e escavadas 
(com saliência no tecido) e borda avermelhada. As úlceras variam em 
tamanho e frequentemente coalescem. Erosão profunda 
ocasionalmente provoca nítida destruição tecidual. 
 
 
 
Os linfonodos inguinais amolecem, aumentam e aglomeram-se, 
formando um abscesso flutuante (bubão). A pele sobre o abscesso 
pode se tornar vermelha e brilhante e se romper para formar uma 
fístula. A infecção pode se disseminar para outras áreas da pele, 
resultando em novas lesões. Fimose, estenose de uretra e fístula 
uretral podem ser resultados do cancroide. 
Cancro Mole 
 
• Sintomas 
Cancro Mole 
 
• Tratamento 
 
Azitromicina 1 g VO em dose única, ou Ciprofloxacina 500 mg, 
VO, 12/12 horas, por 3 dias (contra-indicado para gestantes, 
nutrizes e menores de 18 anos) ou Eritromicina (estearato) 500 
mg, VO, de 6/6 horas, por 7 dias. 
Cancro Mole 
 
• Prevenção 
- Utilização de preservativos em todas as relações sexuais 
 
- Tratamento das parcerias sexuais para quebra da cadeia de 
transmissão 
Cancro Mole 
 
 
• Vigilância Epidemiológica 
 
 
 
NÃO É UMA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO 
COMPULSÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: BRASIL. PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016. Define a Lista Nacional de 
Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, Brasília,DF, jul 2019. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. 
Acesso em: 25 jul. 2019. 
Linfogranuloma Vénereo 
 
• Definição 
 
Linfogranuloma venéreo (LGV) é uma doença causada por três 
cepas únicas da Chlamydia trachomatis e é caracterizada por 
uma lesão cutânea pequena e muitas vezes assintomática, 
seguida por linfadenopatia regional na virilha ou pelve. 
Alternativamente, se adquirido por sexo anal, pode se 
manifestar como proctite grave. 
 
 
 
• Agente etiológico 
 
LGV é causado pelos sorotipos L1, L2 e L3 das bactérias 
Chlamydia trachomatis.
 
 
 
 
 
 
Fonte: MSD Manuais para Profissionais. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as- 
infecciosas/doen%C3%A7as-sexualmente-transmiss%C3%ADveis-dsts/linfogranuloma-ven%C3%A9reo-lgv> Acesso em: 30 set. 
2019. 
Linfogranuloma Vénereo 
 
• Período de incubação 
De 1 a 3 semanas após o contato sexual. 
• Período de transmissibilidade 
Perdura enquanto o portador não for corretamente tratado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Doenças Infecciosas e Parasitárias: Guia de Bolso, Volume II, 3ª edição, pág. 45 - Ministério da 
Saúde Brasília/DF - junho 2004 Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Guia_volume2.pdf> Acesso em: 30 set. 
2019. 
Linfogranuloma Vénereo 
 
• Transmissão 
- Relações sexuais desprotegidas 
Linfogranuloma Vénereo 
 
• Sintomas 
 
 
 
 
› Fase de inoculação: inicia-se por pápula, pústula ou 
exulceração indolor, que desaparece sem deixar sequela. Muitas 
vezes, não é notada pelo paciente e raramente é observada pelo 
profissional de saúde. Localiza-se, no homem, no sulco coronal, 
frênulo e prepúcio; na mulher, na parede vaginal posterior, colo 
uterino, fúrcula e outras partes da genitália externa; 
Linfogranuloma Vénereo 
 
• Sintomas 
 
 
 
 
› Fase de disseminação linfática regional: no homem, a 
linfadenopatia inguinal se desenvolve entre uma a seis semanas 
após a lesão inicial; é geralmente unilateral (em 70% dos casos) 
e se constitui no principal motivo da consulta. 
 
Na mulher, a localização da adenopatia depende do local da 
lesão de inoculação; 
Linfogranuloma Vénereo 
 
• Sintomas 
 
 
 
› Fase de sequelas: o comprometimento ganglionar evolui com 
supuração e fistulização por orifícios múltiplos, que correspondem a 
linfonodos individualizados, parcialmente fundidos em uma grande 
massa. A lesão da região anal pode levar a proctite e proctocolite 
hemorrágica. O contato orogenital pode causar glossite ulcerativa 
difusa, com linfadenopatia regional. Podem ocorrer sintomas gerais, 
como febre, mal-estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese 
noturna e meningismo. Os bubões que se tornarem flutuantes podem 
ser aspirados com agulha calibrosa, não devendo ser incisados 
cirurgicamente. A obstrução linfática crônica leva à elefantíase genital, 
que na mulher é denominada estiomene. Além disso, podem ocorrer 
fístulas retais, vaginais e vesicais, além de estenose retal. 
Linfogranuloma Vénereo 
 
• Sintomas 
› Fase de sequelas 
Linfogranuloma Vénereo 
 
• Tratamento 
 
Doxiciclina 100mg, VO, 2x/dia, por 21 dias ou Azitromicina 
500mg, VO,1x/semana, por 21 dias (preferencial nas gestantes) 
 
 
 
 
O prolongamento da terapia pode ser necessário até a 
resolução da sintomatologia. 
 
A antibioticoterapia não tem efeito expressivo na duração da 
linfadenopatia inguinal, mas os sintomas agudos são 
frequentemente erradicados de modo rápido. Os antibióticos 
não revertem sequelas como estenose retal ou elefantíase 
genital. 
Linfogranuloma Vénereo 
 
• Prevenção 
 
O uso de preservativos ou outros métodos de barreira para sexo 
oral, vaginal e anal previnem a infecção por C. trachomatis. 
Acessórios sexuais devem ser limposantes de sua utilização, 
sendo necessariamente de uso individual. 
Linfogranuloma Vénereo 
 
 
• Vigilância Epidemiológica 
 
 
 
NÃO É UMA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO 
COMPULSÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: BRASIL. PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016. Define a Lista Nacional de 
Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, Brasília,DF, jul 2019. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. 
Acesso em: 25 jul. 2019. 
Condiloma Acuminado 
 
• Definição 
 
O condiloma acuminado, conhecido também como verruga 
genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma doença 
sexualmente transmissível (DST) causada pelo Papilomavírus 
humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - 
alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do 
útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito 
comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de 
prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar 
alterações precoces no colo do útero e deve ser feito 
rotineiramente por todas as mulheres. 
 
• Agente etiológico 
Papilomavírus humano (HPV). 
Condiloma Acuminado 
 
• Período de incubação 
 
As verrugas aparecem após um período de incubação de 1 a 6 
meses 
 
 
 
• Período de transmissibilidade 
 
Perdura enquanto o portador não for corretamente tratado. 
Condiloma Acuminado 
 
• Transmissão 
 
Por meio de relações sexuais desprotegidas. 
Por via vertical (no parto) 
Condiloma Acuminado 
 
• Sintomas 
Verrugas anogenitais visíveis em geral são pólipos minúsculos, flexíveis, 
úmidos, róseos ou cinzentos (lesões elevadas) que aumentam, podem 
tornar-se pedunculadas, têm superfícies áspera e podem ocorrer em 
agrupamentos. 
 
 
As verrugas costumam ser assintomáticas, mas alguns pacientes têm 
coceira, queimação, ou desconforto. 
 
 
Em homens, as verrugas ocorrem geralmente abaixo do prepúcio, no 
sulco coronal, no meato uretral e no corpo do pênis. Podem ocorrer ao 
redor do ânus e no reto, em particular em homens homossexuais. 
 
 
Em mulheres, as verrugas ocorrem mais comumente na vulva, parede 
vaginal, cérvice e períneo; a região uretral e anal pode ser afetada. 
 
 
Os tipos 06 e 11 de HPV em geral provocam verrugas planas, 
endocervicais ou anais, de difícil visualização e diagnóstico clínico. 
Condiloma Acuminado 
Condiloma Acuminado 
 
• Sintomas 
Condiloma Acuminado 
• Tratamento 
Tratamentos feitos pelo médico: 
 
ÁCIDO TRICLOROACÉTICO (ATA) a 80-90% em solução alcoólica. Modo de uso: 
Aplicar pequena quantidade (ex., com cotonete, microbrush ou escova 
endocervical montada com algodão) somente nos condilomas e deixar secar. A 
lesão ficará branca. Se dor intensa, o ácido pode ser neutralizado com sabão ou 
bicarbonato de sódio ou talco. Repetir semanalmente se necessário. 
 
PODOFILINA 10-25% em solução alcoólica ou em tintura de Benjoim. Modo de 
uso: Aplicar apenas no condiloma e deixar secar, pode ser repetida 
semanalmente se necessário. 
 
INTERFERON. Modo de uso: Podem ser usados por forma sistêmica 
(intramuscular, endovenosa ou subcutânea), intralesional ou tópica. O custo 
elevado da droga e os efeitos colaterais limitam sua utilização. 
Condiloma Acuminado 
• Tratamento 
Tratamentos feitos pelo médico: 
 
CRIOTERAPIA. Modo de uso: Uso de nitrogênio líquido por meio de 
equipamento específico; pode ser repetido a cada 1 ou 2 semanas, se 
necessário. 
 
EXÉRESE CIRÚRGICA. Modo de uso: É o método apropriado para tratamento de 
poucas lesões quando for desejável exame histopatológico. Os condilomas 
podem ser retirados por meio de incisão tangencial com tesoura delicada, 
bisturi ou cureta. Normalmente a sutura não é necessária. Esse método traz 
maiores benefícios aos pacientes que tenham grande número de lesões ou 
extensa área acometida ou, ainda, em casos resistentes a outras formas de 
tratamento. 
Condiloma Acuminado 
 
• Tratamento 
Tratamentos feitos pelo paciente: 
 
IMIQUIMOD 5% creme. Modo de uso: Aplicar à noite, ao deitar, 
três vezes por semana, em dias alternados, por 16 semanas no 
máximo. A área de tratamento deve ser lavada com sabão 
neutro e água 6 a 10 horas depois da aplicação. Alto custo. 
 
PODOFILOTOXINA 0,15% CREME. Modo de uso: Aplica-se duas 
vezes ao dia, somente sobre as lesões, por 3 dias. Se necessário, 
o ciclo poderá ser repetido por não mais que 4 vezes, com 
intervalos de 4 dias de repouso. Lavar a área das lesões antes da 
aplicação, assim como a pele ilesa em caso de contato acidental, 
com água e sabão. 
Condiloma Acuminado 
 
• Prevenção 
- Utilização de preservativos em todas as relações sexuais 
 
- Tratamento das parcerias sexuais para quebra da cadeia de 
transmissão 
Condiloma Acuminado 
 
• Prevenção 
Vacinação contra o HPV 
 
 
 
Composição: Vacina quadrivalente inativada (tipos 6, 11, 16 
e 18) 
 
 
 
Indicação: Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. 
 
 
 
Esquema: 02 doses – com intervalo de seis meses. 
 
 
 
Via: Intramuscular
 
 
 
Dose: 0,5ml 
Condiloma Acuminado 
 
• Prevenção Vacinação 
contra o HPV 
 
 
 
Composição: Vacina quadrivalente inativada (tipos 6, 11, 16 e 18) 
 
 
 
Indicação: Para PVHIV, pessoas transplantadas de órgãos sólidos ou 
medula óssea e pacientes oncológicos de 9 a 26 anos 
 
 
 
Esquema: 03 doses – com intervalo 0,2 e 6 meses. 
 
 
 
Via: Intramuscular
 
 
 
Dose: 0,5ml 
Condiloma Acuminado 
 
 
• Vigilância Epidemiológica 
 
 
 
NÃO É UMA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO 
COMPULSÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: BRASIL. PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016. Define a Lista Nacional de 
Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, Brasília,DF, jul 2019. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. 
Acesso em: 25 jul. 2019. 
Dúvidas

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