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* “Os modelos assistenciais estão sempre se apoiando em uma dimensão assistencial e em uma tecnológica para expressar-se como projeto de política, articulado a determinadas forças e disputas sociais”. MERHY et al (1991) * BOTAZZO e FREITAS, (1998) nos afirmam que: “Duas propostas de reformulação do ensino médico se destacam pela influência na organização dos serviços de saúde” Abraham Flexner em 1910 (reforma EUA e Canadá); Bertrand Dawson em 1920 (reforma Previdenciária Inglesa – 1948 - e URSS, anos 40 e 50). Modelos Tecnoassistenciais em Saúde: * A MEDICINA CIENTÍFICA OU FLEXNERIANA Marco Conceitual Relatório Flexner (EUA, 1910) influenciou a formação médica em toda América Latina a partir da década de 40, através dos EUA e foi a base da organização dos serviços de saúde no Brasil. Partiu por um processo cartesiano de análise das causas das doenças, e nos levaram ao modelo de investigação clínica, onde o centro da investigação era o agente causal do quadro clínico e o indivíduo portador da doença”. (WAGNER,1996) * Características Baseado na atenção médica Ênfase no indivíduo doente, isolando-o de seu contexto social Centra a atenção nos aspectos biológicos do adoecer (biologicismo) Vê o ser humano como “máquina viva” (mecanismo) Fragmenta a atenção abusando de especialidades Ênfase na “cura” de lesões objetivas (medicina curativa) A MEDICINA CIENTÍFICA OU FLEXNERIANA * Características Consome acriticamente tecnologias Tem como retaguarda o Hospital Medicaliza todas as questões Não se articula com outras práticas terapêuticas ou racionalidades médicas Atende a demanda que o procura Não avalia sistematicamente seus resultados A MEDICINA CIENTÍFICA OU FLEXNERIANA * Características Se torna hegemônico no país a partir dos anos 50 (hegemonia americana pós Segunda Guerra); Florescente indústria de equipamentos e de medicamentos EUA; Afirmação do grande hospital. Consolidação do Modelo da Assistência Médica Previdenciária (anos 30/50). A MEDICINA CIENTÍFICA OU FLEXNERIANA * Crise “Este modelo entra em crise na década de 70 devido a problemas relativos à ineficiência, ineficácia e desigualdade na distribuição de seus progressos”. SILVA JR (1996) A MEDICINA CIENTÍFICA OU FLEXNERIANA * MEDICINA COMUNITÁRIA OU ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Marco Conceitual Relatório de Dawson - suas idéias foram o centro da reforma da Inglaterra, depois levadas a Cuba e Canadá no final dos anos 60; Apesar de controverso: nas idéias de Dawson se encontram as bases do pensamento da Medicina Comunitária (Silva Jr, 1998); * MEDICINA COMUNITÁRIA OU ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE O processo começou com as discussões para promover a extensão da cobertura e melhorar a saúde das populações rurais, e culminou com a Declaração de Alma Ata em 1978, em que os governos se propuseram alcançar “Saúde para todos no ano 2000”. Eram de baixo custo, simplificados, contavam com a participação da comunidade (ESCOREL, 1999). * MEDICINA COMUNITÁRIA OU ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Coletividade restrita (prática coletiva mas restrita aos limites da comunidade local); Integração de atividades promocionais, preventivas e curativas; Desconcentração de recursos (Hierarquização); Tecnologia adequada (seleção e utilização de tecnologias); Inclusão de práticas alternativas de saúde; Utilização de equipe de saúde (outros profissionais de nível universitário e auxiliares de menor escolaridade); Participação comunitária; Características * MEDICINA COMUNITÁRIA OU ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE A “Medicina Comunitária” chega à América Latina, financiada pela OPAS e algumas Instituições filantrópicas; Estimulou-se nas Faculdades de Medicina a criação dos Departamentos de Medicina Preventiva (DMPs); * MEDICINA COMUNITÁRIA OU ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DMPs como “base teórica e ideológica de um pensamento médico-social” (ESCOREL, 1999). Teoria é o berço do movimento da reforma sanitária brasileira: SILOS e Cidades Saudáveis introduzidas no Brasil no final da década de 80 o SUS. * OS SISTEMAS LOCAIS DE SAÚDE Características Participação Social: descentralização de decisões na elaboração de políticas; Intersetorialidade em todos os níveis de governo; Readequação de mecanismos de financiamento: transferência de poder político, administrativo e de recursos para o nível local; Integração dos programas de prevenção (controle de riscos) e de determinantes; * OS SISTEMAS LOCAIS DE SAÚDE Características Aumento da capacidade de análise da situação de saúde, definidas territorialmente, até o nível de micro-regiões; Reforço da capacidade administrativa: R. H. adequadamente capacitados; Sistema de informação que permita análise epidemiológica e administrativa, e coordenação de recursos físicos e financeiros no nível local; Capacitação da força de trabalho: pessoal qualificado para assumir tarefas e responsabilidades impostas pela nova organização. * OS SISTEMAS LOCAIS DE SAÚDE “Ao contrário do que ocorre no discurso preventivista, o social não é mitificado, reduzido ou simplificado, e sim investigado, principalmente em seus aspectos econômicos e de processo de trabalho, a procura da determinação dos fenômenos. A abordagem médico-social adotaria a prática política e a consciência sanitária como parte da consciência social, buscando a partir dessa prática, uma transformação social”. (ESCOREL, 1999). * A SAÚDE DA FAMÍLIA COMO ESTRATÉGIA DE REORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA Experiências pioneiras: Porto Alegre (1982), Curitiba (1992) e Niterói (1992). 1993: Programa de Saúde da Família (PSF) NOB/1996: Instituiu o Piso de Atenção Básica (PAB) Implementou o PSF * PARADIGMA DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE NOVA DEMANDA SERVIÇOS RESPOSTAS N O V A O R G A N I Z AÇÃ O CLÍNICAS EPIDEMIOLÓGICAS SOCIAIS * NO ENTANTO... A formação profissional continuou centrada no paradigma da Medicina Científica ou Flexneriano. Apenas transportou-se profissionais de saúde dos hospitais para os Postos e Centros de Saúde. Este profissional não compreende o novo paradigma, e resiste a mudanças na organização do processo de trabalho. * Pensar o SUS, como um programa amplo de reformas sociais, coerente com o paradigma da vigilância em saúde é: Trabalhar a compreensão de território Compreendido como espaço onde vivem grupos sociais, suas relações e condições de subsistência, de trabalho, de renda, de habitação, de acesso à educação, do seu saber preexistente, como parte integrante do meio ambiente, possuidor de uma cultura, de concepções sobre saúde e doença, de família, de sociedade, etc. * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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