Buscar

Contabilidade_topicos_avançados

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 387 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 387 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 387 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 1
 
CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
 
Olá, pessoal. Com a autorização para a realização do concurso 
da Receita Federal, vários candidatos que já fizeram algum tipo de 
curso de contabilidade (inclusive conosco), ou que estudaram por 
conta própria, nos solicitaram que realizássemos um curso de 
revisão, ou de aprofundamento, ou de exercícios, ou de tópicos 
especiais, enfim, um curso avançado para quem já sabe o básico. 
Nesse sentido, começamos a elaborar um material que 
satisfizesse as necessidades dos alunos. A idéia é oferecer um 
curso de contabilidade para candidatos já iniciados na matéria, ou 
seja, um curso avançado, de maneira a apresentar aos alunos os 
principais pontos do programa de forma mais aprofundada, 
visando ampliar ainda mais o conhecimento, para reduzir as 
possibilidades de que, na prova, surjam assuntos não vistos antes 
pelo candidato. Na verdade, é isso que todos querem, não é 
mesmo? 
Neste curso pretendemos apresentar e discutir de forma 
aprofundada, além dos pontos mais “cascudos” do programa, tais 
como tópicos relacionados à DOAR (origens e aplicações do capital 
circulante líquido), avaliação de investimentos, reavaliação, 
tributos nas operações com mercadorias, outros pontos que 
podem aparecer como novidade nos próximos certames, como 
bens totalmente depreciados, aquisição de imobilizado na fase pré-
operacional, reavaliação negativa, vendas por cartão de crédito, 
PDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.comPDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.comPDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.comPDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.comPDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.comPDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.comPDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.comPDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.com
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 2
aquisição de ações próprias, lançamentos na constituição de 
empresas e vários outros. 
O curso será ministrado em 10 aulas semanais no total. Ao 
final de cada aula, além dos exercícios normais de provas, serão 
apresentadas algumas questões inéditas, simulando questões de 
concursos e englobando o tema visto na aula. Para aqueles que já 
assistiram outros cursos presenciais, e para aqueles que 
participaram dos nossos cursos on-line de contabilidade 
introdutória e de contabilidade intermediária neste site trata-se de 
uma excelente oportunidade de complementar os estudos sobre 
essa matéria tão importante nos concursos públicos. 
A seguir, como aula demonstrativa, será apresentada a 
resolução de uma das questões mais solicitadas dos últimos 
tempos, que versa sobre DOAR (Demonstração de Origens e 
Aplicações de Recursos). Trata-se apenas de resolução de uma 
questão de prova, um trecho de aula, objetivando dar uma boa 
idéia ao concursando de como será o nosso curso. Apesar de ser 
apenas uma questão de prova, a mesma é tão rica em conceitos e 
procedimentos sobre DOAR que resolvemos inseri-la exatamente 
nesta aula inaugural gratuita. Procuraremos explicar muito bem 
cada passo da resolução. 
 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 3
AULA 0: QUESTÃO 30 DO CONCURSO AFC–
STN/2005 
 
Tomemos como exemplo as operações realizadas pela Cia. 
Comercial de Lixeiras, durante o exercício de 20x4, para elaborar a 
Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos nos termos da 
Lei nº 6.404/76. 
Operações: 
01- venda, a vista, de mercadorias por R$ 50.000,00, com 
lucro de 30% sobre as vendas; 
02- compra, a prazo, de móveis e utensílios para uso por R$ 
40.000,00; 
03- obtenção de empréstimo bancário, com juros de 5%, para 
pagamento em 30 parcelas iguais de R$ 4.000,00, iniciando-se em 
30 de novembro de 20x4; 
04- pagamento de R$12.000,00 de hipotecas de longo prazo; 
05- recebimento de créditos no valor de R$ 16.000,00, com 
juros de 8%; 
06- registro dos encargos de depreciação no valor de R$ 
3.000,00; 
07- aumento do capital social em R$ 4.000,00, com realização 
em dinheiro; 
08- venda, a vista, de equipamentos usados por R$ 2.000,00, 
baixando-se um custo de alienação de R$ 1.200,00; 
09- pagamento de despesas gerais no valor de R$ 700,00; 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 4
10- aumento do capital social em R$ 5.000,00 para 
integralização futura; 
11- aquisição de coligação acionária por R$ 25.000,00, para 
pagamento em 25 parcelas mensais, iguais, a partir de 30/11/x4; 
e 
12- destinação do lucro do período, sendo: 
R$ 1.380,00 para imposto de renda; R$ 1.000,00 para 
reservas; e R$ 2.000,00 para pagamento de dividendos. 
Com base nessas operações a empresa mandou elaborar a 
Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, nos termos da 
Lei nº 6.404/76, a qual, certamente, vai evidenciar os seguintes 
itens e valores: 
a) Origens de Recursos no valor de R$ 94.200,00. 
b) Origens de Recursos no valor de R$ 71.000,00. 
c) Aplicações de Recursos no valor de R$ 79.000,00. 
d) Aplicações de Recursos no valor de R$ 60.800,00. 
e) Redução do Capital Circulante Líquido em R$ 10.200,00. 
 
Resolução:. 
Bom, pessoal, trata-se de uma questão típica da ESAF. O 
examinador apresenta uma série de operações ocorridas durante o 
período, e pede, ao final, qual o efeito total causado pelas 
transações no capital circulante líquido (CCL). 
Lembramos que: CCL = AC – PC 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 5
Portanto, já podemos observar que, para sabermos a variação 
do capital circulante líquido no período, bastaria calcular a variação 
do ativo circulante e do passivo circulante. Isso não é difícil de 
analisar em cada uma das transações apresentadas. 
Porém, esse tipo de caminho para resolver a questão somente 
nos daria em quanto aumentou ou em quanto diminuiu o CCL. Se 
chegássemos ao valor de R$ 10.200,00 como redução do CCL, a 
resposta seria letra E, e tudo estaria bem. Porém, reparem que as 
alternativas (a leitura atenta das alternativas é fundamental) 
informam o valor das origens e das aplicações de recursos. 
Bom, então temos que tomar outro caminho. Precisamos 
recorrer à Lei das S.A. (e também à doutrina) para saber o que ela 
define como sendo origens e aplicações). Nesse ponto cabe a 
transcrição do artigo 188 da Lei 6.404/76. Relembrando: 
Art. 188. A demonstração das origens e aplicações dos 
recursos indicará as modificações na posição financeira da 
companhia, discriminando: 
I – as origens dos recursos, agrupadas em: 
a) lucro do exercício, acrescido de depreciação, amorti-
zação ou exaustão e ajustado pela variação nos resultados 
de exercícios futuros; 
b) realização do capital social e contribuições para 
reservas de capital; 
c) recursos de terceiros, originários do aumento do 
passivo exigível a longo prazo, da redução do ativo 
realizável a longo prazo e da alienação de investimentos e 
direitos do ativo imobilizado. 
II – as aplicações de recursos, agrupadas em: 
a) dividendos distribuídos; 
b) aquisição de direitos do ativo imobilizado; 
c) aumento do ativo realizável a longo prazo, dos 
investimentos e do ativo diferido; 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 6
d) redução do passivo exigível a longo prazo. 
III – o excesso ou insuficiência das origens de recursos 
em relação às aplicações, representando aumento ou 
redução do capital circulante líquido; 
IV – os saldos, no inicio e no fim do exercício, do 
ativo e do passivocirculantes, o montante do capital 
circulante Líquido e o seu aumento ou redução 
durante o exercício. 
 
A primeira coisa que devemos nos lembrar ao resolver um 
exercício sobre DOAR é que o resultado do exercício pode ser lucro 
ou prejuízo, certo? A lei determina que o lucro do exercício 
ajustado conforme o artigo 188, I-a é o primeiro item das origens 
de recursos. Mas e se o resultado ajustado for negativo, ou seja, 
se tivermos um prejuízo ajustado? 
A lei silencia quanto a isso, mas não faria sentido termos uma 
“origem negativa de recursos”. Por esse motivo, reza a boa 
doutrina que, caso o resultado ajustado seja negativo, este deve 
ser considerado como aplicação de recursos, apesar de não 
constar como um dos itens do artigo 188, II. 
Então, meus amigos, o que vocês têm que fazer é apurar em 
separado o resultado do exercício, ajustá-lo, e em seguida 
contabilizá-lo como origem ou aplicação, caso seja positivo ou 
negativo, respectivamente. 
Basicamente, analisaremos cada uma das operações, faremos 
o lançamento, e totalizaremos, ao final, o resultado, as origens e 
as aplicações. É claro que, na prova, vocês poderão resolver a 
questão de forma muito mais rápida, fazendo os lançamentos de 
cabeça e somente totalizando origens e aplicações no papel. Mas 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 7
isso é uma aula de revisão. E ainda por cima, on-line!!! Então 
temos a preocupação de deixar todos os passos bem claros para 
os alunos. Vamos lá: 
01- venda, a vista, de mercadorias por R$ 50.000,00, com 
lucro de 30% sobre as vendas; 
Lucro = 30% x R$ 50.000,00 = R$ 15.000,00 
O lançamento é: 
D – Caixa R$ 50.000,00 
C – Vendas R$ 50.000,00 
D – CMV R$ 35.000,00 
C – Estoques R$ 35.000,00 
 
Conforme o artigo 188 da Lei das S.A., a transação acima 
somente afeta o CCL por meio do lucro obtido, de R$ 15.000,00, 
que será lançado no resultado do exercício. 
 
02- compra, a prazo, de móveis e utensílios para uso por R$ 
40.000,00; 
Quando não se fala o prazo de pagamento, deve-se supor 
sempre o curto prazo. Portanto, o lançamento é: 
D – Móveis e Utensílios (aumento AP) R$ 40.000,00 
C – Contas a Pagar (aumento PC) R$ 40.000,00 
Trata-se de uma aplicação de recursos, segundo o artigo 
188, II-b 
 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 8
03- obtenção de empréstimo bancário, com juros de 5%, para 
pagamento em 30 parcelas iguais de R$ 4.000,00, iniciando-se em 
30 de novembro de 20x4; 
Valor do empréstimo: 30 x R$ 4.000,00 = R$ 120.000,00 
O que poderia pegar aqui seriam os juros. Porém, vocês 
devem ficar atentos ao enunciado, que diz “com base nessas 
operações, a empresa mandou elaborar...”. Isso quer dizer que 
devemos nos ater apenas à operação de tomada do empréstimo, e 
não à apropriação dos juros. 
Assim, no ato do empréstimo, sendo a primeira parcela 
mensal para 30/11/20x4, a segunda para 31/12/20x4, e assim 
sucessivamente, teremos até o final de 20x5 (curto prazo) um 
total de 14 parcelas, e 16 parcelas para a partir de 20x6, sendo a 
primeira em 31/01/20x6. 
Parcelas de Curto Prazo: 14 x R$ 4.000,00 = R$ 56.000,00 
Parcelas de Longo Prazo: 16 x R$ 4.000,00 = R$ 64.000,00 
O lançamento é: 
D – Bancos R$ 120.000,00 
C – Empréstimos Bancários (PC) R$ 56.000,00 
C – Empréstimos Bancários (PELP) R$ 64.000,00 
Trata-se de uma ORIGEM de recursos, segundo o artigo 
188, I-c 
 
 
04- pagamento de R$12.000,00 de hipotecas de longo prazo; 
O lançamento é: 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 9
D – Hipotecas a Pagar (PELP) R$ 12.000,00 
C – Caixa R$ 12.000,00 
Trata-se de uma aplicação de recursos, segundo o artigo 
188, II-d 
 
 
05- recebimento de créditos no valor de R$ 16.000,00, com 
juros de 8%; 
Juros = 8% x R$ 16.000,00 = R$ 1.280,00 
O lançamento é: 
D – Caixa R$ 17.280,00 
C – Valores a Receber R$ 16.000,00 
C – Receita de Juros R$ 1.280,00 
Essa operação propiciou uma receita de R$ 1.280,00, a ser 
lançada no resultado do exercício. 
 
06- registro dos encargos de depreciação no valor de R$ 
3.000,00; 
O lançamento é: 
D – Encargos de Depreciação R$ 3.000,00 
C – Depreciação Acumulada R$ 3.000,00 
 
Essa operação gera um efeito negativo no resultado 
(despesa), porém não afeta o capital circulante líquido. Por esse 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 10
motivo, a depreciação deve ser expurgada (somada) ao resultado 
do exercício para a obtenção do resultado ajustado (art. 188, I-a). 
 
07- aumento do capital social em R$ 4.000,00, com realização 
em dinheiro; 
Trata-se de uma origem de recursos clássica (art. 188, I-b), 
pois o aumento do capital social veio em forma de aumento do 
ativo circulante (caixa) 
 
08- venda, a vista, de equipamentos usados por R$ 2.000,00, 
baixando-se um custo de alienação de R$ 1.200,00; 
O lançamento é: 
D – Caixa R$ 2.000,00 
C – Equipamentos (AP) R$ 1.200,00 
C – Resultado não-operacional R$ 800,00 
 
A operação acima deve-ser contabilizada como origem de R$ 
R$ 2.000,00, pelo valor da venda dos bens do ativo permanente 
(art. 188, I-c), assim como os R$ 800,00 de lucro na operação 
devem ser lançados no resultado, porém deduzidos como ajuste. 
 
09- pagamento de despesas gerais no valor de R$ 700,00; 
Lançamento: 
D – Despesas Gerais R$ 700,00 
C – Caixa R$ 700,00 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 11
 
O valor será lançado no resultado. 
 
 
10- aumento do capital social em R$ 5.000,00 para 
integralização futura; 
Lançamento: 
D – Capital a Realizar R$ 5.000,00 
C – Capital Social R$ 5.000,00 
 
Esse lançamento não afeta o CCL. Não é origem nem aplicação 
de recursos. Não houve entrada de recursos na empresa se não 
houve a integralização. 
 
 
11- aquisição de coligação acionária por R$ 25.000,00, para 
pagamento em 25 parcelas mensais, iguais, a partir de 30/11/x4; 
Parcelas de curto prazo (até 31/12/20x5): 
14 x R$ 1.000,00 = R$ 14.000,00 
Parcelas de longo prazo (a partir de 20x6): 
11 x R$ 1.000,00 = R$ 11.000,00 
Lançamento: 
D – Ações de Coligadas R$ 25.000,00 
C – Valores a Pagar (PC) R$ 14.000,00 
C – Valores a Pagar (PELP) R$ 11.000,00 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 12
 
 
 
12- destinação do lucro do período, sendo: 
R$ 1.380,00 para imposto de renda; R$ 1.000,00 para 
reservas; e R$ 2.000,00 para pagamento de dividendos. 
O imposto de renda é uma despesa para a empresa, reduzindo 
o resultado do exercício em R$ 1.380,00 
A constituição de reservas não afeta o CCL, pois o recurso sai 
do patrimônio Líquido (LPA) e continua no PL. 
A destinação dos dividendos é uma aplicação de recursos (art. 
188, II-a), pois o recurso sai do patrimônio líquido e vai para o 
passivo. 
 
Após todas essas análises individuais, ficou fácil contabilizar 
origens e aplicações. Primeiramente, vamos contabilizar o 
resultado do exercício: 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 13
 
Resultado do Exercício 
(6) 3.000,00 15.000,00 (1) 
(9) 700,00 1.280,00 (5) 
(12) 1.380,00 800,00 (8) 
 5.080,00 17.080,00 
 12.000,00 
 
 
Ajustando o resultado, teremos: 
RLE R$ 12.000,00 
(+) Depreciação R$ 3.000,00 
(-) Lucro nas vendas do AP (R$ 800,00) 
(=) Resultado Ajustado para DOAR R$ 14.200,00 
 
Contabilizando as origens e aplicações, teremos: 
 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – TÓPICOS AVANÇADOS 
PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 14
 
ORIGENS APLICAÇÕES 
(3) 64.000,00 40.000,00(2) 
(7) 4.000,00 12.000,00 (4) 
(8) 2.000,00 25.000,00 (11) 
(11) 11.000,00 2.000,00 (12) 
(Res.) 14.200,00 
 95.200 79.000,00 3 
 
Finalmente: 
Variação do CCL = Origens – Aplicações 
Variação do CCL = 95.200 – 79.000 = 16.200 (positiva) 
Houve um aumento do CCL de R$ 16.200,00 
Resposta: Letra C 
 
Pessoal, vocês devem estar pensando: “mas que questão 
enorme !!! Que trabalheira !!!” É claro que na prova daria para 
resolver de forma simplificada, utilizando apenas os razonetes. 
Porém, como vocês perceberam, o objetivo aqui é revisar o 
máximo de conteúdo possível. Por isso escolhemos questões como 
esta, que englobam grande quantidade de conceitos e 
lançamentos. 
Um abraço a todos. 
Nos encontramos no curso. 
Velter e Missagia 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 1
AAUULLAA 11:: TTÓÓPPIICCOOSS EESSPPEECCIIAAIISS-- DDIIVVEERRSSOOSS 
PPrreezzaaddooss aalluunnooss ee aalluunnaass,, 
AA ppaarrttiirr ddee hhoojjee ccoommeeççaammooss uumm ccuurrssoo nnoovvoo ddee ccoonnttaabbiilliiddaaddee.. 
TTrraattaa--ssee ddee uumm ccuurrssoo ddee ccoonnttaabbiilliiddaaddee ggeerraall ccoomm ttóóppiiccooss aavvaannççaaddooss,, 
ttrraattaaddooss eemm ggrraauu ddee pprrooffuunnddiiddaaddee ssuuffiicciieennttee ppaarraa ddeeiixxáá--llooss eemm ccoonnddiiççõõeess 
ddee rreessoollvveerr aaqquueellaass qquueessttõõeess mmaaiiss ““ppeessaaddaass”” oouu mmeessmmoo aaqquueellaass 
““eexxóóttiiccaass”” ddee ccoonnttaabbiilliiddaaddee.. NNeessssee íínntteerriimm,, aalléémm ddee aapprrooffuunnddaarr ooss 
ccoonntteeúúddooss nnoorrmmaaiiss ddee ccoonnttaabbiilliiddaaddee,, nnaa tteennttaattiivvaa ddee ““aaddiivviinnhhaarr”” aaqquueellaa 
qquueessttããoo eessddrrúúxxuullaa qquuee aa EESSAAFF sseemmpprree ccoobbrraa nnooss ccoonnccuurrssooss ddaa RReecceeiittaa,, 
ttrraarreemmooss aallgguunnss ppoonnttooss ppoouuccoo eexxpplloorraaddooss ppeellaa mmaaiioorriiaa ddooss lliivvrrooss ddee 
ccoonnttaabbiilliiddaaddee ee nnaa mmaaiioorriiaa ddaass pprroovvaass.. SSeerráá oo ddiiffeerreenncciiaall nnoo vvoossssoo eessttuuddoo.. 
UUmm ppoolliimmeennttoo!! 
CCoommeeççaarreemmooss aa aauullaa ddeessttaa sseemmaannaa,, jjuussttaammeennttee,, ccoomm aallgguunnss 
ttóóppiiccooss eessppeecciiaaiiss.. ÉÉ ccllaarroo qquuee nnããoo aabbaannddoonnaarreemmooss ooss ppoonnttooss ttrraaddiicciioonnaaiiss,, 
aaffiinnaall vvooccêêss qquueerreemm sseerr aapprroovvaaddooss nnoo ccoonnccuurrssoo ee nnããoo aappeennaass aacceerrttaarr aass 
qquueessttõõeess mmaaiiss ddiiffíícceeiiss oouu eexxóóttiiccaass,, nnããoo éé vveerrddaaddee??!!!! 
 
TTÓÓPPIICCOOSS EESSPPEECCIIAAIISS -- DDIIVVEERRSSOOSS 
 
1 - VENDAS PARA ENTREGA FUTURA 
Numa operação de compra e venda de mercadorias, pode ocorrer que o 
comprador pretende efetuar a compra agora e retirar a mercadoria em outro 
momento. Salienta-se que neste caso a mercadoria existe e está no depósito ou 
na posse do vendedor, logo não estamos tratando do caso de venda antecipada 
em que o reconhecimento da receita ocorre apenas pela entrega das mercadorias 
ou quando elas passam a existir, quando o adiantamento dos clientes é registrado 
como passivo exigível. 
Estamos tratando de caso em que a mercadoria está à disposição do 
comprador e este somente não a retira do estabelecimento do vendedor por sua 
conveniência, mas já lhe pertence. 
Assim, para o vendedor, a receita da venda deve ser reconhecida desde a 
realização do negócio, isto é, de imediato, inclusive procedendo a baixa das 
mercadorias vendidas do seu estoque se estiver adotando o sistema de inventário 
permanente. 
 Mas, o quê o vendedor fará com as mercadorias do comprador e que não 
foram retiradas? 
O vendedor deverá separar as mercadorias do comprador do seu estoque 
de mercadorias para venda e assume a condição de depositário das mesmas, pois 
as mercadorias não lhe pertencem mais. 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 2
Vejamos o assunto por meio de um exemplo com todos os lançamentos 
a ele inerentes. 
 
Exemplo: A empresa LOG-LUG S/A, lançou uma promoção de vendas 
concedendo desconto de 20% sobre o preço normalmente praticado com a 
mesma mercadoria. A empresa LIGADONA S/A, que está reformando o seu 
depósito de mercadorias para revenda, não pretende perder esta promoção e 
contata com a vendedora verificando a possibilidade de esta ficar como 
depositária em eventual compra no valor de R$ 125.000,00. A vendedora aceita 
as condições da compradora e o negócio é realizado 01/10/2005, cuja retirada 
das mercadorias pela compradora deverá ocorrer somente em 12/11/2005. O 
custo das mercadorias vendidas para a vendedora é de R$ 92.000,00. 
Desconsiderando a incidência de tributos na operação, teremos as seguintes 
implicações contábeis na operação. 
 
Lançamentos: 
 
1) Pela venda em 01/10/2005: 
 
D – Clientes/Caixa/Bancos (Ativo Circulante) R$ 100.000,00 
D – Descontos incondicionais (redutora de venda) R$ 25.000,00 
C – Vendas de Mercadorias (Resultado) R$ 125.000,00 
 
2) Pela segregação dos estoques relativos à venda : 
 
D – Estoques de Terceiros (AC) R$ 92.000,00 
C – Mercadorias de Terceiros em Depósito (PC) R$ 92.000,00 
 
3) Pela baixa dos estoques vendidos em 01/10/2005: 
 
D – CMV (Conta de Resultado) R$ 92.000,00 
C - Estoques de Mercadorias (AC) R$ 92.000,00 
 
4) Em 12/11/2005, por ocasião da entrega das mercadorias ao 
cliente: 
 
D – Mercadorias de Terceiros em Depósito (PC) R$ 92.000,00 
C - Estoques de Terceiros (AC) R$ 92.000,00 
 
Percebam que por meio dos lançamentos de nº 2 e 4 é que se faz o 
controle das mercadorias do comprador. Pelo lançamento nº 2 é criada uma 
obrigação (Mercadorias de Terceiros em Depósito – PC) em contrapartida o 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 3
registro das mercadorias em depósito (Estoque de Terceiros – AC). Pela efetiva 
entrega das mercadorias ao comprador (lançamento nº 4), dá-se a saída das 
mercadorias (Estoques de Terceiros - AC) e a conseqüente baixa da obrigação 
(Mercadorias de Terceiros em Depósito – PC). 
 
 
 
2 - FATURAMENTO ANTECIPADO 
 
Em algumas circunstâncias, o comprador pode querer, exclusivamente 
por sua conveniência, que o vendedor emita a Nota Fiscal e a fatura em relação a 
uma venda sem que este esteja de posse dos produtos ou mercadorias para 
entrega. Neste caso temos o que chamamos de faturamento antecipado sem que 
as mercadorias ou produtos estejam de posse do vendedor. 
Como o vendedor não possui as mercadorias ou os produtos para 
entrega, a receita somente deve ser reconhecida quando efetivamente entregar os 
bens ao comprador. Salienta-se que fato semelhante pode ocorrer na prestação 
de serviços, caso em que a receita deve ser reconhecida apenas quando da 
efetiva prestação. 
Chama-se a atenção ao fato de que o faturamento antecipado não se 
constitui em recebimento antecipado e, neste caso, esta transação não há de 
constar nas demonstrações contábeis, pois ela não passa de mera promessa de 
compra e venda, devendo ser controlada por meio de contas de compensação, de 
forma extracontábil, conforme segue. 
 
D - Faturamento Antecipado (Conta de Compensação Ativa) 
C - Receitas Antecipadas a Apropriar (Conta de Compensação Passiva) 
 
Na efetiva entrega dos bens ou serviços, efetua-se os seguintes 
lançamentos: 
 
D – Clientes 
C – Vendas 
 
D - Receitas Antecipadas a Apropriar (Conta de Compensação Passiva) 
C - Faturamento Antecipado (Conta de Compensação Ativa) 
 
 
 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 4
3 - ICMS - SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
A Constituição Federal estabelece no § 7º do artigo 150 que“A lei 
poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de 
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva 
ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da 
quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido”. Este dispositivo 
representa a base da Substituição Tributária de modo geral. 
Na alínea “b”, do inciso XII, do artigo 155 da CF/88, a carta magna 
remete à lei complementar para dispor sobre substituição tributária 
relativamente ao ICMS. Esse dispositivo constitucional foi jurisdicionado por 
meio da Lei Complementar nº 87/1996 e complementado por diversos 
Convênios do ICMS no âmbito do CONFAZ (Conselho Nacional de Política 
Fazendária). 
A LC nº 87/1996, disciplinou a substituição tributária, por meio dos 
artigos 5º ao 10º. Dada a sua relevância, transcrevemos os principais trechos 
dessa regulamentação, do seguinte modo: 
Art. 6o Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou 
a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu 
pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto 
tributário. (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) 
§ 1º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao 
imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, 
sejam antecedentes, concomitantes ou subseqüentes, inclusive 
ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e 
interestadual nas operações e prestações que destinem bens e 
serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja 
contribuinte do imposto. 
... 
Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, 
será: 
I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou 
concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado pelo 
contribuinte substituído; 
II - em relação às operações ou prestações subseqüentes, obtida 
pelo somatório das parcelas seguintes: 
a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo 
substituto tributário ou pelo substituído intermediário; 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 5
b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros 
encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou 
tomadores de serviço; 
c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às 
operações ou prestações subseqüentes. (grifamos). 
Da leitura do dispositivo percebe-se que a substituição pode ser “para 
frente - antecedente”, “para trás - subseqüente” ou concomitante, inclusive ao 
valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual. 
O art. 8º versa sobre a base de cálculo do imposto por substituição 
tributária, cujo dispositivo é bastante claro, não cabendo comentário adicional. 
Na prática, a indústria ou distribuidor recolhe o ICMS devido das 
operações seguintes até o consumidor final na substituição para frente e o 
vendedor varejista recolhe o tributo devido pelo distribuidor ou o industrial na 
substituição para trás. 
 
Exemplo 1 – A Indústria Bom Pneu, efetuou a venda de 100 pneus para 
a empresa Repneus Ltda, ao preço unitário de R$ 150,00. A operação está 
sujeita a IPI de 20% e ICMS também de 20%. Além disso a indústria recolhe o 
ICMS – substituição tributária “para frente” e sugere o preço de venda de R$ 
300,00 a unidade dos pneus. O custo dos Pneus para indústria é de R$ 98,00 por 
unidade: 
Elementos da Nota Fiscal: 
 
Descrição 
 
Valor da Operação – venda de pneus R$ 15.000,00 
IPI R$ 3.000,00 
ICMS substituição Tributária R$ 3.000,00 
 Valor Total da Nota Fiscal de Venda R$ 21.000,00 
 
Destaque de ICMS (normal) – R$ 3.000,00 
 
CONTABILIZAÇÃO: 
 
1) Pelo registro da venda: 
 
D – Caixa/Bancos/Clientes (AC) R$ 21.000,00 
D – ICMS s/ Vendas R$ 3.000,00 
C - Vendas R$ 15.000,00 
C – IPI a Recolher R$ 3.000,00 
C – ICMS (substituição trib.) a Recolher R$ 3.000,00 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 6
C – ICMS Próprio a Recolher R$ 3.000,00 
 
O ICMS - Substituição Tributária não é receita da empresa vendedora, 
logo ele será excluído da base de cálculo do PIS e COFINS. 
 
2) Pela baixa do estoque: 
 
D – CPV 
C – Estoque R$ 9.800,00 
 
Apuração do RCM ou Lucro Bruto na Indústria: 
 
Vendas Brutas R$ 15.000,00 
(-) ICMS R$ 3.000,00 
= Vendas Líquidas R$ 12.000,00 
(-) CPV R$ 9.800,00 
= Lucro Bruto R$ 3.200,00 
 
 
Na empresa Repneus Ltda, o registro da aquisição com substituição 
tributária de pneus para revenda assume a seguinte configuração: 
 
Descrição Valor R$ 
Valor da Operação - pneus 15.000,00 
IPI 3.000,00 
ICMS substituição Tributária 3.000,00 
Valor Total da Nota Fiscal de aquisição 21.000,00 
 
Obs.: 
 
1 – A compradora tem o ICMS recolhido por substituição tributária, logo 
não faz jus ao crédito do ICMS normal incidente na aquisição. Assim, o valor do 
ICMS integra o custo de aquisição e vai para o estoque. 
 
2 – A adquirente não terá débito de ICMS quando vender as mercadorias 
adquiridas, logo o ICMS por substituição deverá compor o custo de aquisição e 
será lançado no estoque. 
 
3 – A Revendedora é uma empresa eminentemente comercial, logo não é 
contribuinte do IPI e o valor deste integrará o custo de aquisição. 
 
Assim, teremos na compradora o seguinte lançamento pela aquisição dos 
pneus: 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 7
 
D – Estoque de Mercadorias p/ Revenda (AC) R$ 21.000,00 
C – Caixa/Bancos/Fornecedores R$ 21.000,00 
 
 
Agora, se esse negócio de substituição tributária cair na prova, vocês já 
sabem do que se trata!!! Além disso, como o ICMS por substituição tributária 
tem implicações com a base de cálculo do PIS e da Cofins, mesmo não caindo 
na prova os lançamentos da substituição, vocês estarão mais seguros no cálculo 
do PIS e da Cofins!! 
 
 
4 - IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS E MATÉRIAS-
PRIMAS 
Sabemos que todos os gastos realizados e necessários para a obtenção de 
um bem devem ser considerados como custo de aquisição. Esta regra é aplicável 
aos bens adquiridos no mercado nacional ou no exterior. 
Assim, o custo a ser atribuído aos insumos ou mercadorias adquiridas no 
mercado externo e destinado para revenda é composto por todos os gastos 
incorridos desde a data da assinatura do contrato de câmbio, até o efetivo 
desembaraço aduaneiro dos bens. Estes gastos compreendem basicamente fretes, 
comissões, seguros, impostos não recuperáveis e tarifas aduaneiras. 
Os tributos não recuperáveis (inclusive o PIS e COFINS, se for o caso) 
que incidem na importação devem compor o custo de aquisição a ser atribuído 
aos bens importados (salientamos que somente as empresa tributadas com base 
no Lucro Real é que podem recuperar o PIS e a Cofins). 
Todos os gastos efetuados e relativos à importação devem ser agregados 
a uma conta específica e transitória intitulada "Importação em Andamento" a ser 
classificada no Ativo Circulante. 
Por ocasião do desembaraço dos bens, o importador fará o registro no 
estoque em contrapartida da conta de Importação em Andamento. 
Para fins de apuração do custo de aquisição, a avaliação dos bens 
importados em moeda nacional deve ocorrer pela conversão da moeda 
estrangeira pela taxa de câmbio (valor de venda) vigente na data do 
desembaraço aduaneiro. 
 
Exemplo: Suponha que a empresa IMPORTA-SE S/A efetua a 
importação de 200 unidades de mercadorias, com os seguintes dados: 
Valor das mercadorias US$: 30,000.00 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 8
Gastos para a obtenção de licença de importação e pagamento de seguro: 
R$ 1.450,00 
Valores da fatura do despachante aduaneiro (em R$): 
 
Taxas Portuárias e Alfandegárias 1.746,00 
Imposto de Importação 3.780,00 
Honorários do Despachante 2.100,00 
ICMS 12.650,00IPI 6.700,00 
Total da Fatura do Despachante 26.976,00 
 
Frete R$ 1.500,00 
Data do recebimento da fatura do fornecedor estrangeiro: 05/05/2004. 
Data do desembaraço: 10/06/2004 
Data do pagamento da fatura do fornecedor estrangeiro: 30/09/2004 
Taxas do dólar comercial de venda fixada pelo Banco Central (valores 
hipotéticos): 
05/05/2004 = R$ 2,6594 
10/06/2004 = R$ 2,7827 
 
A liquidação do câmbio para pagamento do fornecedor estrangeiro, em 
30/09/2004, se deu pela taxa de R$ 2,9324 por dólar. 
 
1) Registro dos gastos com a obtenção da Licença de Importação e a 
contratação de seguro: 
 
D - Importação em Andamento (AC) 
C - Bancos C/ Movimento (AC) R$ 1.450,00 
 
2) Registro do adiantamento ao despachante aduaneiro: 
 
D - Adiantamento por Conta de Importação (AC) 
C - Bancos C/ Movimento (AC) R$ 26.976,00 
 
3) Registro da fatura do fornecedor estrangeiro em 05/05/2004 (US$ 
30.000,00 x R$ 2,6594): 
 
D - Importação em Andamento (Ativo Circulante) 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 9
C – Fornecedores – estrangeiros R$ 79.782,00 
 
4) Variação cambial até o desembaraço das mercadorias em 
10/06/2004: 
 
Cálculo: US$ 30.000,00 x 2,7827 = R$ 83.481,00 
R$ 83.481,00 – R$ 79.782,00 (valor contabilizado) = R$ 3.699,00 
 
D - Importação em Andamento (Ativo Circulante) 
C - Fornecedores – estrangeiros R$ 3.699,00 
 
5) Pelo registro da fatura do despachante aduaneiro: 
 
a) Valores que integrarão o custo dos bens adquiridos: 
 
D – Importação em Andamento (Ativo Circulante) 
C – Adiantamento – Despachantes Aduaneiros (PC) R$ 26.976,00 
 
 
b) Impostos recuperáveis: 
 
D – IPI a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 6.700,00 
D – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 12.650,00 
C - Importação em Andamento (Ativo Circulante) R$ 19.350,00 
 
 
6) Pela transferência do saldo da conta "Importação em 
Andamento" para a conta definitiva, em face da entrada das 
mercadorias/matérias-primas no estabelecimento: 
Demonstração da conta: 
Licença de Importação e Seguro R$ 1.450,00 
Fatura da Mercadoria R$ 79.782,00 
Variação Cambial da Fatura R$ 3.699,00 
Taxas Portuárias e Alfandegárias R$ 1.746,00 
Imposto de Importação R$ 3.780,00 
Honorários do Despachante R$ 2.100,00 
Soma R$ 92.557,00 
 
D – Estoque de mercadorias 
C – Importação em andamento R$ 92.557,00 
 
7) Contabilização do frete: 
 
D - Estoque (Ativo Circulante) 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 10
C – Fretes a Pagar (Passivo Circulante) R$ 1.500,00 
 
8) Reconhecimento da variação cambial sobre a importação a pagar 
no período entre o desembaraço aduaneiro até a data do pagamento do 
fornecedor em 30/09/2004: 
 
Cálculo: 
 
US$ 30,000.00 x 2,9324 = R$ 87.972,00 
Saldo de importação a pagar R$ 83.481,00 
Variação: R$ 87.972,00 – R$ 83.481,00 = R$ 4.491,00 
 
D - Variação Cambial Passiva (Resultado) 
C - Fornecedores – estrangeiros R$ 4.491,00 
 
 
Após os lançamentos aludidos, a demonstração do custo unitário da mercadoria 
importada ficará como segue: 
 
Valor da Importação R$ 92.557,00 
Frete R$ 1.500,00 
Total do Custo R$ 94.057,00 
Unidades 200 
Custo Unitário R$ 470,28 
 
LANÇAMENTOS DE RAZÃO 
 
Importações em Andamento Bancos c/ Movimento 
(1) 1.450,00 19.350,00 (5.b) SI 1.450,00 (1) 
(3) 79.782,00 26.976,00 (2) 
(4) 3.699,00 
(5.a) 26.976,00 
 92.557,00 92.557,00 (6) 
 
 
Fornecedores Estrangeiros Adiantamentos a Despachantes 
 79.782,00 (3) (2) 26.976,00 26.976,00 (5.a) 
 3.699,00 (4) 
 4.491,00 (8) 
 87.972,00 
 
IPI a Recuperar ICMS a Recuperar 
(5.b) 6.700,00 (5.b) 12.650 
 
 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 11
Fretes a Pagar Mercadorias - Estoque 
 1.500,00 (7) (6) 92.557,00 
 (7) 1.500,00 
 94.057,00 
 
 
Variação Cambial Passiva 
(8) 4.491,00 
 
 
 
CONTABILIZAÇÃO DO PIS E COFINS SOBRE IMPORTAÇÃO 
A partir de 01/05/2004, por força da Lei 10.865/2004, incide PIS e 
COFINS na importação de bens e serviços. 
Antes de apresentarmos as implicações contábeis relativas a essas 
contribuições vamos ver alguma coisa, resumidamente, sobre a legislação de 
regência para deixá-los a par do que se estará fazendo na contabilidade. 
 
O objetivo da Instituição das Contribuições Incidentes sobre as 
Importações foi o de estabelecer a isonomia tarifária entre produtos e serviços 
nacionais e produtos e serviços importados. 
 
Incidência 
1. Importação de produtos 
2. Importação de serviços 
Consideram-se importados os serviços prestados por pessoa física ou 
jurídica residente ou domiciliada no exterior: 
• Executados no País; ou 
• Executados no exterior, cujo resultado se verifique no País. 
 
Fato Gerador 
Para produtos: a entrada de produto importado em território nacional. 
Consideram-se, também, entrados em território nacional os bens que 
constem como importados cujo extravio seja apurado pela administração 
aduaneira. 
Para serviços: o pagamento, o crédito, a entrega ou a remessa de valores 
para países estrangeiros. 
 
Ocorrência do Fato Gerador 
 
1. Para produtos: 
• data do registro da Declaração de Importação; 
• data do lançamento do crédito tributário, no caso de extravio; 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 12
• data do vencimento do prazo de permanência em recinto alfandegado, 
se iniciado o despacho aduaneiro. 
 
2. Para serviços: 
• data do pagamento, do crédito, da entrega, do emprego ou da remessa 
de valores. 
 
Contribuintes 
 
Para Produtos: 
O importador, pessoa física ou jurídica que promova a entrada de 
produtos estrangeiros em território nacional. 
Equiparam-se a importador: 
• o destinatário de remessa postal internacional; e 
• o adquirente de mercadoria entrepostada. 
 
Para Serviços: 
A pessoa física ou jurídica contratante de serviços de residentes ou 
domiciliados em país estrangeiro. 
 
Base de Cálculo 
 
Para Produtos: 
� Valor Aduaneiro (VA) 
� Para efeitos das contribuições temos que: 
� VA = BC do II + ICMS + PIS/Pasep-Importação + Cofins-Importação 
 
Para Serviços:Valor pago, creditado, entregue ou remetido para o 
exterior (antes da retenção do IR) + ISS + PIS/Pasep Importação + Cofins 
Importação. 
 
Alíquotas Básicas 
PIS/PASEP-Importação = 1,65%. 
COFINS-Importação = 7,6%. 
 
Isenções 
 
• Importações realizadas por PJ de direito público, por Missões 
Diplomáticas ou por representantes de organismos internacionais. 
• Remessas postais sem valor comercial ou destinadas a pessoas físicas. 
• Bagagem de viajantes, bens adquiridos em lojas francas no País ou 
bens destinados à subsistência das famílias em cidades fronteiriças. 
• Bens importados sob regime de drawback 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 13
• Objetos de arte. 
• Equipamentos importados por instituições científicas ou por cientistas e 
pesquisadores. 
 
Não incidência 
 
• Bens estrangeiros que cheguem ao País por erro de expedição. 
• Bens destinados a reposição de outros anteriormente importados, que 
tenham se revelado, após o desembaraço, imprestáveis. 
• Bens estrangeiros que tenham sido objeto de pena de perdimento. 
• Bens devolvidos ao exterior antes do registro da DI. 
• Pescado capturado fora das águas territoriais. 
• Bens submetidos ao regime de exportação temporária. 
• Bens ou serviços importados por entidades beneficentes de assistência 
social. 
• Bens em transito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruídos. 
• Bens avariados, desde que destruídos sob controle aduaneiro. 
• Custo do transporte internacional e outros serviços, quetiverem sido 
computados no valor aduaneiro. 
 
Cálculo dos Créditos – Alíquotas Básicas 
 
PIS/Pasep = 1,65% Cofins = 7,6% 
Lei 10.865, art. 15 - os contribuintes de PIS/Pasep e Cofins não-
cumulativos podem descontar créditos calculados sobre o valor que serviu de 
BC das contribuições na importação nas hipóteses de: 
Bens adquiridos para revenda. 
Bens e serviços utilizados como insumos. 
Energia elétrica. 
Aluguéis e contraprestação de arrendamento mercantil. 
Bens incorporados ao ativo imobilizado. 
 
Assim, em face da legislação aplicável, o procedimento contábil a ser 
adotado para tais contribuições é a seguinte: 
PIS e COFINS RECUPERÁVEIS 
Na hipótese de o importador valer-se do crédito, bastará contabilizar tais 
valores em conta do Ativo Circulante, como PIS e COFINS a Recuperar. 
Exemplo: PIS e COFINS devidos na importação, nos valores de R$ 
1.650,00 e R$ 7.600,00, respectivamente, que serão compensados 
posteriormente com as respectivas contribuições: 
 
1. Pelo registro do pagamento: 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 14
 
D. PIS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 1.650,00 
D. COFINS a Recuperar (AC) R$ 7.600,00 
C. PIS Importação a Recolher (PC) R$ 1.650,00 
C. COFINS Importação a Recolher (PC) R$ 7.600,00 
 
2. Pela compensação efetuada no final do mês com as respectivas 
contribuições apuradas: 
 
D. PIS Receita Bruta a Recolher (PC) 
C. PIS a Recuperar (AC) R$ 1.650,00 
e 
D. COFINS Receita Bruta a Recolher (PC) 
C. COFINS a Recuperar (AC) R$ 7.600,00 
 
Entretanto, se o importador não puder compensar o valor dos tributos 
(forma cumulativa), ele deve fazer o seguinte lançamento: 
 
Exemplo: PIS e COFINS na importação de mercadorias para revenda, 
nos valores de R$ 1.650,00 e R$ 7.600,00. O contribuinte é tributado pelo IRPJ 
com base no Lucro Presumido: 
 
D – Importações em Andamento R$ 9.250,00 
C – PIS Importação a Recolher (PC) R$ 1.650,00 
C – COFINS Importação a Recolher (PC) R$ 7.600,00 
 
Percebam que neste caso o valor do PIS e da Cofins integrarão o custo de 
aquisição, pois o importador não tem o direito de optar pela forma da não-
cumulatividade dessas contribuições, visto que é tributado pelo Lucro 
Presumido. 
 
Obs.: Somente as pessoas jurídicas tributadas com base no Lucro Real é 
que podem optar pela não-cumulatividades do PIS e da Cofins. 
Pessoas Jurídicas excluídas da incidência não-cumulativa das contribuições: 
1.Pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Presumido ou Arbitrado; 
2.Pessoas jurídicas optantes do SIMPLES; 
3.Pessoas jurídicas imunes a impostos; 
4.Instituições financeiras, empresas de seguros privados, entidades de 
previdência privada, empresas de capitalização (§ 6o do art. 3o da Lei no 9.718, de 
1998); 
5.Pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos 
imobiliários, nos termos da Lei no 9.514, de 1997, e financeiros (§ 8o do art. 3o da Lei 
no 9.718, de 1998); 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 15
6.Operadoras de planos de assistência à saúde (§ 9o do art. 3o da Lei no 9.718, 
de 1998); 
7.Órgãos públicos, autarquias e fundações públicas federais, estaduais e 
municipais e as fundações de ensino e pesquisa do art. 61 do ADCT da CF 1988; 
8.Empresas particulares que explorem serviços de vigilância e transporte de 
valores na forma da Lei nº 7.102, de 1983; 
9.Sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária e as de 
consumo. 
 
 
 
 
5 – ICMS NA AQUISIÇÃO DO IMOBILIZADO 
 
O assunto é tratado pela Lei Complementar 114/2002, dispondo que a 
partir de 01/01/2007 os créditos decorrentes de entrada de ativo permanente 
poderão ser apropriados á razão de 1/48 por mês. 
A contabilização do referido crédito a apropriar deve ser feito em conta 
do ativo (impostos a recuperar) e a crédito de imobilizado, já que o ICMS 
recuperável é considerado como redutor do custo de aquisição. 
 
Exemplo: 
Valor de Aquisição de Máquina: R$ 80.000,00 
Valor do ICMS R$ 12.000,00 
Cálculo do ICMS recuperável por mês para fins de distribuição nas 
contas do AC e ARLP: R$ 12.000,00 / 48 meses = R$ 250,00/mês) 
Ativo Circulante: 12 x R$ 250,00 = R$ 3.000,00 
ARLP: 36 x R$ 250,00 = R$ 9.000,00 
 
1. Contabilização do ICMS recuperável: 
D – ICMS s/ Imobil. a Recuperar (AC) R$ 3.000,00 
D - ICMS s/ Imobil. a Recuperar (ARLP) R$ 9.000,00 
C – Máquinas e Equipamentos(Imob) R$ 12.000,00 
 
2. Apropriação do ICMS 1/48 no mês: 
D - ICMS a Recolher (PC) 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 16
C - ICMS s/ Imobil. a Recuperar (AC) R$ 250,00 
 
 
 
6 – BONIFICAÇÃO EM MERCADORIAS 
Em algumas operações com mercadorias (compra e venda) o desconto 
concedido ao comprador não é na forma tradicional (diminuição do valor a 
desembolsar), mas mediante aumento da quantidade de mercadorias a ele 
entregues. 
Veja-se que em situações como esta na Nota Fiscal, em vez dos 
tradicionais descontos, mantém-se o valor de venda, porém há a entrega de uma 
quantidade adicional de mercadorias. 
 
Exemplo: A empresa HORROR S/A adquire para revenda da empresa 
RIR S/A 200 unidades de máquinas fotográficas digitais, ao preço unitário de 
R$ 440,00. A vendedora, por essa quantidade adquirida pelo comprador, em vez 
de conceder o tradicional desconto sobre vendas (desconto incondicional ou 
comercial), dá uma bonificação de 10% ao vendedor, entregando ao todo 220 
câmeras digitais. O custo unitário das câmeras para a vendedora é de R$ 360,00. 
Essa bonificação, para o comprador, deve ser entendida como sendo um 
desconto por unidade da mercadoria adquirida, diminuindo o seu custo. Para o 
vendedor, esse desconto representa aumento do CMV. 
Percebam que neste caso a bonificação de 20 unidades está atrelada à 
venda de um lote de 200 unidades, isto é, há vinculação da receita com vendas e 
a baixa do estoque de 220 unidades. 
O preço de venda unitário real, neste caso, foi de R$ 400,00 (R$ 440,00 
x 200 /220). 
Desta forma, e considerando que a entrega da quantidade adicional está 
vinculada ao negócio em si, a classificação contábil da baixa das 20 unidades 
"bonificadas" deve ser efetuada em conta de CMV, da mesma forma como se 
dará baixa das outras 200 unidades. 
Percebe-se que não se fala em despesas de vendas. É CPV ou CMV 
mesmo, interferindo diretamente na apuração do resultado com mercadorias ou 
do Lucro Bruto. 
Contabilização: 
1) Pela venda 
D – Caixa/Bancos/Clientes 
C – Vendas Brutas R$ 88.000,00 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 17
 
2) Pela baixa do estoque 
D – CMV/CPV 
C – Estoque de Mercadorias R$ 79.200,00 
 
No comprador, teremos o seguinte lançamento: 
D – Mercadorias – Estoque 
C – Caixa/Bancos/Fornecedores R$ 88.000,00 
O Custo Unitário será de R$ 400,00 (R$ 88.000,00 / 220 u) 
 
Se no caso do exemplo anterior, ao invés de haver a bonificação, as 20 
unidades adicionais da mercadoria tivessem sido distribuídas como amostra, sem 
vinculação com a venda ou sem realização direta de receita vinculada a cada 
unidade entregue, aí o custo dessas unidades deveria ser classificado como conta 
de resultado em outras despesas operacionais – despesas com vendas. 
D – Despesas com Vendas R$ 7.200,00 
C – Estoque de Mercadorias R$ 7.200,00 
 
Atenção! 
Em nosso exemplo desconsideramos a incidência tributária. Caso as 
mercadorias estejam sujeitas a tributos (ICMS, por exemplo), este deve ser 
considerado inclusive na distribuição de amostras! 
 
 
 
7 – CARTÕES DE CRÉDITO - COMPRAS E VENDAS 
 
Devem ser lançadas como vendas a prazo as realizadas por meio de 
cartões de crédito, visto que as administradoras de cartões de crédito efetuam o 
pagamento, geralmente, algum tempo após as autorizações de pagamento por 
parte do comerciante.A receita das administradoras de cartões de crédito provém da cobrança 
de uma taxa sobre o valor do crédito autorizado (venda) – as chamadas taxas de 
administração do cartão de crédito (vejam que nós, os mortais, também pagamos 
anuidade, ou não, para ter o desgraçado do cartão de crédito e nos incomodamos 
muito com isso, principalmente quando queremos cancelar o danado do cartão. 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 18
É um tal de 0800 pra cá, outro pra lá, trezentos atendentes e ninguém resolve 
nada!). 
 
Exemplo 
 
A empresa IN LOCO S/A, no dia 10/10/2005, realizou a venda de um 
refrigerador pelo valor de R$ 1.300,00. O cliente, o Sr. Jacinto Adoralino Bolso, 
paga sua compra com cartão de crédito da Administradora “SYNO 
INTERNACIONAL”. Esta operadora cobra do vendedor a taxa de 5%. Em 
05/11/2005, ocorre a liquidação do crédito com a empresa vendedora, por meio 
de depósito bancário. ICMS a alíquota de 20%. 
 
CONTABILIZAÇÃO: 
 
1 - Pela venda da mercadoria: 
 
D – Créditos com Administradoras de cartão (AC) R$ 1.235,00 
D - Despesas com Vendas (Conta de Resultado) R$ 65,00 
C - Receita de Vendas (Conta de Resultado) R$ 1.300,00 
 
É interessante observar que esse lançamento poderia ter sido realizado da 
seguinte forma: 
 
D – Créditos com Administradoras de cartão (AC) R$ 1.300,00 
C - Receita de Vendas (Conta de Resultado) R$ 1.300,00 
 
e 
 
D - Despesas com Vendas (Conta de Resultado) R$ 65,00 
C - Créditos com Administradoras de cartão (AC) R$ 65,00 
 
2 – Pelo ICMS incidente sobre vendas: 
 
D - ICMS sobre Vendas (Conta de Resultado) 
C - ICMS a Recolher (PC) R$ 260,00 
 
3 – Por ocasião do efetivo recebimento da administradora: 
 
D - Banco Conta Movimento (AC) 
C - Créditos com Administradoras de cartão (AC) R$ 1.235,00 
 
Salientamos que o reconhecimento da despesa com a taxa cobrada pela 
administradora deve ser pelo regime de competência, ou seja, no mês ou ano em 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 19
que a venda é realizada e não apenas quando do recebimento do valor da venda 
(pagamento da administradora). 
 
Outro aspecto interessante a ser destacado é que a conta debitada pela 
venda será sempre a administradora do cartão de crédito e nunca o cliente, pois a 
administradora, por força de contrato, assume a responsabilidade para efetuar o 
pagamento ao vendedor e usa de todos os meios possíveis para cobrar do Sr. 
Jacinto Adoralino Bolso pelo crédito aberto. Assim, se o comprador não pagar a 
fatura do cartão de crédito, a empresa vendedora já recebeu e está livre de 
qualquer ônus decorrente dessa inadimplência do comprador perante a 
operadora do cartão de crédito. 
 o caso. 
Para o comprador, o lançamento da compra de mercadorias com cartão 
de crédito é bastante simples: 
 
D – mercadorias – compras 
C – Cartão de crédito – faturas a pagar R$ 1.300,00 
 
 
 
 
 
8 - COMPRAS COM CHEQUES PRÉ-DATADOS 
 
 
O cheque é, por definição, uma ordem de pagamento à vista. Todavia, é 
largamente adotada no comércio a prática de realizar compras e vendas 
mediante cheque pré-datado, ou seja, sob o compromisso de somente ser 
apresentado ao banco sacado em determinada data posterior. 
 
Embora inexista previsão legal para o cheque pré-datado e, ainda, 
levando-se em conta opiniões no sentido de que ele não deve ser objeto de 
lançamento contábil (por ser figura estranha ao ordenamento jurídico), 
entendemos ser viável e necessário o registro desse tipo de operação, como 
forma de melhor demonstrar a situação patrimonial da empresa. 
 
Dessa forma, na hipótese de realização de compras por meio de cheques 
pré-datados, sugere-se os seguintes lançamentos contábeis: 
 
 
Pelo registro da compra efetuada: 
 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 20
D - Estoque ou Ativo Imobilizado (AC/AP) 
C - Fornecedores (PC) 
 
Pelo pagamento ao fornecedor, com cheque pré-datado: 
 
a) se houver fundos suficientes no banco sacado: 
 
D - Fornecedores (PC) 
C - Bancos conta movimento (AC) 
 
b) se não houver fundos suficientes no banco sacado: 
 
D - Fornecedores (PC) 
C - Cheques a Pagar (PC) 
 
c) quando for providenciado fundo suficiente para a cobertura do 
cheque: 
 
D - Cheques a Pagar (PC) 
C - Bancos conta movimento (AC) 
 
 
 
 
 
9 - AQUISIÇÃO DE SEMOVENTES 
 
Segundo o Professor Antônio Lopes de Sá, por meio de seu Dicionário 
de Contabilidade, “SEMOVENTES – Título de conta que se destina ao registro 
dos animais adquiridos para prestar serviços à empresa ou para produzir 
renda. Conta que pertence ao grupo do imobilizado.” 
Desta forma, classificam-se como semoventes os animais que a empresa 
adquira com a finalidade de prestar-lhe algum tipo de serviço (por exemplo: 
animais de tração destinados à produção). 
Nesta acepção, os semoventes devem ser registrados no Ativo 
Permanente (subgrupo Imobilizado ou Investimento, conforme o caso) estando 
sujeitos a todos os tratamentos contábeis atinentes àqueles bens, inclusive aos 
processos de depreciação a partir do momento em que passem efetivamente a ser 
utilizados. 
Assim, se determinada empresa adquirir um animal para prestar-lhes 
algum serviço, o registro contábil merece a seguinte grafia: 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 21
D - Semoventes (AP) 
C - Caixa ou Bancos Conta Movimento (AC) 
 
 
 
10 - Doações recebidas em mercadorias para revenda 
Não se trata de operação comum, mas é possível que determinada 
empresa receba em doação mercadorias destinadas à revenda. 
Salientamos que não importa a origem das mercadorias existentes para 
revenda (compra, doação, produção própria), pois o montante destas estará à 
disposição para venda e devem ser classificadas em estoque de mercadorias. 
No que concerne aos registros contábeis, podem surgir as seguintes 
situações: 
1 – Compra de mercadorias: 
D – Estoque 
C – Caixa/Bancos/Fornecedores 
2 – Mercadorias produzidas: 
D – Estoque 
C – Produtos em elaboração 
3 – Mercadorias recebidas em doação: 
D – Estoque 
C – Mercadorias Recebidas em Doação (Resultado) 
Percebam que no caso de mercadorias recebidas em doação, consoante o 
princípio da competência, ocorre uma receita. 
Por qual valor deve ser mensurada esta receita (mercadorias)? 
As mercadorias recebidas em doação devem ser registradas pelo valor de 
mercado, isto é, o valor pelo qual possam ser adquiridas em uma transação 
normal. 
 
 
11 - ADIANTAMENTOS PARA FUTURO AUMENTO DE 
CAPITAL SOCIAL 
 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 22
Os recursos oriundos de sócios ou acionistas para futuro aumento de 
Capital Social podem ter duas destinações contábeis conforme exista a 
possibilidade de devolução ao investidor ou não dos recursos por eles 
repassados à empresa. 
A Lei das Sociedades Anônimas não traz uma posição em relação a esta 
hipótese. Entretanto, a legislação fiscal, por meio dos Pareceres Normativos 
CST nº 23, de 26.06.81, e CST nº 28, de 21.12.84, que, em síntese, estabelecem 
o seguinte: 
Ocorrendo a eventualidade de adiantamento para futuro aumento de 
capital, qualquer que seja a forma pela qual os recursos tenham sido 
recebidos, mesmo que sob a condição para utilização exclusiva em 
aumento de capital, esses ingressos deverão ser mantidos fora do 
patrimônio líquido, por serem esses adiantamentos considerados 
obrigação para com terceiros, podendo ser exigidos pelos titulares 
enquanto o aumento de capital não se concretizar. 
O patrimônio líquido fica definitivamente aumentado quando, após a 
subscrição, ocorrer o recebimento de cada parcela de integralização. 
Destarte, em face da legislação fiscal, a classificaçãodos adiantamentos 
para futuro aumento de capital deve ser registrada como exigibilidades (PC ou 
PELP). 
D – Caixa/Bancos 
C – Sócios ou Acionistas (adiantamento para futuro aumento de capital) 
 
Entretanto, quando os adiantamentos recebidos são amparados por 
cláusula de absoluta permanência na sociedade, isto é, não existe a possibilidade 
de devolução, eles não devem figurar como exigível. Também não devem 
figurar como Resultados de Exercícios Futuros, pois o aumento de capital com 
origem de recursos externos não se caracteriza como operação de resultado. 
Neste caso, resta-nos a opção de classificar esse adiantamento para futuro 
aumento de capital como parte integrante do patrimônio líquido. 
Desta forma, somente devem figurar em grupo do Patrimônio Líquido os 
adiantamentos sobre os quais não se tenha nenhuma dúvida quanto a sua 
permanência na empresa. Caso haja dúvidas neste aspecto, isto é, se existir a 
possibilidade de devolução dos valores, estes devem ser registrados no Passivo 
Exigível. 
Ressalte-se que a intenção de permanência deve ser formalizada por 
documentos irrevogáveis. 
Desta forma, podemos estabelecer, conclusivamente, o seguinte critério: 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 23
1 – Se os adiantamentos para aumento de capital possuírem destinação 
única para incorporação ao capital social, a classificação há de ser em conta 
distinta, no grupo patrimônio líquido; 
2 – Havendo dúvidas de que os adiantamentos irão se incorporar ao 
capital, a sua classificação há de ser em contas do passivo exigível (PC ou 
PELP). 
 
Exemplos: 
 
1 – A empresa BONSLUCROS S/A recebeu de seus acionistas a quantia 
de R$ 180.000,00, com o fim específico de aumento de Capital Social, 
formalizado por meio de contrato com cláusula de irrevogabilidade: 
 
Registros contábeis: 
a) Pelo recebimento dos recursos: 
D – Bancos Cta. Movimento (AC) 
C - Adiantamentos para Aumento de Capital (PL) R$ 180.000,00 
b) Pelo efetivo aumento do capital social: 
D - Adiantamentos para Aumento de Capital (PL) 
C - Capital Social (PL) R$ 180.000,00 
 
2 – A empresa BOASNOVAS Ltda., em período de crise de liquidez, 
recebeu de seus sócios a quantia de R$ 120.000,00 que poderiam, eventualmente 
ser utilizados para um futuro aumento de Capital Social. 
Registros contábeis: 
a) Pelo recebimento dos recursos: 
D – Bancos Cta. Movimento (AC) 
C - Adiantamentos para Aumento de Capital (PC ou PELP) R$ 120.000,00 
b) Pelo efetivo aumento do capital social: 
D - Adiantamentos para Aumento de Capital (PC ou PELP) 
C - Capital Social (PL) R$ 120.000,00 
c) Pela devolução aos sócios: 
D - Adiantamentos para Aumento de Capital (PC ou PELP) 
C – Caixa/Bancos (AC) R$ 120.000,00 
 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 24
Chamamos a atenção que pode haver a Reserva para aumento de Capital, 
que pode ser uma reserva estatutária se decorrente de previsão no estatuto. 
Porém é sempre uma reserva de lucros e sempre fará parte do PL. 
Neste sentido, vejamos a seguinte questão: 
 
A Cia. Eira & Eira foi constituída com capital de R$ 750.000,00, por três sócios, 
que integralizaram suas ações como segue: 
Adão Macieira R$ 300.000,00 
Bené Pereira R$ 150.000,00 
Carlos Parreira R$ 300.000,00 
Após determinado período, a empresa verificou que nas suas operações normais 
lograra obter lucros de R$ 600.000,00, dos quais R$ 150.000,00 foram 
distribuídos e pagos aos sócios. Os restantes R$ 450.000,00 foram reinvestidos 
na empresa na conta Reserva para Aumento de Capital, nada mais havendo 
em seu Patrimônio Líquido. 
Sabendo-se que esta empresa não tem resultados de exercícios futuros e que suas 
dívidas representam 20% dos recursos aplicados atualmente no patrimônio, 
podemos afirmar que o valor total de seus ativos é de 
a) R$ 1.200.000,00 
b) R$ 750.000,00 
c) R$ 600.000,00 
d) R$ 1.350.000,00 
e) R$ 1.500.000,00 
 
Resolução: 
O Patrimônio Líquido da empresa é de R$ 1.200.000,00 (R$ 750.000,00 de Capital Social e 
R$ 450.000,00 de Reserva de Lucros). 
Como as dívidas representam 20% do capital aplicado no patrimônio da empresa, podemos 
dizer que o passivo representa 20% do Ativo. Assim: 
A – 0,2 A = PL 
A – 0,2 A = R$ 1.200.000,00 
0,8 A = R$ 1.200.000,00 
A = R$ 1.200.000,00 / 0,8 
A = R$ 1.500.000,00 
Resposta letra “e”. 
 
 
Assim, chegamos ao final de nossa primeira aula de Contabilidade Geral, 
tópicos avançados. Sabemos que exploramos pontos pouco cobrados em 
concursos, mas eles foram necessários à medida que a Esaf costuma cobrar 
coisas diferentes em suas provas. Nas aulas seguintes nos aprofundaremos nos 
tópicos normais de contabilidade e traremos mais algumas novidades. 
Também queremos deixar claro que se o bendito edital sair (o que 
esperamos seja em breve) e se nele constar algum assunto diferente, ele será 
tratado neste espaço. Acreditamos que pode ser cobrado alguma coisa com 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 25
relação a demonstração do fluxo de caixa. Mas isto é apenas um palpite, logo 
não é interessante que vocês saiam estudando esse assunto, visto que neste 
momento devemos concentrar a nossa atenção àquilo que está praticamente 
certo. O resto é esperar o Edital! 
 
A seguir apresentamos algumas questões diversas com os respectivos 
gabaritos oficiais, do tipo certo ou errado para que vocês exercitem. As referidas 
questões não possuem relação direta com a aula apresentada, mas como o curso 
é avançado, presume-se que sejam conhecedores da matéria. Ademais, os 
exercícios servirão de base para discussão dos temas mais relevantes nas aulas 
seguintes. 
Além disto, aceitamos algumas questões, desde que com indicação da 
fonte, para, a nosso juízo, incluí-las nas aulas. 
Sugerimos que utilizem as 48 questões apresentadas como se fosse um 
SIMULADO para verificar o vosso conhecimento. 
Bom estudo e bom proveito dos exercícios!!! 
 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 26
EXERCÍCIOS PROPOSTOS: 
 
Conta saldo (em R$) 
banco 34.000 
receita antecipada 25.000 
material de consumo 5.500 
receita de vendas 50.000 
devolução de compras 10.000 
energia elétrica a pagar 500 
despesa com energia elétrica 700 
despesa com salários 5.000 
despesa com seguros 680 
despesa com aluguel 1.800 
despesa antecipada com assinatura de revistas 580 
prédios 25.000 
veículos 16.000 
depreciação acumulada 8.000 
capital social 48.000 
fretes sobre compras 900 
estoque inicial 30.000 
despesas financeiras 900 
aquisição de mercadorias 50.000 
estoque final 60.000 
seguro sobre compras 500 
duplicatas a receber 5.000 
fornecedores 10.000 
provisão para contingências 1.900 
provisão para devedores duvidosos 890 
deduções de receitas 200 
receitas financeiras 1.900 
deduções sobre vendas 1.000 
reservas 5.000 
despesas com material de consumo 600 
despesas com depreciação 450 
 
Com relação ao balancete apresentado acima, julgue os itens seguintes, 
considerando o que preconiza a Lei das Sociedades por Ações (Lei n.º 
6.404/1976). 
 
01 - O valor apurado do custo da mercadoria vendida é de R$ 11.400,00. 
 
02 - O valor do lucro acumulado, antes da apuração do resultado do período, é 
igual a R$ 17.620,00. 
 
03 - O passivo circulante é de R$ 35.500,00. 
 
04 - O ativo circulante é igual a R$ 105.080,00. 
 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 27
05 - O valor do lucro acumulado após a elaboração da demonstração do 
resultado do exercício é de R$ 29.170,00. 
 
06 - O valor do passivo realizável em longo prazo é R$ 1.900,00. 
 
07 - A receita líquida de vendas corresponde a R$ 48.800,00.08 - O valor do ativo permanente imobilizado é maior que o valor do ativo 
permanente investimentos. 
 
09 - Caso a empresa receba o valor registrado como provisão para devedores 
duvidosos, o valor do ativo circulante sofrerá acréscimo, fato esse que não 
influenciará a demonstração do resultado do exercício. 
 
10 - Uma redução na conta de despesa antecipada provocará uma redução no 
passivo circulante, uma vez que essa despesa é uma obrigação da empresa. 
 
Acerca das peculiaridades das contas contábeis e seus registros e da 
influência dos princípios contábeis, julgue os itens a seguir. 
 
11 - Ao se constituir a provisão para imposto de renda, deve haver, nas contas 
contábeis, um decréscimo no resultado e um acréscimo no passivo. 
 
12- O registro do ativo deve ser efetuado segundo o regime de competência e o 
princípio da prudência. 
 
13- Ao se registrar o estoque final com valor superavaliado, o valor do custo da 
mercadoria vendida será subavaliado no período subseqüente. 
 
14- Ao se considerar o estorno do registro da reserva de reavaliação, o valor do 
ativo permanente será reduzido. 
 
15- O passivo a descoberto configura a existência de patrimônio líquido 
negativo. 
 
16 - Ao utilizar plano de contas, a empresa, compulsoriamente, adota uma 
estrutura de contas que só poderá ser substituída em caso de mudança da 
Lei n.º 6.404/1976. 
 
Com base nas disposições da Lei n.º 6.404/1976 — Lei das Sociedades por 
Ações —, julgue os itens a seguir. 
 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 28
17 - A legislação societária estabelece que os titulares de ações ordinárias têm 
direito a um dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido 
ajustado. 
 
18 - Sociedade controladora é a que detém, diretamente ou por meio de outras 
controladas, direitos de sócio que lhe assegurem, permanentemente, a 
condição de predominância nas assembléias e a prerrogativa de escolher a 
maioria dos administradores. 
 
Com base na legislação societária e nos princípios fundamentais de 
contabilidade, julgue os itens subseqüentes, relativos às sociedades 
comerciais em geral. 
 
19 - Os estoques de mercadorias destinadas à venda são avaliados ao custo de 
aquisição, de acordo com o critério de custeamento das respectivas baixas, 
ou pelo valor de mercado, se este for menor. 
 
20 - O custo das mercadorias vendidas pode ser calculado pelos sistemas do 
inventário periódico e do inventário permanente. No primeiro caso, as 
existências físicas devem ser ajustadas ao saldo contábil; no segundo, 
ajusta-se o saldo contábil às existências físicas. 
 
De acordo com a legislação societária e a CVM, julgue o item a seguir. 
 
21 - Enquanto a Lei das Sociedades por Ações restringe a obrigatoriedade de 
consolidação das demonstrações financeiras às companhias abertas que 
tiverem mais de 30% de seu patrimônio líquido representado por 
investimentos em controladas, a CVM eliminou esse percentual, aplicando-
se a consolidação independentemente da representatividade desses 
investimentos em relação ao patrimônio líquido da controladora. 
 
Com base nos critérios contábeis aplicáveis aos investimentos societários, 
julgue o item seguinte. 
 
22 - Os dividendos recebidos de participações societárias avaliadas com base na 
equivalência patrimonial são registrados como redução do valor dos 
respectivos investimentos, no ativo da sociedade investidora. 
 
Quanto aos critérios para destinação do resultado, julgue o item 
subseqüente. 
 
23 - Para evitar as distorções resultantes da contabilização dos juros sobre o 
capital próprio como despesa financeira, a CVM determina que as 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 29
companhias abertas efetuem a reversão de seu valor para efeito de 
apuração do resultado líquido do exercício. 
 
Com base na sistemática contábil do imposto de renda das pessoas 
jurídicas, julgue o item a seguir. 
 
24 - O imposto de renda devido, por depender da existência de lucro contábil, 
constitui uma apropriação do resultado, e se limita à parcela remanescente 
do lucro líquido, depois de deduzidas as demais despesas. 
 
Com relação à sistemática contábil do imposto de renda na fonte, julgue o 
item abaixo. 
 
25 - Na contabilização do imposto de renda incidente na fonte sobre 
rendimentos auferidos pela pessoa jurídica, compensável na declaração, o 
lançamento no beneficiário desses rendimentos deve ser registrado da 
forma seguinte. 
D: Disponível (caixa/bancos) 
D: Imposto de Renda a Compensar 
C: Receita de (...). 
 
Com base na sistemática adotada para a contabilização do ICMS, julgue o 
item a seguir. 
 
26 - Considere a situação de uma empresa, em que determinada mercadoria 
sujeita à alíquota de ICMS de 15% estava cotada a R$ 1.000. A empresa 
adquirente conseguiu um desconto comercial de 10%. O lançamento na 
empresa adquirente foi feito da seguinte forma. 
D – mercadorias 850 
D – ICMS a recuperar 150 
C – caixa (ou bancos) 900 
C – descontos obtidos 100 
 
Com base na legislação da COFINS, julgue o item a seguir. 
 
27 - A base de cálculo da COFINS não-cumulativa tem como fato gerador o 
total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, inclusive as não-
operacionais decorrentes de venda do ativo permanente, deduzidas as 
vendas canceladas e os descontos financeiros concedidos. 
 
Considerando os sistemas de custo e os critérios de avaliação da produção 
e dos estoques, julgue o item seguinte. 
 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 30
28 - No método de custeio direto ou variável, somente são considerados na 
avaliação dos estoques em processo e acabados os custos variáveis, o que 
permite uma melhor análise do desempenho da empresa, apesar das 
restrições impostas pela legislação tributária. 
 
Considerando aspectos concernentes à Lei das Sociedades por Ações e 
legislação correlata, julgue os itens seguintes. 
 
29 - Para os efeitos da legislação aplicável às sociedades por ações, a 
companhia é fechada quando os valores mobiliários de sua emissão 
estejam admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. 
 
30 - Havendo a propriedade de ações nominativas, deve haver a inscrição do 
nome do acionista no livro de registro de ações nominativas e a emissão de 
extrato pela instituição custodiante, na qualidade de proprietária fiduciária 
das ações. 
 
31 - A companhia aberta somente pode criar partes beneficiárias para alienação 
onerosa ou para atribuição gratuita a sociedades ou fundações beneficentes 
de seus empregados. 
 
32 - As partes beneficiárias podem ser alienadas pela companhia, nas condições 
determinadas pelo estatuto ou pela assembléia-geral. 
 
33 - A amortização de debêntures da mesma série que possuam vencimentos 
anuais distintos, assim como o resgate parcial, deve ser feita mediante 
sorteio ou por compra em bolsa, no caso de as debêntures estarem cotadas 
por preço inferior ao valor nominal. 
 
34 - É proibido que a companhia adquira debêntures de sua emissão, mesmo 
que por valor igual ou inferior ao nominal. 
 
35 - Considere que certa empresa registrou R$ 50.000,00 na reserva de lucros a 
realizar. No exercício subseqüente, ocorreu a realização do lucro, que não 
foi absorvido por prejuízos. Nesse caso, os R$ 50.000,00 devem ser 
acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização. 
 
36 - Apesar da extinção da correção monetária de balanços, a companhia de 
economia mista, quando autorizada pelo ministério a que estiver vinculada, 
pode limitar a correção monetária do ativo permanente ao montante 
necessário para compensar a correção das contas do patrimônio líquido. 
 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 31
37 - Nos casos de incorporação ou fusão, o prazo para exercíciodo direito de 
retirada deve ser contado a partir da efetivação da operação, enquanto o 
pagamento do preço de reembolso somente será devido após a publicação 
da ata que aprovar o protocolo ou a justificação. 
 
Acerca da contabilidade de custos e do controle de estoques, julgue os itens 
a seguir. 
 
38 - A devolução de mercadorias ao fornecedor no valor de R$ 67.000,00 cuja 
aquisição ocorreu a prazo e com desconto comercial de R$ 5.000,00 deve 
ser corretamente registrada como a seguir. 
D duplicatas a pagar R$ 62.000,00 
D desconto obtido R$ 5.000,00 
C mercadorias R$ 67.000,00 
 
39 - Ao registrar o ICMS da aquisição de mercadorias para revenda, a empresa 
deve aumentar seu ativo circulante em duas contas: mercadorias para 
revenda e ICMS a recolher. 
 
40 - Ao efetuar o registro do estoque de mercadorias para revenda pelo valor de 
aquisição, a empresa deve obedecer ao conservadorismo e à prudência. No 
caso de perda dos documentos comprobatórios da aquisição de 
mercadorias, a empresa deve efetuar o registro, após consulta ao mercado, 
sempre pelo maior valor, para não reduzir o seu ativo. 
 
Julgue os seguintes itens, relativos a normas aplicáveis à fusão, à cisão e 
incorporação de empresas e a destinação/registro de lucros. 
 
41 - Ao se registrar a fusão, há a transferência, com sucessão universal, do 
patrimônio das sociedades incorporadas ou fusionadas para a sociedade 
incorporadora ou constituída. 
 
42 - A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação 
ou incorporação de outra ou em outra deve registrar em seu passivo os 
tributos devidos, até a data da mudança, pelas pessoas jurídicas de direito 
privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. 
 
43 - A cisão é a transação pela qual uma companhia (cindida) transfere parcelas 
de seu patrimônio para uma ou mais sociedades, já existentes ou que sejam 
criadas precipuamente para esse fim. A cisão pode ser total, quando houver 
a versão de todo o patrimônio da sociedade cindida (que se extinguirá), ou 
parcial, quando apenas parte do patrimônio é vertido para outras 
sociedades e a personalidade jurídica da companhia cindida subsiste. 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 32
 
44 - Na empresa resultante após a cisão, serão efetuados os registros de bens, 
direitos e obrigações transferidos da cindida e o registro do capital social 
integralizado com o patrimônio líquido transferido da cindida. 
 
45 - Os lucros auferidos no exterior, por intermédio de filiais ou sucursais, 
controladas ou coligadas, serão adicionados ao lucro líquido, para a 
determinação do lucro real correspondente ao balanço levantado no dia 31 
de dezembro do ano-calendário em que tiverem sido disponibilizados para 
a pessoa jurídica domiciliada no Brasil. 
 
Quanto à elaboração e divulgação do fluxo de caixa e à demonstração de 
origens e aplicação de recursos (DOAR), julgue os itens subseqüentes. 
 
46 - Enquanto o fluxo de caixa apresenta a variação do capital circulante 
líquido, a DOAR apresenta a movimentação econômica do período. 
 
47 - Ao se registrar o pagamento de dividendos apropriados, há uma redução do 
passivo circulante que não é representada na DOAR, mas, sim, na 
demonstração dos fluxos de caixa. 
 
48 - O registro de prováveis perdas de estoque não afetará o demonstrativo do 
fluxo de caixa porque não caracteriza desembolso. Por outro lado, esse fato 
afetará a DOAR porque se trata de item econômico que afeta o ativo 
circulante. 
 
 
 
CURSOS ON-LINE- CONTABILIDADE- TÓPICOS AVANÇADOS- 
PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 33
GABARITO 
01 – C 02 – C 03 – E 04 – E 05 – E 06 – E 
07 – C 08 – C 09 – E 10 – E 11 – C 12 – C 
13 – E 14 – C 15 – C 16 – E 17 – E 18 – C 
19 – C 20 – C 21 – E 22 – C 23 – C 24 – E 
25 – E 26 – E 27 – E 28 – C 29 – E 30 – C 
31 – E 32 – C 33 – E 34 – E 35 – C 36 – E 
37 – E 38 – E 39 – E 40 – E 41 – C 42 – C 
43 – C 44 – C 45 – C 46 – E 47 – C 48 – C 
 
 
 
 
Contabilidade Tópicos Avançados – Aula 02 – FLUXO DOS CAIXAS 
Professores: Francisco Velter & Luiz Roberto Missagia 
 
INICIATIVA: PONTO DOS CONCURSOS 1
AULA 02 
 
FLUXO DOS CAIXAS 
Esta aula consta no item 14 do Edital para AFRFB e acreditamos que pelo 
menos 1 questão sobre o assunto será cobrada na prova. 
1. INTRODUÇÃO 
A Lei nº 6.404, de 30 de outubro de 1976 (Lei 6.404/76) estabelece, no art. 176, 
que as demonstrações contábeis obrigatórias são: balanço patrimonial; demonstração 
dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; e 
demonstração das origens e aplicações de recursos. No § 4º do mesmo dispositivo nos 
é informado que as demonstrações serão complementadas por notas explicativas e 
outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para 
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. 
Percebe-se que a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) não é obrigatória, 
mas encontra amparo no § 4º do art. 176 da Lei 6.404/76, quando ela estabelece que 
as demonstrações são complementadas por outros quadros ou demonstrações 
contábeis necessários para o esclarecimento da situação patrimonial. De fato, a DFC 
complementa e esclarece a situação patrimonial no concernente ao aspecto financeiro 
do patrimônio, servindo de apoio ao processo decisório na gestão empresarial. 
Em que pese não haver disposição expressa na lei societária sobre a DFC, a nova 
lei de falências, Lei no 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, no art. 105, inciso I, alínea 
“d”, dispõe que: 
Art. 105 - O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender 
aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo 
sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da 
atividade empresarial, acompanhadas dos seguintes documentos: 
I – demonstrações contábeis referentes aos 3 (três) últimos exercícios sociais 
e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com 
estrita observância da legislação societária aplicável e compostas 
obrigatoriamente de: 
a) balanço patrimonial; 
b) demonstração de resultados acumulados; 
c) demonstração do resultado desde o último exercício social; 
d) relatório do fluxo de caixa; 
Além desse dispositivo legal, a CVM, por meio do OFÍCIO-
CIRCULAR/CVM/SNC/SEP Nº 01/2005, de 25 de fevereiro de 2005, orientando os 
Diretores de Relações com Investidores e Auditores Independentes sobre a elaboração 
de Informações Contábeis pelas Companhias Abertas, estabeleceu no item 4 as 
seguintes recomendações acerca da Demonstração de Fluxos de Caixa (DFC): 
 
Contabilidade Tópicos Avançados – Aula 02 – FLUXO DOS CAIXAS 
Professores: Francisco Velter & Luiz Roberto Missagia 
 
INICIATIVA: PONTO DOS CONCURSOS 2
4. Demonstração dos Fluxos de Caixa 
4.1 Evolução da Demonstração de Fluxos de Caixa 
As origens da atual demonstração de fluxos de caixa estão nas demonstrações 
preparadas décadas atrás pelas companhias que apresentavam as fontes e 
aplicações de fundos obtidos em essência dos aumentos e diminuições dos 
itens do balanço patrimonial. A diferença entre esses itens foi chamada de 
posição financeira, denominação que permanece até hoje em vários países. 
Esse formato evoluiu de uma informação suplementar e voluntária para uma 
demonstração obrigatória ainda sob o conceito da posição financeira como a 
variação do capital circulante, ou capital de giro líquido. 
Na forma prevista pelo artigo 188 da Lei nº 6.404/76, a Demonstração das 
Origens e Aplicações de Recursos – DOAR – tem como objetivo indicar as 
modificações na posição financeira da companhia, ou seja, as variações de 
itens dos ativos e passivos organizados de forma tal que demonstre a 
variação no capital circulante líquido do período. No texto desse artigo, essa 
demonstração deve discriminar: 
I – as origens dos recursos, agrupadas em: 
a) lucro do exercício, acrescido de depreciação,

Outros materiais