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TCC A Aplicação da Contabilidade Gerencial na Gestão de uma farmácia

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO 
 DO RIO GRANDE DO SUL 
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
A APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL 
NA GESTÃO DE UMA FARMÁCIA COMERCIAL 
(Trabalho de Conclusão de Curso) 
 
 
 
 
 
 
Mariana Rockenbach 
 
 
 
 
 
IJUÍ – RS, Junho/2010 
 2
 
 
 
 
 
 
 
MARIANA ROCKENBACH 
 
 
 
 
 
A APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA GESTÃO DE 
UMA FARMÁCIA COMERCIAL 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado a Unijuí para obtenção do 
título de Bacharel em Ciências Contábeis, 
junto ao DECON- Departamento de 
Economia e Contabilidade, da 
Universidade Regional do Noroeste do 
Estado do Rio Grande do Sul. 
 
 
 
EUSÉLIA PAVEGLIO VIEIRA 
 
 
 
 
IJUÍ 
2010 
 
 
 
 
 
 
 3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A primeira lição que aprendi foi 
simples: se você quiser nadar entre os 
tubarões é melhor se tornar um deles. Um 
tubarão nunca é desleal ou desonesto: é 
implacável - e sabe muito bem o que quer. 
Roberto Justus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Ao concluir este curso estou vencendo mais uma etapa de minha vida, 
por isso com profunda gratidão quero agradecer a todas as pessoas que 
graças a sua compreensão e colaboração contribuíram para a realização 
do mesmo. 
Agradeço a minha família, aos meus amigos pelo apoio, incentivo que 
sempre me proporcionaram. 
Aos meus professores que nunca mediram esforços para passarem os seus 
conhecimentos e experiências profissionais e de vida, em especial a 
minha orientadora Prof. Eusélia P. Vieira, que com sua dedicação e 
conhecimento sempre esteve à disposição para tirar minhas dúvidas e 
fornecer as informações necessárias. 
Ao proprietário da Farmácia por ter se disponibilizado e esforçado para 
fornecer as informações necessárias para que este trabalho alcançasse os 
objetivos traçados. 
Enfim as inúmeras pessoas que de alguma forma contribuíram para a 
conclusão do curso, o meu muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5
 
 
 
SUMÁRIO 
LISTA DE GRÁFICOS E FIGURAS ................................................................................................. 9 
LISTA DE QUADROS ..................................................................................................................... 10 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ..................................................................................... 14 
1.1. Área de Conhecimento Contemplada ..................................................................................... 14 
1.2. Caracterização da Organização .............................................................................................. 14 
1.3. Problematização do Tema ...................................................................................................... 15 
1.4. Objetivos ................................................................................................................................ 16 
1.4.1 Objetivo Geral .................................................................................................................. 16 
1.4.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................ 16 
1.5 Justificativa.............................................................................................................................. 17 
1.6 Metodologia ............................................................................................................................ 17 
1.6.1 Classificação da Pesquisa ................................................................................................. 18 
1.6.1.2 Quanto à Forma de Abordagem do Problema .............................................................. 18 
1.6.1.3 Do Ponto de Vista de seus Objetivos ............................................................................ 18 
1.6.1.4 Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos ........................................................... 19 
1.6.2 Plano de Coleta de Dados ..................................................................................................... 19 
1.6.3 Plano de Análise e Interpretação dos Dados ................................................................... 20 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................................... 21 
2.1 Contabilidade .......................................................................................................................... 21 
2.1.1 Conceito ........................................................................................................................... 21 
2.1.2 Finalidade ......................................................................................................................... 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6
2.1.3 Campos de Atuação .......................................................................................................... 22 
2.2 Contabilidade Gerencial .......................................................................................................... 23 
2.2.1 Conceito ........................................................................................................................... 23 
2.2.2 Aplicação e Finalidade ...................................................................................................... 24 
2.2.3 Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira ....................................................... 25 
2.3 Contabilidade de Custos .......................................................................................................... 27 
2.3.1 Conceito e finalidade ........................................................................................................ 27 
2.3.2 Custo na Atividade Comercial .......................................................................................... 28 
2.3.2.1 Conceito e Finalidade ................................................................................................ 28 
2.3.2.2 Custos Relativos á Aquisição das Mercadorias ......................................................... 29 
2.3.2.3 Despesas Relativas à Venda de Mercadorias ............................................................ 29 
2.3.3 Os Componentes Fixos do Custo no Comércio ................................................................ 30 
2.3.3.1 Despesas Operacionais .............................................................................................. 30 
2.3.3.2 Despesas Administrativas ......................................................................................... 31 
2.3.3.3 Depreciação ............................................................................................................... 31 
2.3.3.4 Custo com Pessoal ..................................................................................................... 32 
2.3.3.5 O Sistema de Custeio Variável Aplicado no Comércio ............................................ 32 
2.3.4 Formação do Preço de Venda .......................................................................................... 33 
2.3.4.1 Análise Custo Volume Lucro .................................................................................... 34 
2.3.4.2 Margem de Contribuição ........................................................................................... 34 
2.3.4.3Ponto de Equilíbrio .................................................................................................... 35 
2.3.4.4 Margem de Segurança Operacional .......................................................................... 36 
2.4 Análise de balanços ................................................................................................................. 37 
2.4.1 Finalidade ......................................................................................................................... 37 
2.3.2 Análise Horizontal ............................................................................................................ 38 
2.3.3 Análise Vertical ................................................................................................................. 39 
 7
2.3.4 Indicadores Rotatividades Estoques ................................................................................ 39 
2.5 Sistemas de Informações Gerenciais ....................................................................................... 40 
2.5.1 Conceito e Importância .................................................................................................... 40 
2.5.2 Sistema Operacional......................................................................................................... 42 
2.5.3 Sistema Gestão ................................................................................................................. 42 
2.5.4 Níveis do Sistema de Informações Gerenciais ................................................................. 42 
2.5.5 Tecnologia da Informação ................................................................................................ 44 
2.5.6 Qualidade da Informação ................................................................................................. 44 
3. APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL EM UMA FARMÁCIA COMERCIAL: 
Estudo de Caso .................................................................................................................................. 46 
3.1 Estrutura da Empresa .............................................................................................................. 46 
3.2 Custo de Aquisição dos Produtos ............................................................................................ 48 
3.2.1 Cálculo do Custo de Aquisição dos Produtos ................................................................... 48 
3.3 Apuração das Despesas Mensais da Farmácia ........................................................................ 52 
3.3.1 Custo com Salários e Encargos Sociais Trabalhistas ......................................................... 52 
3.3.2 Cálculo do custo com Depreciação / mês ........................................................................ 52 
3.3.3 Levantamento das Despesas Mensais .............................................................................. 53 
3.3.4 Faturamento Mensal dos Produtos em Estudo ............................................................... 55 
3.4 Cálculo do Mark-up para os Produtos de Perfumaria ............................................................. 57 
3.5 Apuração da Margem de Contribuição das Mercadorias em Estudo ...................................... 59 
3.7 Margem de Segurança Operacional ........................................................................................ 79 
3.8 Análise de Balanços ................................................................................................................ 85 
3.8.1 Análise Vertical ................................................................................................................. 85 
3.8.2 Análise Horizontal ............................................................................................................ 86 
3.8.3 Rotatividade dos Estoques ............................................................................................... 87 
 8
3.9.1 Níveis e periodicidade das informações ........................................................................... 89 
3.9.2 Informações Gerenciais .................................................................................................... 91 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 98 
ANEXOS......................................................................................................................................... 101 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS E FIGURAS 
 
Figura 1: Organograma da Fármacia ........................................................................................ 15 
 
Gráfico 1: Despesas Mensais .................................................................................................... 54 
Gráfico 2: Margem de Contribuição Unitária – MCU ............................................................. 63 
Gráfico 3: Margem de Contribuição Total - MCT ................................................................... 64 
Gráfico 4: Margem de Contribuição Unitária pelo Preço de Venda Orientativo ..................... 68 
Gráfico 5: Margem de Contribuição Total pelo Preço de Venda Orientativo .......................... 69 
Gráfico 6: Ponto de Equilíbrio de cada produto pelo Preço de Venda Praticado ..................... 75 
Gráfico 7: Ponto de Equilíbrio de cada produto pelo Preço de Venda Orientativo.................. 78 
Gráfico 8: Margem de Segurança Operacional pelo Preço de Venda Praticado ...................... 81 
Gráfico 9: Margem de Segurança Operacional pelo Preço de Venda Orientativo ................... 84 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1: Diferenças entre a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira ................. 25 
Quadro 2: Medicamentos e Perfumarias da Farmácia utilizados nas análises. ........................ 46 
Quadro 3: Valor do ICMS Substituição Tributária de cada produto. ....................................... 48 
Quadro 4: Cálculo do Custo de Aquisição de cada produto ..................................................... 50 
Quadro 5: Cálculo do custo com salários e encargos sociais trabalhistas mensais .................. 52 
Quadro 6: Cálculo da depreciação anual e mensal ................................................................... 53 
Quadro 7: Levantamento das despesas mensais ....................................................................... 53 
Quadro 8: Faturamento Mensal dos Produtos em Estudo ........................................................ 55 
Quadro 9: Cálculo do Mark-up ................................................................................................. 57 
Quadro 10: Cálculo do Preço de Venda Orientativo ................................................................ 58 
Quadro 11: Margem de Contribuição Unitária e Total dos Produtos pelo Preço Praticado ..... 60 
Quadro 12: Margem de Contribuição Unitária e Total dos Produtos pelo Preço Orientativo.. 67 
Quadro 13: Resultado Líquido de cada produto pelo Preço de Venda Praticado..................... 69 
Quadro 14: Resultado Líquido dos produtos de perfumaria pelo Preço de Venda Orientativo71 
Quadro 15: Ponto de Equilíbrio sobre o Preço de Venda ......................................................... 73 
Quadro 16: Ponto de Equilíbrio sobre o Preço Orientativo ...................................................... 76 
Quadro 17: Margem de Segurança Operacional sobre Preço de Venda Praticado .................. 79 
Quadro 18: Margem de Segurança Operacional sobre PreçoOrientativo................................ 82 
Quadro 19: Rotatividade do Estoque da Farmácia ................................................................... 87 
Quadro 20: Níveis e periodicidade das informações ................................................................ 89 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11
 
 
 
 
 
LISTA DE ANEXOS 
 
ANEXO 1: BALANÇO PATRIMONIAL DA FARMÁCIA(ORIGINAL) ....................................... 102 
ANEXO 2: BALANÇO PATRIMONIAL DA FARMÁCIA (ATUALIZADO) ................................ 104 
ANEXO 3: ANÁLISE VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL DA FARMÁCIA ................ 106 
ANEXO 4: ANÁLISE HORIZONTAL DO BALANÇO PATRIMONIAL DA FARMÁCIA .......... 108 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 A contabilidade gerencial é uma das áreas que a ciência contábil disponibiliza muito 
importante, pois ela é um instrumento indispensável na tomada de decisões do dia a dia da 
empresa. 
 
A contabilidade gerencial é um processo que produz informações para os diversos 
níveis da empresa e através destas informações são tomadas as decisões com mais segurança 
fazendo com que a empresa cresça e se torne competitiva. 
 
 As empresas de pequeno porte normalmente não possuem um controle gerencial que 
forneça as informações contábeis gerenciais para tomada de decisões, por isso este trabalho 
foi realizado em uma farmácia comercial que, neste momento, não possui nenhum tipo de 
controle gerencial, assim através deste trabalho poder contribuir para o crescimento da 
mesma. 
 
 Para que os objetivos propostos neste trabalho sejam alcançados, desenvolveu-se no 
primeiro capitulo a contextualização do estudo, que se constitui na área de conhecimento 
contemplada, a caracterização da empresa, a problematização, os objetivos, a justificativa e a 
metodologia. 
 
 No segundo capitulo foi apresentada a revisão bibliográfica, onde foram aprofundados 
temas como contabilidade, contabilidade gerencial, custos, análise de balanços, sistemas de 
informações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13
 
 No terceiro capitulo foi desenvolvido o estudo aplicado, onde foi demonstrado as 
informações referentes a empresa em estudo, foi calculado todos os custos e despesas da 
farmácia, a margem de contribuição unitária, total, ponto de equilíbrio, margem de segurança 
operacional, foi analisado os balanços horizontal e vertical dos anos de 2007, 2008 e 2009 e 
analisado os sistemas de informações da farmácia. 
 
 E por fim, após todas as análises são apresentadas a conclusão, seguida das referências 
bibliográficas utilizado durante toda a pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
Neste capitulo consta a contextualização do estudo que apresenta a definição da área 
contemplada, a caracterização da organização, a problematização do tema, os objetivos, a 
justificativa e a metodologia do trabalho. 
 
1.1. Área de Conhecimento Contemplada 
 
A Ciência Contábil é uma área do conhecimento que tem por objetivo estudar, 
controlar, organizar, registrar e interpretar os fatos ocorridos no patrimônio das entidades nos 
aspectos quantitativo e qualitativo. Neste sentido o profissional de contabilidade possui 
diversas alternativas de atuação profissional, uma delas é a contabilidade gerencial que a 
partir dos dados e informações constantes na contabilidade, analisa, interpreta e transforma 
em informações gerenciais que são substanciais na gestão da empresa. 
 
Com base no exposto, o tema Trabalho de Conclusão do Curso é estudar a Aplicação 
da Contabilidade Gerencial na Gestão de uma Farmácia Comercial. 
 
1.2. Caracterização da Organização 
 
A empresa objeto deste estudo é uma farmácia comercial, ela iniciou suas atividades 
em 15 de agosto de 2000, na cidade de Santa Rosa, é constituída por dois sócios, um possui 
70% das participações e outro 30% sendo este farmacêutico. Possui além dos dois sócios, 
mais cinco funcionários, um gerente, uma funcionária formada em técnico em enfermagem, 
duas atendentes e uma faxineira. O prédio onde está localizada é alugado. A contabilidade é 
feita por um escritório terceirizado. 
 
A farmácia está enquadrada em Empresa de Pequeno Porte, seu faturamento mensal é 
de R$ 85.000,00 sendo optante pelo sistema simples gaúcho, os produtos comercializados são 
medicamentos, perfumaria, e material de higiene, sendo sua principal receita a venda de 
medicamentos. Seus clientes são os moradores da cidade e seus principais fornecedores são 
Santa Cruz, Panarello, Riomed, Genêsio Mendes. 
 
 
 
 
 
 
 
 15
 
A seguir é apresentado o organograma da estrutura organizacional da Farmácia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Organograma da Fármacia 
Fonte: dados conforme pesquisa 
 
Conforme o organograma da figura 1 pode-se identificar os três níveis organizacionais 
da farmácia. O nível estratégico, que são os sócios, o nível tático que é o gerente e o nível 
operacional que são os atendentes. 
 
1.3. Problematização do Tema 
 
A contabilidade gerencial é um importante instrumento de planejamento, avaliação, 
controle e tomada de decisões numa organização. Através da contabilidade gerencial obtêm-
se as informações necessárias para a empresa, como de custos dos recursos para se produzir, 
fabricar, vender e entregar um produto ou serviço aos clientes, lucratividade dos produtos, 
liquidez da empresa, desempenho de gerentes, de unidades operacionais, financeiro, 
econômico e competitivo de longo prazo, condições de mercado, preferências dos clientes e 
inovações tecnológicas. 
 
Diante da globalização e do avanço tecnológico, a competitividade está cada vez mais 
acirrada oferecendo serviços e produtos diferenciados, assim para que as empresas tornem-se 
Sócio 70% 
Sócio 30% e 
Farmacêutico 
Gerente 
Atendente Atendente Atendente Faxineira 
 16
competitivas precisam ter uma contabilidade gerencial que forneça informações ágeis e 
seguras para a tomada de decisões. 
 
Neste sentido, a farmácia objeto deste estudo não possui um sistema gerencial que 
processa os dados contábeis e transforma em informações necessárias para o gerenciamento 
da mesma. Atualmente ela é gerenciada por uma pessoa que possui experiência neste ramo de 
atividade e com base em alguns controles e rotinas, vai conduzindo o negócio. 
 
Diante dos fatos relatados surge a seguinte questão de estudo: Qual a contribuição da 
utilização de instrumentos gerenciais na tomada de decisões em uma farmácia comercial? 
 
1.4. Objetivos 
 
Os objetivos definem o tipo de pesquisa realizada, delimitando a área de investigação 
e servindo de referência para o desenvolvimento na indagação levantada na problematização 
do tema. Sendo assim, divide-se em objetivo geral e objetivos específicos. 
 
1.4.1 Objetivo Geral 
 
Desenvolver um sistema de contabilidade gerencial em uma farmácia comercial que 
proporcione informações relevantes para a gestão da mesma. 
 
1.4.2 Objetivos Específicos 
 
- Revisar a literatura referente a contabilidade gerencial, contabilidade de custos, 
análise de balanço e sistemas de informações. 
 
- Descrever os sistemas e os subsistemas de informações da farmácia. 
 
- Apurar os indicadores gerenciais. 
 
 17
- Analisar as informações contábeis – gerenciais apuradas e a efetiva utilização na 
gestão da farmácia. 
 
 1.5 Justificativa 
 
As empresas precisam se adaptar aos novos paradigmas do mercado globalizado,o 
mercado sofre constantes mudanças e a competitividade das empresas aumenta cada vez mais, 
por isso a realização de uma contabilidade gerencial eficiente e confiável é imprescindível 
para a empresa tomar suas decisões, e conseguir se estabelecer no mercado. 
 
 A farmácia objeto de estudo não possui nenhum sistema de controle que forneça as 
informações necessárias para o gerenciamento da mesma, neste sentido este trabalho é 
importante para que ela possa obter estas informações para tomar suas decisões no dia-a-dia e 
se tornar mais competitiva. 
 
Como futura Contadora este trabalho foi muito importante, pois possibilitou ampliar 
meus conhecimentos em contabilidade, principalmente em contabilidade de custos, análise de 
balanços e sistema de informações, proporcionando uma visão mais ampla sobre 
contabilidade gerencial, assim podendo suprir as dúvidas, necessidades que possa encontrar 
na vida profissional. 
 
 Para o curso de Ciências Contábeis e para a universidade, como para outros usuários 
este trabalho poderá servir como fonte de pesquisa, e também como estimulo para novos 
trabalhos neste ramo de atividade. 
 
1.6 Metodologia 
 
De acordo com Gil (1999, p.26) pode-se definir método como caminho para se chegar 
a determinado fim. E método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais e 
técnicos adotados para se atingir o conhecimento. A metodologia abrange a classificação da 
pesquisa, o sistema de coleta de dados e por último o plano de análise. 
 
 18
1.6.1 Classificação da Pesquisa 
 
O presente estudo se propos aprofundar os conhecimentos na área de custos, análise de 
balanços e sistemas de informações gerenciais com o objetivo de auxiliar na gestão da 
farmácia. 
 
1.6.1.1 Do Ponto de Vista de sua Natureza 
 
A pesquisa se classifica do ponto de vista de sua natureza como pesquisa aplicada. De 
acordo com Gil (1999, p.43) tem como característica fundamental o interesse na aplicação, 
utilização e conseqüências práticas dos conhecimentos. Está voltada para interesses e 
verdades locais. 
 
1.6.1.2 Quanto à Forma de Abordagem do Problema 
 
Quanto à forma de abordagem do problema a pesquisa se classifica como qualitativa. 
 
Pesquisa Qualitativa segundo Oliveira (2004, p. 116) difere do quantitativo pelo fato 
de não empregar dados estatísticos como centro no processo de análise de um problema. A 
diferença está no fato de que o método qualitativo não tem pretensão de numerar ou medir 
unidades ou categorias homogêneas. 
 
1.6.1.3 Do Ponto de Vista de seus Objetivos 
 
Do ponto de vista dos objetivos a pesquisa se classifica em pesquisa exploratória e 
descritiva. 
 
Segundo Gil (1999, p.43) as pesquisas exploratórias têm como finalidade desenvolver, 
esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista, a formulação de problemas mais 
precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Habitualmente envolvem 
levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso. 
 
 19
Pesquisa descritiva de acordo com Gil (1999, p.44) tem o objetivo primordial a 
descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de 
relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e 
uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de 
coleta de dados. 
 
1.6.1.4 Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos 
 
A pesquisa se classifica em pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso. 
 
A pesquisa bibliográfica de acordo com Gil (1999, p.65) é desenvolvida a partir de 
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Atualmente 
também com material disponível na internet. 
 
A pesquisa documental segundo Gil (1999, p. 66) vale-se de materiais que não 
receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo 
com os objetivos da pesquisa. Podemos citar como exemplos relatórios da diretoria, balanços 
patrimoniais. 
 
O estudo de caso conforme Gil (1999, p. 72) é caracterizado pelo estudo profundo e 
exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e 
detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamento 
considerados. Melhor conceituado por Yin apud Gil (1999, p.73) o estudo de caso é um 
estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto da realidade, 
quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e no qual 
são utilizadas das várias fontes de evidência. 
 
1.6.2 Plano de Coleta de Dados 
 
Para Roesch (2006, p.128) um projeto pode combinar técnicas desenvolvidas em um 
ou outro paradigma. Trata-se de coleta de dados primários, através de entrevistas, 
questionários, observação ou testes, é importante especificar nesta seção a fonte dos dados (a 
 20
população que será entrevistada e os documentos que serão analisados), quando estes são 
levantados e através de que instrumentos. 
 
No caso deste trabalho na área de contabilidade gerencial foi preciso especificar a 
origem dos dados dos custos dos produtos, das informações dos balanços patrimoniais e 
sistemas de informações. Isto foi realizado através de documentos, relatórios e informações 
fornecidas pelos sócios da farmácia. 
 
1.6.3 Plano de Análise e Interpretação dos Dados 
 
 Este trabalho foi realizado na área contábil gerencial de uma farmácia com objetivo 
de analisar os custos dos produtos, os balanços patrimoniais e os sistemas de informações a 
fim de ajudar na tomada de decisões da mesma. Após coletar os dados é necessário que os 
mesmos sejam analisados e interpretados para ver se o problema foi resolvido e os objetivos 
alcançados, pois através desses dados e informações obtidos no processo de pesquisa é 
possível através de gráficos e tabelas constatar a necessidade de informações gerenciais para 
que os gestores da empresa se instrumentalizem diante da gestão de suas atividades. 
 
 A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que 
possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para a investigação. A 
interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito 
mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriores obtidos (GIL, 1999, p. 168). 
 
 Por meio das entrevistas informais com os sócios e gerente, funcionários e com o 
respectivo contador, foram coletados dados, e estes foram analisados através de planilhas, 
gráficos e indicadores para quantificar os dados que foram analisados, tabulados e 
transformados em informações que respondam o objetivo do estudo. 
 
 
 
 
 21
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
O presente TCC apresenta na seqüência a revisão bibliográfica referente ao tema 
abordado nesta pesquisa, envolvendo a contabilidade gerencial uma das áreas de atuação 
profissional, que envolve uma pesquisa ampla sobre contabilidade de custos, análise de 
balanços, as quais foram pesquisadas por meio de livros publicados, artigos, revistas e outros. 
 
2.1 Contabilidade 
 
A seguir apresenta-se o conceito, as finalidades e campos de atuação da contabilidade. 
São citados autores com Basso, Franco e Lopes de Sá, estes importantes pessoas da 
contabilidade. 
 
2.1.1 Conceito 
 
A contabilidade é uma ciência social, ela concilia conhecimentos que visam controlar 
o patrimônio de uma entidade. Dentre vários conceitos, 
 
Entendemos que contabilidade, como um conjunto ordenado de conhecimentos, leis, 
princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e 
observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e 
qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitose regras gerais, se 
constituí na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem 
como de acumular resumir e revelar informações de suas variações e situação, 
especialmente de natureza econômico-financeira. (BASSO, 2005, p.22) 
 
De acordo com Franco apud Basso (2005, p. 22), 
 
Contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no 
patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a 
revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do 
patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza 
patrimonial. 
 
 
Conforme Sá (2002, p.46), “Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos 
patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em 
relação à eficácia funcional das células sociais”. 
 
 22
Neste sentido a contabilidade é a ciência que fornece informações do patrimônio da 
empresa para seus administradores, assim conseguem verificar a realidade que a empresa se 
encontra. 
 
2.1.2 Finalidade 
 
O principal objeto da contabilidade é o patrimônio, conforme Basso (2005, p.24) a 
contabilidade tem como finalidade fundamental gerar informações de ordem física, 
econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e planejamento. Ainda 
segundo o autor 
 
A informação, dado relevante que evidencia algo importante no processo decisório 
das entidades, é preocupação constante de executivos, administradores e demais 
pessoas que tomam decisões no dia-a-dia das organizações. Hoje, mais do que antes, 
recai sobre a Contabilidade a tarefa de produzir informações, especialmente sobre 
aspectos do seu objeto de estudo, ou seja, sobre o patrimônio e suas variações 
(BASSO, 2005, p.25). 
 
 
De acordo com Sá (2002, p.94), 
 
A contabilidade, sendo a ciência apta para contribuir, por meio de modelos à 
prosperidade das aziendas, pode ensejar a prosperidade do todo social, ou seja, é a 
ciência competente para construir a prosperidade social a partir da somatória das 
unidades. 
 
 
Enfim, a contabilidade é fundamental para a tomada de decisões e a prosperidade da 
empresa. 
 
2.1.3 Campos de Atuação 
 
Um profissional da contabilidade tem muitas opções de trabalho, segundo Basso 
(2005, p.27) 
 
Tendo como objeto o patrimônio, pode-se afirmar que o campo da contabilidade é o 
mais amplo possível, pois onde existir um patrimônio definido e perfeitamente 
delimitado, pode também estar aí se definido um campo de aplicação da 
contabilidade: micros, pequenas, médias e grandes empresas públicas e privadas, 
entidades de fins ideais (sociais, culturais, recreativas, desportivas e outras), 
 
 23
propriedades rurais e pessoas físicas em geral representam o amplo campo de 
aplicação da contabilidade. 
 
Os principais campos de aplicação da contabilidade podem-se classificá-los nos 
seguintes ramos: contabilidade comercial, industrial, pública, bancária, rural, cooperativas, 
seguradoras, fundações, construtoras, hospitalar, condomínios entre outras. 
Assim em todos esses campos de atuação a contabilidade gerencial é fundamental para 
o andamento e crescimento dessas instituições, ela fornece as informações necessárias para a 
tomada de decisões do dia a dia. 
 
2.2 Contabilidade Gerencial 
 
Entre os vários campos de atuação da contabilidade está a contabilidade gerencial, que 
nos dias atuais tem sido uma ferramenta de informações indispensável para a sobrevivência 
das empresas. 
 
2.2.1 Conceito 
 
A contabilidade gerencial é hoje um dos segmentos da ciência contábil, talvez o 
primeiro, em que se verificam os maiores esforços de pesquisa em todo o mundo, segundo 
Padoveze (2000, p. 23) ela se caracteriza por ser uma área contábil autônoma, pelo tratamento 
dado à informação contábil, enfocando planejamento, controle e tomada de decisão, e por seu 
caráter integrativo dentro de um sistema de informação contábil. 
 
 Segundo Iudícibus, (1998, p.21) 
 
A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um 
enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já 
conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na 
análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num 
grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação 
diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo 
decisório. 
 
 
 24
Já segundo a Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos, através de seu 
relatório número 1A, apud Padoveze (2000, p.27), 
 
contabilidade gerencial é o processo de identificação, acumulação, análise, 
preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela 
administração para o planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização 
e para assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos. 
 
 
Percebe-se assim que a contabilidade gerencial é indispensável para a gestão de 
negócios. 
 
2.2.2 Aplicação e Finalidade 
 
 A contabilidade gerencial é aplicada em todos os setores da empresa, é uma fonte de 
informações para todos os níveis hierárquicos da empresa. 
 
Contabilidade gerencial deve suprir, através do sistema de informação contábil 
gerencial, todas as áreas da companhia. Como cada nível de administração dentro da 
empresa utiliza a informação contábil de maneira diversa, cada qual com um nível 
de agregação diferente, o sistema de informação contábil gerencial deverá 
providenciar que a informação contábil seja trabalhada de forma específica para 
cada segmento hierárquico da companhia. (PADOVEZE, 2000, p.34) 
 
 
Conforme Crepaldi, (1998, p.18) 
 
 
Contabilidade gerencial é o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer 
instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funções 
gerenciais. É voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, 
através de um adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de 
informação gerencial. 
 
 
 Em consoante com Santos et al (2002, p.5) 
 
Auxiliar a gerência na tomada de decisões é o objetivo precípuo da contabilidade 
gerencial, a identificação dos fatos contábeis e sua quantificação para estabelecer as 
diretrizes a serem adotadas pelos administradores devem acompanhar passo a passo 
o cotidiano empresarial. Neste particular compete ao contador gerencial evidenciar 
aquilo que é relevante ou irrelevante para ser objeto de análise, aliás, a simples 
aglomeração de dados é algo extremamente simples de se obter através dos atuais 
sistemas de informações computacionais, a relevância da contabilidade gerencial 
reside na identificação daquilo que realmente vai fazer a diferença na decisão de 
fabricar um bem ou adquirir de terceiros, deixar de produzir uma linha de produtos, 
terceirizar, enfim, cabe ao contador atuar para subsidiar o modelo para a decisão 
entre diferentes linhas de ação 
 25
A contabilidade gerencial tem como objetivo auxiliar as empresas na tomada de 
decisões, este auxilio deve acompanhar o cotidiano da empresa, assim compete ao contador 
evidenciar o que é relevante e irrelevante e fornecer as informações que realmente vão fazer a 
diferença na tomada da decisão. 
 
2.2.3 Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira 
 
A diferença entre a contabilidade gerencial e financeira segundo Warren, Reeve e Fess 
(2008) são, as informações da contabilidade financeira são relatadas em demonstrativos 
financeiros úteis para pessoas ou instituições “de fora” ou externas à empresa já as 
informações da contabilidade gerencial incluem dados históricos e estimados, usados pela 
administração na condução de operações diárias,no planejamento de operações futuras e no 
desenvolvimento de estratégias integradas de negócios. Entretanto, segundo Horngren et al. 
(2000, p.2), a Contabilidade Gerencial é também direcionada as partes externas, onde os 
administradores cada vez mais compartilham a informação contábil com os fornecedores e 
clientes. 
 
O quadro apresentado por Padoveze (1994 p. 24) traz a comparação entre a 
contabilidade gerencial e a contabilidade financeira. 
 
Quadro 1: Diferenças entre a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira 
Fator Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial 
Usuários dos relatórios Externos e Internos Internos 
Objetivo dos relatórios Facilitar a análise financeira 
para as necessidades dos 
usuários externos 
Objetivo especial de facilitar o 
planejamento, controle, avaliação de 
desempenho e tomada de decisão 
internamente 
 26
Fonte: Padoveze, 1994, p.24. 
 
 
Forma dos relatórios Balanço Patrimonial, 
Demonstração dos 
Resultados, Demonstração 
das Origens e Aplicações de 
Recursos e Demonstração 
das Mutações do Patrimônio 
Líquido 
Orçamentos, contabilidade por 
responsabilidade, relatórios de 
desempenho, relatórios de custo, 
relatórios especiais não rotineiros para 
facilitar a tomada de decisão 
Frequência dos relatórios Anual, trimestral e 
ocasionalmente mensal 
Quando necessário pela administração 
Custos ou valores utilizados Primeiramente históricos 
(passados) 
Históricos e esperados (previstos) 
Bases de mensuração usadas 
para quantificar os dados 
Moeda corrente Várias bases (moeda corrente, moeda 
estrangeira – moeda forte, medidas 
físicas, índices etc.) 
Restrições nas informações 
fornecidas 
Princípios Contábeis 
Gerencialmente Aceitos 
Nenhuma restrição, exceto as 
determinadas pela administração 
Arcabouço teórico e técnico Ciência Contábil Utilização pesada de outras 
disciplinas, como economia, finanças, 
estatísticas, pesquisa operacional e 
comportamento organizacional 
Características da 
informação fornecida 
Deve ser objetiva (sem 
víeis), verificável, relevante 
e a tempo 
Deve ser relevante e a tempo, podendo 
ser subjetiva, possuindo menos 
verificabilidade menos precisão 
Perspectiva dos relatórios Orientação histórica Orientada para o futuro para facilitar o 
planejamento, controle e avaliação de 
desempenho antes do fato (para impor 
metas), acoplada com uma orientação 
histórica para avaliar os resultados 
reais (para o controle posterior do fato) 
 27
Enfim os métodos da contabilidade gerencial e financeira foram desenvolvidos para 
diferentes propósitos e diferentes usuários das informações. 
 
2.3 Contabilidade de Custos 
 
Uma importante ferramenta da contabilidade gerencial para a tomada de decisões é a 
contabilidade de custos. A contabilidade de custos aponta o preço orientativo para geração da 
margem de lucro desejada, além de apontar o preço mínimo de venda do produto e quantidade 
mínima que a empresa deve vender. 
 
Segundo Vieira, Rossi e Pocai (2003, p.35) 
 
dentre as ferramentas que podem auxiliar o gestor no processo decisório pode-se 
citar: os sistemas de custeio e análise de custos, do volume e do lucro como margem 
de contribuição, ponto de equilíbrio e margem de segurança, que se constituem em 
importantes instrumentos da contabilidade gerencial. 
 
 Portanto no decorrer deste trabalho será abordado estas ferramentas da contabilidade 
de custos enfocando para o gerenciamento de uma empresa no ramo comercial. 
 
2.3.1 Conceito e finalidade 
 
 Dentre vários conceitos, Warren, Reeve e Fess (2008, p.4) Custo é um desembolso de 
caixa,ou seu equivalente, ou o compromisso de pagar em espécie no futuro, com o propósito 
de gerar receita. 
 
 Segundo Berto e Beulke (2005, p.22) 
 
Custo é uma expressão monetária que deve ter uma menor quantidade final, boa, 
vendável de produtos/serviços para repor fisicamente, ao término de cada ciclo 
operacional, uma maior quantidade inicial de insumos e consumos do próximo ciclo. 
 
 
 Já de acordo com Bomfim e Passarelli (2008, p.49) Custos são gastos diretamente 
relacionados com a produção dos bens e serviços destinados, pela empresa à comercialização. 
 
 Segundo Leone (2008, p. 21) 
 28
 
A contabilidade de custos é uma atividade que se assemelha a um centro 
processador de informações, que recebe (ou obtém) dados, acumula-os de forma 
organizada, analisa-os e interpreta-os, produzindo informações de custos para os 
diversos níveis gerenciais. 
 
 
Ainda de acordo com Leone (2008), a contabilidade de custos fornece informações à 
tomada de decisões de todos os tipos, desde as operações repetitivas ou não, como ainda ajuda 
na formulação das políticas das organizações. 
 
 2.3.2 Custo na Atividade Comercial 
 
O atual cenário competitivo, onde as empresas estão inseridas, exige dos gestores uma 
maior importância dada às questões relativas aos custos. Essa preocupação não decorre apenas 
nas empresas industriais e de serviços, mas também nas empresas comerciais. 
 
2.3.2.1 Conceito e Finalidade 
 
Para Bomfim e Passarelli (2008, p.160), Entende-se por custo comercial o total dos 
dispêndios monetários (imediatos ou futuros) nos quais a empresa incorre para obtenção de 
uma mercadoria ou de um serviço. 
 
Mais simplificado Bernardi (1996, p.102) para qualquer atividade comercial, custos 
referem-se aos gastos efetuados na compra de mercadorias, objeto da comercialização, que 
irão gerar as vendas e o resultado da empresa. 
 
De acordo com Bomfim e Passarelli (2008, p.161), 
 
Sendo a atividade comercial caracterizada pela compra e venda de mercadorias com 
objetivo de lucro, o custo comercial deverá ser apurado de forma a evidenciar o 
custo, a receita e o lucro das mercadorias vendidas. 
 
 
Ainda de acordo com os autores 
 
O custo comercial compreende os cálculos feitos por meio de fichas ou registros 
próprios, com o objetivo de determinar o preço de aquisição das mercadorias objeto 
de compra e venda, assim como as despesas diretamente relacionadas com essas 
 29
operações, tais como transporte, impostos, comissões etc. (BOMFIM E 
PASSARELLI, 2008, p.161) 
 
 
 Segundo Berto e Beulke (2005) os custos no comércio podem ser configurados em 
dois grandes grupos: Custos relativos à aquisição das mercadorias e despesas relativas à venda 
das mercadorias. Assim estão conceituados a seguir. 
 
2.3.2.2 Custos Relativos á Aquisição das Mercadorias 
 
Estes custos são todos os gastos incorridos na compra da mercadoria até o momento 
que está à disposição da empresa. 
Segundo Bonfim e Passarelli (2008, p.160) 
 
 Na atividade comercial o preço de aquisição do produto influi direta e 
poderosamente no preço de venda, constituindo o aspecto básico do custo total da 
mercadoria, apenas acrescido pelos valores provenientes das despesas diretamente 
relacionadas com a atividade comercial e pelo mark-up. 
 
Concluindo custos relativos à aquisição das mercadorias são gastos incorridos na 
obtenção das mercadorias destinadas à revenda pelas empresas comerciais. 
 
2.3.2.3 Despesas Relativas à Venda de Mercadorias 
 
As despesas relativas à venda de mercadorias são as despesas como o próprio nome 
diz que são feitas para que o produto possa ser vendido. 
 
 Conforme Berto e Beulke (2005, p.43), 
 
As despesas relativas à venda das mercadorias, como o próprio nome indica, 
referem-se às despesas incidentes no ato da venda. Constituem custos variáveis 
diretos de venda: as despesas financeiras do giro, as despesas diretas com vendas e 
as despesas tributárias diretas. 
 
 Estas despesas são tributárias Diretas, Despesas Diretas de Vendas e Despesas 
Financeiras do giro. Nas despesas tributárias são dedutíveis osimpostos e os juros de mora. 
Segundo Bertó e Beulke (2005) Há duas categorias para cálculo de custos em termos de 
 30
despesas tributárias, as despesas tributárias não vinculadas diretamente ao valor da venda, que 
são as despesas de natureza indireta e as despesas tributárias relacionadas diretamente com o 
valor e o volume de vendas. 
 
 As despesas de vendas também constituem dois grupos diferenciados que são as 
despesas de vendas não associadas diretamente ao preço ou ao volume e as despesas diretas 
de vendas. Como exemplos temos as despesas com comissões de vendas, os fretes de entrega 
de mercadorias. 
 
 Em conformidade com Bertó e Beulke (2005, p.44) As despesas de vendas são, 
conforme já mencionado, de natureza variável, incidindo diretamente sobre o preço de venda 
das mercadorias, integrando portanto, o marcador, ou markup. 
 
 De acordo com Bertó e Beulke (2005) As despesas financeiras de giro estão divididas 
em dois grandes grupos, as relativas ao financiamento do ativo permanente, como exemplo ás 
edificações e à aquisição de mercadorias e as relativas ao financiamento do ativo circulante 
que são as que financiam o ciclo operacional, estocagem, prazo de vendas. 
 
2.3.3 Os Componentes Fixos do Custo no Comércio 
 
São os custos que a empresa tem para manter o seu funcionamento. 
 
A rigor, as despesas fixas existem em todas as áreas das organizações comerciais. 
São despesas necessárias ao funcionamento da estrutura, e a sua ocorrência está mais 
atrelada a um período de tempo do que ao volume de vendas. Constituem exemplos 
típicos das despesas fixas os aluguéis (em sua forma convencional), os seguros, os 
honorários administrativos, a depreciação etc. (BERTÓ E BEULKE, 2005, p.46) 
 
Os componentes fixos no comércio são divididos em despesas operacionais e despesas 
administrativas. 
 
2.3.3.1 Despesas Operacionais 
 
As despesas operacionais são as despesas necessárias á atividade da empresa e à 
manutenção da mesma. De acordo com Bertó e Beulke (2005, p.46), 
 
 31
 
Despesas operacionais são todas as despesas incorridas para dar, direta ou 
indiretamente, sustentação estrutural com vistas à realização das operações inerentes 
ao alcance dos objetivos das organizações comerciais (fundamentalmente a compra 
e a venda de mercadorias). No comércio, ao contrário de outros setores da economia, 
essas despesas são fixas. 
 
 
 Essas despesas, no comércio independente das vendas serão sempre são fixas. 
 
2.3.3.2 Despesas Administrativas 
 
São as despesas que decorrem do esforço desenvolvido pela empresa no sentido de 
cumprir eficazmente as suas funções administrativas de planejamento, organização e controle. 
 
Segundo Bertó e Beulke (2005, p.46), 
 
As despesas administrativas compreendem todas as despesas relativas à atividade de 
administrar a organização comercial no seu mais amplo sentido. Essas despesas, em 
sua maioria, costumam ter uma natureza fixa em qualquer setor da economia. 
 
 
Enfim despesas administrativas são as despesas obtidas pela administração da 
empresa. 
 
2.3.3.3 Depreciação 
 
 
 Depreciação do imobilizado representa segundo Santos (2009, p.109) a remuneração 
pelo trabalho prestado, que resulta da perda de eficiência em função da vida útil média 
esperada. 
 
Ainda de acordo com Santos (2009, p.110) o bem é depreciado em função do uso e da 
ação de elementos da natureza, que poderá torná-lo inadequado, e também obsoleto, em razão 
do aparecimento de tecnologias mais avançadas. 
 
A depreciação é utilizada devido o desgaste dos bens, assim o bem é depreciado até 
que o seu valor tenha sido reduzido à zero. 
 
 32
2.3.3.4 Custo com Pessoal 
 
 
 O Custo com mão de obra segundo Martins (2001, p.143) é aquela relativa ao pessoal 
que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde que seja possível a 
mensuração do tempo despendido e a identificação de quem executou o trabalho, sem 
necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio. Se houver qualquer tipo de alocação 
por meio de estimativas ou divisões proporcionais, desaparece a característica de “direta”. 
 
 No custo com as pessoas devemos considerar o salário base, os adicionais, provisão de 
13º, provisão de férias, provisão de 1/3 de férias, o FGTS. 
 
2.3.3.5 O Sistema de Custeio Variável Aplicado no Comércio 
 
O custeio variável consiste conforme Santos (2009, p.71) na apropriação de todos os 
custos de produção aos produtos elaborados de forma direta e indireta (rateios). 
 
 Bruni e Famá (2004, p.212) argumentam que o processo de formação de custos com 
base apenas nos gastos variáveis facilita a tomada de decisões. Custos e despesas fixas nunca 
são rateados. 
 
 Padoveze (1994, p.235) traz as vantagens do custeio variável 
 
a) O custo dos produtos são mensuráveis objetivamente, pois não sofrerão processos 
arbitrários ou subjetivos de distribuição dos custos comuns; 
b) O lucro líquido não é afetado por mudanças de incremento ou diminuição de 
inventários; 
c) Os dados necessários para a análise das relações custo – volume - lucro são 
rapidamente obtidas do sistema de informação contábil; 
d) É mais fácil para os gerentes industriais entenderem o custeamento dos produtos 
sob o custeio direto, pois os dados são próximos da fábrica e de sua 
responsabilidade, possibilitando a correta avaliação de desempenho setorial; 
e) O custeamento direto é totalmente integrado com custo-padrão e orçamento 
flexível, possibilitando o correto controle de custos; 
f) O custeamento direto constitui um conceito de custeamento de inventário que 
corresponde diretamente com os dispêndios necessários para manufaturar os 
produtos; 
g) O custeamento direto possibilita mais clareza no planejamento do lucro e na 
tomada de decisões. 
 33
O sistema de custeio variável produz informações importantissimas como a margem 
de contribuição e é o sistema que proporciona os subsídios necessários para a tomada de 
decisões nas empresas. Porém esse método de custeio não é aceito para demonstrativos 
externos, pois fere um os princípios contábeis aceito no Brasil e também não é aceito perante 
a legislação do imposto de renda. 
2.3.4 Formação do Preço de Venda 
 
 A competitividade acirrada do mercado não permite que se elabore um preço para o 
produto sem uma análise completa dos custos que nele estão envolvidos. 
 
 Conforme Wernke (2001, p.126) 
 
A correta formação de preços de venda é questão fundamental para sobrevivência e 
crescimento das empresas, independente do porte e de área de atuação. É comum 
observar companhias que não têm a menor noção de lucratividade proporcionada por 
seus produtos e serviços, bem como das necessidades para atingir os respectivos 
equilíbrios operacionais. 
 
 Segundo Vieira, Rossi e Pocai (2003, p.40) 
 
A formação do preço de venda de uma mercadoria deve ser bem estudada, pois 
várias questões deverão ser analisadas: o preço no mercado, as políticas de venda da 
empresa, os prazos de pagamentos, a existência de produtos similares no mercado, a 
qualidade dos produtos, as exigências governamentais e os custos, permitindo ainda, 
um lucro para a empresa. Dessa forma, o empresário deve dar atenção especial a 
formação do preço de venda, pois este deve ser suficiente para cobrir os custos, as 
despesas e deixar sobras sob a forma de lucro, não esquecendo de adequar-se ao 
mercado. 
 
Segundo Bomfim e Passarelli (2008, p.504) 
 
 a maneira mais utilizada, na área comercial, de determinar o preço de um produto 
baseia-se no princípio do mark-up ( sobremarcação) - o preço é determinado 
adicionando-se uma margem de lucro ao custo do produto. 
 
 De acordo com Padoveze (1994, p.293) o mark-up é um multiplicador sobre o custo 
dos produtos, mas que é obtidode relações percentuais sobre o preço de venda. 
 
Mark-up = custos + despesas + impostos + lucro 
 
 34
 O mark-up tem por finalidade segundo Vieira, Rossi e Pocai (2003, p.38) cobrir os 
custos de aquisição, as despesas fixas, as despesas variáveis e os impostos, sendo que a 
diferença corresponde ao valor do lucro. 
 
 Portanto um mark-up bem elaborado proporciona a empresa um preço adequado com 
todos os seus custos alocados, a margem de lucro desejada e ainda se adéqua a realidade do 
mercado. 
 
2.3.4.1 Análise Custo Volume Lucro 
 
A análise custo – volume - lucro é composta pela margem de contribuição, ponto de 
equilíbrio e margem de segurança operacional, suas análises contribuem para o administrador 
tomar decisões rápidas e precisas, também fornece informações da real situação da empresa. 
 
2.3.4.2 Margem de Contribuição 
 
 A margem de contribuição é um indicador que contribui para a formação do lucro. 
 
 De acordo com Padoveze (1994, p.243), 
 
Representa o lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto 
e os custos e despesas variáveis por unidade de produto. Significa que em cada 
unidade vendida a empresa lucrará determinado valor. Multiplicado pelo total 
vendido, teremos a contribuição marginal total do produto para a empresa. 
 
 
Segundo Leone (2008, p.380) A margem de contribuição é a diferença entre as 
receitas e os custos diretos e variáveis identificados a um produto, linha de produtos, serviços, 
processos, segmentos, enfim, a cada um dos objetos em que se pode dividir a atividade de 
uma empresa. 
 
À margem de contribuição se optem através do seguinte cálculo: 
 
MC = PV- (CV+ DV) 
 
 35
MC = Margem de Contribuição 
PV = Preço de Venda 
CV = Custos Variáveis 
DV= Despesas Variáveis 
 
Leone (2008) argumenta, a margem de contribuição é um indicador de grande auxilio 
no planejamento e na tomada de decisão, e pode ser a solução de muitos problemas 
gerenciais. 
 
 Wernke (2001, p. 44), relaciona as seguintes vantagens da margem de contribuição. 
a) É um instrumento para avaliar a viabilidade de aceitação de pedidos em condições 
especiais. Por exemplo: quando existem restrições de matéria-prima ou horas de 
trabalho disponíveis ou por preços e quantidades diferentes dos praticados; 
b) Ajudam a administração a decidir que produtos devem merecer maior esforço de 
venda ou colocados em planos secundários ou simplesmente tolerados pelos 
benefícios de vendas que possam trazer a outros produtos; 
c) São essenciais para auxiliar os administradores a decidirem se um segmento 
produtivo (ou de comercialização) deve ser abandonado ou não; 
d) Podem ser usadas para avaliar alternativas quanto a reduções de preços, descontos 
especiais, campanhas publicitárias especiais e uso de prêmios para aumentar o 
volume de vendas. As decisões desse tipo são determinadas por uma comparação 
dos custos adicionais, visando ao aumento da receita de venda. Quanto maior for o 
índice de margem de contribuição, melhor é a oportunidade de promover vendas. 
Quanto mais baixo o índice, maior será o aumento do volume de vendas necessário 
para recuperar os compromissos de promover vendas adicionais; 
e)A margem de contribuição auxilia os gerentes a entenderem a relação entre custos, 
volume, preços e lucros, fundamentando tecnicamente as decisões de venda; 
f)Basear o cálculo dos preços de venda somente com dados da margem de 
contribuição pode resultar em valores que não cubram todos os custos necessários 
para manter as atividades a longo prazo; 
g)É útil para a tomada de decisões de curto prazo, mas pode levar o administrador a 
menosprezar a importância dos custos fixos. 
 
 
Pode-se perceber que a margem de contribuição contribui para que a empresa tome as 
decisões, se é ou não vantagem fazer determinada venda. 
 
2.3.4.3 Ponto de Equilíbrio 
 
O Ponto de equilíbrio calcula a quantidade mínima que a empresa deve operar para 
não ter prejuízo. 
 
 Segundo Padoveze (1994, p.243), 
 36
 
Evidencia, em termos quantitativos, qual é o volume que a empresa precisa produzir 
ou vender, para que consiga pagar todos os custos e despesas fixas, além dos custos 
e despesas variáveis que ela tem necessariamente que incorrer para fabricar\vender o 
produto. No ponto de equilíbrio, não há lucro ou prejuízo. A partir de volumes 
adicionais de produção ou venda, a empresa passa a ter lucros. 
 
 
 Ainda de acordo com Padoveze (1994), a informação do ponto de equilíbrio é 
importante, através dele que se identifica o nível mínimo de atividade em que a empresa ou 
cada atividade em que a empresa ou cada divisão deve operar. 
 
O ponto de equilíbrio é calculado da seguinte forma: 
 
PEu = CF 
 Mcu 
 
PEu = Ponto de Equilíbrio 
CF = Custos Fixos 
Mcu = Margem de Contribuição Unitária 
 
Em consoante 
 
Dentre as vantagens proporcionadas pela utilização do cálculo de ponto de 
equilíbrio, está o fato de que a partir dele o gestor poderá ter uma noção de quantas 
unidades deverão ser vendidas para se obter determinado montante de lucro, bem 
como os reflexos que terá no resultado da empresa se aumentar os custos fixos, além 
de poder analisar qual seria a conseqüência de um determinado desconto no preço de 
venda, e ainda, com um aumento ou diminuição no preço de venda, saber como ficar 
o resultado (VIEIRA , ROSSI E POCAI,2003, p.45). 
 
 
 O ponto de equilíbrio proporciona a empresa as informações sobre a quantidade 
mínima que é necessário vender, assim a empresa consegue verificar qual é a sua situação 
atual. 
 
2.3.4.4 Margem de Segurança Operacional 
 
 Através da margem de segurança operacional a empresa consegue verificar em que 
condições ela pode operar. 
 37
 
Segundo Warren, Reeve e Fess (2008, p.112) a diferença entre a receita de vendas 
atuais e as vendas no ponto de equilíbrio é chamada de margem de segurança, que indica o 
decréscimo nas vendas, o qual pode ocorrer antes de atingir um prejuízo operacional. 
 
De acordo com Padoveze (1994, p.260) margem de segurança pode ser definida como 
o volume de vendas que excede às vendas calculadas no ponto de equilíbrio. 
 
MSO = Quantidade Vendida – Quantidade no Ponto de Equilíbrio 
 
Através da margem de segurança percebe-se a quantidade de unidades que a empresa 
tem de vender além do ponto de equilíbrio, ou seja, após cobrir todas as despesas fixas e o 
custo de aquisição da mercadoria. 
 
2.4 Análise de balanços 
 
Outra importante ferramenta para a tomada de decisão em uma empresa é a análise de 
balanços. Sobre análise de balanço será abordado a análise vertical e horizontal e indicadores 
de rotatividade de estoques. 
 
Dentre os vários conceitos segundo Padoveze, (1994, p.115) a análise de balanços 
constitui-se num processo de meditação sobre os demonstrativos contábeis, objetivando uma 
avaliação da situação da empresa, em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e 
financeiros. 
 
 O produto final da análise são relatórios escritos, gráficos e quadros demonstrando a 
situação da empresa no momento. 
 
2.4.1 Finalidade 
 
A análise de balanços tem como objetivo fornecer diagnóstico sobre a situação da 
empresa. Segundo Padoveze, (1994, p.115) 
 
 38
A avaliação sobre a empresa tem por finalidade detectar os pontos fortes e os pontos 
fracos do processo operacional e financeiro da companhia, objetivando propor 
alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas pelos gestores da empresa. 
 
 
 De acordo com Matarazzo, (2003, p.17), 
 
O analista de balanços preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua 
vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a 
empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administrada,se tem ou 
não condições de pagar suas dividas, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou 
regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se continuará operando. O 
grau de excelência da Análise de Balanços é dado exatamente pela qualidade e 
extensão das informações que conseguir gerar. 
 
 É enfatizado a análise horizontal e vertical que nos fornece uma visão bem ampla e 
genérica da empresa demonstrando a participação de cada componente do balanço 
patrimonial. 
 
2.3.2 Análise Horizontal 
 
 A análise horizontal evidência as modificações ou evolução das contas. De acordo 
com Padoveze (1994, p. 125), A análise horizontal é o instrumental que calcula a variação de 
um período para outro, buscando evidenciar se houve crescimento ou decrescimento do item 
analisado. 
 
 Segundo Warren, Reeve e Fess (2008, p.522), 
 
O montante de cada conta da demonstração mais recente é comparado com outra 
conta ou grupos de contas relacionadas, de uma ou mais demonstrações de anos 
anteriores. O montante de variação, aumento ou diminuição, em termos absolutos, 
daquele item, é listado ao lado da sua variação percentual. 
 
 
 Sobre análise horizontal Matarazo (2003, p.250) diz que seu objetivo é mostrar a 
evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permitir 
tirar conclusões sobre a evolução da empresa. 
 
 Quando forem comparadas mais de uma demonstração se usa como base a 
demonstração mais antiga. 
 
 39
2.3.3 Análise Vertical 
 
A análise vertical mostra a composição percentual e a participação de cada conta em 
relação a um valor base. 
 
Segundo Padoveze (1994, p.118), A análise vertical é análise da estrutura da 
demonstração de resultados e do balanço patrimonial, buscando evidenciar as participações 
dos elementos patrimoniais dentro do total. 
 
Ainda, de acordo com Warren, Reeve e Fess (2008, p.524), Análise vertical é a análise 
percentual que pode ser utilizada para mostrar a relação de cada componente em relação ao 
total daquela demonstração. 
 
Matarazo (2003, p. 249) afirma que o objetivo da análise vertical é, 
 
mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que 
pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da 
própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções 
normais. 
 
A análise horizontal e vertical devem ser usadas conjuntamente para melhor análise. 
 
2.3.4 Indicadores Rotatividades Estoques 
 
A rotatividade dos estoques é baseada nas entradas e saídas do material e no estoque 
inicial de material. Segundo Wernke (2001, p.160) 
 
um dos principais fatores do sucesso da atividade varejista é a gestão de estoques, 
que é a responsável pela utilização da maior parte do capital de giro necessário para 
administrar a loja. Existem diversas metodologias aplicáveis no gerenciamento de 
estoques (lote econômico de compra, curva ABC de estoques etc). 
 
A análise da política de estocagem deve começar pela definição dos dias médios de 
estoque de cada mercadoria. Para calcular o dia médio de estocagem (DE), usa-se a fórmula: 
 
DE = (EA unid.\ VMM unid.) x 30 
 Onde: 
 40
 DE = dias de estoque 
EA unid. = estoque atual em unidades 
VMM unid. = venda média mensal em unidades 
 
 Objetivo principal do gerenciamento de estoques é assegurar que o produto seja 
disponível no tempo e nas quantidades desejadas. 
 
2.5 Sistemas de Informações Gerenciais 
 
Além da contabilidade de custos e análise de balanços os sistemas de informações 
também é uma importante ferramenta para a tomada de decisão. O constante crescimento das 
empresas, e ao mesmo tempo o afastamento dos administradores dos níveis operacionais mais 
baixos faz com que a informação seja indispensável para o andamento da empresa. 
 
Segundo Lieczbinski e Frohlich (1998, p.59) 
 
A informação é, hoje, um importante recurso de gerencia empresarial. As mudanças 
na conjuntura econômica e social, em nível global, acirraram a competitividade entre 
as organizações, ocasionando a necessidade de utilização constante de informações 
sobre seus processos internos e externos para avaliação, controle e planejamento de 
atividades. 
 
Assim uma informação direcionada para as pessoas certas e no momento certo, 
proporciona um bom andamento da empresa. 
 
2.5.1 Conceito e Importância 
 
 Um sistema é uma rede de componentes interdependentes que trabalham em conjunto 
para realizar o objetivo do sistema. 
 
Segundo Oliveira (2001, p.40), 
 
Sistemas de informações gerenciais é o processo de transformação de dados em 
informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa, proporcionando, 
ainda, a sustentação administrativa para otimizar os resultados esperados. 
 
 41
Lieczbinski e Frohlich (1998, p.60) afirma que 
 
os sistemas de informações são conjuntos de dados registrados e processados, com 
determinado objetivo, que disponibilizam informações aos interessados. É a união 
de procedimentos, que visa a captação de assuntos que interessam à organização, 
especificamente, com intuito de auxiliar na tomada de decisões. 
 
 
De acordo com Bio (1996, p.24) 
 
“Os sistemas de informações são conjuntos de procedimentos que visam captar o 
que acontece na organização, apresentando de forma sucinta, a cada nível o que lhe 
cabe e tendo por objetivo dar subsídios ao processo decisório”. 
 
 
Oliveira (2000, p.185) afirma que os sistemas de informações gerenciais podem, sob 
determinadas condições, trazer os seguintes benefícios para as empresas: 
 
- redução de custos das operações; 
- melhoria no acesso às informações, propiciando relatórios mais preciosos e 
rápidos, com menor esforço; 
- melhoria na produtividade, tanto setorial quando global; 
- melhoria nos serviços realizados e oferecidos; 
- melhoria na tomada de decisões, por meio do fornecimento de informações mais 
rápidas e precisas; 
- estímulo de maior interação entre os tomadores de decisão; 
- fornecimento de melhores projeções dos efeitos das decisões; 
- melhoria na estrutura organizacional, por facilitar o fluxo de informações; 
- melhoria na estrutura de poder, propiciando maior poder para aqueles que 
entendem e controlam o sistema; 
- redução do grau de concentração de decisões na empresa; 
- melhoria na adaptação da empresa para enfrentar os acontecimentos não previstos, 
a partir das constantes mutações nos fatores ambientais; 
- otimização na prestação dos seus serviços aos clientes; 
- melhor interação com os fornecedores; 
- melhoria nas atitudes e atividades dos funcionários da empresa; 
- aumento do nível de otimização das pessoas envolvidas; 
- redução dos custos operacionais; 
- redução da mão-de-obra burocrática; e 
- redução dos níveis hierárquicos. 
 
 
 Enfim, os sistemas de informações são utilizados no processo decisório da empresa, 
eles dão a sustentação para a administração. 
 
Bio (1996) classifica os sistemas em sistema de apoio às operações e sistema de apoio 
à gestão. 
 
 42
2.5.2 Sistema Operacional 
 
O sistema operacional processa transações, controla e atualiza dados, no âmbito 
interno e externo. 
 
Segundo Bio (1996, p.34), Os “sistemas de apoio às operações” são tipicamente 
sistemas processadores de transações, ou seja, são redes de procedimentos rotineiros que 
servem para o processamento de transações recorrentes. 
 
Ainda segundo Bio (1996) esse sistema pode ser dividido em sistemas processadores 
de transações, como folha de pagamento, de pedidos, compra, contas a receber e a pagar, e em 
sistemas operacionais para a tomada de decisões, tais como planejamento e controle de 
produção, custos, contabilidade. 
 
2.5.3 Sistema Gestão 
 
O sistema de gestãosão sistemas que apóiam os gestores na tomada de decisões. De 
acordo com Bio (1996, p.35) Os sistemas de apoio à gestão não são orientados para o 
processamento de transações rotineiras, mas existem especificamente para auxiliar processos 
decisórios. 
 
Bio (1996) cita que o sistema de gestão inclui sistemas de previsões de vendas, de 
análises financeiras e orçamentos. 
 
2.5.4 Níveis do Sistema de Informações Gerenciais 
 
O sistema de informações precisa fornecer as informações para os setores adequados, 
assim a empresa é dividida em níveis hierárquicos. 
 
De acordo com Zounar, Santiago e Vieira (2007, p. 16) 
 
as empresas atingem, por meio da informação, um profundo conhecimento de si 
mesmas e de toda a sua estrutura de negócio, facilitando a sua organização, o 
 43
planejamento, os controles dos processos e da gerência. Em todos os níveis da 
hierarquia organizacional se faz necessária a tomada de decisões, o que difere são 
suas complexidades e riscos. 
 
 
No sistema de informações temos três níveis hierárquicos, sendo eles o estratégico, o 
tático e o operacional. 
 
O nível estratégico de acordo com Zounar, Santiago e Vieira (2007, p.16), é aquele 
responsável pela absorção das informações do ambiente externo e das informações internas da 
organização, integrando-as e construindo o planejamento estratégico. 
 
O nível tático Zounar, Santiago e Vieira (2007, p.16), também chamado de 
administrativo, aglutina as informações de uma determinada área da empresa, por setores, e é 
responsável por cuidar do relacionamento e integração interna da organização. 
 
 O nível operacional corresponde ao sistema de informações operacionais, no qual se 
considera indispensável a formalização, por meio de documentos escritos. Este nível 
é responsável pelo controle do trabalho de cada colaborador em uma unidade. São 
ações pessoais, nas quais se assegura que as tarefas sejam desenvolvidas efetiva e 
eficientemente. Que planejamento estratégico é a metodologia gerencial que permite 
estabelecer a direção a ser seguida pela empresa, visando à maior interação com o 
ambiente. Planejamento tático é a metodologia gerencial que tem por finalidade 
otimizar uma situação futura desejada de determinada área da empresa. 
Planejamento operacional é a formalização das metodologias de desenvolvimento e 
de implementação de resultados específicos a serem alcançados pelas áreas 
funcionais da empresa.(ZOUNAR, SANTIAGO E VIEIRA, 2007, p.16) 
 
 
Zounar, Santiago e Vieira (2007, p.16) argumentam que 
 
um sistema de informações gerenciais necessita de planejamento para que seus 
relatórios sejam concisos e que efetivamente atendam as necessidades de seus 
usuários, produzindo informações adequadas aos diferentes níveis da organização. 
 
 
 Para que a empresa possa tomar as decisões corretas e de forma ágil os níveis de 
sistemas de informações devem estar em constante interação. 
 
 
 
 44
2.5.5 Tecnologia da Informação 
 
A tecnologia da informação conforme Zounar, Santiago e Vieira (2007, p. 15) é um 
dos fatores determinantes na competitividade de uma organização, sendo que, além de a ela 
não existir obstrução e retrocessos, traz uma tendência de aperfeiçoamento a cada ano. 
 
Segundo Padoveze (2000, p.44) a tecnologia da informação é todo o conjunto 
tecnológico à disposição das empresas para efetivar seu subsistema de informação. 
 
Ainda Padoveze (2000, p.45) 
 
Relata que a tecnologia da informação entende que a informação (seus sistemas, 
recursos, etc.) deve fazer parte de uma estrutura em nível estratégico das empresas. 
A informação não deve limitar-se a administrar os recursos internos, mas ultrapassar 
as fronteiras da empresa e integrar-se sistematicamente com fornecedores, clientes, 
sendo, portanto, a TI fator chave de competitividade. 
 
Conforme Oliveira (2000, p.192) o principal objetivo da tecnologia é aumentar a 
eficiência da atividade humana em todas as esferas, incluindo a produção. Poderíamos dizer 
que a tecnologia envolve um conjunto organizado e sistematizado de diferentes 
conhecimentos, científicos, empíricos, e até intuitivos, voltados para um processo de 
aplicação na produção e na comercialização de bens e serviços. 
 
Por conseguinte a tecnologia da informação se diversificou e cresceu para atender ás 
demandas da sociedade. 
 
2.5.6 Qualidade da Informação 
 
O envolvimento e colaboração de todos os colaboradores da empresa no sistema de 
informação é condição fundamental para a sua eficiência. 
 
De acordo com Bio (1996), as informações gerenciais de qualidade caracterizam-se 
por comparativas, confiáveis, geradas em tempo hábil, de nível de detalhe adequado e por 
exceção. As informações devem ser comparadas entre os planos e a execução, o usuário deve 
 45
se sentir seguro com a informação, as informações devem estar disponíveis no momento 
certo, para as pessoas certas e precisam ser relevantes, para que possam tomar as decisões. 
 
Segundo Crepaldi (1998, p.46), 
 
 O sistema de informação gerencial auxilia os executivos das empresas a consolidar 
a tripé básico de sustentação da empresa: qualidade, produtividade e participação. A 
qualidade não deve estar associada apenas ao produto ou ao serviço final. Deve 
envolver o nível de satisfação das pessoas no trabalho associado a uma qualidade de 
vida que se estenda à sua estrutura pessoal, familiar e social. Possíveis desequilíbrios 
nessa relação podem resultar em boicotes, greves, acidentes, agressividade outras 
conseqüências danosas para a empresa. 
 
 
De acordo com Crepaldi ( 1998, p.45), 
 
 
O sistema de informação equivale aos “olhos e ouvidos” da administração e uma das 
características que distingue as empresas mais bem-sucedidas é, muitas vezes, a 
qualidade da informação de que dispõem os responsáveis pela tomada decisões. 
- A informação deve ser suficientemente detalhada para permitir identificação das 
operações “fora da linha” ou possíveis problemas; 
- os relatórios devem conter informação relevante para os usuários; 
- a forma de apresentação deve destacar a informação de maior importância; 
- a informação deve ser distribuída conforme as responsabilidades atribuídas; 
- a informação deve ser usada pelos que tenham competência e tempo necessários 
para compreender seu significado e adotar medidas corretivas, se necessário. 
 
 
 
Lieczbinski e Frohlich (1998, p.63) argumentam que 
 
o sistema deve ser eficiente e eficaz no sentido de permitir à organização antecipar – 
se (de forma preventiva) às mudanças e determinar o seu planejamento em relação a 
diversificação de produtos, alocação de recursos e definição de domínios de atuação, 
pois a empresa deve considerar sua capacidade de competitividade global. 
 
 
 
 Logo a qualidade da informação é indispensável para que a empresa possa ter 
segurança no gerenciamento da mesma. 
 
 
 
 
 
 
 46
3. APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL EM UMA FARMÁCIA 
COMERCIAL: Estudo de Caso 
 
 A seguir é apresentado o estudo de caso que foi desenvolvido numa farmácia 
comercial, este estudo compreende o mapeamento das atividades da farmácia, a apuração dos 
custos, despesas, formação de preço de venda, a análise da margem de contribuição, o ponto 
de equilíbrio, margem de segurança operacional, análise vertical e horizontal dos balanços. 
Para a tomada de decisão e gerenciamento da farmácia no dia-a-dia estas informações são 
muito importantes. 
 
3.1 Estrutura da Empresa 
 
A farmácia objeto de estudo é composta por dois sócios, sendo um destes farmacêutico 
e mais cinco funcionários, um gerente, uma técnica em enfermagem, duas atendentes e uma 
faxineira. Tem como principal atividade o comércio de medicamentos e perfumaria. 
 
Para que

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