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CCJ0006-WL-AMRP-24-Prescrição

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DIREITO CIVIL I
SEMANA 13 AULA 24 – PRESCRIÇÃO
Profa. Dra. EDNA RAQUEL HOGEMANN
Nossos Objetivos 
Conceituar, distinguir e analisar os elementos da prescrição. 
Reconhecer as características, espécies, causas e efeitos da prescrição nos negócios jurídicos. 
Compreender as características relacionadas ao instituto da prescrição no atual Código Civil. 
Conteúdo Programático 
1. PRESCRIÇÃO 
Distinção e conceito. Teorias 
Prescrição: conceito, elementos, fundamento e espécies 
Regras gerais 
Caso concreto (1):  
Em julho de 2000, o veículo de João estava estacionado corretamente na margem direita de uma tranqüila rua de sua cidade, quando foi abalroado por um caminhão em alta velocidade e cujo motorista estava alcoolizado. Na época, estava em vigência o Código Civil de 1916, que estipulava um prazo prescricional de vinte (20) anos para pleitear tal indenização (art. 177 do CC/1916). 
O atual Código Civil – que entrou em vigência em janeiro de 2003 – diminuiu tal prazo para três (3) anos (art. 206 § 3.°, V). 
Levando-se em conta que João ainda não intentou a competente ação, pergunta-se: 
Em que ano estará consumada a prescrição da pretensão de João para cobrar tal dívida? Justifique. 
  
Caso concreto (2) 
Roberto completará dezoito anos em maio de 2006. Seu pai foi condenado a pagar-lhe alimentos em fevereiro de 1995, mas nunca pagou nem sequer uma parcela. Roberto aciona seu pai em março de 2006, visando a forçar o adimplemento de todas as prestações vencidas.
Diante disso, poderão ser cobradas todas as parcelas vencidas do seu pai, mesmo tendo em vista o longo tempo transcorrido? Justifique. 
A Extinção dos Direitos. 
Os direitos extinguem-se quando ocorrer:
1) Perecimento do objeto sobre o qual recaem, se ele perder suas qualidades essenciais ou valor econômico; se se confundir com outro modo que não possa distinguir (confusão, mistura de líquidos) se cair em local onde não se pode mais ser retirado (anel no mar); 
Alienação, que é o ato de transferir o objeto de um patrimônio a outro, havendo perda do direito para o antigo titular; 
Renúncia, que é o ato jurídico pelo qual o titular de um direito se despoja, sem transferi-lo a quem quer que seja; 
Abandono, que é a intenção do titular de se desfazer da coisa, porque não quer mais continuar sendo dono; 
 
Falecimento do titular, sendo o direito personalíssimo e por isso intransferível; 
Abolição de uma instituição jurídica, como aconteceu com a escravidão; 
Confusão, se uma só pessoa se reúnem as qualidades de credor e de devedor; 
Implemento de condição resolutiva; 
Prescrição; 
Decadência. 
PRESCRIÇÃO 
Conceito de Prescrição 
Para Clóvis Bevilácqua a "Prescrição é a perda da ação atribuída a um direito, e de toda a sua capacidade defensiva, em conseqüência do não-uso delas, durante um determinado espaço de tempo." 
Já Pontes de Miranda leciona ser a prescrição "... a exceção, que alguém tem, contra o que não exerceu, durante certo tempo, que alguma regra jurídica fixa, a sua pretensão ou ação." 
Para Caio Mário, a prescrição é o modo pelo qual se extingue um direito (não apenas a ação) pela inércia do titular durante certo lapso de tempo. 
CONCEITOS
Pelas definições, já se inicia a polêmica em torno do tema. 
Para uns a prescrição extingue a ação, enquanto que outros, direito de ação. A ambos opõe-se o atributo jurídico adotado em relação à ação, como sendo um direito subjetivo público e abstrato, o que implica a não extinção da ação, tampouco do seu exercício, pois, quando atendidas as condições da ação, o exercício do direito de ação, correspondente à obtenção de uma prestação jurisdicional, é sempre possível, muito embora possa ser favorável ou contrária ao autor. 
A prescrição origina-se do direito romano e sua base etimológica está na expressão latina praescriptio , significando escrever antes ou no começo.
Trata-se de instituto de direito material, regulado pelo Código Civil, nos artigos 189/206 e sua conseqüência primordial é a perda da pretensão, subsistindo o chamado direito de fundo , embora não podendo mais o titular do direito exigir o cumprimento da obrigação. 
Ela supõe o decurso do tempo e a inércia do titular do direito .
Reconhecendo a prescrição 
Na nova concepção do atual Código Civil, a prescrição extingue a pretensão, que é a exigência de subordinação de um interesse alheio ao interesse próprio. 
De acordo com o art.189, o direito material violado dá origem à pretensão, que é deduzida em juízo por meio da ação. Extinta a pretensão, não há ação. Portanto, a prescrição extingue a pretensão, extinguindo também e indiretamente a ação. 
Vamos tomar por base a classificação dos direitos desenvolvida por Chiovenda em: 
direitos sujeitos a uma obrigação, previstos no Código Alemão sob a denominação de pretensão, e 
direitos potestativos, em que o agente pode influir na esfera de interesses de terceiro, independentemente da vontade deste, p. ex., para anular um negócio jurídico.
Os primeiros são defendidos por meio de ação condenatória, pois a parte contrária deverá se sujeitar a cumprir uma obrigação.
Os segundos são protegidos por ação constitutiva, por meio da qual haverá a modificação, formação ou extinção de estado jurídico, independentemente da vontade da parte contrária. 
A partir disso, conclui-se que: 
a) As ações condenatórias, correspondentes às pretensões, possuem prazos prescricionais ; 
b) As ações constitutivas, correspondentes aos direitos potestativos, possuem prazos decadenciais; 
c) As ações meramente declaratórias, que só visam obter certeza jurídica, não estão sujeitas nem à decadência nem à prescrição, em princípio, sendo perpétuas, mas sujeitas a prazos decadenciais quando estes são previstos em lei. 
São imprescritíveis as ações constitutivas que não têm prazo especial fixado em lei, assim como as ações meramente declaratórias. 
Importante apontar que a noção de prescrição foi erigida para satisfazer ao princípio da segurança jurídica. Assim, não persiste indefinidamente no seio social a prerrogativa que possui o detentor de determinada pretensão, tranqüilizando a sociedade, em face da estabilização das relações entre os indivíduos. 
Elementos da prescrição 
 É preciso, antes de deixar de lado a prescrição aquisitiva, lembrar que o elemento tempo é substancial numa e na outra espécie de prescrição. 
A pessoa que desfruta de um direito por longo tempo tende a incorporá-lo ao seu patrimônio ( prescrição aquisitiva ); já a pessoa que, durante longo tempo, deixou de exercer uma ação que lhe resguardava um direito subjetivo, perde a oportunidade de fazê-lo(prescrição extintiva). 
Assim, quatro são os requisitos elementares para que exista a prescrição:
    1 - Existência de uma ação exercitável (actio nata );
    2 - inércia do titular da ação em exercê-la;
    3 - continuidade dessa inércia por cento lapso de tempo;
    4 - ausência de algum fato que impeça, suspenda ou interrompa curso prescricional.
FUNDAMENTO JURÍDICO DA PRESCRIÇÃO 
Todo instituto de direito deve basear-se num motivo de ordem jurídico-social, seria incompreensível a criação de um instituto de direito sem um fundamento que demonstrasse a sua necessidade. A norma é feita para o fato social. 
 Os estudiosos têm mencionado os seguintes e principais fundamentos da prescrição:
    1 - A ação destruidora do tempo; 
    2 - O castigo à negligência; 
    3 - A presunção de abandono ou renúncia , sugerido por Carvalho Mendonça; 
    4 - A presunção da extinção do direito; 
    5 - A proteção ao devedor; 
    6 - A diminuição do número de demandas; 
    7 - O interesse social pela estabilidade das relações jurídicas. 
Atenção 
São de ordem pública as normas sobre a prescrição; por isso, insuscetíveis de serem derrogadas por convenção de particulares. 
Como enfatiza Sílvio Rodrigues, três regras demonstram o interesse público que caracteriza a prescrição :
 a) Os particulares não podem ajustar sobre a imprescribilidade de qualquer ação;
 b) Também não podem prorrogar ou reduzir os prazos da prescrição; 
c)não podem a ela renunciar, antes que se consuma. 
O TRANSCURSO DO TEMPO 
Baseando-se na estabilidade que a ordem jurídica deve assegurar as relações jurídicas, é intuitivo que o tempo é o principal elemento da prescrição, pois, a partir de determinado tempo em que o titular do direito poderia tê-lo exercido e não o fez, deixou ele que situação nova se consolidasse, de sorte que é mais conveniente ao equilíbrio social resguardar a nova situação do que admitir o atraque daquele que desprezou, pela inércia, a prerrogativa que tinha de fazer valer o seu direito. 
Regra Geral 
 Questão interessante, ainda relativa ao tempo, é saber-se quando começa a correr o prazo da prescrição. A explicação mais lógica decorre da regra segundo a qual a prescrição atuando, como atua, na ação, começa a correr do dia em que a ação poderia ser proposta e não o foi. É o princípio da "actio nata", ou seja, a prescrição começa do dia em que nasce a ação ajuizável. 
ESPÉCIES
1. EXTINTIVA
Como o próprio nome indica, faz desaparecer direitos.
É a prescrição propriamente dita, tratada no novo Código Civil, na parte geral, aplicada a todos os direitos.
2. INTERCORRENTE
É a prescrição extintiva que ocorre no decurso do processo, ou seja, já tendo o autor provocado a tutela jurisdicional por meio da ação. Obviamente, se autor utiliza a ação para fugir à prescrição e, já sendo processada essa ação, o processo ficar paralisado, sem justa causa, pelo tempo prescricional, caracterizada está a desídia do autor, a justificar a incidência da prescrição.
3. AQUISITIVA
Corresponde ao usucapião, previsto no novo Código Civil, na parte relativa ao direito das coisas, mais precisamente no tocante aos modos originários de aquisição do direito de propriedade. Está prevista também nos arts. 183 e 191 da Constituição Federal de 1988, continuando restrita a direitos reais.
Nessa espécie, além do tempo e da inércia ou desinteresse do dono anterior, é necessária a posse do novo dono.
4. ORDINÁRIA
Aquela cujo prazo é genericamente previsto em lei.
No Código Civil de 1916, a prescrição ordinária era disciplinada no art. 177, já no Código Civil de 2002 o prazo genérico encontra-se previsto no art. 205, que confirmou a tendência de diminuição do prazo prescricional (de 20, 15 ou 10 anos para 10 anos), além de acabar com o tratamento diferenciado entre ações pessoais e ações reais.
5. ESPECIAL
Os prazos prescricionais são pontualmente previstos.
No Código Civil de 1916, a prescrição especial era tratada pelo art. 178, que muito embora se referisse expressamente à prescrição, continha alguns casos de decadência. Por sua vez o Código Civil de 2002 disciplina a prescrição especial no art. 206, merecendo destaque o prazo prescricional de três anos (§ 3°) relativo à pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa (inciso IV) e à pretensão de reparação civil (inciso V).
Paramos por aqui. 
Não esqueça de fazer as leituras e resolver os casos e conferir os gabaritos próxima semana.
Até lá!!!

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