ideia principal da proposta. O brie�ng especi�ca que um jovem passará a re�etir sobre a sua postura com relação ao descarte de resíduos sólidos. Com base nisso, podemos imaginar que talvez ele tenha presenciado um evento em que alguém, por descuido ou não, tenha provocado algum desastre ambiental. Por exemplo, ao andar por uma rua, viu um motorista fumante descartando um toco de cigarro em um terreno baldio. Sem se preocupar se o toco do cigarro estava apagado, o motorista seguiu viagem, mas não imaginou que a sua falta de atenção provocaria um incêndio, Ah! Isso é só um exemplo. Dê asas à sua imaginação! Crie! Agora já podemos pensar nos personagens do curta: um jovem, uma cachorra e uma gata. Vale a pena re�etir sobre o público-alvo e o horário em que o �lme será veiculado. Faixa etária e público podem interferir no conceito dos personagens. 24/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671323… 14/37 Os 12 Princípios da Animação Para dar continuidade à sua pesquisa referencial, queremos te apresentar os 12 princípios da animação, criados em 1940 pelos primeiros animadores da Disney, a �m de produzir animações mais realistas. Os animadores Frank Thomas e Ollie Johnson, em seu livro The Illusion of Life: Disney Animation, apresentam os 12 princípios da animação, que tentam reproduzir as leis básicas da Física. A proposta dos animadores é e�ciente; até os dias de hoje, praticamente todos (se não todos) os estudos de animação do mundo utilizam essa ideia. São eles: 1) Comprimir e esticar (squash and stretch): essa técnica é considerada a descoberta mais importante; é um princípio aplicado a partir da convicção de que, ao se mover, o formato do corpo/rosto de um ser vivo composto de massa corporal sofre deformações. O corpo é dotado de certo grau de elasticidade, bem como de compressão, que variam de acordo com a expressão/ação executada pelo personagem. O maior êxito dessa descoberta, no entanto, diz respeito ao destaque que é dado ao movimento: o movimento de um desenho ao outro se torna a verdadeira essência da animação (THOMAS; JOHNSTON, 1981, p. 47-51 apud CRUZ, 2006, p. 72). 2) Antecipação (anticipation): essa técnica consiste em antecipar a ação que o personagem está prestes a desempenhar, preparando o espectador para apreciar a maneira como o personagem faz algo, em detrimento do que ele faz. Assim como na vida real, nenhum movimento surge instantaneamente; ele começa em um ponto do corpo (geralmente nos quadris e abdômen), estabelece o equilíbrio e, em seguida, desenvolve-se de fato (THOMAS; JOHNSTON, 1981, p. 51-52 apud CRUZ, 2006, p. 72). 3) Encenação (staging): essa técnica “é a apresentação de qualquer ideia de maneira que ela esteja completa e inequivocadamente clara. Uma ação é encenada para que seja compreendida; uma personalidade, para que seja reconhecida; uma expressão, vista; para que um clima afete o público” (THOMAS; JOHNSTON, 1981, p. 53) apud (CRUZ, 2006, p.73). 24/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671323… 15/37 4) Animação seguida e pose a pose (straight ahead action and pose to pose): são duas maneiras distintas de animação, mas muitos animadores as utilizam em conjunto. Na animação seguida, o animador desenha/posiciona a �gura um quadro após o outro, podendo incorporar novas ideias que surgem no processo, até alcançar o �nal da cena. No modo de animação pose a pose, primeiro são criados os desenhos que contêm as poses- chave (key poses) dos personagens ao longo de determinada sequência; em seguida, são criados os desenhos intermediários (inbetweens), que fazem a transição �uida de um extremo ao outro do movimento. (CRUZ, 2006, p. 73) 5) Continuidade e sobreposição da ação (overlapping action and followthrough): essas técnicas partem da premissa de que “as coisas não param de uma vez [...]. primeiro, vem uma parte e depois a outra” (THOMAS; JOHNSTON, 1981, p. 59 apud CRUZ, 2006, p. 73). É o caso de anexos (orelhas, rabos etc.), que continuam em movimento depois que o resto da �gura já parou, ou do movimento mais lento assumido por partes do corpo onde há mais carne do que ossos. A continuidade é o oposto da antecipação (ambas podem ser entendidas pelo princípio físico da inércia): para realizar uma determinada ação, o corpo executa pequenos movimentos que lhe dão sustentação, impulso, força; porém, uma vez em movimento, o corpo tende a continuar em sua trajetória (pela inércia); assim, ao frear, as partes do corpo que receberam menos força continuarão em movimento até que o corpo pare completamente. (CRUZ, 2006, p. 73-74). A sobreposição da ação informa ao espectador o que aconteceu, como tudo terminou. É o caso de quando um personagem olha para a câmera depois de escorregar numa casca de banana; a reação dele ao incidente (sua expressão) fala mais sobre o personagem do que a ação em si. Após atingir o ponto de repouso, isto é, uma nova pose-chave, a imagem 24/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671323… 16/37 deve permanecer �xa na tela por alguns frames (entre 8 e 16), para que o espectador tenha tempo de absorver o que acaba de ver. (THOMAS; JOHNSTON, 1981, p. 59-62 apud CRUZ, 2006, p. 74) 6) Aceleração e desaceleração (slow in and slow out): essa técnica demonstra a velocidade de execução de um movimento. Na animação, esse efeito é alcançado pelo número de desenhos/registros intermediários mais próximos ou afastados dos extremos: quanto maior a quantidade, mais rápida a ilusão de movimento (THOMAS; JOHNSTON, 1981, p. 62 apud CRUZ, 2006, p. 74). 7) Movimento em arco (arcs): essa técnica parte do princípio de que, ao se mover, a maioria dos seres vivos desempenha uma trajetória circular, um arco. Portanto, ao animar, o artista deve se lembrar de “vigiar os arcos”, para que o movimento seja executado com �uidez e precisão, sem aparentar “quebras” de uma pose à outra (THOMAS; JOHNSTON, 1981, p. 62-63 apud CRUZ, 2006, p. 74. 8) Ação secundária (secondary ations): são ações que têm como objetivo agregar charme ao personagem, disponibilizando detalhes que informam sobre a sua personalidade, mas que não têm relevância para a diegese em si. Essas ações sutis suportam a ação principal, uma vez que a deixam mais interessante, contribuindo para o apelo do que está sendo mostrado. É o caso de um personagem que apresenta um determinado tique em algum tipo situação; ou uma pessoa envergonhada que coloca seus óculos enquanto recupera a compostura (THOMAS; JOHNSTON, 1981, p. 63-64 apud CRUZ, 2006, p. 74-75). 9) Temporização (timing): técnica muito importante e determinante do �lme, tanto com relação à narrativa quanto à caracterização dos personagens. Isso porque a maneira como o tempo é tratado – a duração e o ritmo das ações, das sequências e do �lme como um todo – informa ao espectador a respeito do “clima” do �lme e da personalidade dos personagens: letárgico, agitado, tenso, relaxado, agressivo, passivo etc. Nesse sentido, a animação pode ser feita em Uns (Ones) ou Dois (Twos); isto é, uma única imagem pode ser 24/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671323… 17/37 fotografada uma ou duas vezes (ser responsável por um ou dois frames do �lme) (THOMAS; JOHNSTON, 1981, p. 64-65 apud CRUZ, 2006, p. 75). 10) Exagero (exaggeration): para Walt, realismo nada mais era que a caricatura do real, ou seja, cada caracterização, personalidade, ação ou sentimento de um personagem deve ser representado claramente, sem deixar dúvidas quanto às suas intenções – o que, por sua vez, deve estar alinhado à sua �sionomia. Se quisessem um personagem triste, que o �zessem sorumbático; se o quisessem mal, que o �zessem terrível. Embora esse princípio dê margem ao estabelecimento de estereótipos, ele pode ser considerado