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P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Ergo = trabalho; • Nomia = normas, regras, leis; • Busca as condições ideais de ambientação e de integração do homem ao trabalho, melhorando sua qualidade e produtividade. • Simplificar o processo de trabalho. • Obter meios e sistemas para diminuir o estresse físico e cognitivo. • Buscar uma produtividade mais expressiva, com maior qualidade. • Maior conforto, tanto para o profissional quanto para o paciente. • Prevenir as doenças relacionadas à prática odontológica. • Pesquisa com Alunos do 5º ao 9º período de Odontologia, realizada em 2010, no DOD – UFRN, busca avaliar a relação entre a atividade clínica e a morbidade do sistema osteomuscular dos participantes. • A ergonomia busca proteger de riscos: 1. Físicos 2. Ambientais 3. Cognitivos 4. Sociais 5. Organizacionais • Ergonomia física: relacionada às respostas do corpo humano às cargas física e psicológica; • Ergonomia cognitiva: relacionada aos processos mentais, como percepção, atenção, memória, raciocínio, controle motor, armazenamento e recuperação da memória; • Ergonomia organizacional: ou macro-ergonomia, relacionada à otimização dos sistemas sócio-técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Associação Brasileira de Ergonomia, 2010 • Tempo: quantidade de segundos, minutos ou horas que levamos para fazer um trabalho; • Ação: trabalhos ou intervenções realizados; Ergonomia: “Adequação do homem ao trabalho e ao trabalho a este homem para conseguir melhores resultados sob condições ideais” (Kimmel, 1971) “A prevalência de desconforto e dores de origem músculoesqueléticas atinge um índice de 62% da população em geral, em CDs seu percentual abrange 93%”. (Garbin et al, 2009) P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Movimento: esforço físico que fazemos em todo o corpo ou parte do corpo para realizar o trabalho. Tempos na Odontologia: • Tempo profissional: Dedicado ao exercício da profissão, ao consultório, ou a laboratórios, cursos etc. • Tempo operatório: Dedicado ao paciente no consultório. Quanto maior o tempo operatório, maior a produção, maior a remuneração. • Tempo de espera: Interrupção do tratamento à espera de alguma coisa. Ex. paciente vai cuspir, troca de brocas, mudança da posição da cadeira etc. Ações na Odontologia: • Ações diretas: Intervenção do CD na boca do paciente, que necessita de um conhecimento universitário especializado. • Ações indiretas: Trabalhos feitos dentro ou fora da boca do paciente que não requerem uma formação universitária. Ex. Usar seringa tríplice, sucção, preparar amálgama, colocar algodão etc. Movimentos na Odontologia: • Movimentos: - Dedos - Punhos - Antebraços. Áreas do consultório: • Elementos do paciente: Cadeira odontológica.; • Elementos do CD: Mocho, equipamentos de pontas, material para tratamento clínico. • Elementos do auxiliar: Unidades de sucção, cuspideira, mocho, todos os armários, mesa auxiliar. • A = tudo que se transfere para a boca do paciente (d=1m). • B = espaço máximo de pega do braço esticado (d=2m). • C = limita a área total do consultório. “Eliminar ou diminuir movimentos corporais durante o atendimento.” Associação Brasileira de Ergonomia, 2010 “Trabalho em equipe” Dentista Auxiliar As posições podem ser invertidas se o dentista for canhoto. P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • O eixo 6-12 horas é indicado, respectivamente pelos pés e cabeça do paciente e divide a sala em duas áreas: à direita da cadeira (área do cirurgião-dentista) e à esquerda da cadeira (área do(a) auxiliar). • Área limitada pelo círculo A: corresponde à chamada “zona de transferência”. É onde tudo que se transfere à boca do paciente deve estar situado, como os instrumentos, as pontas do equipo e da unidade auxiliar. Nela devem estar também os dois mochos. • Área limitada pelo círculo B: espaço máximo de pega, que pode ser alcançado nos movimentos com o braço esticado. Aí devem estar o corpo do equipo e da unidade auxiliar, a mesa auxiliar e as gavetas dos armários fixos quando abertas. • Área limitada pelo círculo C: limita a área total do consultório. Nessa área devem estar as pias e os armários fixos. Para ser ergonômico, o consultório não deve ter mais que três metros de largura. • Posição 1 • Mesa auxiliar à direita da cadeira e à direita do CD • Fora da visão do CD • Fora do alcance da ACD • Posição 2: • Fora da visão do paciente. • Fora da passagem do paciente. • Exige do CD destro a pega das pontas com a mão esquerda. • Posição 3: • Localização bem a frente do paciente. • Excelente pega para o CD destro e para o ACD fazer a troca de brocas ou uso da seringa • Não é ideal psicologicamente. • O paciente não pode cuspir. • Posição 4: • Não existe no Brasil; • As pontas do equipo estão embutidas no encosto; • É comum no Japão. Fazendo associação com o relógio analógico. P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Posição 7 horas: O profissional trabalha com as pernas paralelas à cadeira. - A ACD na posição de 1 hora. Inclinação do corpo do CD sobre o paciente. - Maléfica à coluna e a postura do CD. • Posição 9 horas: Permite trabalhar com visão direta, mesmo nas regiões de difícil acesso; - CD de frente para a cadeira, perpendicular à boca do paciente; -Permite a pega das pontas do equipo em qualquer posição Inclinação da coluna somente para frente; • Posição 11 horas: o CD localiza-se atrás do paciente, indicada para os que trabalham com visão indireta. • O auxiliar necessita estar a uma altura de 10 a 15 centímetros a mais que a visão do CD com um suporte para descanso dos pés. A posição elevada permite uma visualização do campo operatório acima das mãos do profissional, enquanto ocorre a assistência. Posições dos equipamentos: • A posição adequada de trabalho é “aquela que proporcione melhor visibilidade do campo operatório e postura operatória ideal.” • As posições de trabalho variam de acordo com o arco dentário e a região em que se trabalha. Posições de trabalho: • CD em pé, paciente sentado; • CD sentado no mocho, paciente sentado; • CD sentado no mocho com rodízio e paciente deitado . Técnicas de sucção. Postura sentada: • Pescoço com flexão de no máximo 30°, sendo o melhor alinhamento de 10°. • Ângulo tronco-coxa entre 100 a 110°, utilizando o encosto do assento na altura dos rins. • Ângulo entre a coxa e a perna entre 90° e 120°. O ideal é maior que 90°- para evitar a compressão da circulação venosa. • Braços na posição vertical, alinhados ao tronco, formando ângulo de 90 a 110° com os antebraços. P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Punhos em alinhamento natural com os antebraços, evitando flexão ou extensão extrema, variando de 0 a 20°. • Pés totalmente apoiados no chão. Membros inferiores: Dificuldade do retorno venoso, diminuição na temperatura das pernas, sensação de formigamento, dormência, desconforto e inchaço. Posição para cada arco/hemi-arco: • Hemi-arco superiores direito e esquerdo: - o plano oclusal dos dentes superiores forme um ângulo de 90° com o plano do solo; - o operador trabalhará sentado na posição correspondente a 12 horas com visão indireta. • Hemi-arco inferior esquerdo: - o plano oclusal dos dentes inferiores forme um ângulo de aproximadamente45º em relação ao solo; - o operador trabalhará sentado e na posição de 12 horas com visão direta. • Hemi-arco inferior direito: -a cabeça do paciente deverá ser posicionada com o plano dos elementos dentários inferiores paralelos ao solo; - o operador trabalhará sentado, na posição correspondente a 9 horas com visão direta. • O paciente deve alterar a posição da cabeça para melhor visualização e estabilidade do campo operatório. • Profissionais canhotos: devem inverter as posições com o auxiliar. “São considerados riscos ocupacionais: a possibilidade de perda ou dano e a probabilidade de que tal perda ou dano ocorra. Implica, pois, a probabilidade de ocorrência de um evento adverso.” Brasil, 2006 • Postura incorreta • Ritmo excessivo Apoiado na altura renal A altura do mocho deve possibilitar o apoio total dos pés no chão. P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Atos repetitivos • Ausência de planejamento • Atenção e responsabilidade constantes • Falta de capacitação do pessoal auxiliar • Ausência do profissional auxiliar e/ou técnico. Posturas corporais adotadas pelos CDs durante a atividade clínica: • flexão do tronco; • flexão do pescoço; • rotações laterais de tronco e pescoço; • abdução e flexão dos ombros (direito e esquerdo); • flexão dos cotovelos; • prono-supinação do antebraço do lado dominante; • flexo-extensão do punho; • movimentos de pinça com os dedos polegar, indicador e médio. Procedimentos: • Organizar o ambiente de trabalho. • Realizar planejamento do atendimento diário. • Trabalhar preferencialmente em equipe. • Proporcionar à equipe de trabalho capacitações permanentes. • Incluir atividades físicas diárias em sua rotina. • Valorizar momentos de lazer com a equipe. • Tendinite: Inflamação do tecido próprio dos tendões, com ou sem degeneração de suas fibras. • Cistos sinoviais: São decorrentes de degeneração mixóide de tecido sinovial, podendo aparecer em articulações, tendões, polias de ligamentos. São tumorações císticas, circunscritas, únicas ou múltiplas. • Epicondilites: processo DORT inflamatório local que atinge tendões, fáscias musculares, músculos e tecidos sinoviais provocadas por ruptura ou estiramento dos pontos de inserção dos músculos flexores ou extensores do carpo no cotovelo. • Bursites: de localização mais importante nos ombros são decorrentes de processos inflamatórios que acometem as “bolsas”. • Bico de papagaio: ossificação DORT resultante de uma reação do osso a uma degeneração do disco. Pode apresentar sintomatologia; • Hérnia de disco: é uma protrusão (saliência, inchaço) do disco existente entre vértebras, que provoca compressão (pinçamento) sobre alguns nervos da região afetada, causando sintomas, como: dor na coluna, perna, braço etc. Aula teórica de Práticas Pré-Clínicas. Faculdade Maurício de Nassau, Odontologia, 2020. Garbin AJI, Garbin CAS, Diniz DG. Normas e diretrizes ergonômicas em odontologia: o caminho para a adoção de uma postura de trabalho saudável. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2009 mai-ago; 21(2): 155-61
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