Buscar

AC- RESUMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

AC
AULA 6
 Reconheceremos o evolucionismo como ideia científica dominante à época do estabelecimento da Antropologia como ciência. Ilustrando que o Evolucionismo influenciou várias áreas de pensamento e a ciência da época de forma geral.
 Identificaremos a relação entre Cultura e Evolucionismo e as principais críticas ao Evolucionismo, com ênfase nas críticas produzidas por Franz Boas e a proposta de um novo método de trabalho para a antropologia.
 Vimos que o conceito de Cultura foi sistematizado por Tylor, que trata-se de um fenômeno natural que possui causas e regularidades, permitindo um estudo objetivo e uma análise capazes de proporcionar a formulação de leis sobre o processo cultural e a evolução.
 	Desta maneira era fácil estabelecer uma escala evolutiva que não deixava de ser um processo discriminatório, através do qual as diferentes sociedades humanas eram classificadas hierarquicamente, com nítida vantagem para as culturas européias. Etnocentrismo e ciência marchavam então de mãos juntas. 
 A principal reação ao evolucionismo, então denominado método comparativo, inicia-se com Franz Boas (1858-1949). A sua critica à antropologia a execução de duas tarefas: a reconstrução da história de povos ou regiões particulares e a comparação da vida social de diferentes povos, cujo desenvolvimento segue as mesmas leis. 
Resumo da contribuição de Kroeber para a ampliação do conceito de cultura
A cultura, mais do que a herança genética, determina o comportamento do homem e justifica as suas realizações. 
O homem age de acordo com os seus padrões culturais. Os seus instintos foram parcialmente anulados pelo longo processo evolutivo por que passou. 
 3. A cultura é o meio de adaptação aos diferentes ambientes ecológicos. Em vez de modificar para isto o seu aparato biológico, o homem modifica o seu equipamento superorgânico. 
	4. Em decorrência da afirmação anterior, o homem foi capaz de romper as barreiras das diferenças ambientais e transformar toda a terra em seu hábitat. 
5. Adquirindo cultura, o homem passou a depender muito mais do aprendizado do que agir através de atitudes geneticamente determinadas. 
6.	Como já era do conhecimento da humanidade, desde o Iluminismo, o processo de aprendizagem (socialização ou endoculturação) que determina o seu comportamento e a sua capacidade artística ou profissional. 
A cultura é um processo acumulativo, resultante de toda a experiência histórica das gerações anteriores. Este processo limita ou estimula a ação criativa do indivíduo. 
Os gênios são indivíduos altamente inteligentes que têm a oportunidade de utilizar o conhecimento existente ao seu dispor, construído pelos participantes vivos e mortos de seu sistema cultural, e criar um novo objeto ou uma nova técnica. 
AULA 7
A origem da cultura:
 Como o homem adquiriu este processo extra-somático denominado de cultura que o diferenciou de todos os animais e lhe deu um lugar privilegiado no planeta? A resposta se deve a alguns fatores, tais como: a visão tridimensional, a utilização das mãos (habilidade manual), o bipedismo (posição ereta), o desenvolvimento da inteligência humana e o cérebro mais volumoso e complexo.
Claude Lévi-Strauss afirma que a cultura surgiu no momento que o homem convencionou a primeira regra (norma): a proibição do incesto.
Leslie White afirma que, a passagem do estado animal para o humano ocorreu quando o cérebro do ser humano foi capaz de gerar símbolos. 
 	Para ele, toda cultura depende de símbolos. “ Todos os símbolos devem ter uma forma física, pois do contrário não podem penetrar em nossa experiência, mas o seu significado não pode ser percebido pelos sentidos. Ou seja, para perceber o significado de um símbolo é necessário conhecer a cultura que o criou”.
 Toda cultura depende de símbolos. É o exercício da faculdade de simbolização que cria cultura e o uso de símbolos que torna possível a sua perpetuação. Sem o símbolo não haveria cultura, e o homem seria apenas animal, não um ser humano. O comportamento humano é o comportamento simbólico. 
 Uma criança do gênero Homo torna-se humana somente quando é introduzida e participa da ordem de fenômenos super-orgânicos que é a cultura. E a chave deste mundo, e o meio de participação nele, é o símbolo”. 
Teorias modernas sobre Cultura
Uma das tarefas da antropologia moderna tem sido a reconstrução do conceito de cultura, fragmentado por numerosas reformulações. 
Apresentaremos o esquema elaborado pelo antropólogo Roger Keesing em seu artigo "Theories of Culture" (1974) no qual classifica as tentativas modernas de obter uma precisão conceitual.
Divida em três diferentes abordagens:
Cultura como sistemas cognitivos- análise de modelos construídos pelos membros da comunidade a respeito do próprio universo. 
- Cultura como sistemas estruturais – Lévi- Strauss— mito, arte, parentesco e linguagem — os princípios da mente que geram essas elaborações culturais
Cultura como sistemas simbólicos-
 Posição desenvolvida nos Estados Unidos, principalmente pelos antropólogos Clifford Geertz e David Schneider. 
 Para Geertz, os símbolos e significados são partilhados pelos atores (os membros do sistema cultural) entre eles, mas não dentro deles. São públicos e não privados. Cada um de nós sabe o que fazer em determinadas situações, mas nem todos sabem prever o que fariam nessas situações. 
AULA 8
O etnocentrismo é um fenômeno universal e pode ser uma das causas para a ocorrência de determinados tipos de conflitos sociais. 
A visão de Cultura condiciona a visão de mundo do homem
	No livro O Crisântemo e a Espada (1972), Ruth Benedict diz que a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Homens de culturas diferentes usam lentes diversas e, portanto, têm visões desencontradas das coisas.
 A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade. Por isto, discriminamos o comportamento desviante.
 O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, o resultado da operação de uma determinada cultura. 
 Portanto, podemos entender o fato de que indivíduos de culturas diferentes podem ser facilmente identificados por uma série de características, tais como o modo de agir, vestir, caminhar, comer, sem mencionar a evidência das diferenças lingüísticas, o fato de mais imediata observação empírica. 
 Todos os homens são dotados do mesmo equipamento anatômico, mas a utilização do mesmo, ao invés de ser determinada geneticamente (todas as formigas de uma dada espécie usam os seus membros uniformemente), depende de um aprendizado e este consiste na cópia de padrões que fazem parte da herança cultural do grupo. 
 O homem vê o mundo através de sua cultura, e tem como conseqüência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendência, denominada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais. 
 O etnocentrismo, de fato, é um fenômeno universal. É comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade, ou mesmo a sua única expressão. 
 A dicotomia, "nós e o outro”, expressa em níveis diferentes essa tendência. Dentro de uma mesma sociedade a divisão ocorre sob a forma de parentes e não-parentes. Os primeiros são melhores por definição e recebem um tratamento diferenciado. A projeção desta dicotomia para o plano extra grupal resulta nas manifestações nacionalistas ou formas mais extremadas de xenofobia. 
 O ponto fundamental de referência não é a humanidade, mas o grupo. Daí a reação, ou pelo menos a estranheza, em relação aos estrangeiros. Assim, comportamentos etnocêntricosresultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas deprimentes e imorais.
A Cultura e o Plano Biológico
 A cultura interfere na satisfação das necessidades fisiológicas básicas. Ela pode condicionar outros aspectos biológicos e até mesmo decidir sobre a vida e a morte dos membros do sistema. Comecemos pela reação oposta ao etnocentrismo, que é a apatia. 
 Em lugar da superestima dos valores de sua própria sociedade, numa dada situação de crise os membros de uma cultura abandonam a crença nesses valores e, consequentemente, perdem a motivação que os mantém unidos e vivos. Diversos exemplos dramáticos deste tipo de comportamento anúncio são encontrados em nossa própria história. 
 Os africanos removidos violentamente de seu continente (ou seja, de seu ecossistema e de seu contexto cultural) e transportados como escravos para uma terra estranha habitada por pessoas de fenotípica, costumes e línguas diferentes, perdiam toda a motivação de continuar vivos. Muitos suicidaram-se e outros morreram de saudade (banzo). É de fato uma forma de morte decorrente da apatia.
 Podemos agora nos referir a um campo que vem sendo amplamente estudado: o das doenças psicossomáticas. Estas são fortemente influenciadas pelos padrões culturais. A cultura também é capaz de provocar curas de doenças, reais ou imaginárias. Estas curas ocorrem quando existe a fé do doente na eficácia do remédio ou no poder dos agentes culturais.
AULA 9
 Distinguiremos a distinção entre os conceitos de interculturalismo e intraculturalismo. No intraculturalismo uma cultura assimila a outra, como o exemplo da japonesa que importou a cultura americana.
 No interculturalismo refere-se à interacção entre culturas de uma forma recíproca, favorecendo o seu convívio e integração assente numa relação baseada no respeito pela diversidade e no enriquecimento mútuo.
Reconheceremos que o conceito de Multiculturalismo deve ser avaliado em um contexto de “descentramento” da cultura ocidental. 
 Falar de multiculturalismo é falar do manejo da diferença em nossas sociedades. No entanto, isto é ainda pouco para definir as implicações do termo, que não remete apenas a um discurso em defesa da diversidade de formas de vida existentes nas sociedades contemporâneas, mas também a um conjunto de aspectos fortemente ligados entre si e que carregam a marca de um processo contencioso: 
a) o reconhecimento da não-homogeneidade étnica e cultural dessas sociedades; 
b) o reconhecimento da não-integração dos grupos que carregam e defendem as diferenças étnicas e culturais à uma matriz dominante 
c) a mobilização dos próprios recursos políticos e ideológicos da tradição dominante nos países ocidentais – o liberalismo – contra os efeitos desta não-integração; 
d) a demanda por inclusão e por pluralidade de esferas de valor e práticas institucionais no sentido da reparação de exclusões históricas; 
e) a demanda por reorientação das políticas públicas no sentido de assegurar a diversidade/pluralidade de grupos e tradições
Matriz colonialista e imperialista
 Difundiu-se mundo afora entre os séculos 16 e início do século 20, levando com ela modelos de organização social, desenvolvimento e mudança política que em larga medida se institucionalizaram no atual sistema de estados nacionais e numa economia mundial dominada inteiramente pelo capitalismo. Práticas, valores e instituições historicamente construídas a partir da modernidade européia e norte-americana.
Recusa aos modelos modernizadores
A história do século 20 foi acumulando uma crescente desconfiança e a recusa aos modelos modernizadores – liberais como socialistas – que sofre, a partir dos anos 60, uma importante inflexão através de movimentos sociais e intelectuais de contestação política e cultural, ocorridos em várias partes do mundo, os quais contribuíram para deslegitimar, questionar e enfrentar a idéia hegemônica de Ocidente. 
 Este descentramento crítico, se expressou na emergência de novas formas de identificação coletiva – negros, mulheres, povos indígenas, ecologia, pacifismo, juventude, movimentos religiosos – e novas formas de pensamento, que puseram em questão o etnocentrismo e o caráter excludente da ordem liberal vigente. 
 Vimos que a diversidade cultural diz respeito à variedade e convivência de idéias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente. 
 Cultura é um termo com várias acepções, em diferentes níveis de profundidade e diferente especificidade. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço/tempo. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e "preenchem" a sociedade. Explica e dá sentido a cosmologia social, é a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período. 
 Vimos que o intraculturalismo é um fenômeno que ocorre quando uma cultura assimila completamente outra. Refere-se à interacção entre culturas de uma forma recíproca, favorecendo o seu convívio e integração numa relação baseada no respeito pela diversidade e no enriquecimento mútuo. 
 A expressão também define um movimento que tem como ponto de partida o respeito pelas outras cdulturas, superando as falhas de relativismo cultural, ao defender o encontro, em pé de igualdade, entre todas elas. 
 O interculturalismo propõem-se a promover os seguintes objetivos: Compreender a natureza pluralista da nossa sociedade e do nosso mundo; Promover o diálogo entre as culturas; Compreender a complexidade e riqueza das relações entre diferentes culturas, tanto no plano individual como no comunitário; Colaborar na busca de respostas aos problemas mundiais que se colocam nos âmbitos sociais, econômicos, políticos e sociais. 
 É necessário a existência de valores interculturais para podermos viver em conjunto, isto é, chegarmos a consenso e a um conjunto de valores universalmente respeitados, tais como a tolerância, a aceitação e o respeito mútuos.
 Seus opositores defendem que, quando adotado na prática, o interculturalismo pode ser danoso às sociedades e particularmente nocivo às culturas nativas. 
AULA 10
 A cultura insere o indivíduo num meio social.
 O termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente. 
 Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo com várias acepções, em diferentes níveis de profundidade e diferente especificidade. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço/tempo. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e "preenchem" a sociedade. 
Explica e dá sentido a cosmologia social, é a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período.
 A ideia de diversidade está ligada aos conceitos de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. E, muitas vezes, também, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na intersecção de diferenças, ou ainda, na tolerância mútua. 
 O processo de globalização, a decorrente crise do modelo de Estados- nação, o aprimoramento dos meios de comunicação, as inovações tecnológicas e a “diminuição” das distâncias são constituintes da conjuntura social onde afloram as demandas e práticas multiculturais.
 	Refletiremos sobre os vínculos entre identidade e globalização e o caráter contencioso das demandas e práticas multiculturais. 
 Mostraremos o caráter contencioso das demandas e práticas multiculturais, em grande parte, reside na dinâmica complexa dos vínculos entre identidade e globalização. 
 O Multiculturalismo no Brasil e sua relação com o nosso processo de formação social e cultural, caracterizado pela “mistura” de culturas. 
Desafiosao multiculturalismo: o lugar da identidade no contexto global
	O caráter contencioso das demandas e práticas multiculturais, em grande parte, reside na dinâmica complexa dos vínculos entre identidade e globalização. 
 O terreno da globalização é disputado, também o é o das identidades coletivas passíveis de constar na lista dos atores “legítimos” do multiculturalismo. 
	Tradicionalmente, a ideia de identidade se revestia de uma atemporalidade que escondia tanto a história de seu desenvolvimento como a existência de outras possibilidades de sua expressão que foram preteridas ou derrotadas ao longo desta história. 
 O cenário da globalização, ao alterar os processos tradicionais de produção e reprodução da identidade, confronta-a com sua própria historicidade – e, portanto, com a possibilidade de ser diferente de si mesma, heterogênea consigo mesma – e com a relação ao outro – a necessidade de reconhecer dentro de si a presença (ausente) de outros sujeitos e de negociar com eles suas demandas e valores..
O desafio da reflexividade.
	A “ameaça” de invasão, destruição ou subordinação que a inserção nos fluxos globais representa para as identidades localistas, ou a resposta ao desafio da abertura, têm cobrado que a identidade trabalhe sobre si mesma. Recomponha-se, investigue-se, critique a si mesma e elabore estratégias para sua atuação e suas relações com outras. 
O desafio da política.
 Embora muito se fale sobre a decadência ou a retração da política no contexto contemporâneo, a leitura que oferecemos aqui só pode insistir sobre a centralidade da política na análise da identidade. Não se trata especificamente da política tradicional – centrada na agregação de interesses através dos partidos e seu processamento através dos mecanismos de políticas governamentais. Trata-se da dimensão política da identidade. 
 A perda da referência a-histórica e os deslocamentos colocados pelo contato com o terceiro da globalização exigem das identidades um esforço de construção. 	 
 Identidades são construções tanto no sentido histórico, como no sentido da ação estratégica; elas são o resultado de uma série de operações e investimentos coletivos. 
 O fato de que a identidade não se define de modo autárquico, sem referência com um antagonismo face a um “inimigo”, e sem a “costura” de equivalências entre suas demandas e valores e as de outras, a negociação (que implica em conflito, argumentação, mobilização e compromissos) é outra característica do desafio político à identidade. 
 O peso do global, as assimetrias entre atores nacionais e locais, o grau de organização interna de cada grupo colocam o desafio da negociação.
 O desafio do pluralismo incluem cenários da globalização não remetem a um sistema centrado e governado a partir de um único conjunto de critérios, não comportam macro- ou micro-atores imbuídos de pretensões imperiais ou autonomistas, nem assumem o custo da homogeneização das diferenças. 
Podemos dizer que o nosso país é uma mistura de culturas. A miscigenação dos credos e culturas ocorrem no Brasil desde os tempos da colonização.
Gilberto Freire, no seu livro Casa Grande e Senzala afirmou que : “O Brasil é o inferno dos negros, o purgatório dos brancos e o paraíso das mulatas.”
 Os efeitos dos debates sobre o multiculturalismo no Brasil mereceriam uma discussão à parte, dada a sua complexidade. O Brasil parece ficar à margem dessas discussões até a década de 1980, data do fortalecimento e visibilidade das chamadas minorias étnicas, raciais e culturais. 
 A pressão dos novos atores sociais reverbera diretamente no texto da Constituição de 1988, considerada um marco em termos da admissão do nosso pluralismo étnico. Os efeitos dessas formas renovadas de engajamento podem ser observados no campo da produção artística, sobretudo da literatura fala-se em "escrita feminina", em "vozes negras", homoerótico etc.).

Outros materiais