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Material de Estudo Recursos Especial e Extraordinário

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RECURSOS
RECURSO ESPECIAL – art. 105, III, a, b, c da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – art. 102, III, a, b, c,d da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
RECURSO ESPECIAL – art. 105, III, a, b, c da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
O recurso especial (REsp) não é recurso em que simplesmente há a rediscussão da
matéria anteriormente decidida (como no caso da apelação ou do agravo).
Com o REsp, busca-se a unidade na aplicação do direito federal (infraconstitucional),
que deve ser aplicado de forma semelhante por todos os Tribunais pátrios (o mesmo
se passa com o recurso extraordinário – RE – em relação à Constituição). Por essa
razão, tais recursos são chamados recursos excepcionais, ou recursos de direito
estrito.
Mediante o REsp, portanto, pretende o STJ zelar pela integridade do sistema
federativo e evitar a
regionalização da interpretação da norma federal. Por tal razão, este recurso analisa
somente matéria de direito, não se atentando para os aspectos fáticos da demanda,
já estabelecidos nos juízos inferiores (cf., como reflexo disso, Súmulas nos 5 e 7 do
STJ).
RECURSO ESPECIAL – art. 105, III, a, b, c da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
Somente o STJ julga o REsp (CF, art. 105, III).
Quanto ao cabimento do REsp, o primeiro aspecto é que são passíveis de ataque por tal
recurso somente acórdãos proferidos por Tribunais (portanto, excluídas as decisões do JEC),
em última ou única instância, que não podem ser atacados por outro recurso (CF, art. 105,
III).
Assim, decisão monocrática que decide apelação (CPC/2015, art. 932, III, IV e V) não dá
ensejo à interposição de REsp. Daí percebe-se que, antes da interposição do REsp, devem ser
esgotados os recursos noTribunal de origem.
Por sua vez, em relação às hipóteses que admitem a interposição de REsp é que
verdadeiramente se percebe a distinção entre os “recursos de estrito direito” ou “recursos
excepcionais” (REsp e RE) e os demais recursos.
Não basta a sucumbência ou a irresignação da parte que perdeu, tampouco a existência de
um voto vencido.
RECURSO ESPECIAL – art. 105, III, a, b, c da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
As restritas hipóteses de cabimento estão previstas nas alíneas do art. 105, III, da CF:
a) acórdão que nega vigência ou contraria tratado ou lei federal;
b) acórdão que dá validade a ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) acórdão que dá interpretação divergente daquela dada por outro Tribunal do País
(divergência externa, entre tribunais distintos, também denominada “dissídio jurisprudencial”).
RECURSO ESPECIAL – art. 105, III, a, b, c da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
O REsp somente é recebido no efeito devolutivo, não tendo efeito suspensivo
(CPC/2015, art. 995).
Contudo, é possível tentar atribuir efeito suspensivo ao REsp. A petição requerendo o efeito
suspensivo será dirigida (CPC/2015, art. 1.029, § 5º99):
I – ao STJ, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e
sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo;
II – ao relator no STJ, se já distribuído o recurso;
III – ao presidente ou ao vice-presidente do Tribunal recorrido, no período compreendido
entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim
como no caso de o recurso ter sido sobrestado, por força de recurso repetitivo.
RECURSO ESPECIAL – art. 105, III, a, b, c da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
Em relação aos requisitos de admissibilidade, também se percebe boa distinção em
relação a outros recursos.
Mas o art. 1.029, § 3º, prevê que o STJ poderá “desconsiderar vício formal de
recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute
grave”. Ou seja, é uma oportunidade que se dá para que o mérito recursal seja
apreciado – resta verificar qual a amplitude que a jurisprudência dará à expressão “vício
formal grave”.
Além de bem comprovar uma das hipóteses de cabimento anteriormente indicadas, deve
existir o prequestionamento – que é, de forma simplificada, a apreciação do artigo de
lei pelo Tribunal a quo, no bojo do julgado. Se o Tribunal de origem não tiver se
manifestado sobre tal dispositivo legal, ainda que brevemente, não terá ocorrido o
prequestionamento
RECURSO ESPECIAL – art. 105, III, a, b, c da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
Se o recorrente apontou em seu recurso que pretende o prequestionamento de
determinado dispositivo, mas o Tribunal permaneceu silente, deve a parte se valer dos
embargos de declaração para buscar tal manifestação, apontando omissão no acórdão
quanto à análise do dispositivo legal apontado como violado. E, mesmo que não acolhidos
os embargos de declaração, pelo CPC/2015, ter-se-á, de todo modo, o
prequestionamento ficto (art. 1.025).
Tratando-se de REsp fundado em dissídio jurisprudencial (divergência em relação a
julgado de outro Tribunal – CF, art. 105, III, c), obrigatoriamente o recurso terá de ser
instruído com o acórdão paradigma (a decisão do outro Tribunal). A divergência é
comprovada mediante certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência oficial
(inclusive em mídia eletrônica), ou ainda via reprodução do julgado disponível na internet,
com indicação da fonte (CPC/2015, art. 1.029, § 1º).Deverá o recorrente mencionar
as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados (o
chamado “cotejo analítico” entre o acórdão recorrido e paradigm).
RECURSO ESPECIAL – art. 105, III, a, b, c da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
O prazo para interposição do recurso é de 15 dias (CPC/2015, art. 1.003, § 5º).
São devidas custas e “porte de remessa e retorno” (para autos físicos - tabela elaborada 
pelo STJ; os valores são fixados conforme o Estado de origem e o número de fls. do 
processo).
Interposto o REsp, a parte contrária é intimada para apresentar contrarrazões no prazo 
de 15 dias (art. 1.030).
Nessa petição cabe impugnar tanto o mérito quanto a admissibilidade do recurso.
Com as razões e contrarrazões do REsp, o recurso estará pronto para a apreciação de sua 
admissibilidade
RECURSO ESPECIAL – art. 105, III, a, b, c da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
Ao proceder ao juízo de admissão, há diversas possibilidades ao desembargador que o realiza, nos termos do art.
1.030 do CPC/2015, com a redação da Lei nº 13.256/2016:
• I – negar seguimento a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com
entendimento do STJ, proferido com base em julgamento de recursos repetitivos;
• II – encaminhar o processo ao órgão julgador (turma ou câmara que proferiu o acórdão), para realização do
juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do STJ proferido com base em
julgamento de recursos repetitivos (ou seja, depois da prolação do acórdão, houve a decisão do repetitivo no
STJ);
• III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo STJ;
• IV – selecionar o recurso como representativo de controvérsia , para que venha a ser julgado como
repetitivo pelo STJ;
• V – proceder ao juízo de admissibilidade do REsp, e, no caso de admissão, remeter o recurso ao STJ, desde
que: a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de julgamento de recursos repetitivos; b) o
recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou c) o Tribunal recorrido tenha
refutado o juízo de retratação.
RECURSO ESPECIAL – art. 105, III, a, b, c da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
Dessas decisões monocráticas indicadas é possível recorrer (art. 1.030, §§ 1º e 2º):
Ø tratando-se de inadmissão por ausência de requisito de admissibilidade (inciso V), cabe agravo em
recurso especial (art. 1.042, já exposto no item 10.7.4);
Ø tratando-se de decisão relativa a recurso repetitivo (negar seguimento – inciso I – ou sobrestar –
inciso III), cabe agravo interno (art. 1.021), a ser julgado perante o próprio Tribunal de origem,
sem que haja possibilidade – pela legislação – de se chegar aoTribunal superior.
No mais, tendo chegado o REsp no STJ, se o ministro relatorentender que ele versa sobre questão
constitucional, concederá prazo de 15 dias para que o recorrente demonstre a repercussão geral e se
manifeste sobre a questão constitucional; cumprida a diligência, o relator remeterá o recurso ao STF,
que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao STJ (NCPC, art. 1.032). Ou seja, tem-se uma
situação de conversão do recurso especial em recurso extraordinário.
RECURSO ESPECIAL – art. 105, III, a, b, c da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
Nos termos dos arts. 1.036 e seguintes do CPC/2015, há outra especificidade
envolvendo o REsp. Quando se estiver diante da multiplicidade de recursos com
fundamento em idêntica questão de direito, os mais representativos serão enviados
ao STJ, sendo que os demais ficarão suspensos até decisão definitiva do Tribunal.
Trata-se de “julgamento por amostragem”: apreciada a matéria no julgamento
dos recursos destacados, a decisão ali proferida servirá como base para os demais
recursos, que estavam suspensos. Vale destacar que não se trata de uma decisão
vinculante; contudo, configura um importante precedente jurisprudencial.
Como se pode perceber do exposto anteriormente, em relação às possibilidades de
admissibilidade o CPC/2015 bem regula a situação que envolve recursos repetitivos,
esperando que, com isso, as causas massificadas sejam julgadas da mesma forma.
RECURSO ESPECIAL – art. 105, III, a, b, c da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
Súmulas STJ
Súmula 7:A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
Súmula 83: Não se conhece do recurso especial pela divergência, quando a orientação do tribunal se firmou no
mesmo sentido da decisão recorrida.
Súmula 86: Cabe recurso especial contra acórdão proferido no julgamento de agravo de instrumento.
Súmula 126: É inadmissível recurso especial, quando o acórdão recorrido assenta em fundamentos constitucional e
infraconstitucional, qualquer deles sufi ciente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta recurso
extraordinário.
Súmula 203: Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos juizados
especiais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – art. 102, III, a, b, c,d da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
O recurso extraordinário (RE), por ser, ao lado do REsp, um “recurso de estrito direito”, apresenta diversos
pontos em comum com tal recurso. Assim, grande parte do que foi exposto anteriormente aplica-se em relação
ao RE.
Seu objetivo não é a simples rediscussão da matéria objeto do recurso (como no caso da apelação e dos demais
recursos, ditos ordinários).Neste recurso, a finalidade é a observância – e unidade na aplicação – dos
ditames constitucionais por todos osTribunais pátrios.
Com o RE, portanto, busca o STF zelar pela supremacia da Constituição em todo o território
nacional. Somente o STF é que julga o RE (CF, art. 102, III).
Quanto ao cabimento do RE, são passíveis de serem atacadas por tal recurso as causas decididas em
única ou última instância (aqui não é feita menção a “Tribunais”; portanto, é possível atacar por RE decisões
do colégio recursal do JEC). Há esta distinção em relação ao REsp exatamente porque o objeto do RE é manter
a supremacia da Constituição (CF, art. 102, III).
Por sua vez, da mesma forma que o REsp, para que se possa utilizar o RE, devem ter sido esgotados os recursos
na origem. Logo, a decisão monocrática (CPC/2015, art. 932, III, IV eV) não dá ensejo à interposição de RE.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – art. 102, III, a, b, c,d da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
As hipóteses de cabimento estão previstas nas alíneas do art. 102, III, da CF:
a) acórdão que contraria dispositivo da Constituição;
b) acórdão que declara a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) acórdão que julga válida lei local (ou ato de governo) contestada em face da Constituição;
d) acórdão que julga válida lei local contestada em face de lei federal (hipótese inserida com a
EC nº 45/2004: isso se justifica porque, como nesse caso a discussão se refere à competência
legislativa e esse é um tema constitucional, cumpre ao STF apreciar a matéria).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – art. 102, III, a, b, c,d da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
Tal qual o REsp, o RE somente é recebido no efeito devolutivo, não havendo o efeito
suspensivo; contudo, é possível buscar a atribuição de efeito suspensivo a tal recurso nos
mesmos moldes verificados em relação ao REsp.
Também no RE se percebe distinção no tocante aos requisitos de admissibilidade, em
relação a outros recursos.
Igualmente ao já exposto para o REsp, o art. 1.029, § 3º, prevê que o STF poderá
“desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que
não o repute grave” . Ou seja, há oportunidade para que o mérito recursal seja apreciado;
resta verificar qual amplitude a jurisprudência dará à expressão “vício formal grave”.
Tal qual no REsp, deve haver o prequestionamento.
RECURSO ESPECIAL – art. 105, III, a, b, c da CF / arts. 1029 a 1041 do CPCRECURSO EXTRAORDINÁRIO – art. 102, III, a, b, c,d da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
Além disso, a partir da EC nº 45/2004, foi criado outro requisito de admissibilidade, constante
do § 3º do art. 102: a “REPERCUSSÃO GERAL das questões constitucionais” – ou seja, o
julgamento do recurso há de ser relevante não só em relação as partes, mas para a sociedade
como um todo, com repercussão nos âmbitos social, jurídico, econômico ou político; só em
tal caso será justificável sua apreciação pelo Tribunal.
Há casos em que essa chamada relevância é pressuposta, conforme previsto no art.
1.035, § 3º, do CPC/2015: ela está configurada quando o acórdão impugnado contraria súmula
ou jurisprudência dominante do STF ou quando ele reconheceu a inconstitucionalidade de
tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da CF (cláusula de reserva de plenário).
A competência para apreciar a existência da repercussão geral é exclusiva do STF. O
recurso não será conhecido se 2/3 (dois terços) dos Ministros do STF (8 dos 11) entenderem
ausente a repercussão geral. A decisão sobre a presença da repercussão é irrecorrível
(CPC/2015, art. 1.035, caput).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – art. 102, III, a, b, c,d da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do RE, a existência da repercussão geral (art.
1.035, § 2º).
Portanto, deverá o advogado, ao interpor o RE, desenvolver muito bem o seu cabimento, destacando
a presença da repercussão geral da questão constitucional. Caso contrário, o recurso não será
conhecido.
Reconhecida a repercussão geral, o relator determinará a suspensão de todos os processos,
individuais ou coletivos, que tratem daquele tema, em todo o País (CPC/2015, art. 1.035, § 5º).109
Negada a repercussão geral, a presidência do Tribunal intermediário negará seguimento aos recursos
extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica (art. 1.035, § 8º).
Como no RE não há uma hipótese de cabimento pela divergência entre Tribunais, não há discussão
quanto à forma das cópias do paradigma (é claro que nada impede que se utilize um acórdão para
sustentar as razões do recurso; todavia, esta não, em si mesma, é uma hipótese de cabimento do RE).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – art. 102, III, a, b, c,d da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
O prazo para interposição do recurso é de 15 dias (CPC/2015, art. 1.003, § 5º).
Exige-se o recolhimento de despesas de preparo e em autos físicos o porte de remessa e retorno
(consoante tabelas elaboradas pelo STF).
Interposto o RE, a parte contrária será intimada para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias
(CPC/2015, art. 1.030). Tal peça permite impugnar tanto o mérito quanto a admissibilidade do
recurso.
O processamento do RE é realizado da mesma forma que o REsp. É apresentado no Tribunal de
origem e, após a resposta do recorrido, é dirigido à vice-presidência do Tribunal. Então, ainda na
origem, será feita a análise da admissibilidade do RE (ou seja, se deve ser admitida a remessa do
recurso para julgamento perante oSTF, por estarem presentes os requisitos de admissibilidade).
Admitido o recurso, os autos são remetidos para o STF. O Tribunal ad quem, quando do julgamento
do RE, poderá conhecer ou não de tal recurso (ou seja, não está vinculado ao que decidiu o Tribunal
de origem).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – art. 102, III, a, b, c,d da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
Tal como ocorre no REsp, também há dificuldade quanto à admissão do RE, sendo poucos os
que “sobem” (são admitidos na origem).
Não admitido o RE no Tribunal de origem, pode o recorrente agravar (ARE, agravo em
recurso extraordinário, interposto em 15 dias, perante o Tribunal de origem – CPC/2015,
art. 1.042).
Inova o Código ao prever que, estando o RE no STF, se o relator considerar como reflexa a
ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da
interpretação de lei federal ou de tratado, o Tribunal remeterá o recurso ao STJ para
julgamento como recurso especial (CPC/2015, art. 1.033). Tratase da conversão do RE em
REsp.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – art. 102, III, a, b, c,d da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
Quanto à forma, o RE é semelhante ao REsp: deve-se destacar com cuidado o cabimento do
recurso antes de discutir o mérito. Apenas deve-se ter em mente as distinções existentes
entre ambos os recursos (no RE, há a necessidade da repercussão geral, ao passo que não
cabe RE fundado em divergência jurisprudencial).
No mais, vale esclarecer que, diante de reiteradas decisões proferidas em sede de RE, é
possível que o STF venha a editar súmula vinculante, que deverá ser observada pelos demais
órgãos do Poder Judiciário e pelo Poder Executivo, em qualquer esfera (Federal, Estadual e
Municipal). O tema é regulado pelo art. 103-A da CF e pela Lei no 11.417/2006.
Por fim, vale destacar que, no CPC/2015, não existe apenas o REsp repetitivo, mas também o
RE repetitivo, com as características já expostas.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – art. 102, III, a, b, c,d da CF / arts. 1029 a 1041 do CPC
Súmulas STF
Súmula 279: PARA SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Súmula 280: POR OFENSA A DIREITO LOCAL NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
Súmula 281: É INADMISSÍVEL O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO COUBER NA JUSTIÇA DE ORIGEM, 
RECURSO ORDINÁRIO DA DECISÃO IMPUGNADA.
Súmula 282: É INADMISSÍVEL O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO NÃO VENTILADA, NA DECISÃO 
RECORRIDA, A QUESTÃO FEDERAL SUSCITADA.
Súmula 283: É INADMISSÍVEL O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO A DECISÃO RECORRIDA ASSENTA EM 
MAIS DE UM FUNDAMENTO SUFICIENTE E O RECURSO NÃO ABRANGE TODOS ELES. 
Súmula 640: É CABÍVEL RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA DECISÃO PROFERIDA POR JUIZ DE PRIMEIRO 
GRAU NAS CAUSAS DE ALÇADA, OU POR TURMA RECURSAL DE JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL.
Súmula 735: NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA ACÓRDÃO QUE DEFERE MEDIDA LIMINAR.

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