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A N E S T E S I A N A P R Á T I C A I N T U B A Ç Ã O O R O T R A Q U E A L A intubação orotraqueal é um procedimento no qual o médico insere um tubo desde a boca do paciente até à traqueia, de forma a manter uma via aberta até o pulmão e garantir a respiração adequada. Esse tubo é ainda ligado a um respirador, que substitui a função dos músculos respiratórios, empurrando o ar para os pulmões. Estruturas anatômicas envolvidas na intubação Como é feita? Primeiro, é usado um laringoscópio na boca do paciente, esse aparelho vai até o início da via respiratória e permite observamos a glote e as cordas vocais. Em seguida, é colocado o tubo da intubação através da boca passando pela abertura da glote. Por fim, o tubo é preso no local com um pequeno balão insuflável (cuff) e ligado a um respirador, que substitui o trabalho dos músculo respiratório e que permite que o ar chegue aos pulmões. Através do tubo o paciente recebe oxigênio puro, ou com o fármaco, em caso de anestesia Inalatória. A entrada da traqueia precisa estar aberta e deve se manter assim, se colocarmos o tubo e ela fechar, o mesmo vai para o esôfago. Obs.: o cão tem um reflexo de tosse quando conseguimos intubar, gato não. Já com o tubo posicionado, o cuff precisa ser inflado. Com uma seringa injetamos o ar na estrutura azul acoplada ao tubo até que o balão esteja completamente repleto. Materiais Laringoscópio – usado para baixar a base da língua; não deve encostar na glote. Tubo para intubação; com o cuff na ponta – é um material descartável. Posicionamento para intubação O paciente deve ser posicionado em decúbito esternal. Em seguida, um ajudante irá abrir a boca com o auxílio de uma gaze, manter a maxila aberta e puxar a língua do animal. Enquanto isso, o anestesista, posiciona o laringoscópio. Particularidades do gato • Entrada da traqueia menor • Perda tardia de reflexo laringotraqueal • Enrijecimento maior na entrada • Necessário uso de um passador de sonda É uma haste de metal que é colocado dentro do tubo antes de intubar o gato – ele é necessário, pois o tubo utilizado em gatos é o pediátrico que é um tubo mais maleável, portanto a haste é usada para enrijecê-lo. E S T Á G I O S E P L A N O S A N E S T É S I C O S A anestesia geral promove depressão do SNC (hipnose) e há vários sinais que caracterizam cada Estágio. Esses estágios foram primeiramente determinados pelo médico do exército americano Arthur Ernest Guedel em 1937. Ele desenvolveu uma habilidade única em determinar cada plano anestésico da anestesia geral que, naquela época, era basicamente realizada com éter. Ele dividiu as fases da anestesia em 4 Estágios, sendo que o terceiro foi subdividido em 4 planos. Eles foram baseados em conjunto de sinais e parâmetros fisiológicos que auxiliam na caracterização da profundidade anestésica (características cardiorrespiratórias, reflexos protetores, https://www.woodlibrarymuseum.org/library/pdf/WLMREP_4_04.pdf posicionamento de globo ocular, tamanho de pupilas, salivação e miorrelaxamento) Estágio 1 • Inicio da analgesia e perda da consciência. Quando o paciente é colocado na mesa de cirurgia, podendo já estar sedado com MPA mas ainda com função cerebral presente e começamos a aplicar o anestésico de indução (adormece até apagar). Após esse estágio, o paciente pode ir para o estágio 2 (excitação e delírio) ou para o estágio 3 (anestesia/ideal). Estágio 2 Muito comum paciente que tem a parte excitatória do cérebro facilmente estimulada. Dessa forma, o fármaco aplicado não é suficiente para inibi-lo. Esse estágio de excitação é evitado na MPA, pois nela esse sistema excitatório já é diminuído. Estágio 3 É o estágio que paciente vai direto para o estado de hipnose (depressão total de SNC). Esse estágio é subdividido em quatro planos anestésicos: • Quando o paciente chega no plano 2, a depender do procedimento pode deixá-lo ali mesmo ou aprofundar mais – ex: se for feito bloqueio local não tem necessidade de aprofundar mais o paciente. • Gatos só perdem reflexo laringotraqueal no plano 3. • Se o paciente chegar no plano 4, é necessário superficializá-lo, se não ele vai à óbito. • Na anestesia injetável é mais difícil de chegar no plano 4 mas também é mais difícil de reverter, caso ele chegue. • Plano cirúrgico (ideal): paciente no estágio e no plano 3. • O plano 4 é perigoso pois já está muito próximo do estágio 4. Estágio 4 Choque bulbar e morte.
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